domingo, 30 de dezembro de 2012

MEIO CRESCENTE - Olá 2013!


Desejo a todos(as) um feliz 2013 que seja um 
ano cheio de desafios e oportunidades!

Ao vosso dispor,
Albertina Gouveia


MEIO CRESCENTE  Ideias em movimento!

Crónicas 10 minutos - "Amante da sociedade"


1 ano com ideias em movimento



Fim do ano 2012 e um ano completo de ideias em movimento! 
No passado mês de Novembro de 2012 completei o meu primeiro ano como Cronista neste Blogue Nacional- MEIO CRESCENTE.


Histórias “reais” e histórias da realidade foram e são temas dos quais abordo, questiono, baseando-me sempre na modernidade reflexiva como diria José Machado Pais, investigador do Instituto de Ciências Sociais de Lisboa, aliás este professor diz que os dilemas de vida colocam-nos perante a tomada de decisões. A minha principal decisão em 2011 foi a de transcrever, divulgar no blogue e nas minhas restantes atividades diárias, os problemas locais e mundiais que parecem apaziguar-se quando falamos da crise política global. Acontece que nesse vai e vem de conversas substanciosas perdemos a noção de particularidades individuais, tais como a violação doméstica e infantil, tais como o discernimento sexual que se preconiza agora como “amizades coloridas”, onde os sentimentos já não entram em jogo no campo de sedução. Perdemos durante o último ano uma análise profunda quanto às ruas degradadas que pisamos nos Açores e Madeira, os bairros decadentes de Lisboa e as aldeias assombradas do restante Portugal. São nessas complexidades problemáticas que nos deveríamos preocupar na íntegra e arregaçar as mangas com o intuito de as transformar, porque se o mínimo não for feito…dificilmente se chegará longe! 

Ao longo do ano apresentei várias personagens, Zenilda (uma jovem jornalista em busca da verdade), Vago (Dr. Investigador reconhecido), Carmen (uma excelente profissional como psicóloga e uma amante bissexual insaciável), Leda (mulher jovem que apesar de encontrar o amor no Dr. Vago, arrasta consigo o seu passado traumático de violação), Fátima ( a mais recente personagem, esta senhora conseguiu a realização profissional que muitos invejam, no entanto por memória ao seu falecido esconde de todos, as histórias escaldantes de sexo e erotismo)…um dia, quem sabe, apresentarei toda a história de cada um destes nossos amigos!…as personagens em questão, são baseadas em casos verídicos e conjuntamente camufladas com a analogia das “nossas gentes”! Alguns dos temas deram entrada para discussão na RTP Açores, com o apresentador Vasco Pernes, programa “A Estação”, e igualmente para a Revista U, (passo já, aos agradecimentos). 

Em nome do Feminismo digo que – “Sapatos são para os pés e ponto!” E Na verdade o são, estão constantemente em contacto com a sujidade com o lixo, mas a mulher consegue usar um sapato colorido e transformar o seu dia-a-dia com toda a dinâmica e potencial no mercado de trabalho, na saúde, com a família e ainda assim divertir-se, abençoando a natureza mãe e com a garra feroz de quem pode discutir politica, economia, saúde publica tanto quanto um senhor. Não estou a menosprezar, mas sim a dar “voz” às que um dia sentiram-se subestimadas em falar de problemas quotidianos só porque transportam curvas, sorriso simpático, saia e calçado colorido! Felizes as que como eu tem a oportunidade de elucidar e exclamar através da escrita e da voz (de momento já podem acompanhar-me na rádio, disponível semanalmente via online). 

Um bem aja a todos e que 2013 seja a mudança para uma nova felicidade futura! 

Quero enviar um agradecimento especial a todos os leitores, a Dra Albertina Gouveia, responsável do Blogue, e ao Mestre Francisco Nogueira, cronista no blogue, de quem adveio o primeiro convite para esta família MEIO CRESCENTE- IDEIAS EM MOVIMENTO! 

Eu sou a Marisa Leonardo, atualmente conhecida por “Amante da Sociedade” e acrescento, Amante da Sociedade Portuguesa! 


(_ Sapatos?-Sei,…são para os pés e ponto!) 
Autoria de, Marisa Leonardo 


P.S. Esta crónica estará em destaque aqui no blogue até a próxima crónica para dar oportunidade de todos os visitantes lerem e darem opinião sobre a mesma. O seu comentário é importante, PARTICIPE! 

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

MEIO CRESCENTE - Feliz Natal!


A melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada 
pela vida. 
(Autor desconhecido)

A todos aqueles que tem acompanhado o trabalho do MEIO CRESCENTE desejo um Natal feliz, repleto que bons momentos e muitos sorrisos.

Cumprimentos
Albertina Gouveia

Crónicas 10 minutos - Viver o passado para construir o futuro!

Imagem retirada AQUI

Afonso de Albuquerque:
O César do Oriente 



Há exatos 497 anos, a 15 de dezembro de 1515, morria Afonso de Albuquerque, um dos nomes mais importantes na conquista e estabelecimento do Estado português da Índia. Conhecido pelo seu génio e estratégia militar, Albuquerque foi chamado, entre vários cognomes, de O Grande, o César do Oriente, do Leão dos Mares e até do Marte Português, o que revela o relevante papel que desempenhou na afirmação de Portugal no Índico. Foi o 2º Vice-rei da Índia. 

Afonso de Albuquerque nasceu, em Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira, por volta do ano de 1453. Era o segundo filho de Gonçalo de Albuquerque, senhor de Vila Verde de Francos e de D. Leonor de Meneses, filha de D. Álvaro Gonçalves de Ataíde, conde de Atouguia. O seu pai desempenhava um papel importante na corte de D. Afonso V e, por isso, Albuquerque foi educado em matemática e latim clássico, travando um boa relação de amizade com o futuro D. João II. 

Albuquerque começou jovem a sua carreira militar, em 1471 acompanhou Afonso V nas conquistas de Tânger, Anafé e Arzila, tendo desempenhado, durante uma década, vários ofícios em África. A pedido do futuro D. João II participou nas guerras contra Castela. 

Em 1481, depois de 10 anos em África, Albuquerque regressou a Portugal, logo após a ascensão de D. João II e foi nomeado estribeiro-mor. Em 1489, regressou a África, tendo estado em Arzila e em Larache. Regressaria a Arzila novamente em 1495. Em 1490, fez parte da guarda de D. João II, que morre em 1495. 

Após a ascensão ao trono de D. Manuel I, Albuquerque era visto com desconfiança pelo novo rei, devido, sobretudo, à relação de proximidade com D. João II. Mesmo assim, D. Manuel I, reconhecendo as capacidades de Albuquerque, deu-lhe o comando de 3 naus, enviadas, em 1503, à Índia. Aí Albuquerque revelou as suas capacidades, travando várias batalhas. Sob o seu comando foi erguida a fortaleza de Cochim, a primeira estrangeira construída na Índia. Era o início de uma nova fase. Estabeleceu relações comerciais com várias cidades e reinos vizinhos, entre os quais o de Coulão. 

Em junho de 1504, Albuquerque regressou a Portugal “mais cheio de glórias que de despojos”, sendo aclamado por D. Manuel. Junto ao Rei, expôs o seu plano para a criação de um verdadeiro império português no Oriente que, passava, segundo ele, pela conquista de posições estratégicas nos mares do Índico. D. Manuel I aceitou as ideias e Albuquerque partiu novamente para a Índia. Em 1506 foi nomeado capitão-mor do mar da Arábia (1506-1509) e apesar das forças diminutas de que dispunha, conquistou Omã e, em 1507, submeteu Ormuz. 

A partir de 1508 as relações entre Albuquerque e o 1º vice-rei D. Francisco de Almeida foram tensas, em desacordo com a nomeação real de Albuquerque para o vice-reinado, a situação só acalmou com a chegada do marechal D. Fernando Coutinho, em outubro de 1509. Afonso de Albuquerque tornava-se o 2º vice-rei da Índia. 

Albuquerque já vice-rei da Índia, iniciou uma fase de afirmação e crescimento de Portugal. Primeiro conquistou Goa, em 1510. Em 1511, submeteu a cidade de Malaca, essencial ponto de controlo de toda a navegação entre a Índia e o Extremo Oriente, edificando de seguida uma fortaleza para proteção de Malaca e do seu estreito. Ao regressar a Goa, encontrou a cidade cercada, mas através de uma hábil estratégia militar, conseguiu tomar ao inimigo o Forte de Benastarim, e salvar a sua cidade. 

Nas cidades conquistadas, Afonso de Albuquerque seguiu uma política de miscigenação, estimulando o casamento das indianas com os seus soldados e marinheiros, que depois ficavam a servir na administração do território. Assim, formaria uma nova geração luso-indiana que seria incapaz, no futuro, de expulsar do território a ascendência portuguesa. Outra política muito importante. 

Com a construção da fortaleza de Ormuz, em 1515, Albuquerque concluiu o seu plano de domínio dos pontos estratégicos que permitiam o controlo marítimo e o monopólio comercial da Índia. O Estado Português da Índia era já uma realidade. O povo de Goa nutria por ele a mais profunda admiração, uma vez que reconheciam que o vice-rei os governava, com respeito e justiça. 

Segundo se diz, quando andava em deambulações pelo Oceano Índico, ao serviço de Portugal, e quando pensava ser ainda o vice-rei da Índia, foi informado por uma embarcação indígena de que havia sido substituído. Terá proferido, então, a famosa frase: “Mal com el-rei por amor dos homens, e mal com os homens por amor de el-rei!”. 

Albuquerque morreu a 16 de dezembro de 1515, junto à barra de Goa, à vista da cidade que conquistou e que adotou como sua. Tinha construindo uma cadeia de fortalezas, em pontos-chave, que transformavam o Índico num mare clausum português. 

O exemplo de Afonso de Albuquerque alerta-nos para a necessidade de lutarmos por novos caminhos e pelo crescimento, não só pessoal, mas do país. É essencial termos objetivos e não termos medo das pressões. O homem pode ter receios, mas tem de ter força e garra para não desistir de lutar e ultrapassar os seus medos. Neste momento, em que muitos sobrevivemos, temos de ser audazes e viver. 


É preciso viver o passado para construir o futuro! 
Francisco Miguel Nogueira



P.S. Esta crónica estará em destaque aqui blogue para dar oportunidade de todos os visitantes de darem a sua opinião sobre a mesma. A sua opinião é importante, PARTICIPE! 

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Crónicas 10 minutos - Tecnologicamente falando

Imagem retirada AQUI

Google dá a conhecer os temas 
mais badalados de 2012

O fim do ano aproxima-se a passos largos e, para alguns, isso significa a extinção do mundo tal como o conhecemos! Mas não é sobre mitos ou crenças que irei falar hoje, mas sim sobre os fatos que dominaram o ano de 2012! 

Não é novidade para ninguém que o motor de pesquisa Google é uma das ferramentas mais utilizadas na Internet e que serve de alicerce base para que a sua empresa seja mundialmente famosa. Entre outras coisas, várias fontes de renome indicam o Google como sendo a página web mais visitada do mundo, uma das marcas mais poderosas um dos melhores lugares para se trabalhar. Adicionalmente, convém não esquecer que é a empresa que lançou o navegador Google Chrome, é a detentora do YouTube e lidera o conjunto de empresas responsáveis pelo sistema operativo Android, para smartphones

Isto tudo para dizer que devemos ter em conta quando esta empresa lança o seu anual Zeitgeist. Zeitgeist, que vem do alemão e significa o espírito da época, espírito do tempo ou sinal dos tempos. Resumidamente, é a tendência de pesquisas registadas naquele motor de busca durante o ano em questão. No entanto, pasme-se, que esta revista anual conta com 1,2 triliões de pesquisas, em 146 idiomas! 

A nível global posso adiantar que ‘nomes’ como Whitney Houston, Gangnam Style, iPad 3, Michael Phelps e Samsung Galaxy S3 estão entre as principais tendências de pesquisa. Eventos ou acontecimentos como o Furacão Sandy, os Jogos Olímpicos de Londres 2012 ou o Euro2012 também não passaram, obviamente, ao lado. 

No site em questão, e consultem o seu link abaixo, podemos fazer uma filtragem por país. Escolhi Portugal e as tendências do nosso ‘cantinho’ são exibidas. Enumerando o top 3 das tendências de pesquisa temos o Euro2012 em primeiro lugar, a Casa dos Segredos leva a ‘prata’ e a cadeia de supermercados Pingo Doce fica em terceiro lugar. Dentro do tema Pessoas, as vencedoras são todas mulheres e por esta ordem: Luciana Abreu, Adele e Rita Pereira. Os atletas mais procurados foram Cristiano Ronaldo, Messi e Neymar. Dentro da categoria “Como fazer…”, as pesquisa que se iniciavam com a frase “como emagrecer”, “como perder barriga” e “como ganhar dinheiro” estão no pódio. Dentro do mundo das aplicações, o Facebook leva a ‘taça’, seguindo-se o também conhecido YouTube e o Dropbox, um serviço para armazenamento de arquivos online

Sugiro que dêem uma vista de olhos ao Zeitgeist, mais que não seja pela curiosidade e deixo-vos com uma pergunta habitual: será que esta revista de Portugal consegue ‘pintar um retrato’ fiel da nossa sociedade? Se sim, qual? 


Video

Ver AQUI




Site do Google Zeitgeist:



Tal como a tecnologia, inove, melhore, evolva! 
João Oliveira 


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MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Crónicas 10 minutos - "Amante da sociedade"

Imagem retirada AQUI


A nossa imagem Facebookiana

Já se interrogou quanto à sua privacidade numa rede social? Quem lê as nossas mensagens? Quem pode utilizar os nossos dados pessoais e intervir no nosso dia-a-dia? E qual a imagem que passamos para os verdadeiros utilizadores do Facebook? Qual será a interpretação de um desconhecido ao verificar pela primeira vez o nosso perfil? 

Já pensou em adicionar apenas quem de facto conhece? Ou, continuará a fingir que é amigo/a de 3000 desconhecidos? 

Tenha cuidados! 

Este artigo destina-se essencialmente a todos os adolescentes, em especial aos meus manos and some other friends! 


Detenho como “verdadeiros utilizadores”, todos os milhares que trabalham por detrás da capa do Facebook, são os que têm acesso a tudo o que postamos e alteramos e teclamos mesmo que em mensagens privadas. De certo modo será uma segurança para todos nós, utilizadores, pois estes senhores/as tentam decifrar possíveis psicopatas, violadores, transgressores da lei em geral. De início era tarefa fácil, de momento parece-lhes algo como achar uma agulha num palheiro, visto que a rede social Facebook, atingiu um patamar já mais estimado! 

Inicio partilhando convosco um exemplo de como o Facebook nos Estados Unidos e em outros Países é um dos métodos mais utilizados quanto á captura de fugitivos pela Policia local. 

O Senhor Crego, alterou-se quando entrou num bar e viu a sua namorada acompanhada por outro simpático, o mesmo não pensou duas vezes antes de agredir o tal novo companheiro da sua atual namorada e atingiu a orbita ocular, isto é, condicionou a qualidade de vida deste, para todo o sempre! Entretanto, tendo consciência do sucedido ignorou as autoridades e como consequência foi dado por fugitivo. 

Mas, mal sabia o Sr. Crego que as autoridades também utilizam o facebook, e meses depois adquiriram toda a informação necessária para efetuar a capturação deste fugitivo, e tudo isso, graças á informação partilhada no mural do seu perfil. Igualmente as autoridades tiveram acesso às conversas privadas, e ao que parece o senhor Crego julgava que jamais seria apanhado, segundo o que escrevia aos amigos! 

Eis que um dia, a Policia aparece-lhe á frente no seu local de trabalho, com o auxílio da rede social mais utilizada, o facebook, e prendendo-lhe em Nova Iorque. 

Contudo, retorno à questão que para mim parece-me primordial analisar e da qual já a alertei numa revista açoriana, a Revista U; Qual a imagem que transmitimos ao desconhecido que verifica pela primeira vez o nosso perfil? Muitos de certo irão responder entre dentes; _ “Não me interessa o que os outros pensam de mim!!”- Ora, será? 

Talvez o jovem Ray Law, não opine de igual modo! Falo-vos de um jovem portador de uma enorme vontade de ajudar os residentes do seu pais e uma vez sendo ele um forte candidato político na campanha que participara, o seu adversário tentou justificar um argumento aos eleitores que Ray Law não seria suficientemente bom para tal! 

E assim foi, bastou dirigir-se ao perfil do jovem no facebook e imprimir algumas das suas fotos quando ainda estudante universitário. Acontece, que tais fotos seriam as provas suficientes para levar o simpático Ray ao fim de uma carreira que ainda nem tinha iniciado! As fotografias expostas no mural em ambiente de festas e de mãozinhas leves, deveriam ser eliminadas logo antes do início da campanha, mas Ray não o fez, porque achava que a sua vida profissional deveria ser posta de lado da sua vida pessoal…mas estava redondamente enganado, pois as pessoas deixaram de o ver como imagem a seguir, mas sim como um promiscuo. Mesmo justificando que seriam fotos da adolescência, não foi suficiente para impedir a sua saída definitiva no ramo politico! 

Já o presidente dos Estados Unidos, Obama, recentemente alertou ao público em geral para não publicarem fotografias intimas, na rede social em questão! 

Em Portugal temos igualmente políticos a utilizar as redes sociais com o intuito de chegar até ao povo, a voz da democracia! Na minha opinião, traduz-se em persuasão até num ambiente descontraído! 

Clive Thompson é um jornalista freelancer, especialista em investigar todas as redes sociais inseridas na Internet e como a vida das pessoas é modificada a partir deste contacto, segundo este senhor, ninguém imagina e nem tão pouco está preparado para as graves consequências da informação que cada um de nós disponibiliza na internet, tanto no facebook, como por via mail, sites e afins! 

Meus amigos, depois desta informação vão continuar a publicar vídeos da vossa intimidade e a escrever promiscuidades? Vamos sim utilizar o facebook com a finalidade de divulgar experiências, partilhar informação, trabalhos, opinar sem ofender terceiros! 

(_ Sapatos?-Sei,…são para os pés e ponto!) 
Autoria de, Marisa Leonardo 

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MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

MEIO CRESCENTE - Workshop chocolate



No Natal surpreenda os seus amigos com 
uma prenda feita por si. Dia 15 dezembro 
esperamos por si!


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Crónicas 10 minutos - Viver o passado para construir o futuro!

Imagem retirada AQUI

O Amante da Rainha, En köngelig affære 


Sempre gostei de romances históricos, sobretudo aqueles que recriam personalidades marcantes e decisivas ou então conhecimentos que marcaram o seu tempo. 

Um dos meus romances históricos favoritos é Young Victoria (Jovem Vitória), um retrato dos primeiros anos da vida da rainha Vitória, os primeiros anos de reinado e a sua paixão pelo seu primo e futuro marido, o Príncipe Alberto. Outro filme que adorei foi o recente Fetih 1453 (Conquista-1453), com o qual fui apresentado ao cinema turco, que me surpreendeu imenso, como já havia contado na minha crónica sobre a história romanceada. Contudo, nestes dois casos, ambos falam sobre algo que eu conhecia, a vida de Vitória, uma das personalidades históricas que mais admiro e o outro com a conquista de Constantinopla, o acontecimento que marca o fim da Idade Média e que é sobejamente estudado e retratado. Apesar disso, apaixonei-me pelas histórias. 

No caso d’O Amante da Rainha (En köngelig affære), além de desconhecer o cinema dinamarquês, pouco conhecia sobre a vida da rainha Caroline Mathilde (Alicia Vikander), nascida britânica, neta e irmã de Reis britânicos, apenas que se casara com o Rei da Dinamarca e que ele era considerado louco. Com estas prerrogativas, assisti ao filme. 

A Rainha Caroline casou-se com apenas 15 anos com Christian VII (Mikkel Boe Følsgaard), um rei que pouco interesse tinha nos seus afazeres e na sua condição real, um boémio que, ao longo do filme, tem atitudes de loucura, talvez esquizofrenia mesmo. Caroline fora criada com os preceitos iluministas e choca com o pensamento arcaico dinamarquês. 

Quando Caroline tem o seu primogénito, Christian VII que pouco se importa com a família, parte numa viagem ao estrageiro. É aí que Christian VII conhece um médico alemão, Johann Struensee (Mads Mikkelsen), designado a tentar ajudar o rei a controlar sua loucura. Desde a primeira cena juntos, que notamos a influência que Struensee tem no Rei. 

Struensee é um intelectual, influenciado pelo iluminismo e a sua entrada na Corte gera inevitavelmente uma aproximação com a Caroline Mathilde que, ao contrário do marido, vê para além dos muros do palácio. Assim, ambos os governantes se encantam pelo médico. Struensee influencia o rei a realizar reformas sociais importantes na Dinamarca e inicia um romance com a rainha. Os dados da história estão lançados e o desfecho torna-se previsível, mesmo para quem não conheça a história real. 

A partir deste momento, o filme esquece da introdução do Iluminismo na Dinamarca e centra-se demasiado no típico triângulo amoroso. A rainha Caroline perde o seu lado progressista e de personalidade forte, ficando presa à imagem de mulher apaixonada e de subjugada ao marido, o que a distancia da imagem real que se tem da rainha. O grande momento deste filme é a degolação de Struensee em praça pública (e mais não digo!). 

O romance é retratado de uma forma mais realista e sem maneirismos. O que é ressaltado pela bela fotografia e a reconstituição de época impecável. Quanto ao elenco, temos um Mads Mikkelsen (Struensee) com uma excelente interpretação, a despertar a atenção como o cuidadoso médico, que consegue seduzir sem ser exatamente um sex simbol. Enquanto isso, Mikkel Boe Følsgaard (Christian VII) consegue balancear o temperamento difícil do rei, sem que o personagem pareça apenas mais um louco a governar um país, mas que seja movido pela impulsividade, o que deturpa a sua realidade dos factos. Fabuloso! 

Quanto à jovem Alicia Vikander (24 anos) consegue exprimir a dor de ser uma mulher com ideias, mas que não consegue ter voz, porém não se deixa cair no “vitimismo” da situação, uma interpretação que tem sido avaliada de várias formas, mas que eu considero boa, pois conseguimos ver no rosto todos os seus sentimentos. 

O filme é dirigido pelo dinamarquês Nikolaj Arcel e já ganhou os prémios de melhor roteiro e de melhor ator para Mikkel Boe Følsgaard no último Festival de Berlim, além que o filme foi escolhido para representar a Dinamarca Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2013. 

Dou a nota de 7/10 e aconselho a verem…nem que seja para conhecerem o cinema dinamarquês e descobrirem um pouco da vida de Caroline, e quem sabe, fazer como eu, ler depois várias coisas sobre ela, e se apaixonar por esta jovem, mesmo com os seus defeitos. A ver! 

Em Portugal, com uma história cheia de “pequenas grandes coisas”, tem de haver mais esforço e vontade, em divulgar a vida das pessoas e dos acontecimentos que marcaram o nosso percurso. É preciso olhar e não ter medo de mostrar aos outros o que nós temos, sem medo de recriar factos de uma história multissecular. Na restante Europa não há medo de se mostrar o passado, também não deveríamos. 


É preciso viver o passado para construir o futuro! 
Francisco Miguel Nogueira 

P.S. Esta crónica estará em destaque aqui blogue para dar oportunidade de todos os visitantes de darem a sua opinião sobre a mesma.A sua opinião é importante, PARTICIPE! 

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!