segunda-feira, 21 de outubro de 2013

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(imagens retiradas da internet)



Cheiro dos bebés reforça laço com as mães

O cheiro dos bebés desencadeia, nas mães, um mecanismo de dependência associado à dopamina, que reforça a relação maternal. A investigação da Universidade de Montreal, no Canadá, provou ainda que o odor dos recém-nascidos provoca reações neuronais tanto em mulheres que sejam mães como naquelas que não têm filhos. 

Para realizar o estudo, publicado em Setembro no jornal científico "Frontiers in Psychology", os investigadores usaram dois grupos, de quinze mulheres, expostas aos odores de recém-nascidos, enquanto eram, igualmente, sujeitas a testes de imagens cerebrais. “O primeiro grupo era composto por mulheres que tinham sido mães três ou seis semanas antes do estudo, o segundo, por mulheres que nunca tiveram filhos”, contextualiza o artigo. Johannes Frasnelli, investigador e professor na Universidade de Montreal que participou na investigação, explica que a novidade que a experiência traz tem a ver com a ativação do circuito neurológico de recompensa.
Nas mães, o cheiro dos bebés ativou os mesmos sistemas neuronais que são ativados quando saciamos uma fome compulsiva ou quando um viciado recebe a sua droga. Trata-se de saciar um desejo. “O que mostrámos, pela primeira vez, é que o odor dos recém-nascidos ativa o circuito neurológico de recompensa das mães", adianta o investigador. 
De acordo com o comunicado da universidade, ambos os grupos (mães e mulheres sem filhos) sentiram o odor com a mesma intensidade. Contudo, as imagens cerebrais mostraram uma maior ativação no sistema dopaminérgico (associado à produção de dopamina), nas mães, em comparação às mulheres que nunca tiveram filhos. “Esta estrutura tem um papel na aprendizagem da recompensa”, explicou o Johannes Frasnelli ao jornalista. “É este circuito que nos faz desejar certo tipo de comida e que causa o vício do tabaco ou de outras drogas”, acrescenta.

Funções maternais reforçadas pelo odor

Como se lê no artigo, as funções maternais, como amamentar ou proteger são, assim, reforçadas pelo odor dos recém-nascidos. Este “cheiro” típico dos bebés desencadeia respostas motivacionais e emocionais nas mães. 
O estudo não conseguiu explicar se a “ativação do sistema dopaminérgico, nas mães, tem a ver com uma resposta orgânica, relacionada com o nascimento em si, ou se é uma consequência de uma experiência de olfato, desenvolvida entre as mães e os seus próprios bebés.” Da mesma forma, desconhece-se se esta é uma reação específica das mães, uma vez que os homens não foram incluídos na experiência. “O que nós sabemos e o que é novo é que existe uma resposta neurológica relacionada com estatuto de mãe biológica”, conclui o investigador. 

Clique AQUI para aceder ao comunicado da Universidade (em inglês).


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