domingo, 6 de outubro de 2013

Made in Português!

(imagem retirada internet)



40 editoras portuguesas na Feira do Livro de Frankfurt

O Brasil é o convidado especial deste ano da Feira do Livro de Frankfurt (Alemanha), que decorre de 09 a 13 de Outubro. Portugal marca presença neste importante evento literário com a deslocação de 40 editoras. O jovem escritor português Samuel Pimenta lançará, nesta feira, o seu primeiro livro de poesia, através de uma editora brasileira.
Segundo a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), em 2012 a Feira do Livro de Frankfurt teve mais de 7.000 expositores, provenientes de mais de uma centena de países e contou com mais de 300.000 visitantes, entre profissionais do sector e público em geral. Nesta edição, a APEL, que marca presença na feira há cerca de 40 anos, vai manter a localização privilegiada junto à entrada do Hall 5.1, no stand E7, ao lado da Espanha e Itália.
O pavilhão português vai contar com a presença de vários editores que continuam a apostar neste evento como uma montra privilegiada para a promoção dos seus catálogos e serviços. Este ano, 40 editoras nacionais estarão representadas no certame.

Jovem escritor português edita livro em Frankfurt

No dia 12 de Outubro, Samuel Pimenta, autor português de 23 anos, lança o livro “Geo Metria” na Feira do Livro de Frankfurt, através da editora brasileira “Literarte – Associação Internacional de Escritores e Artistas”. O primeiro livro de poesia do autor é prefaciado pela escritora angolana Ana Paula Tavares e tem na capa uma imagem do artista plástico João Saramago.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, o autor explica que contactou editoras portuguesas no sentido de editar a obra em Portugal mas não obteve resposta, pelo que aceitou a proposta da brasileira Literarte. Entretanto, depois de ter anunciado que iria a Frankfurt, o autor revela que foi contactado por algumas editoras portuguesas e vai avançar com a edição do livro “O relógio”, premiado no Jovens Criadores 2012, pela Livros de Ontem. 

Frankfurt é brasileiro

Como país convidado, o Brasil vai estar em força no evento. Aliás, desde o final de Agosto, a cidade alemã tem recebido uma forte programação de artes brasileiras nos museus, bibliotecas, cinemas e praças públicas. Na Feira de Frankfurt serão apresentados 260 livros do Brasil, entre eles 117 obras que foram traduzidas para o alemão, muitas delas com ajuda do "Programa de Apoio à Tradução e Publicação de Autores Brasileiros no Exterior".
O programa iniciado em 2010 teve um orçamento de 93 mil reais no seu primeiro ano e aumentou gradualmente até chegar aos 2 milhões de reais (cerca de 650 mil euros) de 2013, ainda em execução. Desde 2010 a Alemanha é o país que mais aproveitou os incentivos, com 82 obras traduzidas, seguida pela Espanha, com 46, e França, com 41.
Clique AQUI para consultar a lista completa de editoras portuguesas participantes.


Tratamento testado em Coimbra eficaz contra cancro

Um grupo de investigadores búlgaros demonstrou a eficácia de um tratamento à base de um cogumelo no combate ao cancro do colo do útero, confirmando, desta forma, os resultados de um estudo iniciado em Coimbra. A notícia foi avançada à Lusa pelo médico José Silva Couto, ginecologista que atualmente trabalha no setor privado mas já desempenhou funções de diretor da Unidade de Patologia Cervical do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, época em deu início à investigação. 
Em 2008, José Silva Couto revelou que tinha realizado aquele estudo com 43 mulheres acompanhadas no hospital onde trabalhava, às quais foi feito, durante um ano, um tratamento com um extrato natural do cogumelo "Coriolus Versicolor" que, agora, demonstrou ter também "grande eficácia" em pacientes de diversas cidades da Bulgária. 
Em Portugal, a investigação foi realizada em coautoria com Daniel Pereira da Silva, então diretor do Serviço de Ginecologia do IPO de Coimbra, e prosseguiu, depois, na Bulgária, sob orientação de Todor Chernev, professor do Hospital Universitário de Obstetrícia e Ginecologia de Sófia.
Ao longo de dois anos, a equipa de Chernev efetuou, naquele país, o mesmo tratamento, num projeto de investigação que envolveu cerca de 200 doentes. "Foi um trabalho de confirmação da linha de investigação iniciada em Coimbra", congratulou-se José Silva Couto, adiantando que o estudo deverá prosseguir futuramente noutros países europeus.

Tratamento teve também "grande eficácia" em Portugal

Há cinco anos, aquando da realização do estudo em pacientes portuguesas, o médico apresentou o impacto terapêutico de um comprimido à base do 'Coriolus Versicolor' - cujo "efeito imunomodulador" era conhecido em várias antigas culturas da Ásia - no combate ao cancro do colo do útero. "A biomassa do 'Coriolus Versicolor' é um imunomodulador não específico e, como tal, usada como coadjuvante nutritivo para equilíbrio do sistema imunitário em pacientes submetidos a quimioterapia e radioterapia", explicou, à data, o especialista.
Os investigadores conseguiram demonstrar que o extrato do cogumelo teve "grande eficácia, quer na regressão da displasia (lesão de baixo grau), quer no desaparecimento do HPV de alto risco" nas 43 mulheres estudadas, que apresentavam lesões cervicais provocadas pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV, na sigla em inglês) confirmadas através de citologia, colposcopia e biopsia.
As pacientes foram divididas ao acaso em dois subgrupos: as 22 pacientes do primeiro grupo receberam suplementos de 'Coriolus Versicolor' durante um ano, tomando seis comprimidos por dia, num total de três gramas; as restantes 21 doentes, que faziam parte do grupo de controlo, não receberam qualquer tratamento.
José Silva Couto e Daniel Pereira da Silva acabaram por concluir que, além do "impacto positivo" na regressão das lesões de baixo grau, o suplemento feito a partir do cogumelo pode ajudar também as doentes sujeitas a tratamento por lesões de alto grau, quando "o HPV de alto risco persiste após a cirurgia".
Notícia sugerida por Elsa Martins


Série de produtora portuguesa nomeada para Emmy

“Beat Girl”, um projeto multiplataforma da produtora portuguesa beActive, nasceu em Junho de 2012 e tem vindo a conquistar o público internacional nos vários formatos. A série televisiva do projeto está agora nomeada para um Emmy Kids, na categoria de Melhor Série. Filmada em Dublin, no ano passado, a série resulta de uma co-produção portuguesa e irlandesa - um projeto pensado pelo produtor da beActive, Nuno Bernardo, e co-produzido com a irlandesa Triona Campbell. Atualmente, a série está disponível no iTunes, na Europa. 
Em comunicado no site oficial, a produtora explica que a “Beat Girl” é já um sucesso transversal, com um filme (que estreou em Maio deste ano em vários países, incluindo nos EUA), uma série de televisão, um livro e um jogo para smartphones. A protagonista é Heather, interpretada por Louise Dylan, uma jovem que está dividida entre seguir as pegadas da mãe, enquanto pianista clássica, e mergulhar no mundo da música eletrónica. A beActive tem escritórios em Lisboa, Dublin, Londres e São Paulo. Esta é já a segunda nomeação da beActive nos Emmy, a primeira chegou em 2010 com o thriller “Castigo Final”, co-produzido com o Brasil. 
Nos Emmy Kids, também na categoria de Melhor Série, a "Beat Girl" compete com produções do Brasil, Japão e Dinamarca. A cerimónia de entrega dos Emmys dedicados aos mais novos tem lugar em Nova Iorque, em Fevereiro de 2014.
Clique AQUI para consultar a lista completa dos nomeados.


Mais duas universidades lusas entre as melhores

As Universidades do Porto e do Minho estão entre as melhores instituições de ensino superior do mundo no 'ranking' de 2013 da Times Higher Education, divulgado esta quarta-feira. O mesmo elege, todos os anos, as 400 melhores universidades a nível mundial e é liderado pelos EUA e Reino Unido. Com base em 13 indicadores que avaliam cinco diferentes áreas (aprendizagem, investigação, transmissão de conhecimentos, inovação e capacidade de internacionalização), este que é um dos mais prestigiados 'rankings' internacionais determina, todos os anos, quais as 400 melhores instituições universitárias do mundo. 
Comparativamente com os resultados de 2012, Portugal fica a contar com menos uma universidade na lista. Este ano a Universidade de Aveiro não faz parte do 'ranking', reduzindo para dois o número de estabelecimentos de ensino portugueses a figurar na lista. Cenário idêntico na generalidade das instituições europeias, cujo número também está em quebra, enquanto que os representantes asiáticos têm vindo a crescer de ano para ano. No caso das instituições portuguesas, apenas se sabe que as mesmas ocupam posições semelhantes às do ano passado, ou seja, na última faixa do 'ranking', entre os lugares 350 e 400, uma vez que a Times Higher Education não hierarquiza as instituições abaixo do 200º classificado. 
O grande destaque do 'ranking' vai para as sete universidades norte-americanas e três britânicas que dominam o top 10 da lista, sendo que, nos primeiros lugares da lista, figuram as mesmas instituições que no ano passado.
O California Institute of Technology lidera a tabela pelo terceiro ano consecutivo, enquanto que o segundo lugar é partilhado por Oxford e Harvard, estando a universidade de Stanford a fechar o pódio.
Consulte AQUI o 'ranking' completo da Times Higher Education.


Mata Nacional do Buçaco ganha certificação mundial

A Mata Nacional do Buçaco acaba de tornar-se a primeira mata nacional em Portugal a receber a certificação internacional de gestão florestal atribuída pelo prestigiado Forest Stewardship Council - FSC®, certificação que, além de garantir a sustentabilidade do espaço, deverá atrair mais turistas ao local.  A notícia da atribuição da certificação foi revelada esta semana, em comunicado, pela Fundação Mata do Buçaco, que explicou que o processo com vista a submeter a certificação internacional teve início há cerca de um ano, envolvendo a consulta e apoio de várias unidades, entre as quais o Grupo Unimadeiras e a Universidade de Aveiro, que há mais de uma década trabalha no local.
Segundo a Fundação, a certificação da gestão florestal "tem como objetivo primordial a promoção da gestão sustentável da floresta, que compreende a sua utilização tendo em conta tanto os aspetos económicos, como os ambientais e sociais", trazendo "inúmeros benefícios".
Entre estes benefícios, adianta o comunicado, estão assegurar uma gestão florestal sustentável, promover a empregabilidade e rentabilidade dos espaços florestais, criar 'referência' reconhecível a nível regional, nacional e internacional, garantir a qualidade dos serviços e produtos explorados e aumentar a visibilidade do espaço, estimulando o turismo e a economia local e regional.
A Fundação Mata do Bucaço "está assim inequivocamente comprometida em assegurar a manutenção da saúde e vitalidade dos ecossistemas florestais, das suas funções produtivas, e ainda a conservação e melhoria adequada da diversidade biológica", além de estar "também obrigada a uma correta gestão das relações de vizinhança, mantendo e melhorando as funções e condições socioeconómicas da região onde se insere".

Certificação internacional é "um grande orgulho"

Em declarações à Lusa, António Jorge Franco, presidente da Fundação Mata do Bucaço, afirmou que a certificação é o "reconhecimento de todo o trabalho realizado pelos colaboradores e parceiros", sobretudo nos últimos quatro anos, desde a criação da entidade gestora. "É um grande orgulho saber que entidades externas reconhecem o trabalho efetuado", considerou, dizendo acreditar que a certificação vai trazer à mata um aumento do número de turistas, número que, nos últimos anos, se situou nos 200 mil (cerca 40% dos quais estrangeiros). Além disso, António Jorge Franco antecipou ainda que, agora, mais parceiros se juntem à Fundação, e falou em "mais responsabilidades" em consequência deste reconhecimento. "A mata vai ser um espaço devidamente cuidado, seguindo as regras de sustentabilidade da floresta, biodiversidade, respeito pelos ecossistemas e conservação do meio ambiente", garantiu.
Clique AQUI para fazer uma visita virtual à Mata do Buçaco. 


Animação: Projetos lusos lideram concurso mundial

Portugal conta com três projetos entre os dez finalistas do concurso de animação internacional Animation Talent Award 2013, na Alemanha, que oferece as receitas de uma campanha de 'crowdfunding'. Os mesmos foram eleitos entre mais de 200 submissões e lutam, agora, por um lugar no pódio. Ricardo Dias, Maksym Snigirov e Pedro Miguel Resende (em parceria com dois animadores espanhóis, Carlos Quesadas e Helena Vizcaino) são os nomes que assinam os vídeos nacionais que apresentam a curta-metragem de animação idealizada por cada um deles consoante a música escolhida de entre um leque fornecido pela organização. 
Só depois de vencer a competição é que o candidato vai ter a possibilidade de concretizar a ideia apresentada, graças à oferta de uma subscrição anual no programa informático Adobe Creative Cloud (que será atribuído aos três primeiros classificados) e a 2.500 euros adicionais, recolhidos através de crowdfunding pela ARTE Creative para ajudar o vencedor com os custos de produção. Cabe ao público decidir, através da votação online, quais as três ideias que vão receber uma subscrição grátis no Adobe Creative Cloud e qual o grande vencedor que poderá ver a ideia concretizada com um 'budget' adicional de 2.500 euros. 
O Animation Talent Award é organizado pela International Academy of Media and Arts Halle, em parceria com empresas de renome como a Adobe, Universal Music, ARTE Creative, Wacom e Maxon.
Saiba mais AQUI.


Medalhas de prata e bronze nas Olimpíadas da Física

Os estudantes portugueses que representaram Portugal nas Olimpíadas Ibero-Americanas da Física, em Santo Domingo, na República Dominicana conquistaram uma medalha de prata, outra de bronze e ainda duas menções honrosas. A competição decorreu de 22 a 29 de Setembro e contou com a participação de cerca de 70 alunos do ensino secundário de 19 países diferentes do espaço ibero-americano. A prova consiste em dois "longos e difíceis exames" (um teórico e outro prático), onde cada um dos estudantes põe à prova os seus conhecimentos na área.
Em comunicado enviado ao Boas Notícias, a equipa de docentes que acompanhou a delegação ao outro lado do Atlântico refere que "os níveis de conhecimentos requeridos para realizar estas provas vão muito além do programa do secundário de Física", exigindo aos alunos "muito esforço e dedicação durante a fase de preparação". Segundo os docentes, João Machado, vencedor da medalha de prata, ficou mesmo "a cinco centésimas da medalha de ouro" e Alexandre Truppel, que arrecadou a medalha de bronze, "ficou também a escassas cinco centésimas da medalha de prata". 
A prestação portuguesa valeu ainda duas menções honrosas para Ana Luísa Carvalho e João Filipe Costa, ambos de Aveiro, cujo desempenho os deixou "muito, muito próximos de uma medalha (de bronze)".  Fernando Nogueira e Orlando Oliveira, professores na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), acompanharam os alunos lusos e contam que "as questões da prova teórica eram mais académicas do que o habitual". 
Mesmo assim, "atendendo ao facto de que a maioria dos temas abordados não consta sequer dos programas oficiais do ensino português, ficou bem evidente o trabalho individual de preparação que estes alunos portugueses realizaram ao longo do ano, para além do plano curricular".


Jovens cientistas portuguesas recebem prémio europeu

Uma caixa de medicamentos inteligente valeu às jovens Jéssica Marques, Jéssica Santos 8ambas com 17 anos) e Soraia Gaspar (de 20 anos) o prémio de originalidade European Patent Office (EPO) na 25ª Final Europeia do European Union Contest for Young Scientists (EUCYS), que decorreu este mês em Praga. “SmartKit” é uma caixa de medicamentos inteligente que auxilia o paciente no processo diário de tomada de medicação, permitindo que este processo se efetue com mais segurança. 
A caixa vem com um sistema de alerta sonoro e visual que informa o paciente do horário e medicamentos a tomar e produz ainda relatórios que poderão ser monitorizados pelos cuidadores. A programação pode ser efetuada no próprio equipamento ou à distância (a partir de um PC ou de um telemóvel). Foi a Fundação da Juventude que levou as jovens até à República Checa para participarem na Final, de onde acabaram por sair premiadas. O projeto destas jovens da Escola Profissional de Rio Maior foi coordenado pela professora Maria João Maia.
O prémio EPO destina-se a incentivar o desenvolvimento de qualidades que distinguem os inventores de sucesso. Esta distinção inclui uma visita a Munique de cinco dias para visitar o Escritório Europeu de Patentes (European Patent Office - EPO) e o património cultural da cidade.
Na Final Europeia do EUCYS participaram 126 jovens, vindos de 37 países. Os vencedores foram selecionados pelo júri internacional de entre 85 projetos participantes. Além da cerimónia de entrega dos prémios, os jovens cientistas tiveram oportunidade de mostrar os seus projetos numa exposição de quatro dias e de participar em diversos grupos de trabalho e conferências paralelas. A Escola Secundária D. Maria II, em Braga, também esteve representada na Final Europeia, com a presença de Ana Lopes, Pedro Oliveira e Sofia Fernandes. O projeto “Astrofísica experimental na área da espectroscopia: Determinação de temperaturas e classificação espectral de estrelas” foi coordenado pelo professor João Paulo Vieira.
Estes dois projetos foram os primeiros classificados do 21º Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores, organizado pela Fundação da Juventude, cuja Mostra Nacional de Ciência se realizou entre 30 de maio e 1 de junho de 2013, no Museu da Eletricidade em Lisboa. Uma das participações internacionais do concurso era exatamente a participação na Final Europeia do EUCYS.


Cancro: Fundação europeia apoia investigação lusa

A Fundação Europeia Astellas acaba de conceder um apoio de cerca de 110 mil euros a uma equipa de especialistas de Coimbra para que esta possa dar continuidade a um estudo sobre o cancro da bexiga. Os investigadores portugueses garantiram o financiamento através da vitória num concurso onde participaram 67 projetos oriundos de 18 países. Em declarações à Lusa, Célia Gomes, investigadora do Laboratório de Farmacologia e Terapêutica Experimental (LFTE) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC)/Instituto Biomédico de Investigação da Imagem e Luz (IBILI) e coordenadora do estudo, explicou que o mesmo pretende "avaliar o efeito anti-tumoral da terapia adotiva com células NK ('natural killer') no tratamento do carcinoma da bexiga".
Segundo a cientista, a investigação foca-se principalmente na "capacidade de eliminar as células estaminais cancerígenas" e em "identificar os mecanismos subjacentes à morte celular induzida pelas células NK", também conhecidas por "células exterminadoras", utilizando-se, para isso, "um modelo animal clinicamente relevante e com elevado potencial translacional para uso clínico".
"Pretendemos com este trabalho vir a contribuir para o desenvolvimento de uma nova abordagem terapêutica baseada na imunoterapia com potencial de aplicação no tratamento do carcinoma da bexiga", esclareceu Célia Gomes, garantindo que o prémio da Fundação Astellas "vem na hora certa", já que vai "permitir avançar para uma nova fase do trabalho", e mostrando-se otimista em relação à "grande relevância" que o estudo pode vir a ter "na terapia adotiva com células NK".
O apoio em causa, concedido este ano pela primeira vez e que vai beneficiar o projeto "Terapia adotiva com células NK tendo como alvo as células estaminais do carcinoma da bexiga: impacto na progressão tumoral utilizando um modelo animal ortotópico humanizado", complementa a subvenção da Fundação Europeia Astellas para Urologia Funcional/Uro-Ginecologia que é atribuída anualmente desde 2006. Além de Célia Gomes, a equipa integra também Flávio Reis do LFTE da FMUC/IBILI, Margarida Teixeira, doutoranda em Ciências da Vida da FMUC, Belmiro Parada, do Serviço de Urologia e Transplantação Renal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Paulo Santos, do Instituto de Imunologia da FMUC, e Christian Munz, do Instituto de Imunologia Experimental da Universidade de Zurich.


Português vence prémio internacional de fotografia

O português Tito Mouraz foi um dos vencedores da última edição do Prémio Internacional de Fotografia Emergentes DST, cuja cerimónia decorreu este sábado, no âmbito dos Encontros da Imagem de Braga. Numa decisão inédita tomada pelo júri do concurso, o fotógrafo português foi eleito vencedor juntamente com a belga Sanne de Wilde, tendo em conta a excelência dos portefólios apresentados a concurso. Nesta que foi a sua quarta edição, o concurso de fotografia Emergentes DST recebeu mais de 400 candidaturas, a maioria das quais estrangeiras. A entrega dos prémios aconteceu numa gala no Theatro Circo, em Braga, onde os trabalhos do japonês David Favrod e do espanhol Alvaro Laíz também foram reconhecidos. 
Sanne de Wilde nasceu em 1987 e estudou na Academia Real de Belas Artes de Ghent, na Bélgica. A concurso levou a série 'The Dwarf Empire', uma terra mágica existente na província chinesa de Yunnan, perto do belo lago Dianchi, onde os anões vivem. Já o português Tito Mouraz, nascido em Canas de Senhorim, em 1977, formou-se em Artes Visuais e Fotografia na Escola Superior Artística do Porto. Tito Mouraz dedica-se à fotografia da paisagem transformada de Portugal, às quais acrescenta notas de afeto dedicadas às gentes da sua terra, produzindo, assim, imagens com um denso conteúdo formal e plástico.
O Grande Prémio de Fotografia Emergentes DST é uma iniciativa da empresa Domingos da Silva Teixeira, que visa premiar o melhor portfólio de Fotografia Contemporânea de 2013 com um prémio de 7.500 euros. Do júri de seleção fizeram parte Anna-Kaisa Rastenberger (Curadora Chefe Museu da Fotografia de Helsínquia), Louise Clements (Diretora Artística do Festival Quad&Format, de Derby) e Tina Schelhorn (Diretora da Galeria Lichtblick, em Colónia).
Notícia sugerida por Maria Pandina


Arquitetura: Projeto português vence prémio em Espanha

Um projeto de estacionamento integrado na requalificação do Espaço Robinson, em Portalegre, da autoria dos arquitetos Eduardo Souto de Moura e Graça Correia, foi distinguido, esta semana, com o Prémio de Reabilitação atribuído pela Fundación Pymecon, em Espanha. O júri da III edição do prémio destacou "a intervenção subtil realizada a partir da memória da maquinaria industrial" e o facto do edifício "acompanhar a mudança de paisagem industrial para paisagem cultural".
A escolha do Armazém de Produtos Acabados para adaptação a estacionamento ficou definida no Plano de Requalificação doEspaço Robinson, devido à sua localização estratégica. A relação direta com a rua é reforçada pela relação que estabelece com todos os equipamentos da zona, tornando desnecessária a construção de uma estrutura de raiz com elevados custos, aproveitando as vantagens que oferece esta estrutura ampla, bem iluminada e ventilada, de forma natural. 
A única intervenção necessária correspondeu à introdução dos requisitos infraestruturais e de segurança. Foram mantidas todas as configurações e estruturas existentes como as abóbadas, pilares e máquinas. Dada a sua proximidade à Escola de Hotelaria e às outras unidades de ensino como o Conservatório de Música, a Escola de Artes, Escola de Ballet, o Teatro e os Auditórios, onde se prevê uma grande população jovem, a estrutura Espaço Robinson está preparada para acolher eventos e concertos. 
O premio foi atribuído em ex-aequo com o projeto de reabilitação e adaptação de uma fortaleza, em Badajoz, que foi transformada numa Pousada da Juventude e num centro associativo. O projeto é do arquiteto espanhol Francisco Javier Carpio Villa.


Arquitetura: Jovens portugueses criam portal inovador

Chama-se ArchReady e é um portal inovador 100% português com o propósito de tornar a arquitetura mais acessível. Criada por um grupo de jovens empreendedores nacionais, a plataforma propõe-se ser um ponto de encontro entre clientes e profissionais nas áreas ligadas à arquitetura e construção. Foi da necessidade de quebrar a barreira entre arquitetos e clientes que surgiu a ideia que impulsionou a criação do ArchReady. "O ArchReady é único pela transversalidade da comunicação entre arquitetos, profissionais e clientes", explica o diretor executivo do projeto, André Tamm Correia, em comunicado enviado ao Boas Notícias. 
Além disso, acrescenta o responsável, o ArchReady é único por ser "o primeiro portal onde os arquitetos portugueses podem divulgar e vender os seus projetos para qualquer parte do mundo, e pela interatividade e democratização na relação com o cliente". 
Trata-se, portanto, de um espaço onde os arquitetos portugueses podem dar a conhecer, gratuitamente, os seus produtos e que, ao mesmo tempo, fornece conteúdos didáticos e dá a consumidores e profissionais a possibilidade de avaliação e recomendação de produtos e serviços por outros profissionais e consumidores. "Um cliente pode consultar diversos projetos, fazer uma pesquisa por área ou tipologia, ver as plantas e as imagens, saber quanto custa e o que está incluído antes de comprar um determinado projeto", exemplifica André Tamm Correia. Por outro lado, um arquiteto pode "expor o seu portfolio de uma forma verdadeiramente democrática, pois será o público que irá decidir quais os projectos de que gosta".
Segundo o diretor executivo do ArchReady, disponível em português e inglês, "a atual crise tornou mais evidente que algo tem de mudar como a arquitetura é divulgada". Os mentores desta plataforma querem, portanto, "divulgar as diversas valências da arquitetura e o modo como esta pode contribuir para mudar a vida das pessoas". 

Balanço inicial do projeto é "muito positivo"

O desenvolvimento do projeto levou cerca de dois anos e, embora tenha sido lançado recentemente, André Tamm Correia garante que o saldo deste "curto período de tempo" é "muito positivo", não só "pelo número de visitas ao site como pelo sucesso da página de Facebook". Por enquanto, a plataforma é, sobretudo, procurada por profissionais, apesar de também ter "uma boa aceitação por parte do público, principalmente via Facebook".
"As reações da parte de arquitetos têm sido bastante positivas", em especial "entre aqueles mais experientes e com uma carreira construída, o que não deixa de ser muito curioso", aponta o responsável. "Alguns destes arquitetos estão inclusivamente a preparar alguns projetos que pretendem vender online através deste portal", desvenda.
De acordo com André Tamm Correia, o crescimento do portal passará por "um trabalho contínuo que tem de ser feito a nível de melhoramento e aumento das capacidades do ArchReady", sendo que o tempo será um fator fundamental. "Temos uma lista enorme de novas ideias a implementar, mas precisamos de tempo para as poder colocar em prática", conclui.
Clique AQUI para conhecer o portal ArchReady


EUA: Bailarino luso estreia espetáculo em Nova Iorque

Nos EUA, a companhia Edgar Cortes Dance Theater acaba de estrear um espetáculo de dança moderna inspirado em Portugal e nas suas tradições no prestigiado Riverside Theater, em Nova Iorque. "Não é um espetáculo sobre a história do país e sim sobre o que Portugal significa para mim", conta Edgar Cortes, fundador daquela academia norte-americana. Naquele que é o seu primeiro trabalho de dança contemporânea sobre o seu país natal, o coreógrafo usa "elementos base lusos como o folclore, o fado e o corridinho do Algarve". 
Em declarações à Lusa, o português explica que o nome do espetáculo, 'SOL-I-DÓ', "é um jogo de palavras com uma canção que toda a gente conhece e duas palavras que ajudam a definir o país: sol e dó." Ao fim de mais de um ano de trabalho, três bailarinos (incluindo o próprio) e oito bailarinas sobem finalmente ao palco para dar a conhecer mais de Portugal através da arte e da dança. "É bom e, ao mesmo tempo, estranho apresentar este espetáculo. Foi algo que sempre quis - dar a conhecer o meu país num espetáculo sobre ele - e estou muito feliz por, finalmente, o conseguir fazer", disse o coreógrafo. 

Talento português em Nova Iorque há 18 anos

Edgar Cortes estudou no Conservatório Nacional, em Lisboa, trabalhou no Ballet Gulbenkian, na Companhia Nacional de Bailado, na Escola Superior de Teatro e Dança e na Companhia de Dança de Lisboa. Em 1995, recebeu uma bolsa da escola de da dança contemporânea Martha Graham e mudou-se para Nova Iorque. Nos EUA, foi ainda bolseiro da Joffrey Ballet School e convidado para trabalhar com diversos coreógrafos e companhias, como Pearl Lang Dance Theater, Sophie Maslow, Jeanette Hemstad, Analysis Dance Company, Chen & Dancers, Nai-Ni Chen Dance Company, Ralf Jaroesenski, Sensedance e Mark Dendy.
A nível internacional, foi coreógrafo no Laboratorio de Danza Contemporanea, em Caracas, e no Les Ballets Trockadero, de Monte Carlo, que lhe permitiram atuar nos Estados Unidos, Japão, Austrália, Canadá, África do Sul e vários países europeus e da América Central.
Enquanto coreógrafo, apresentou ainda o seu trabalho em espaços como o estúdio Merce Cunningham, o La Mama Experimental Theater Club e a Underworld Productions. Em Janeiro de 2009, em Nova Iorque, fundou a sua própria companhia - a Edgar Cortes Dance Theater.
Notícia sugerida por Maria Pandina

Créditos: Boas Noticias

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