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Livros a ler antes de morrer
(Parte 2)
Ler é sonhar pela mão de outrem. Ler mal e por alto é libertarmo-nos da mão que nos conduz. A superficialidade na erudição é o melhor modo de ler bem e ser profundo.
Fernando Pessoa
Ler é mais do que um exercício mental. É uma forma única de perscrutar os corações e almas alheios. Ao escrever um livro, o autor abre-nos uma porta para dentro de si mesmo, quer seja essa a sua intenção, quer não. Assim, o livro é algo mais do que pessoal, é algo íntimo: um vislumbre para a construção interna do autor.
Há livros que marcam. Que nos ficam presos na memória, jamais saindo da sua rede. Esses são os livros que nos marcam. Não são necessariamente os mesmos para todas as pessoas (para isso teríamos de ser todos iguais), são sim um reflexo de quem somos.
Aqui ficam mais cinco sugestões da minha biblioteca mental:
1. Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley
Uma distopia que nos marca, Aldous Huxley apresenta-nos um mundo de castas, de conformismo, consumismo e engenharia genética. Procura explorar até onde poderá ir a ciência e o impacto que a mesma poderá ter nas relações interpessoais.
2. 1984 de George Orwell
Outra distopia, desta vez sobre o controlo governamental e o seu impacto nas vidas das pessoas. A inspiração (deturpada) do programa Big Brother, alerta-nos para os perigos do excesso de poder estatal, para o totalitarismo, para o controlo excessivo. Daqui vem a célebre frase “Big brother is watching”.
3. Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marquéz
Trata-se de uma história que acompanha as várias gerações de uma família. Os mesmos residem numa vila fictícia, desde a sua fundação, e o desenvolvimento da mesma está interligada e interdependente do destino da família.
O realismo mágico de Garcia Marquéz eleva-se a novos patamares, envolvendo-nos num surrealismo que envolve a história e as suas personagens. A repetição dos mesmos nomes ao longo de várias gerações alimenta esse elemento surreal.
4. Lisboa Triunfante de David Soares
O livro leva-nos a viajar por uma Lisboa que é ao mesmo tempo fria, cinzenta, horrivel e mágica, cintilante e bela. Está povoado por elementos do fantástico, por personagens históricas e complexas que absorvem a nossa atenção. A escrita de David Soares é rica, simbólica, quase lírica.
5. O Livro do Desassossego de Fernando Pessoa
Um clássico literário português, pouco há mais a acrescentar sobre o mesmo. Uma obra a ler e a reler.
Deixei-vos as minhas sugestões. E quanto a vocês? Quais são os vossos favoritos? Na vossa opinião, quais são os livros que tenho de ler antes de morrer?
Seja você mesmo, seja livre!
Crónica de Márcia Leal
P.S. Esta crónica estará em destaque aqui no blogue até a próxima crónica para dar oportunidade de todos os visitantes lerem e darem opinião sobre a mesma. O seu comentário é importante, PARTICIPE!
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