terça-feira, 29 de maio de 2012

Descoberta proteína que pode combater obesidade

(imagem retirada da internet)


Investigador português descobre proteína que pode combater obesidade 

Um investigador português da Universidade de Santiago de Compostela descobriu uma proteína que age sobre o cérebro e o tecido gordo do organismo, acelerando a queima de gorduras, o que pode ser utilizado para combater a obesidade. 

O estudo faz parte da tese de doutoramento de Luís Martins, que disse à Agência Lusa que a proteína BMP8B age sobre uma parte do cérebro - o hipotálamo - e sobre o tecido adiposo castanho, responsável pela utilização de gordura armazenada para produção de energia. «Descobrimos, estudando em ratinhos, que na ausência dessa proteína existe uma maior probabilidade de engordar. Utilizámos ratinhos sem o gene dessa proteína, que foram alimentados com muita gordura e engordaram mais do que os outros, que têm a proteína», explicou. O tecido adiposo castanho «não armazena gordura, utiliza os lípidos acumulados no tecido adiposo branco para produzir energia», através de um fenómeno chamado termogénese, e o estudo prova uma relação entre a proteína e uma aceleração do metabolismo.

A proteína age também sobre o cérebro, como comprovou o investigador ao injectá-la na cabeça dos ratos, e assim descobrindo que «existe uma comunicação a partir do hipotálamo, através do sistema nervoso simpático [responsável pelo metabolismo corporal] até ao tecido adiposo castanho, que é activado e aumenta o consumo de gordura». Uma das vantagens da proteína BMP8B é que o aumento de metabolismo que induz não leva ao aumento da vontade de comer para compensar a energia que é consumida, pelo que é promissor para eventuais tratamentos da obesidade. «São resultados muito preliminares, é preciso averiguar se teria a mesma função em humanos. Se tiver, seria a forma ideal de activar o tecido adiposo castanho», indicou.

O investigador referiu que isso é outro nível de investigação, usando outro tipo de animais, para o qual as conclusões da sua tese de doutoramento abrem a porta.

Créditos: Lusa/SOL/Sociedade

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