(imagem retirada da internet)
A 65.ª edição do Festival de Cinema de Cannes começa esta quarta-feira, em França, à sombra da imagem iconográfica da actriz Marilyn Monroe, e a cidade transforma-se na «Meca do glamour e do cinema».
É assim que a agência France Press descreve agora a cidade da costa azul francesa, porque muita coisa acontece no festival para lá das estreias mundiais. O festival, que se associa aos 50 anos da morte da actriz Marilyn Monroe, vai abrir na quarta-feira em tom de comédia, com Moonrise Kingdom, de Wes Anderson, que conta com Bruce Willis, Edward Norton, Bill Murray e Frances McDormand.
Em Cannes são esperadas várias estrelas de cinema, como Brad Pitt, a propósito do filme Killing them softly, Kristen Stewart, por causa de On the road, Sean Penn, que dará um jantar a favor do Haiti, e Robert Pattinson, por Cosmopolis, de David Cronenberg. Cosmopolis, produzido por Paulo Branco, é um dos filmes aguardados no festival e, por conta dele, em Cannes, vão estar os portugueses Dead Combo, que actuarão no dia 25, na festa da estreia mundial da longa-metragem.
A competir pela Palma de Ouro estão ainda vários realizadores premiados, entre os quais Michael Haneke, que apresenta Amour, com Jean-Louis Trintignant, Isabelle Huppert e Rita Blanco, no elenco, Abbas Kiarostami, Ken Loach e Cristian Mungiu. Kiarostami competirá com Like someone in love, Ken Loach, comThe angel's share, e o romeno Cristian Mungiu, com Beyond the hills.
A selecção motivou um grupo feminista a acusar a direcção do festival de sexismo, por não terem sido incluídas realizadoras na competição. Thierry Frémaux, da organização do festival, viu-se obrigado a justificar as escolhas e a alertar que o problema da discrepância entre homens e mulheres na realização não se resume a Cannes, mas à produção internacional no seu conjunto.
O júri da secção principal será presidido pelo realizador italiano Nanni Moretti.
Nesta edição, o Brasil terá uma presença reforçada com o realizador Walter Salles, na competição oficial, com o documentário A Música segundo Tom Jobim, de Nelson Pereira dos Santos, e com as participações dos realizadores Carlos Diegues, Ruy Guerra e Eduardo Coutinho.
Na Quinzena dos Realizadores, evento paralelo ao festival, será exibida a curta-metragem Os vivos também choram, do realizador luso-descendente Basil da Cunha, protagonizada por José Pedro Gomes.
Basil da Cunha, filho de pai português e mãe suíça, volta a ser seleccionado depois de ter participado na Quinzena dos Realizadores em 2011, com Nuvem.
Na semana da crítica, outro dos eventos paralelos, o júri das curtas-metragens é presidido pelo realizador português João Pedro Rodrigues.
À margem do festival, mas aproveitando todas as atenções que estarão centradas em Cannes, será exibido, na cidade, no dia 24, o filme O cônsul de Bordéus, de Francisco Manso e João Correa, sobre a vida do Aristides de Sousa Mendes.
O encerramento do festival, no dia 27, será com o filme Thérèse D., do realizador francês Claude Miller, que morreu em Abril.
Créditos: Lusa/SOL/Cultura
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