segunda-feira, 6 de maio de 2013

Made in Português!

(imagem retirada da internet)




Um português entre os 10 finalistas do Prémio Jovens Maestros

A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) divulgou os dez directores de orquestra escolhidos, entre os 145 candidatos, do Prémio Jovens Maestros, que prestarão provas eliminatórias entre 15 e 18 de Maio, em Lisboa.

Os dez escolhidos pelo júri, constituído pelos maestros Cesário Costa e Joana Carneiro e pelo violinista Aníbal Lima, irão dirigir a OML em provas eliminatórias públicas, no dia 15 de Maio, no Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, permitindo ao júri eleger os três finalistas para novas provas, com orquestra e solista. Entre os dez finalistas encontra-se apenas um português, Luís Andrade, da ilha da Madeira, escolhido entre os 35 candidatos nacionais.
Os outros escolhidos, entre as 35 nacionalidades registadas, são Andris Rasmanis, da Letónia, Azis Sadikovic, da Áustria, Benjamin Rous, dos Estados Unidos, Chaowen Ting, da China, Danko Drusko, da Alemanha, Hyun-Jin Yun, da Coreia do Sul, atualmente a estudar na Alemanha, Kornel Thomas, dos Estados Unidos, de origem húngara, Marius McGuinness, de Espanha, e Sebastian Perlowski, da Polónia. O vencedor, que receberá o Prémio Caixa Geral de Depósitos, apresentar-se-á num concerto único à frente da OML, no dia 18 de Maio, no palco principal do São Luiz, e será convidado a fazer parte da programação da temporada 2013/2014 da orquestra.
O concurso destina-se a maestros em início de carreira, até aos 35 anos de idade, e é apresentado pela OML, que o organiza, como "uma oportunidade rara para quem tenta começar na área da direcção musical". "Este concurso pretende por isso abrir mais uma janela para o aparecimento de novos valores, portugueses ou não, dando ainda mais amplitude ao plano pedagógico e prático da Metropolitana, e pensando também a sua projecção internacional", lê-se no comunicado enviado à Lusa.
No comunicado afirma-se que este concurso permite "a revelação de talentos, designadamente, no domínio de uma das disciplinas mais exigentes da interpretação musical, cuja vitalidade tem sido crescente no decorrer dos últimos anos". Neste sentido, sublinha o comunicado a ligação entre a Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO) e a OML, que "tem sido fundamental, em termos da transformação da realidade cultural nacional".
Nas anteriores edições dedicadas ao piano, ao violino e à flauta, foram vencedores, respectivamente, Paulo Oliveira, Ana Pereira e Rui Borges Maia.
Créditos: Lusa/SOL


Souto de Moura recebe Prémio da Fundação Wolf em Israel

O arquitecto Eduardo Souto de Moura vai receber domingo, em Israel, o Prémio da Fundação Wolf 2013 para a área da Arquitectura, numa cerimónia que contará com a presença do presidente israelita, Shimon Peres. Os prémios da Fundação Wolf são atribuídos desde 1978 nas áreas das artes e das ciências, distribuídos pelos campos da agricultura, química, matemática, medicina e física.

Na área das artes há uma rotatividade anual pela arquitectura, música, pintura e escultura, e Souto de Moura será o segundo português a ser distinguido com o galardão, depois de Álvaro Siza Vieira o ter conquistado em 2001. Em Janeiro deste ano a fundação israelita anunciou todos galardoados de 2013, entre eles o arquitecto Eduardo Souto de Moura, 60 anos, distinguido com o Prémio Pritzker em 2011.
Contactado pela Lusa, o gabinete de imprensa da Fundação Wolf indicou que a cerimónia de entrega dos prémios vai decorrer domingo, dia 05 de maio, às 17:00 locais (19:00 em Lisboa), no Knesset (parlamento), em Telavive. Na cerimónia, além do presidente de Israel, Shimon Peres, estarão representantes do parlamento, e o novo Ministro da Educação israelita e presidente da Fundação Wolf, Shai Piron.
Este ano, os cinco prémios são repartidos por oito galardoados de quatro países: Portugal, Estados Unidos da América, Alemanha e Áustria. Eduardo Souto de Moura foi escolhido pelo júri pelo contributo para "o progresso na arte e no campo da arquitectura”.
Nascido em 25 de Julho de 1952, no Porto, o arquitecto licenciou-se em 1980 pela Escola Superior de Belas Artes daquela cidade, integrando o grupo da chamada “Escola do Porto”, com Fernando Távora e Álvaro Siza Vieira. Iniciou actividade em 1980, ano em que recebeu o primeiro prémio pelo seu trabalho, atribuído da Fundação António de Almeida, seguindo-se outras distinções, como o prémio da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA), em 1996, o Prémio Pessoa, em 1998, e o prémio Secil 2004, pelo projecto do Estádio Municipal de Braga.
Este ano também foram galardoados com os prémios Wolf, na área da física, Juan Ignacio Cirac (Alemanha) e Peter Zoller (Áustria), na matemática, ganharam George D. Mostow e Michael Artin (Estados Unidos da América), na química, foi distinguido Robert Langer (Estados Unidos da América) e mais dois cientistas ganharam o prémio na área da agricultura, Jared Diamond e Joachim Messing (Estados Unidos da América).
Até hoje, a Fundação Wolf já distinguiu 253 cientistas e artistas de 23 países, alguns deles vieram a ser mais tarde galardoados com prémios Nobel. O prémio consiste em 100 mil dólares (cerca de 77 mil euros) e um certificado.
Créditos: Lusa/SOL


Na Feira Internacional do Livro de Bogotá venderam-se mais de 10 mil livros de autores portugueses

José Saramago foi o autor mais vendido na livraria do Pavilhão de Portugal, país convidado da Feira Internacional do Livro de Bogotá, que terminou quarta-feira, seguido de Fernando Pessoa e Afonso Cruz.

A Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo), que teve Portugal como convidado de honra, fechou portas, na quarta-feira, com mais 18 mil visitantes do que em 2012. Ao longo dos 14 dias do evento passaram pela FILBo 433 mil pessoas, mais 18 mil do que na edição anterior, altura em que o evento atraiu 415 mil visitantes, indicou a organização. Só na Noite dos Livros, na passada sexta-feira, dia em que a feira promoveu entradas gratuitas entre as 18h e as 22h, passaram pelo pavilhão de Portugal 60 mil visitantes. 
Na livraria do Pavilhão de Portugal, que tinha disponíveis para venda 20.000 exemplares (15 mil em língua portuguesa e 5 mil em língua espanhola), venderam-se mais de 10.500 livros de autores portugueses. O Brasil, país convidado do ano passado, tinha ficado nos 8 mil exemplares de livros vendidos. “Portugal bateu todos os recordes de vendas nos 26 anos de FILBo”, divulgou em comunicado a organização. Entre os autores mais vendidos naquela livraria está em primeiro lugar o prémio Nobel da Literatura portuguesa, José Saramago, seguido de Fernando Pessoa, de Afonso Cruz e do catálogo da exposição de ilustração Como as Cerejas (que podia ser vista no espaço do Pavilhão de Portugal).
Durante os 14 dias da FILBo foram assinados contratos de edição para 10 novas obras de autores portugueses. Entre os autores que terão novas edições colombianas encontram-se Adélia Carvalho, Teolinda Gersão, Carla Maia de Almeida e Afonso Cruz. O Pintor debaixo do Lava-Louça, novela de Afonso Cruz, foi o título mais vendido na feira da Editorial Tragaluz, editora colombiana que editou o livro do autor português naquele país. O mesmo aconteceu com a editora Taller Rocca, que encontrou em Te Me Moriste/Antídoto, de José Luís Peixoto, o seu best-seller (a editora admite que em breve possa ter a primeira edição esgotada). Também as obras de Vasco Graça Moura, Nuno Júdice e Ana Luísa Amaral tiveram vendas “muito expressivas”, segundo a organização.
Créditos: Público/Cultura


Investigadora portuguesa premiada no Reino Unido

Uma investigadora portuguesa acaba de ser premiada pela British Psychological Society (BPS), prestigiada instituição do Reino Unido. Stephanie Batista Rossit foi distinguida por um trabalho desenvolvido no âmbito do seu doutoramento, que mereceu um galardão que distingue contribuições de "excelência" para a Psicologia.

A informação foi transmitida ao Boas Notícias pela própria cientista, que contou ter conquistado o prémio anual "Award for Outstanding Doctoral Research Contributions to Psychology" depois de vários artigos publicados em revistas científicas de referência. O doutoramento de Stephanie Rossit, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), procurou compreender como e onde a informação visual do cérebro é processada para o controlo das ações, o que exigiu a realização de testes com pacientes vítimas de acidentes vasculares cerebrais, bem como o desenvolvimento de competências especializadas de programação e análise.
O trabalho desta investigadora, que desempenha funções de professora universitária no Reino Unido e se licenciou na Universidade do Algarve, já teve também consequências práticas: a terapêutica de reabilitação que desenvolveu está, neste momento, a ser implementada numa clínica em Leipzig, que trata cerca de 800 pacientes com danos cerebrais por ano, depois de ter impressionado um especialista durante uma conferência.

Portuguesa diz-se "muito honrada" com a distinção

"Sinto-me muito honrada por ser a vencedora do prémio de 2012. Este trabalho nunca teria sido possível sem a contribuição dos pacientes que participaram nos meus estudos e, portanto, este galardão é para eles, que me ensinaram muito mais do que qualquer livro poderia ter ensinado", afirmou Stephanie à BPS, depois da atribuição do prémio. "No futuro, gostaria de continuar a investigar o padrão das capacidades de visão dos pacientes com negligência visual e traduzir os resultados em novos métodos que permitam a recuperação deste síndrome severo", acrescentou a investigadora, destacando a ajuda da FCT. " Sem o excelente apoio da FCT, não poderia ter feito o meu doutoramento ou publicado os artigos premiados", garantiu ainda ao Boas Notícias.
Atualmente, Stephanie Rossit é professora na Glasgow Caledonian University, na Escócia, e deverá ingressar em Agosto na equipa da Faculdade de Psicologia da University of East Anglia, em Inglaterra.
Créditos: Boas Notícias


EUA: Investigador português é "estrela em ascensão"

O investigador português Tiago Vaz Maia acaba de ser distinguido pela Association for Psychological Science (APS), prestigiada instituição científica norte-americana, com o título de "estrela em ascensão". Através da sua publicação The Observer, a associação elegeu especialistas de vários países que estão a "impulsionar a ciência para novas direções" na área da psicologia.

A lista, que engloba 20 cientistas, é a primeira de uma série com diversas partes que vai apresentar ao mundo "mais estrelas" das ciências psicológicas. Para já, Tiago Vaz Maia, investigador e professor da Universidade de Lisboa (UL) e da Columbia University, é o único nome nacional em destaque pelo seu trabalho relacionado com os comportamentos automáticos e as estruturas cerebrais que os desencadeiam. "Em termos de processos psicológicos, estou interessado nos comportamentos automáticos, como os hábitos, e nas respostas emocionais, como o medo, com ênfase na forma como esses comportamentos e respostas são aprendidos e podem ser 'desaprendidos'", explica o docente da Faculdade de Medicina da UL em entrevista ao The Observer.
Tiago Vaz Maia, que é também professor assistente de neurobiologia clínica na Columbia University, destaca ainda o seu interesse "nas estruturas que modelam estes processos psicológicos" e salienta que o programa de investigação que desenvolve engloba o estudo de três patologias relacionadas com distúrbios a este nível, nomeadamente o Síndrome de Tourette, o transtorno obsessivo-compulsivo e o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. 

Tentar melhorar vida de milhões é "motivação poderosa"

"Durante o meu doutoramento, fiquei fascinado com a capacidade de teorias de aprendizagem matemáticas/computacionais relativamente simples serem capazes de fornecer explicações únicas para grandes corpos de descobertas psicológicas e neurocientíficas", confessa o investigador, que diz ter-se apercebido da utilidade destas teorias na compreensão na área da psicopatologia. "Esse é, provavelmente, o aspeto mais entusiasmante do meu trabalho. A esperança de ter um impacto direto e significativo na melhoria das vidas de milhões de pessoas que sofrem todos os dias com os problemas que estudo é uma motivação poderosa", acrescenta Tiago Vaz Maia.
Atualmente, o investigador e a sua equipa encontram-se a "arranhar a superfície de um imenso poço de oportunidades" em termos de modelos computacionais que poderão providenciar novas visões acerca dos distúrbios psiquiátricos com o objetivo de estabelecer a psiquiatria computacional como uma abordagem nova que mude o paradigma do estudo das bases neurocomportamentais destes problemas.
De acordo com Tiago Vaz Maia, o "grande 'prémio' seria conseguir provar que esta abordagem pode conduzir a avanços clinicamente significativos". "São objetivos ambiciosos, mas são os que tenho a longo prazo. Se forem bem-sucedidos, poderão vir a mudar radicalmente a psiquiatria como a conhecemos", conclui. Além do cientista português, foram distinguidos, na sua maioria, como "estrelas em ascensão" diversos investigadores de universidades norte-americanas, além de especialistas de instituições universitárias de países como Chile, Noruega, Inglaterra e Alemanha.

Clique AQUI para consultar o currículo completo de Tiago Vaz Maia e alguns dos estudos já publicados assinados pelo investigador e AQUI para conhecer todas as distinções da APS e respetivas entrevistas. 
Notícia sugerida por Patrícia Guedes
Créditos: Boas Notícias


Lusos identificam genes da cor da pele e dos olhos

Investigadores portugueses conseguiram identificar os genes responsáveis pela cor da pele e dos olhos nos seres humanos. O estudo desenvolvido a nível internacional consegue ainda explicar a variação de cores e promete ser um grande contributo para a investigação genética.

A equipa liderada por cientistas da Universidade do Porto estudou 699 pessoas de Cabo Verde para poder explicar a diversidade da cor da pele e dos olhos na população africana e europeia. A investigação, que fez a capa da edição de Março da revista norte-americana Plos Genetics, revela que existem muitos mais genes associados a estas variações do que até então se julgava e que este efeito está dependente de relações biológicas e químicas. "Os nossos resultados ajudam a explicar como os genes trabalham em conjunto para controlar o conjunto completo da diversidade de fenótipos de pigmentos, proporcionam uma nova visão sobre a evolução destas características e fornecem um modelo para a compreensão de outros tipos de variações quantitativas em populações miscigenadas", explicam os investigadores.
Para além de conseguir justificar a variação de cores na pele e nos olhos dos indivíduos, o estudo tenta compreender qual a relação existentes entre a pigmentação destes dois órgãos. 
A investigação foi liderada pelos cientistas do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos e do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto. O estudo contou com a colaboração de várias instituições internacionais, como a Universidade de Cabo Verde, Universidade de Stanford, Hudson Alpha Institute for Biotechnology (EUA), Gregor Mendel Institute (Áustria) e Universidade do Estado da Pensilvânia.

Clique AQUI para consultar o estudo completo (em inglês).

Notícia sugerida por Carla Neves
Créditos: Boas Notícias


Investigação portuguesa chega às páginas da Nature

A revista científica britânica Nature publica, este mês, uma investigação portuguesa que abre portas à criação de plantas mais resistentes a condições extremas. A pesquisa da Universidade do Porto ajuda a perceber como as plantas conseguem enfrentar a seca ou o excesso de sal.

O grupo do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) mostra como funciona o transportador KtrAB da bactéria Bacillus subtilis, uma nanoestrutura natural que pode ajudar a compreender a resistência dos organismos às condições adversas. Os caminhos abertos pelos três investigadores portugueses podem contribuir para a criação de ferramentas para a área da biologia sintética, relacionada com a construção de organismos artificiais, e para a criação de soluções para a nanomedicina, gerando espécies mais resistentes ao excesso de salinidade. 
João Morais Cabral, líder da investigação, explica, no site Notícias da Universidade do Porto, que perceber como "funciona uma máquina de 10 nanómetros", ou seja, dez vezes menor do que as partículas de fumo, "é o mais empolgante destes trabalhos". O grupo português salienta que as potenciais aplicações deste estudo não fazem parte dos seus objetivos. "Nós centramo-nos na compreensão dos fenómenos e geramos modelos que explicam esses fenómenos”, refere o investigador. Ainda assim, João Morais Cabral afirma que "este tipo de investigação é essencial para o desenvolvimento de aplicações práticas” e que "depende apenas dos limites da imaginação de quem a quiser vir a utilizar".

Clique AQUI para aceder ao estudo da equipa do IBMC, publicado na Nature (em inglês).
Créditos: Boas Notícias


Portuguesa cria linha de acessórios feitos de cortiça

Surgiu de uma procura da inovação e da diferenciação no mercado dos acessórios de moda, utilizando, para isso, uma matéria-prima "nobre e exclusivamente portuguesa": a cortiça. A marca Mãos de Cortiça, criada por Paula Guimarães, nasceu em 2012 mas tem feito sucesso e já chegou, até, a Londres, capital inglesa. Os próximos destinos são Holanda, Luxemburgo e Suíça.

"A escolha da matéria-prima só poderia recair sobre a cortiça", conta Paula, de 42 anos, natural da Maia, em entrevista ao Boas Notícias. "É um produto 100% natural, renovável, biodegradável, português e que inspira quem o trabalha", justifica a mentora desta marca, que tem como prioridade a preocupação com o meio ambiente e a sua conjugação com um produto tipicamente lusitano. As peças criadas por esta empreendedora, que deixou de lado a formação em Ciências da Comunicação para se dedicar, exclusivamente, ao seu próprio negócio, vão desde anéis a colares, passando por pulseiras, brincos e até bandeletes e carteiras. A imaginação é o limite e o objetivo de Paula é que estes sejam produtos acessíveis a todo o público, pelo que os preços variam entre os 6 e os 16 euros. Além da cortiça, esta "artesã" recorre a outros materiais, nomeadamente a prata, o metal, o vidro, as pedras naturais e semi-preciosas, e "as criações podem ser personalizadas de acordo com o gosto de cada cliente", realça a responsável, que sublinha o facto de as peças não causarem alergia já que a cortiça "é um material que não absorve poeiras". 

Aposta na exportação para a Europa

"Até agora, a reação do público tem sido excelente, superando imenso as minhas expetativas", confessa Paula ao Boas Notícias. Em apenas cerca de um ano, a página oficial da Mãos de Cortiça no Facebook já tem mais de 1.200 seguidores, já está representada em Inglaterra e e a exportação das peças, únicas e feitas artesanalmente, para outros pontos da Europa, já está no horizonte. "Neste momento, estamos representados em Inglaterra, nomeadamente em Londres, mas temos perspetivas de irmos também para a Holanda, Luxemburgo e Suíça", desvenda, lembrando que, para já, as peças podem ser adquiridas em lojas de revenda, sobretudo no Norte do país, em Alfândega da Fé, Maia, Porto, Vila Real, Aveiro e Esposende, mas também em Lisboa.

Os interessados podem ainda adquirir a bijuteria da Mãos de Cortiça diretamente através da página no Facebook da marca, clicando AQUI, ou "nas feiras de artesanato, medievais e comerciais por onde os produtos vão sendo expostos", conclui Paula.
Créditos: Boas Notícias


"Manda-te!": Novo portal ajuda a encontrar emprego

procura emprego no estrangeiro (e também em Portugal) ou está interessado em apostar na formação e no empreendedorismo. O portal português Manda-te!, criado por um jovem de Espinho, reúne informação sobre ofertas de trabalho a nível mundial e, ao mesmo tempo, incentiva os utilizadores a enveredarem pelo caminho da valorização pessoal e profissional.

Em entrevista ao Boas Notícias, Filipe Amorim, de 32 anos, o mentor desta plataforma, explica que o projeto, que arrancou há cerca de três meses sob a forma de uma página no Facebook e, recentemente, ganhou um site próprio, surgiu em resultado "da situação do país em termos de emprego", com o propósito de "tentar ajudar a que os desempregados, e não só, tivessem acesso a ofertas de trabalho que vulgarmente estão espalhadas por diversos locais". "O Manda-te! assenta sobre os valores do empreendedorismo e do espírito de iniciativa", divulgando "sugestões de emprego" e incentivando "o auto-emprego, formação e desenvolvimento pessoal e profissional através de uma comunicação simples e direta, revela o jovem português, licenciado em Recursos Humanos e que também ele ficou desempregado depois de a empresa onde trabalhava ter entrado em insolvência. 

Engenharias e TI são as áreas com maior oferta lá fora

Neste novo portal é possível encontrar "as melhores ofertas de emprego no estrangeiro para portugueses, formação profissional na área do desenvolvimento pessoal" e tudo o que tenha a ver com empreendedorismo, desde apoios a informações sobre apoios financeiros existentes para a criação do próprio emprego, notícias, artigos e até uma videoteca. De acordo com Filipe Amorim, o enfoque principal é o emprego no estrangeiro, mas há também ofertas que dizem respeito a vagas no nosso país. Neste caso, sublinha o criador do Manda-te!, que é responsável, sozinho, pela sua manutenção, são escolhidas aquelas "que se destaquem pela sua especificidade e pela importância que assumam". As áreas com maior número de vagas são "as engenharias", onde, segundo o responsável, "a procura é constante", bem como as tecnologias de informação (TI). Quanto aos países mais interessados em trabalhadores portugueses, Reino Unido, França, Alemanha e Noruega lideram a lista, embora, garante Filipe Amorim, "se note um crescimento da oferta em economias emergentes como Moçambique e nos mercados já afirmados de Angola e Brasil". 

Feedback em relação à plataforma "tem sido excelente"

O projeto é recente - nasceu apenas em Janeiro no Facebook -, mas "o feedback tem sido excelente e acima da expetativa inicial". Naquela rede social, os seguidores não param de aumentar e já são mais de 28.300 e, nos primeiros cinco dias, o site do Manda-te! "já recebeu dezenas de milhares de visitas", revela Filipe Amorim ao Boas Notícias. Agora, o mentor da plataforma, com formação nas áreas da gestão de pessoas, liderança, motivação e coaching, pretende fazer o projeto crescer em sites como o Linkedin, o Twitter e o Google+ "para que os conteúdos do Manda-te! cheguem a cada vez mais pessoas" e possam ajudar cada vez mais utilizadores, tornando o site "uma plataforma de referência nas áreas em que trabalha". 
Para a evolução do projeto deverá também contar a participação dos próprios utilizadores, que, já hoje, "contribuem" para o site "através de sugestões para a sua melhoria constante e contínua". "O objetivo é sermos melhores hoje do que ontem e melhores amanhã do que fomos hoje. É a isto que o Manda-te! se propõe", conclui.

Clique AQUI para aceder à plataforma Manda-te! e AQUI para visitar a página do projeto na rede social Facebook. 
Créditos: Boas Notícias


Jovens jornalistas criam emprego com nova revista

Numa época em que as oportunidades são limitadas é preciso criá-las e, em muitos casos, gerar o próprio emprego. Foi o que decidiram fazer dois jovens jornalistas portugueses que, deparando-se com poucas aberturas no setor e com vontade de ficar em Portugal, lançaram a DESCLA, uma revista com cobertura nacional dedicada ao desporto, à cultura e ao lazer que acaba de completar o seu primeiro aniversário.

A ideia de criar a DESCLA surgiu depois de uma ida a uma conferência da EURES, rede europeia de serviços de emprego, quando Ana Gomes e Tiago Canoso, ambos de 25 anos e licenciados pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra estavam ainda a tirar o mestrado em comunicação e jornalismo. "Achámos que sair do país não era a melhor solução e decidimos explorar nichos de mercado na nossa área de formação", conta Ana ao Boas Notícias. "Foi então que pensámos que seria interessante criar uma revista que se focasse nestes temas", acrescenta a jornalista. A primeira hipótese colocada pelos dois sócios-gerentes da DESCLA para encontrar financiamento para o projeto foi "recorrer à banca", "mas esta pedia muitas garantias que jovens que nunca tinham estado a trabalhar não poderiam dar", lamenta a co-fundadora. Porém, a ideia de fazer nascer a DESCLA acabou mesmo por se concretizar graças ao apoio de "um familiar que mostrou interesse no projeto" e decidiu ajudar ao lançamento da revista de periodicidade mensal, que é feita em Viseu mas já está espalhada pelas bancas de Portugal e tem também uma edição online.

Objetivo a curto prazo é fazer o projeto crescer

Atualmente, a revista, com uma tiragem mensal de 10.000 exemplares e um preço de capa de três euros, dá emprego aos seus dois sócios-gerentes e a duas estagiárias profissionais que exercem funções a tempo inteiro, além de contar com vários colaboradores por todo o país.

A comemoração do primeiro ano de vida desta publicação corresponde, também, a uma altura de balanço. Apesar das dificuldades com que se têm deparado, os mentores garantem ao Boas Notícias estar empenhados em fazer o projeto crescer e tornar-se autossustentável, bem como levar as suas páginas a um público cada vez mais amplo. "A adesão não tem sido tão elevada quanto gostaríamos. Pressupomos que a crise não ajude à venda de revistas", justifica Ana que, no entanto, não considera baixar os braços. "A curto prazo pretendemos continuar a melhorar para manter os nossos leitores e ganhar mais alguns", conclui a jovem empreendedora, antevendo ainda uma possível expansão para outros mercados no futuro.

Clique AQUI para visitar a edição online da DESCLA (que pode ser assinada, quer em papel, quer em versão digital para leitura em tablets). 
Créditos: Boas Notícias


Papel reciclado português "floresce" depois de usado

A "causa ambiental" e a "preocupação com a sustentabilidade" sempre estiveram presentes no dia-a-dia de Nuno Bernardes e Mónica Oliveira. Foi com estes ideais como pano de fundo que nasceu, o ano passado, a Papel Florescente, uma empresa portuguesa que produz folhas de papel reciclado especiais: depois de usadas, podem ser semeadas e dão origem às mais variadas flores e plantas.

Se a ideia de utilizar, por exemplo, o papel de uma carta recebida pelo correio como "matéria-prima" para cultivar, em casa, folhas de chá de camomila, agrião ou cravos franceses pode parecer remota à primeira vista, está agora mais perto graças ao trabalho destes dois portugueses, com formação em Economia e Marketing, que decidiram contribuir para tornar a vida na Terra mais ecológica. "Sempre admirámos as iniciativas que iam surgindo em prol da sustentabilidade do planeta e sempre ambicionámos poder vir, um dia, a explorar áreas ou os recursos que ele nos oferece sem grandes impactos negativos", conta Nuno Bernardes, de 35 anos, em entrevista ao Boas Notícias. Foi por esta razão que, quando, em conversa com a sócia Mónica Oliveira, de 34, a ideia de criar folhas de papel reciclado com sementes incorporadas surgiu, ambos se entusiasmaram de imediato com a possibilidade, já utilizada em tempos passados. "A ideia era tão desafiadora, tão excitante e inovadora que era impossível não avançar", confessa o empreendedor português.
Mas, afinal, o que distingue estas folhas? Em suma, a principal novidade está na utilização das sementes, que são "aplicadas no papel na altura em que a folha está a ser produzida". A folha final é o resultado de uma folha dupla e, no meio, estão as sementes que vão dar vida ao papel que, de outra forma, acabaria no lixo, esclarece Nuno Bernardes. 

Produção é "totalmente" artesanal e amiga do ambiente

A produção é feita de modo "totalmente ecológico e artesanal": primeiro, "o papel é selecionado e moído em água até formar uma pasta"; depois, "acrescenta-se ainda uma espécie de cola, desenvolvida especialmente para este papel para não ferir as sementes" e estas são inseridas entre as duas "camadas". "De um modo geral escolhemos sementes, devidamente selecionadas e certificadas, que sejam pequenas, que facilitem o processo de impressão e que ofereçam maior garantia de germinação", explicam os responsáveis da Papel Florescente.


As folhas produzidas pela empresa "possuem uma variedade vasta de escolhas entre flores, 'gourmet' ou chás" - que permitem cultivar cravo francês, boca de leão, cosmea, chá de camomila, agrião, rúcula, salsinha, manjericão e pimenta - mas, segundo Nuno Bernardes, "as sementes maiores não podem ser utilizadas para impressão". De qualquer das formas, garante, a empresa está sempre disponível para trabalhar "com outras sementes que sejam sugeridas pelos clientes", embora seja necessária uma análise prévia do que será possível fazer. Para já, estas folhas de papel que "florescem" depois de usadas estão apenas à venda nas cores branca e parda, mas brevemente estará disponível a oferta "de papel com outras cores e padrões diferenciados", desvenda Nuno ao Boas Notícias.
No que toca a preços, uma folha A4, sem qualquer impressão, tem, em média, o custo de 1,90€, "independentemente da gramagem, da cor (branca ou parda) e da semente", sendo as folhas vendidas em pacotes de 10 unidades.
"Comercializamos também noutros tamanhos, como, por exemplo, A5 e A6, pelos valores de 0,95€ e 0,65€, respetivamente", adianta o empresário, acrescentando que "o preço das restantes peças varia conforme os trabalhos, formas, quantidades pedidas e impressão - simples ou dupla".

Adesão ao produto está a superar as expetativas

Embora o projeto tenha apenas arrancado em Novembro de 2012, Nuno e Mónica mostram-se satisfeitos com os resultados obtidos até ao momento, reconhecendo que "os portugueses, tanto em termos individuais como a nível empresarial, estão cada vez mais conscientes da necessidade de um mundo sustentável", estando, portanto, "bastante recetivos a este tipo de produto".

"Acreditamos que fizemos uma boa avaliação do mercado português e que existe lugar para o nosso produto", destacam os fundadores da Papel Florescente, sublinhando a existência de "um número interessante de empresas com projetos focados na área da sustentabilidade e que procuram diminuir o impacto ambiental que causam", algo que também "já é uma preocupação nos governos corporativos". De acordo com Nuno Bernardes, "as empresas têm reconhecido a vantagem" deste "papel ecológico e artesanal como instrumento primordial, de comunicação corporativa, em termos sociais e ambientais" e as reações têm sido "mais que positivas" desde o início da comercialização destas folhas de papel com sementes. O próximo passo será continuar "a fazer a divulgação do produto e a alertar para a necessidade da utilização de materiais sustentáveis", com o objetivo de ampliar a utilização do Papel Florescente, cujo sucesso inicial está já "bastante acima" das expetativas, concluem.

Clique AQUI para aceder ao site da Papel Florescente e AQUI para visitar a página oficial da empresa no Facebook. 
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]
Créditos: Boas Notícias


Investigador português recebe "Óscar" da Engenharia

O investigador Vladimiro Miranda foi distinguido com o IEEE Renewable Energy Excellence Award 2012, prémio considerado o "Óscar" da Engenharia. O português foi premiado pela maior associação de profissionais de tecnologia do mundo pelo seu trabalho na área das energias renováveis, desenvolvido ao longo dos últimos 20 anos.

O diretor do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC TEC) vê agora reconhecido o seu contributo para a integração de fontes de energia renovável em larga escala, em especial na produção de energia eólica. Vladimiro Miranda iniciou o seu percurso profissional em Portugal, passando para Macau e agora começa a dar os seus primeiros passos no Brasil, com o projeto INESC P&D Brasil, que arrancou em Julho de 2012. Em comunicado ao Boas Notícias, o investigador de 58 anos salienta que está "orgulhoso e satisfeito a nível pessoal" e que "este prémio confirma o reconhecimento internacional da liderança tecnológica de Portugal nas renováveis".
Vladimiro Miranda explica que o vento "representa mais de 20% da energia produzida em Portugal entre janeiro e março de 2013, e o país não colapsou, o que comprova que existe capacidade tecnológica nesta área”.

O investigador tem contribuído para a aposta nas energias renováveis

Segundo os dados divulgados pela REN, cerca de 70% do consumo de eletricidade no primeiro trimestre de 2013 corresponde a fontes renováveis, sobretudo com produção de energia hidráulica e a eólica. Autor de mais de 200 publicações, Vladimiro Miranda tem deixado a sua marca na área das energias renováveis, contribuindo para a massificação da integração das renováveis através da inteligência computacional.
O investigador português participou em estudos para avaliação dos recursos eólicos e solar fotovoltaicos em Cabo Verde e Espanha e desenvolveu modelos para previsão de vento para o Argonne National Laboratory, da rede de Laboratórios do Departamento de Energia do Governo norte-americano. "A atividade de I&D desenvolvida por Vladimiro Miranda mudou o rumo da investigação sobre os problemas dos sistemas elétricos, incluindo renováveis, e também influenciou programas de ensino nacionais e internacionais nesta área", explica o comunicado do INESC TEC.
Créditos: Boas Notícias 


Ténis desenhados por portuguesa brilham em LA

Têm o formato de uns ténis mas oferecem "aquele bocadinho" a mais que tantas mulheres desejam, graças a um salto de oito centímetros, prático e feminino. O modelo Twice, desenhado pela designer portuguesa Cristina Oliveira, esteve em destaque na maior feira de calçado dos EUA, em Fevereiro.

Cristina Oliveira, de 41 anos, está neste momento desempregada mas não perdeu o ânimo e continua a investir na sua formação. A designer de calçado contou ao Boas Notícias que o modelo Twice surgiu no âmbito de um curso à distância que realizou, no início do ano, na prestigiada escola de design de calçado PenSole, fundada pelo norte-americano Edward D’Wayne, um ex-estilista sénior da Nike. No início deste ano, Cristina Oliveira candidatou-se a um curso intensivo, e ficou entre os cerca de 40 alunos selecionados entre centenas de candidatos. A designer explica que o modelo Twice nasceu graças à “incubação de várias ideias” e de um grande processo de seleção que Cristina realizou com a ajuda da opinião dos colegas do curso que partilharam, online, as suas criações.
Para desenhar este par de ténis, que se podem adaptar mudando o formato do salto, a designer inspirou-se em "cantoras como a Rita Red Shoes e a Björk, pelo seu dom artístico, pelo positivismo dos seus temas, pela sua criatividade e pela sua beleza feminina autêntica e personalizada”. 
Além de ser possível trocar a cunha dos Twice, este modelo pode também funcionar com ou sem atacadores, oferecendo uma solução para "a mulher que quer e precisa de ser ativa, feminina e autêntica, com estilo personalizado às circunstâncias do momento, ora com um toque mais desportivo, ora com um toque mais sofisticado." 

Cristina procura apoios para concretizar o modelo

O modelo Twice acabou por ser selecionado pela PenSole para ser exibido na feira FN Platform, que decorreu no Magic Market, em Las Vegas. Cristina afirma que a exposição do modelo no evento tem vindo a “abrir portas” já que foi uma forma de dar a conhecer o seu trabalho e de “provar" que está "ao nível de outros designers internacionais selecionados por um designer de topo nos EUA. É um bom passo para a escadaria que pretendo subir”.

Modelo TWICE aqui adaptado a outro estilo, com um salto preenchido e com atacadores

Com formação nas áreas de modelação de calçado, design de moda, design gráfico e artesanato de peles, Cristina Oliveira já desenvolveu vários modelos de calçado de senhora, com saltos de borracha ou cortiça, mas esta é a primeira vez que a designer aposta no conceito da “adaptabilidade”. No entanto, por falta de apoios, ainda não há previsão para a concretização física do modelo, mas Cristina não pretende desistir do projeto. “Sei que estou a tentar e acredito que vou conseguir. Se demorar muito tempo, talvez venha a fazer uma coleção e mude o modelo", mas terá com o mesmo conceito, concluiu.
Créditos: Boas Notícias


Romance vencedor do Prémio Leya já está nas bancas

O romance “Debaixo de algum céu", vencedor da 5ª edição do prémio Leya, chegou às bancas em Abril. O romance de Nuno Camarneiro foi escolhido entre mais de 270 candidatos e a entrega oficial do prémio decorre na próxima quarta-feira, dia 08 de Maio, em Lisboa. 

Nuno Camarneiro sucede a João Ricardo Pedro (O Teu Rosto Será o Último, 2011), João Paulo Borges Coelho (O Olho de Hertzog, 2009) e Murilo Carvalho (O Rastro do Jaguar, 2008) na relação de vencedores do Prémio. A cerimónia de entrega do prémio será presidida pelo Presidente da República, Cavaco Silva. 
O romance “Debaixo de algum céu” conta a história de homens, mulheres e crianças que habitam num prédio junto à praia e que, embora desconhecidos, vivem uma situação comum: a procura de algo que lhes faz falta. Há uma viúva sozinha com um gato, um homem que se esconde a inventar futuros, um bebé que testa os pais desavindos, um reformado que constrói loucuras na cave, uma família quase normal, um padre com uma doença de fé e até um apartamento vazio, cheio dos que o deixaram. Este romance é, sobretudo, uma reflexão sobre a vida humana, onde a vida das personagens fica suspensa, após uma inesperada tempestade que deixa o prédio sem luz e obriga as pessoas a parar para pensar e rever o próprio passado. 
O prémio LeYa, no valor de 100 mil euros, foi criado em 2008 com o intuito de distinguir romances inéditos e é o maior em valor pecuniário no domínio da literatura de expressão portuguesa. Segundo o comunicado de imprensa, o júri premiou, por maioria, a obra de Nuno Camarneiro pelo “domínio e segurança da escrita, pela força no desenho dos personagens” e pela “humanidade” do projeto que pode “ser lido como uma alegoria do mundo contemporâneo”.

Sobre o autor

Nuno Camarneiro nasceu na Figueira da Foz em 1977. Licenciou-se em Engenharia Física pela Universidade de Coimbra, trabalhou no CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear) e doutorou-se em Ciência Aplicada ao Património Cultural pela Universidade de Florença. Atualmente desenvolve a sua investigação na Universidade de Aveiro e é docente no Departamento de Ciências da Educação e do Património da Universidade Portucalense.
Em 2011, pela Dom Quixote, publicou o seu primeiro romance, No Meu Peito Não Cabem Pássaros, muito saudado pela crítica, publicado também no Brasil e cuja tradução francesa está prevista para breve.
Créditos: Boas Notícias


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