sábado, 8 de junho de 2013

Recordar é viver!

(imagens retiradas da internet)




Viver o passado
Efemérides da semana de 1 a 7 de junho


Camilo Castelo Branco
Há exatos 123 anos, a 1 de junho de 1890, o escritor Camilo Castelo Branco suicidava-se com um tiro de revólver. Castelo Branco nasceu a 16 de março de 1825, em Lisboa e teve uma vida atribulada, cheia de aventuras e desventuras, que marcaram a sua escrita e a sua forma de pensar. Ultrarromântico, Camilo Castelo Branco tornou-se o primeiro escritor de língua portuguesa a viver exclusivamente dos seus livros. Foi um dos maiores vultos da Literatura Portuguesa, o maior novelista entre os anos 50 e 80 do século XIX. Uma das suas maiores obras é O Amor de Perdição, que está a comemorar o seu 150º aniversário, um dos expoentes do Romantismo em Portugal e que lançou o autor para a fama.
Camilo Castelo Branco recebeu de D. Luís I o título de 1º visconde de Correia Botelho. Começou a cegar e, impossibilitado de escrever, acabou por se suicidar, em S. Miguel de Ceide (Famalicão). A casa de Ceide é hoje o museu do escritor. 


Afonso X
A 1 de junho de 1252, o rei Afonso X era proclamado Rei de Leão e Castela. Afonso X foi uma das figuras políticas e culturais mais importantes da época. O rei impulsionou a Reconquista, fez frente aos avanços dos muçulmanos dos seus reinos e repovoou o sudeste de Espanha. A tarefa mais ambiciosa do Rei foi a sua aspiração à Coroa do Sacro Império Romano-Germânico, projeto a que dedicou mais de metade do seu reinado. Afonso X destacou-se no plano cultural e económico, estabeleceu um sistema fiscal e aduaneiro que potenciou as receitas nacionais e promoveu as artes e as ciências (pois é considerado o fundador da prosa castelhana). Afonso X foi um propulsor das artes e das ciências no século XIII e, como tal, ganhou o cognome do Sábio.


Papa João XXIII
Há exatos 50 anos, a 3 de junho de 1963, morria o João XXIII, elogiado mundialmente como o Papa bom ou o Papa da bondade. João XXIII, de seu nome Angelo Giuseppe Roncalli, nasceu a 25 de novembro de 1881. Aos 11 anos, Roncalli ingressou no seminário de Bérgamo onde começou a escrever o seu Diario del Alma, o qual continuou a escrever durante toda a vida. A 10 de Agosto de 1904 foi ordenado sacerdote, sendo um membro da Ordem Franciscana Secular (OFS), celebrou a sua primeira missa no dia seguinte, na Basílica de São Pedro. Quando se formou Doutor em Teologia, conheceu o Monsenhor Radini Tedeschi, que o nomeou secretário, quando foi designado Bispo de Bérgamo pelo Papa Pio X.  Roncalli foi eleito cardeal em 1953, sendo Patriarca de Veneza até ao Conclave de outubro de 1958. Tornou-se Papa a 28 de outubro de 1958, e escolheu como lema papal: Obediência e Paz.
João XXIII, que alguns pensaram que seria um Papa de transição, surpreendeu o Mundo quando convocou e abriu os trabalhos do Concílio Vaticano II, que procurou fazer uma renovação moral da vida cristã, adaptando a religião aos novos tempos. João XXIII morreu às 19h49 do dia 3 de junho de 1963 e as suas últimas palavras foram: "Continuaremos a amar-nos no Céu. Eu parto". Um das suas encíclicas mais importantes de João XXIIII foi a Pacem In Terris de 11 de abril de 1963, em que escrevia sobre a paz de todos os povos na base da verdade, justiça, caridade e liberdade. Foi beatificado em 2000, pelo Papa João Paulo II.


Universidade de Coimbra
A 3 de junho de 1377 a Universidade de Coimbra foi sido transferida de Coimbra para Lisboa. A 1 de março de 1290, o Rei D. Dinis assinava o Scientiae thesaurus mirabilis, em Leiria, que criava a Universidade de Coimbra.


Tiananmen
A 3 de junho de 1989, o governo da China ordenou ao exército que recuperasse a todo custo a praça de Tiananmen de Pequim, tomada durante 7 semanas por estudantes que reclamavam reformas democráticas. Os protestos da praça de Tiananmen começaram a meados de abril, após a morte de Hu Yaobang, líder chinês defensor das reformas. Estudantes de luto por Hu acabaram por se reunir em Tiananmen. Iniciaram então uma manifestação espontânea, reclamando reformas democráticas. Em maio, já quase um milhão de pessoas enchiam a praça. O exército foi convocado para dissolver os protestos. Os manifestantes bloquearam a marcha dos militares, levando a tensão ao máximo. Foram tomadas medidas de repressão drásticas e totalitárias. Assim, ao anoitecer do dia 4 de junho, as tropas chinesas compostas por soldados, tanques e artilharia, tinham “limpado” bastante a praça, matando centenas de cidadãos e prendendo milhares de manifestantes e suspeitos de dissidência.


Huizong
A 4 de junho de 1135 morreu Huizong, Imperador da China. Huizong sucedeu ao meio-irmão Zhezong em 1101, e o seu reinado esteve marcado pela decadência política, embora tenha sido um período de grande esplendor artístico e cultural no país. Foi o último imperador da dinastia Song do Norte e governou até 1125. Cultivou a arte da pintura, além de se destacar como calígrafo. A ele se deve a criação da Academia de Pintura em 1104, que difundia o estilo cortesão e imperial.
O Império Song desmoronou-se quando o poder passou para as mãos de Tung Kuan, o cabecilha militar durante o mandato de Huizong. Foi assinada uma aliança com o recém-formado Estado Jin e estes aliados penetraram no território chino, aproveitando a sua debilidade militar. Em 1126, os Jin ocuparam o norte do país, capturando grande parte da família imperial, incluindo Huizong que passou o resto dos seus dias preso.


Guerra dos 6 dias
Há exatos 46 anos, a 5 de junho de 1967, começava a Guerra dos 6 dias. Pelas 07h45 do dia 5 de junho de 1967, o exército israelita atacou de surpresa o exército egípcio e depois abriu outras tantas frentes contra o Iraque, contra a Síria e contra a Jordânia. 
Isreael apoderou-se dos Montes Golan, da metade oriental de Jerusalém, que estava partilhada, e da Faixa de Gaza, que estava sob controlo egípcio, assim como do Deserto do Sinai e também da margem ocidental do rio Jordão. Destes territórios continuam ocupados até hoje a margem ocidental do Jordão, Jerusalém e a Faixa de Gaza. Quando a 10 de junho foi assinado o cessar-fogo, os tanques israelitas já avistavam as mesquitas da capital da Síria, Damasco. 
No conflito, os árabes perderam no seu conjunto 430 aviões, 800 tanques e tiveram 15 000 baixas, contra perdas de 40 aeronaves e 803 mortos por parte de Israel. Este país passou de um território de 20 720km2 a 5 de junho para 73 635km2 apenas seis dias depois.


Manuel José do Conde, visconde do Rosário
Há 116 anos, a 6 de junho de 1897, morria Manuel José do Conde, o 1º e único visconde do Rosário, um emigrante açoriano que fez fortuna no Brasil. Manuel José do Conde nasceu a 5 de abril de 1817 no lugar da Vitória, na freguesia de Guadalupe, na ilha açoriana da Graciosa, filho de lavradores muito pobres. O pai chamava-se Teodósio José do Conde e a mãe Maria de Melo Pacheco e tinha 5 irmãos. Manuel José do Conde, procurando melhores condições de vida, emigrou clandestinamente em 1835 para o Brasil, tinha 18 anos. Chegado ao Brasil, Manuel José do Conde empregou-se numa padaria em Salvador, residindo nas Portas da Ribeira, na cidade da Baía. Em 1838 conseguiu a legalização da sua documentação no Brasil, fixando-se na povoação ribeirinha de São Félix, voltando a trabalhar como padeiro para um dos mais influentes comerciantes locais. 
Em 1839, Manuel José do Conde mudou-se para o município da Cachoeira, junto rio Paraguaçu, onde montou, com o apoio do antigo patrão, uma padaria. Conheceu então Eufrosina Ermelinda do Nascimento, filha bastarda do ex-patrão, que o ajudou no lançamento do negócio, com a qual passou a viver maritalmente. Manuel José dedicou-se ao comércio da farinha (atividade que manteria durante toda a sua vida), alargando a sua atividade comercial para a importação e a exportação de couros (pele de animais). Nos anos seguintes a fortuna cresceu.
No ano de 1851, Manuel José do Conde visitou Portugal, passando por vários outros países europeus, onde terá feito prospeção comercial. Quando regressou ao Brasil, comprou uma ilha no rio Paraguaçu, em frente ao município da Cachoeira, hoje denominada ilha da Mata-Onça, construindo aí armazéns para o alargamento do negócio. Em 1853, Manuel José mudou-se para Salvador, onde possuía investimentos mais significativos, fazendo dela o centro dos seus negócios. Entre 1848 e 1857 Manuel José e a esposa tiveram 5 filhos, casando-se neste último ano. 
Manuel José do Conde adquiriu o seu próprio brigue (tipo de embarcação à vela, com dois, por vezes três mastros), o Conde, que comerciava com Portugal e com os EUA. Com o Conde, Manuel José transportava açúcar e couros para Lisboa, trazendo trigo e farinha para Salvador. Pouco tempo depois, Manuel José tornou-se acionista dalguns bancos e seguradoras, entrando então nos circuitos do grande capital. Manuel José do Conde fixou-se junto à igreja do Rosário, começando a adquirir progressivamente vários prédios na vizinhança e alguns armazéns, que usou para o crescimento da sua atividade comercial. A 8 de janeiro de 1864 foi admitido como irmão da Santa Casa da Misericórdia de Salvador e 2 anos depois era elevado a comendador da Ordem da Rosa. No ano de 1874 esteve em Ponta Delgada, nos Açores, tendo aí encontrado alguns dos seus familiares graciosenses, sendo responsável pela ida dos seus sobrinhos para o Brasil. Um dos seus sobrinhos tornou-se seu genro.
Manuel José do Conde abriu um escritório comercial, a Conde & C.ª, que em 1875 passou a designar-se por Conde, Filho e C.ª, tendo como sócios o filho, Manuel José Conde Júnior, e o genro, Manuel dos Santos Neves. Assim pode ter mais tempo para que nos anos de 1875 e 1876, passasse longos períodos na capital portuguesa, onde mantinha relações comerciais com vários empresários. Conheceu então vários políticos portugueses, fazendo uma grande doação ao Asilo D. Maria Pia, para adaptação do antigo Convento de Xabregas. 
Nos anos seguintes, apoiou os mais necessitados, inaugurando uma escola no seu lugar de nascimento, na Graciosa. Com o número crescente de alunos, Manuel José mandou construir uma nova escola, num terreno adquirido por ele, em 1878 (o edifício mantém-se quase inalterado, passando depois a Escola Visconde do Rosário, ostentando sobre a porta o brasão de Manuel José do Conde). Em nome das suas ações de benemerência, o Rei D. Luís distinguiu-o por decreto de 16 de dezembro de 1875 com o título de visconde do Rosário, com brasão de armas próprias, por alvará de 15 de março de 1878, cuja divisa acentuava a sua ação: Omnibus caritas. Foi ainda feito fidalgo cavaleiro da Casa Real e comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Manuel José do Conde passou a frequentar a alta sociedade lisboeta, mudando-se para a capital portuguesa, em 1881, quando adquiriu o palácio que fora dos condes de Aveiras, no qual passou a viver com a mulher e uma filha. A outra filha (Maria Clementina Conde, casada com o sócio da empresa do pai) acompanhou-os para Lisboa, mas fixando noutra residência. O marido morreu logo de seguida, passando a viver com os pais. Em 1882, casou-se com António Teixeira de Morais, de Redondelo, em Chaves, que também fizera fortuna em Salvador. Era a fase de reforma do novo visconde do Rosário.
A 28 de janeiro de 1889, Manuel José perdeu a sua esposa. A importância do visconde do Rosário era tão forte que o funeral foi bastante concorrido pela alta sociedade portuguesa. A partir desta data, a vida de Manuel José passou a ser dominada pela filha Maria Clementina, que enviuvou novamente em 1887. A 15 de julho de 1889, Maria Clementina casou com José Osório Saraiva, delegado do procurador régio em Monsaraz.
O visconde, estando doente, partiu de Lisboa a 11 de maio de 1897, procurando melhorar a sua saúde. Passou por França, seguindo depois Londres, onde faleceu a 6 de junho de 1897. Foi trasladado para Lisboa, onde o corpo chegou a 14 de Junho, a bordo de um vapor vindo de Southampton. O enterro foi grandioso, tendo direito a notícia de primeira página na imprensa portuguesa. 


D. João III
A 6 de junho de 1502 nascia D. João III, 16º rei de Portugal. O seu reinado marcou a introdução da Inquisição em Portugal. D. João III tornou-se Rei de Portugal aos 19 anos, corria o ano de 1521. Filho de D. Manuel e de D. Maria de Castela, filha dos Reis Católicos, D. João herdou um vasto império, que embora disperso, atingia todo o globo. Assim, tal como o seu antecessor, D. João III procurou centralizar o poder. 
O império português na Ásia cresceu, com a aquisição de Chalé, Diu, Bombaim, Baçaim e Macau. Em 1543, pela primeira vez, um grupo de portugueses chegou ao Japão, estendendo, assim, a presença portuguesa de Lisboa até Nagasaki. A colonização brasileira tornou-se efetiva, com as capitanias hereditárias. D. João III, o Piedoso, deveu o seu cognome à sua imensa “religiosidade”, que em plena Contrarreforma e Reforma Católica, levou-o a introduzir a Inquisição em Portugal, em 1536. Esta nova instituição religiosa obrigou à fuga de muitos mercadores e cristãos-novos para o estrangeiro, assim também se deu a saída de muito capital de Portugal. Esta situação afetou fortemente a economia portuguesa.
A Inquisição entrou em Portugal, a 23 de maio de 1536, com sede em Évora. Assim, toda a população foi convidada a denunciar os casos de heresia de que tivesse conhecimento. O próprio irmão do Rei, o Cardeal D. Henrique, tornou-se o chefe máximo. D. João III depois assume-se como Inquisidor Geral, assim a Inquisição passou a ser uma ferramenta do Rei para o controlo do país. D. João III morreu a 11 de Junho de 1557, sendo sucedido pelo seu neto D. Sebastião. 


Manifestação de 6 de junho de 1975 em S. Miguel
Depois do 25 de abril de 1974, o período seguinte nos Açores não foi de acalmia, como se esperava, pois tal como aconteceu no restante território nacional, o Verão de 1975, foi, também, muito “quente” nos Açores. Surgiu, então, neste contexto, a Frente de Libertação dos Açores (FLA), que pretendia o separatismo do arquipélago açoriano. 
A FLA conseguiu implantar-se, principalmente, junto dos proprietários micaelenses, que receavam as políticas de nacionalização do governo. A Administração norte-americana, que estava atenta aos acontecimentos que decorriam em Portugal, devido à presença na Base das Lajes e à necessidade de a manter, tem uma atitude ambígua. Face aos seus próprios interesses, os EUA depararam-se com três situações, ou apoiavam o “separatismo local com a única finalidade de exercer pressão sobre as autoridades de Lisboa” ou apoiavam a FLA para conseguir a independência real dos Açores ou intervinham militarmente no arquipélago. A última opção foi rapidamente posta de lado, contudo as outras duas foram longamente debatidas. O “Levantamento de 6 de junho”, em S. Miguel, foi uma manifestação dos proprietários e lavradores micaelenses contra as políticas agrícolas e decisões mais à esquerda da Junta de Salvação Nacional. Este levantamento levou à demissão do Governador Civil de Ponta Delgada e depois do de Angra do Heroísmo e à criação da Junta Regional dos Açores. Os EUA perceberam então que o melhor para a sua política internacional era a manutenção dos Açores como parte integrante da soberania portuguesa. A FLA perdeu, então, força, mas não deixou de existir e de fazer sessões junto das comunidades açorianas nos EUA e no Canadá, expondo os seus princípios programáticos e procurando apoios políticos e financeiros para os seus propósitos. Com o fim do Verão Quente de 1975 e da ameaça comunista, a estabilidade governativa nacional, a Junta Regional viu os seus poderes consolidados, o que permitiu que os partidos locais se unissem para defender a sua posição quanto à autonomia regional na Assembleia da República. A Constituição da República Portuguesa, aprovada em abril de 1976, consagrava o grande desejo açoriano, a sua autonomia, com governo e parlamento próprios, mas dependentes do Governo central e da Assembleia da República. Estava finalizado, assim, um processo de indecisão política dos Açores após o 25 de abril de 1974 e aberto outro, o da consolidação da autonomia regional. A Junta Regional dos Açores dava lugar ao Governo Regional dos Açores.


O “Dia D”
Há exatos 69 anos, a 6 de junho de 1944, dava-se o Desembarque da Normandia, a abertura da 2ª frente de guerra na Europa, a maior operação de transporte de tropas da História Militar. O desembarque da Normandia, conhecido como Operação Overlord levou dois anos a ser preparada, pois Churchill (primeiro-ministro britânico) não queria repetir os erros de antes e muito menos desvalorizar a força das tropas do III Reich. Hitler, apesar das derrotas, continuava a ser o senhor da Europa continental e, por isso, era importante preparar o desembarque de uma forma minuciosa. Este dia, que para muitos mudou a história da Europa, passou a ser conhecido como “Dia D”. 
Roosevelt, aliado a Churchill, convidou o general Eisenhower para comandante das forças aliadas no norte de França. Os britânicos e os norte-americanos acabaram assim por transformar o Sul da Inglaterra num gigantesco arsenal com 163 campos de aviação para bombardeiros e caças e 6 939 navios de guerra e transporte. Nada foi esquecido, nem sequer a construção de portos artificiais para instalar nas praias arenosas da Normandia, dada a evidente dificuldade de desembarcar e capturar rapidamente algum porto. De resto, os Aliados decidiram-se pela Normandia em vez de Pas-de-Calais, frente a Dover, por saberem que as forças alemãs estavam mais concentradas aí, além de que as praias são mais estreitas e seguidas de arribas difíceis de serem escaladas.
Os u-boats de Dönitz, comandante da marinha alemã, já não conseguiam impedir o intenso tráfico transatlântico, devido à construção de uma base militar no Atlântico, nas Lajes, nos Açores, o que permitiu um maior tráfico entre as duas margens do Atlântico. O desembarque do “Dia D” iniciou-se a 6 de junho de 1944 no norte de França. Ao fim do 1º dia de desembarque, os aliados já tinham conquistado as primeiras praias francesas e colocado os 132 mil homens em terra à custa de mais de 10 mil baixas, enquanto os alemães tiveram oito mil perdas. Na primeira semana já estavam em terra 250 mil homens que dois dias depois subiram para 326 mil com 54 mil viaturas de combate e transporte. A Alemanha encontrou-se repentinamente numa guerra de duas frentes com o espaço aéreo perdido. Há muito que a guerra estava perdida, mas os nazis obstinavam-se em não reconhecer os seus erros e Hitler agarrou-se a um pseudo poder, fazendo com que milhões de cidadãos morressem ainda até ao assalto final a Berlim em maio de 1945.
Com o desembarque da Normandia, a 6 de Junho de 1944, os Aliados conseguiram abrir uma segunda frente de Guerra e causar grandes perturbações aos exércitos de Hitler. No “Dia D”, o dia mais longo da história da Europa do século XX, o efetivo desembarcado contou com 2 200 000 homens, mais de 450 000 veículos, desde tanques a veículos de transporte, 1 240 navios de guerra, cerca de 10 mil aviões e mais de 155 mil homens dos exércitos dos EUA, Grã-Bretanha e Canadá.

Porque recordar é viver, para a semana continuaremos a aprender! 
Francisco Miguel Nogueira 


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