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28 de Junho - Grandes acontecimentos
Há datas que marcam a época e que devem ser relembrados, como o caso do dia 28 de junho, em que se comemora acontecimentos deveras importantes para o desenrolar da História, tanto nacional, como internacional.
Fazendo um périplo pela História Universal, descobrimos que em 1491, neste mesmo dia 28 de junho, nascia Henrique VIII de Inglaterra, da Casa Tudor, foi uma figura indelével da história do país, sobretudo porque deu início à reforma protestante no país, abrindo caminho para o nascimento do Anglicanismo. Já em 1712, nascia Jean-Jacques Rousseau, filósofo importante e um dos nomes incontornáveis do século das Luzes, foi autor de Contrato Social, Origem e Fundamento da Desigualdade entre os Homens e Devaneios do Caminhante Solitário.
Em 1838, a rainha Vitória do Reino Unido era coroada a 28 de junho. Vitória seria rainha por 63 anos e 7 meses, o mais longo reinado, até à data, da história do Reino Unido e ficou conhecido como a Era Vitoriana. Foi um período de mudança industrial, cultural, política, científica e militar e ficou marcado pela expansão do Império Britânico. Vitória foi coroada Imperatriz da Índia, tornando-se a soberana do maior Império do seu tempo, aquele onde o sol nunca se punha. A rainha Vitória foi a última monarca da casa de Hanôver. O seu filho e sucessor, o rei Eduardo VII, pertencia à nova casa de Saxe-Coburgo-Gota. Uma das curiosidades mais conhecida desta Rainha, foi o facto de ter-se casado por amor e de ter usado luto depois de viúva (em 1861) até aos finais dos seus dias. Conta-se que preparava diariamente a roupa de seu marido, mesmo depois dele já ter falecido.
A 28 de junho de 1914, o príncipe Francisco Fernando, arquiduque e herdeiro do trono austro-húngaro, foi assassinado em Sarajevo, por Gravrilo Princip, um estudante sérvio da Bósnia, desencadeando a I Guerra Mundial. Durante 4 anos, vários países digladiaram-se sobretudo na Europa e, no mesmo dia, em 1919, era assinado, em França, o Tratado de Paz de Versalhes, que terminava simbolicamente com a Grande Guerra.
Em 1991, a 28 de junho, o COMECON, o Council for Mutual Economic Assistance ou Conselho para Assistência Económica Mútua, era dissolvido em consequência do início do colapso da URSS. O COMECON foi fundado em 1949 e visava a integração económica das nações da Europa de Leste, em resposta ao Plano Marshall do bloco ocidental. Os países que o integraram foram a URSS, a RDA, a Checoslováquia, a Polónia, a Bulgária, a Hungria e a Roménia, mas outros países não-europeus aderiram ao Conselho, como a Mongólia (1962), Cuba de Fidel Castro (1972) e o Vietname (1978), depois da sua reunificação. Já 10 anos depois, em 2001, o Governo de Belgrado entregou o antigo presidente da Jugoslávia Slobodan Milosevic ao Tribunal Penal Internacional, acusado de crimes contra a Humanidade. Apenas 5 anos depois, o Montenegro, antiga república da Jugoslávia, aderiu à ONU.
Em termos de história nacional, o dia 28 de junho é marcado, em 1630, pela carta régia de Filipe III que reafirmava o impedimento de desempenho de cargos públicos aos judeus, em Portugal. Já no período pombalino, em 1759, com a extinção das escolas jesuítas, em consequência da sua expulsão de Portugal (e posteriormente da Europa), era instituída, por alvará, a instrução secundária no país.
A 28 de junho de 1867 era inaugurado o monumento a Luís Vaz de Camões, em Lisboa e, em 1927, o professor e neurocirurgião português Egas Moniz, Prémio Nobel da Medicina em 1949, fazia a sua primeira angiografia cerebral.
O ser humano tem uma tendência crescente para esquecer o que se passou no passado e repetir os mesmos erros, daí a necessidade recorrente de relembrarmos o nosso percurso individual e coletivo, enquanto povo, para aprendermos com os erros. A importância de recordar datas simbólicas é extrema, sobretudo numa era como a atual, onde tudo é fugaz. Os grandes homens, os grandes acontecimentos, podem e devem ser festejados e homenageados, pois o presente é fruto do passado. Tal como dizia Marc Bloch (1886-1944), historiador francês, é preciso compreender o presente pelo passado, mas também compreender o passado pelo presente…
É preciso viver o passado para construir o futuro!
Francisco Miguel Nogueira
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MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!
A parte da rainha Vitória vi naquele filme que me emprestas-te que gostei muito
ResponderEliminarGostei muito desta crónica de estilo diferente.
ResponderEliminarGostei imenso da tua crónica. Inúmeras datas importantes. Referência à realeza que tanto embeleza a história e acabando no prémio nobel de Egas Moniz. Diversificado mas bom e enriquecedor. Parabéns! bjinhos e continua em força amigo Francisco Miguel Nogueira :D
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