quinta-feira, 14 de junho de 2012

Fundação Grünenthal premeia investigadores do Porto

(imagem retirada da internet)


Investigadores do Porto premiados por trabalhos sobre a dor

Qual a origem da dor associada à osteoartrose, uma das principais causas de dor crónica a nível mundial? Qual o método de medição da dor, possível de usar no futuro, no âmbito da clínica, para guiar a administração de analgésicos e de anestesia em doentes incapazes de comunicar a dor? Os estudos que procuraram responder a estas questões foram premiados pela Fundação Grünenthal. Anunciados hoje, estes prémios têm o valor total de 15 mil euros. 

O Prémio de Investigação Básica sobre a dor foi atribuído ao trabalho “Mecanismos neurobiológicos da dor na osteoartrose” realizado por um grupo de investigadores da Faculdade de Medicina do Porto/Instituto de Biologia Molecular e Celular, composto por Joana Ferreira Gomes, Sara Adães e José Castro Lopes. Segundo a investigadora principal, Joana Ferreira Gomes, este estudo procurou “um maior esclarecimento do que está na origem da dor associada à osteoartrose, uma das principais causas de dor crónica” em todo o mundo. Os resultados mostram que uma das causas poderá ser “a lesão dos neurónios que enervam o osso que está por baixo da cartilagem articular, a qual é destruída no decurso da osteoartrose”. 

No campo da Investigação Clínica, o prémio foi para o estudo ”Potenciais evocados somatosensitivos podem traduzir objectivamente o balanço nocicepção/antinocicepção sob ação de anestésicos gerais”, da autoria de investigadores do Serviço de Anestesiologia do Hospital de Santo António/Faculdade de Engenharia do Porto. Da autoria de Ana Castro, Pedro Amorim, Catarina S. Nunes e Fernando Gomes de Almeida, este trabalho propõe “um novo método objectivo de quantificação da dor”. A investigação foi realizada junto de voluntários submetidos à aplicação de estímulos dolorosos e à administração de analgésicos e anestésicos e “permitiu demonstrar a utilidade dos potenciais evocados como método objectivo de quantificação da ‘dor’", segundo Ana Castro.

O Júri do Prémio Grünenthal Dor 2011 foi liderado pelo presidente da fundação, Walter Osswald, e contou com a participação de mais seis personalidades médicas designadas pela Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) e pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR). Os Prémios Grünenthal Dor constituem o prémio de mais alto valor anualmente distribuído em Portugal, no âmbito da investigação em dor. A Fundação Grünenthal é uma entidade sem fins lucrativos que tem por fim primordial a investigação e a cultura científica na área das ciências médicas, com particular dedicação ao âmbito da dor e respectivo tratamento. 

Por Paula Torres de Carvalho
Créditos: Público/Sociedade

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