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José Hermano Saraiva – o comunicador
Recentemente, a 20 de julho, morreu José Hermano Saraiva, um dos maiores nomes da comunicação em Portugal no pós-25 de abril. Foi historiador, investigador, romancista, jurista, advogado, diplomata, político, comunicador e, sobretudo, um homem de cultura.
José Hermano Saraiva nasceu a 3 de outubro de 1919 em Leiria. Em 1941 licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas e no ano seguinte em Ciências Jurídicas, ambas na Universidade de Lisboa. Iniciou a sua vida profissional no ensino e no exercício da advocacia. De seguida, foi eleito deputado à Assembleia Nacional e posteriormente procurador à Câmara Corporativa, tendo uma profícua vida política.
Entre 1968 e 1970, José Hermano Saraiva foi nomeado Ministro da Educação, enfrentando a crise académica de 1969. Já de 1972 a 1974 foi embaixador de Portugal no Brasil. Depois de 1974, dedicou-se à comunicação, sendo autor e apresentador de vários programas de televisão sobre História, sobretudo, de Portugal. A sua maneira inconfundível de apresentar e contar estórias da nossa História, valeram-lhe o reconhecimento geral da população. Quem não se lembra do bordão: “ Foi aqui, mesmo aqui” que determinado acontecimento se deu, como ele tanto popularizou. Ou então quando contava episódios da sua vida, aproximando-nos dos acontecimentos, levando-nos a uma viagem pelo tempo.
José Hermano Saraiva aproximou a História dos portugueses, mostrando que há muitos episódios por conhecer e desbravar do nosso passado, além que inculcou valores de patriotismo nas gerações pós-Revolução dos Cravos. Muito criticado por uns, sobretudo pelas estórias que contava à sua maneira, adorado por outros, deixou a sua marca nos últimos 35 anos de televisão no nosso país.
Portugal perdeu um dos maiores portugueses do último quartel século XX e com ele desaparece um estilo de comunicador inimitável. O país ficou mais pobre mas o reconhecimento ao trabalho de José Hermano Saraiva tem sido forte.
É de homens de braços abertos a dar-se a conhecer e aos outros que Portugal precisa. Homens fortes, dinâmicos, que conheçam as suas fraquezas e os seus limites, mas que não tenham medo de lutar pelos seus ideais e pela defesa dos próximos.
É preciso viver o passado para construir o futuro!
Francisco Miguel Nogueira
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Um grande homem.
ResponderEliminartens razao perdeu-se o Homem d história....
ResponderEliminarvi bastantes documentários dele:) ficava presa à tv lolol
bjs e força pa teu trabalho;)
Olá Francisco,
ResponderEliminarApesar de muitas das vezes o achar um pouco aborrecedor, não discordo de que o mesmo foi um dos poucos homens que me recorda com tanto amor pela sua História, e a contava de forma pormenorizada!
Este senhor, José Saraiva, não cairá em esquecimento!