sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ideias em movimento!

(imagem retirada da internet)



Festival reúne artistas e investidores em Lisboa

O Festival IN - Festival Internacional de Inovação e Criatividade vai reunir, em Lisboa, em maio e junho, centenas de artistas e investidores, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), para divulgar as indústrias criativas em Portugal. A iniciativa é da Fundação Associação Industrial Portuguesa (AIP) e foi apresentada, no aeroporto de Lisboa, com a presença de vários parceiros do projeto, incluindo António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML). De acordo com o presidente da Fundação AIP, Jorge Rocha de Matos, entre 29 de maio e 02 de junho, a FIL será "um ponto de encontro entre criadores, investidores e consumidores, para fomentar negócios e encontrar soluções inovadoras". Da programação fazem parte conferências, "workshops", espaços de lazer e interativos, e áreas de exposição de ideias e projetos, além de uma programação cultural em paralelo. Na apresentação do festival, o presidente da Fundação AIP disse que os quatro pavilhões da FIL serão totalmente ocupados pela programação, para "valorizar ideias, acelerar projetos empresariais e estimular a criatividade". Indicou ainda que o festival conta com as parcerias da CML, do Ministério da Economia e da Secretaria de Estado da Cultura, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo e da ANA - Aeroportos de Portugal.
Em declarações à agência Lusa, sobre o investimento, Jorge Rocha de Matos indicou que provém sobretudo de fundos europeus e ronda os dois milhões de euros, com a efetivação do projeto a ser desenvolvida pelos parceiros envolvidos. "A nossa intenção é fazer com que o festival se realize anualmente, para fomentar as indústrias criativas em Portugal e projetar os criadores portugueses internacionalmente", vincou. Por seu turno, António Costa, em declarações aos jornalistas, sublinhou que "a aposta na inovação e na criatividade requer parcerias entre as instituições, os criativos e o mundo empresarial". "Desta crise só saímos inovando", sublinhou o autarca, destacando que Lisboa "deve ser uma capital aberta à criatividade". Também faz parte do programa do festival a realização da conferência internacional sobre propriedade intelectual "Criadores, Piratas e Investidores: Triângulo das Bermudas". Nesta conferência está prevista a intervenção de um painel de oradores que reúne, entre outros, Francisco Pinto Balsemão, presidente da European Publishers Council e do Grupo Impresa, Rick Falkvinge, presidente do primeiro Partido Pirata, e Jérémie Zimmermann, co-fundador da Quadrature du Net.
Os bilhetes para o festival - à venda a partir de 01 de abril - vão custar cinco euros, para um só dia, e 15 euros, para os cinco dias de eventos.
Créditos: Lusa/SOL/Cultura


Exposição de pintura de Gabriel Garcia em Lisboa

A exposição de pintura, desenho e instalação "Walkthrough a story", de Gabriel Garcia, é inaugurada hoje, às 22:00, na galeria António Prates, em Lisboa, onde ficará patente até 30 de Março. "Esta é uma exposição com uma dinâmica muito particular -- o artista pintou telas de grande dimensão que cobrem a quase totalidade das paredes da Galeria, ligando-as umas às outras. Sendo assim, o espaço irá conter uma história que é contada através das pinturas, que o espectador poderá 'ler' ao passear pelo espaço expositivo, na ordem que desejar; não foram impostos limites de escala ou de ocupação de espaço ao artista, o que resulta num projecto de cariz instalativo, de grande escala e impacto", lê-se no comunicado da galeria. "Estarão também expostos uma instalação de grande formato do artista, ao centro da Galeria, e um conjunto de pequenos trabalhos sobre papel", acrescenta o mesmo texto.
A crítica Maria João Fernandes, da Associação Internacional de Críticos de Artes (AICA), destaca a "originalidade e modernidade das propostas" do artista açoriano, que aponta como "um dos nomes mais promissores da sua geração". Gabriel Garcia nasceu há 35 anos, na ilha do Pico, frequentou o "atelier" de expressão plástica da Academia das Artes de Ponta Delgada, em 1994 e 1995, orientado pelo pintor Filipe Franco, e licenciou-se em Pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa. O artista vive e trabalha em Lisboa e tem desenvolvido actividade em gravura, com o Centro Português de Serigrafia.
Créditos: Lusa/SOL/Cultura


Hélia Correia vence prémio Correntes d'Escritas

A escritora Hélia Correia venceu o Prémio Casino da Póvoa, atribuído no âmbito da 14ª edição do festival literário Correntes d'Escritas com o livro de poesia "A Terceira Miséria", editado pela Relógio d'Água. O prémio, no valor de 20 mil euros e que será entregue à autora no sábado, na sessão de encerramento do festival, esta a decorrer na Póvoa do Varzim, foi atribuído por um júri composto pelos escritores Almeida Faria e Patrícia Reis e pelos jornalistas Carlos Vaz Marques, José Mário Silva e Helena Vasconcelos.
Os finalistas do prémio, este ano na categoria de poesia, eram oito: além da obra vencedora, os restantes sete eram "As Raízes Diferentes", de Fernando Guimarães, "Caminharei pelo Vale da Sombra", de José Agostinho Baptista, "Como se Desenha uma Casa", de Manuel António Pina, "De Amore", de Armando Silva Carvalho, "Em Alguma Parte Alguma", de Ferreira Gullar, "Lendas da Índia", de Luís Filipe Castro Mendes, e "Negócios em Ítaca", de Bernardo Pinto de Almeida".
Créditos: Lusa/SOL/Cultura


Primeira tradução chinesa de Caeiro
A Commercial Press, uma das mais conhecidas editoras chinesas, vai publicar o poeta ao longo dos próximos anos. A primeira tradução chinesa dos poemas e ensaios de Alberto Caeiro, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, vai ser lançada em Maio em Pequim, assinalando o início de uma colecção dedicada ao poeta português. “Alberto Caeiro é a matriz dos outros heterónimos e a base dos fundamentos filosóficos de Fernando Pessoa”, realçou na quarta-feira à agência Lusa a tradutora, Min Xuefei.
O livro, com cerca de 300 páginas, é o primeiro volume de uma série intitulada “Obras de Fernando Pessoa”, que uma das mais conhecidas editoras chinesas, a Commercial Press, tem programado publicar ao longo dos próximos anos. O segundo volume será preenchido com os poemas de Ricardo Reis, outro heterónimo de Pessoa, e a seguir sairá O Livro de Desassossego, adiantou Min Xuefei. “Estou cheia de curiosidade para ver as reacções dos leitores chineses. Não serão iguais às dos ocidentais”, desabafou a tradutora. Min Xuefei considerou que Fernando Pessoa “é um autor universal” e sublinhou que “a filosofia” do poeta português “por vezes faz lembrar o taoismo e o budismo”. “Já mostrei a tradução [dos poemas de Alberto Caeiro] a alguns poetas chineses e eles gostaram muito”, contou.
Min Xuefei, 35 anos, professora de português na Beida (a mais antiga universidade de Pequim), ouviu falar de Pessoa pela primeira vez na década de 1990, quando estudava espanhol. Entretanto, dedicou-se à língua portuguesa e estudou em Macau e em Coimbra. Além de Fernando Pessoa, traduziu obras de dois autores brasileiros: Clarice Lispector e Paulo Coelho.
Os poemas de Caeiro foram traduzidos em Portugal, entre 2010 e 2012, quando Min Xuefei preparava a tese de doutoramento, sobre Clarice Lispector: “Pessoa e Clarice Lispector são parecidos. Foram ambos uma grande ajuda para eu entender a vida e a literatura”. O Livro do Desassossego, que Min Xuefei já começou a traduzir, tem uma versão chinesa, publicada em 1999 e assinada por um conhecido escritor, Han Shaogong, mas foi feita a partir do inglês.
Em 2005 saiu outra versão do mesmo livro, também com base na tradução inglesa e da autoria de um poeta, Chen Shi.
Antes, as únicas traduções de Fernando Pessoa para chinês (Mensagem e uma antologia de poemas) foram publicadas apenas em Macau, na década de 1980.
Créditos: Público/Cultura


José Eduardo Agualusa é o novo autor da Quetzal

O escritor angolano que até aqui era editado pela Dom Quixote, do grupo Leya, passa a publicar na editora de Francisco José Viegas. O novo romance de José Eduardo Agualusa, "A Vida no Céu" vai ser publicado pela Quetzal, chancela do Grupo Bertrand Círculo.
O escritor angolano, que era um dos autores da Leya, abandonou a D. Quixote onde nos últimos anos publicava os seus livros e assinou um contrato para as suas próximas três obras.
O editor da Quetzal, Francisco José Viegas, revelou ao PÚBLICO que o novo romance de Agualusa, "A Vida no Céu", é “uma distopia” e que chegará às livrarias portuguesas em Junho. Disse ainda que a Quetzal reeditará a obra de Agualusa. Começará ainda este ano com o romance "Um Estranho em Goa" (publicado em 2000 pela Cotovia) e continuará com os outros à medida que os contratos forem libertados. 
O mais recente romance de Agualusa, "Teoria Geral do Esquecimento", foi publicado pela Dom Quixote em 2012. Não foi possível obter declarações do escritor, que se encontra em Brazzaville, no Congo.
Créditos: Público/Cultura


Novo álbum de Cristina Branco é um grito de alerta

A cantora Cristina Branco afirmou que o seu novo álbum, "Alegria", que é editado na próxima segunda-feira, é "um apontar o dedo" à situação actual "e dizer: desculpem, mas há aqui muita coisa errada!" "É uma chamada de atenção para uma coisa muito importante: estamos a ser postos à prova da forma mais bárbara, e estamos e perder o sentido do colectivo", disse a cantora, que defendeu "uma união social, senão este país vai pelo cano". Para a intérprete, este é "um disco com um determinado empenho social", que preparava desde o fim do anterior, "Não há só tangos em Paris", editado em 2011.
"Alice no País dos Matraquilhos", de Sérgio Godinho, "O lenço da Carolina", com música de João Paulo Esteves da Silva e letra de Miguel Farias, que assina outros temas, assim como "Branca Aurora", de Jorge Palma, são algumas das canções do álbum, editado pela Universal Music. "O disco começou a ser organizado no final do 'Não há só tangos em Paris', mas as coisas aconteceram muito rapidamente, e eu sinto que há uma necessidade muito grande de falar de certas coisas; e se eu tenho uma voz, se posso ser o veículo de uma mensagem importante, se posso fazer com que as pessoas oiçam e se apercebam de determinadas coisas, porque é que não faço? É quase um dever cívico, enquanto cantora", disse, em entrevista à Lusa.
"Sou uma pessoa de causas, e à volta do disco há um conjunto de coisas que foram conjugadas por mim, por isso há um empenho meu muito grande, e isto é o que eu queria realmente dizer", sustentou a cantora. O álbum, o 13.º da carreira de Cristina Branco, integra apenas dois fados -- o da "Defesa" e o "Bizarro" -- e, além das composições de Jorge Palma, Mário Laginha ou Ricardo Dias, inclui uma canção de Chico Buarque, "Construção", e outra da canadiana Joni Mitchell, "Chereokee Louise".
O "Fado Bizarro", referiu a cantora, reata a tradição do "fado operário", que ficou esquecida e até ofuscada durante o regime ditatorial, que vigorou antes do 25 de Abril de 1974.
Para a cantora, este é "um disco panfletário, no sentido de dar o alerta, e daí estas canções serem histórias com que nos confrontamos todos os dias, que falam de pessoas que nós conhecemos e com as quais nos cruzamos no dia-a-dia".
O título do álbum - "Alegria" - é "um paradoxo, uma ironia", em relação à temática que as diferentes canções abordam, incluindo o "Fado Bizarro", de Acácio Gomes dos Santos, "O cidadão de frente para a cidade", uma letra de Manuela de Freitas, e o poema de Gonçalo M. Tavares, "O desempregado com filhos", que é declamado, fechando o alinhamento, antes da faixa bónus, o "Fado da Defesa", de José António Sabrosa, com letra de António Calem, do repertório de Maria Teresa de Noronha.
A escolha do "Fado da Defesa" é uma homenagem ao avô da cantora que gostava deste tema, e um pedido dos músicos que a ouvem "cantarolá-lo nos ensaios".
Voltando ao título do álbum, Cristina Branco acrescentou que "funciona aqui de várias maneiras". "Há uma ironia, porque os nossos governantes nos dizem que devemos ter imaginação, sorrir perante a adversidade... 'Porque não dormir nas ruas, se os outros conseguem tu também consegues? 'Bora lá'!". Ao mesmo tempo, é também um paradoxo, "sentir que a cultura está a minguar de uma forma dramática, no nosso país", que "estamos a viver [uma época] em que [a cultura] é completamente desvalorizada, e em que as pessoas estão a ser educadas e induzidas a aligeirar cada vez mais o pensamento".
E esta - rematou Cristina Branco - "é uma forma muito subtil, mas quase ditatorial de impor princípios às pessoas".
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MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

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