domingo, 10 de fevereiro de 2013

Made in Português

(imagens retiradas da internet)


Historiador português integra academia restrita de Paris 

O historiador português Henrique Leitão foi eleito, no final de Janeiro, membro efetivo da Academia Internacional de História das Ciências, sediada em Paris, pelo valor da sua carreira e produção intelectual. Há mais de 50 anos que nenhum português se juntava a este clube restrito. Para Henrique Leitão esta "é a maior ambição de qualquer estudioso ou cientista". Em entrevista à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), o investigador considera a eleição "um reconhecimento muito importante" do seu trabalho "pelos mais respeitados profissionais do campo". A história das ciências exatas nos séculos XV e XVII é uma das principais áreas de estudo do historiador. Enquanto investigador do Centro Interuniversitário de História da Ciência e da Tecnologia e docente de História e Filosofia das Ciências da FCUL, Henrique Leitão dedica-se à história do livro científico antigo em colaboração com a Biblioteca Nacional de Portugal, onde foi comissário de várias exposições. Henrique Leitão salienta que tem tido "muitas propostas e desafios de colegas e grupos de investigação estrangeiros", sendo que no futuro espera dedicar-se a projetos internacionais. 
O investigador espera ainda estudar a história científica de Portugal, "um campo com muitas zonas que não se conhecem", estando neste momento a estudar os trabalhos de Rolando de Lisboa, "um interessante matemático português do século XV, ainda ignorado na historiografia". Com mais de 15 livros publicados e algumas dezenas de artigos especializados, Henrique Leitão é membro de várias sociedades científicas e académicas, como é o caso da Academia das Ciências de Lisboa, a Academia de Marinha e a Academia Internacional de História da Ciência. 
Créditos: Boas notícias
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Investigadores desenvolvem cerveja artesanal no Minho

Dois investigadores em Engenharia Biológica da Universidade do Minho vão lançar este ano no mercado seis variedades de cervejas artesanais, produzidos numa fábrica a instalar nuns moinhos de água em Vila Verde. Filipe Maceira e Francisco Pereira, ambos de 27 anos, criaram a FermentUM, empresa incubada na Universidade do Minho, e desenvolveram o projecto da Cerveja Artesanal do Minho. Depois de terem detetado a existência de “uma lacuna no mercado nacional, com uma muito pequena diversidade de cervejas”, os dois estudantes de doutoramento dedicaram dois anos a desenvolver receitas para produzir cervejas através de método artesanal.
“A cerveja artesanal é cem por cento natural, não tem qualquer tipo de mistura, injeção de gás ou diluições. A cerveja vem na garrafa com a própria levedura, micro-organismos que transformam açúcar em álcool”, explicou à Lusa Filipe Maceira, descrevendo que “todos os componentes da cerveja têm uma maior concentração, conferindo um sabor muito mais intenso e, sobretudo, muito mais real”.
Das 20 receitas que desenvolveram, a FermentUM selecionou seis variedades: uma loira, uma preta, com um sabor intenso a café, uma de trigo, “que não existe no mercado nacional”, uma ruiva, uma ‘indian pale ale’, “bastante amarga porque tem muito lúpulo, e que tem recebido muitos elogios” e uma cerveja “tipicamente belga, mais intensa”. 
Os responsáveis da empresa esperam ter as cervejas disponíveis no mercado em Setembro deste ano, instalando a produção no interior de um ecomuseu em Vila Verde, construído em dois antigos moinhos de água, cujas estruturas serão aproveitadas. No local, os visitantes poderão, passando de um moinho para o outro, atravessar a fábrica, observar a produção e provar as cervejas.
A Cerveja Artesanal do Minho será distribuída a nível regional. “O objectivo é criar uma marca regional, procurando que a população local sinta empatia por beber uma cerveja criada na região”. “A ideia não é só meter uma cerveja no mercado, mas oferecer uma experiência relacionada com a cerveja”, um “luxo” que os clientes não se importam de pagar, disse Filipe Maceira. A produção da cerveja artesanal é mais cara, mas o responsável da FermentUM garante que “os consumidores estão dispostos a pagar essa diferença para terem uma cerveja de qualidade”.
Créditos: Lusa/ SOL


Investigadores de Peniche querem maçã descascada mais tempo sem oxidar

Investigadores do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) estão a estudar como as embalagens de maçã descascada e fatiada poderão manter-se mais tempo no mercado sem oxidar, uma solução que permitirá também aumentar os lucros da indústria. Susana Silva, docente responsável pelo projecto na Escola Superior de Tecnologia do Mar de Peniche, que faz parte do IPL, explicou à agência Lusa que "estão a ser testados polissacáridos de origem marinha, extraídos de algas, e substâncias ativas que permitem manter propriedades como a cor ou o aspecto".
A solução está a ser estudada na maçã de Alcobaça, fruta vendida descascada e fatiada dentro de embalagens pela empresa Campotec, em Torres Vedras. Jorge Soares, administrador da indústria alimentar do ramo hortofrutícola, explicou que a maçã fatiada tem um prazo de apenas 12 dias para ser consumida e, com esta solução tecnológica, "o objectivo é aumentar essa validade".
A empresa pretende também combater a produção excedentária, visto que 10% acaba por não ser consumida devido aos apertados prazos de validade, e tirar mais-valias financeiras de um produto que está a ter elevada procura. "É possível, num prazo de três anos, duplicar a quantidade produzida, porque se o prazo de validade for alargado conseguimos chegar ao mercado das máquinas de venda de produtos", afirmou. No mercado há cinco anos, as embalagens de maçã fatiada passaram a integrar os menus da cadeira alimentar McDonalds e são já dos principais produtos processados na empresa de Torres Vedras, constituindo uma gama que representa um terço da sua facturação, cerca de seis milhões de euros anuais. A Campotec recebe por ano 100 mil toneladas de maçã e coloca no mercado 700 mil embalagens da fruta, depois de processada. Com a solução tecnológica, espera criar outros produtos, como saladas de fruta, e aplicá-la, por exemplo, à pera.
A empresa está a investir dois milhões de euros na remodelação do sistema de conservação da fruta em frio para um sistema inovador e na ampliação da linha de processamento de produtos. Fatura por ano 18 milhões de euros e emprega 160 trabalhadores. O projecto de investigação termina no final deste ano e conta com financiamento atribuído no âmbito do Proder (Programa de Desenvolvimento Rural).
Créditos: Lusa/ SOL


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