(imagem retirada da internet)
Prémio Nacional de Endocrinologia para antiga aluna da Universidade de Évora
Inês Figueiredo, antiga aluna do curso de Biotecnologia da Universidade de Évora, foi uma das investigadoras distinguidas com o Prémio Nacional de Endocrinologia SPEDM/NOVARTIS ONCOLOGY 2012.
O prémio, atribuído ao Grupo de Endocrinologia Molecular, da Unidade de Investigação de Patobiologia Molecular (UIPM) do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG), visa distinguir o melhor trabalho nacional na área da Endocrinologia e foi atribuído ao trabalho: "A desregulação do ciclo celular e as mutações nos genes TP53 e RAS são os eventos mais frequentes nos carcinomas pouco diferenciados e nos carcinomas anaplásicos da tiroide". A investigação permite confirmar o envolvimento dos genes TP53 e RAS no desenvolvimento dos carcinomas mais agressivos da tiroide e revelou ainda a contribuição de outros genes envolvidos na regulação do ciclo celular e invasão/metastização. Estes genes poderão representar alvos para intervenção terapêutica com impacto no seguimento clínico e sobrevivência destes doentes.
Créditos: CienciaPT
Museu da Ciência apresenta projeto que promove sucesso da Matemática no ensino
“Hypatiamat” é um site que ajuda os alunos a estudar Matemática. A equipa responsável pelo projeto “Hypatiamat” mostra-se preocupada com o elevado insucesso escolar e o correspondente abandono escolar precoce e considera que o insucesso na Matemática em Portugal é um problema grave que exige medidas.
Resultante de uma colaboração entre o Grupo Universitário de Investigação em Autorregulação da Escola de Psicologia da Universidade do Minho e o Departamento de Matemática da UC, este projeto consiste num site (www.hypatiamat.com) com diversas ferramentas e aplicações hipermédia de apoio ao ensino e à aprendizagem da Matemática; milhares de tarefas interativas e dinâmicas; problemas com pistas e propostas de resolução; e fichas de avaliação e exercícios de exames nacionais e internacionais. Este site pode também ser uma ferramenta para os professores, pois permite a marcação de trabalhos para casa. O Hypatiama possibilita ainda uma aprendizagem acompanhada por um tutor digital, bem como uma monitorização de desempenho pelos professores, alunos e encarregados de educação. Ainda em fase de teste em diversas escolas, mas com a garantia da qualidade e correção dos conteúdos, este site é dirigido a toda a comunidade educativa.
A equipa responsável pelo projeto “Hypatiamat”, que se mostra preocupada com o elevado insucesso escolar e o correspondente abandono escolar precoce, considera que “o insucesso na Matemática em Portugal é um problema grave que exige algumas medidas, muito para além do diagnóstico fatalista e improcedente”.
Créditos: CiênciaPT
Universidade de Aveiro aposta no mar com Instituto de investigação
Universidade de Aveiro lança Instituto de investigação, plataforma tecnológica e cátedra a pensar no mar. Uma tem por missão coordenar e agregar as competências científicas da Universidade de Aveiro (UA) no que diz respeito à gestão do litoral e à investigação marítima e quer promover sinergias com os setores público e privado ligados ao mar. A outra quer juntar empresários, docentes e investigadores numa rede de competências no setor do mar para valorizar produtos e serviços e promover uma cultura de cooperação empresarial de base científico-tecnológica. A primeira chama-se Aveiro Institute for Marine Science and Technology (AIMare). A segunda é a Plataforma Tecnológica do Mar. As duas novas estruturas da UA, nascidas a pensar na investigação e na economia do mar, vão ser lançadas dia 22 fevereiro, a partir das 16h00. E porque não há duas apostas sem três, o dia será ainda marcado pela apresentação da Cátedra CGD Estudos do Mar ocupada pelo investigador Graham John Pierce, uma das grandes referências mundiais em Biologia Marinha e Pescas.
José Fernando Mendes, Vice-reitor da UA, e Tiago Pitta e Cunha, consultor do Presidente da República para as áreas do Ambiente, da Ciência e do Mar, são os responsáveis encarregues da apresentação do novo Instituto que quer conquistar a liderança nacional e internacional nas ciências e tecnologias marinhas e marítimas e promover a transferência de conhecimento para as empresas portuguesas de forma a aumentar-lhes a competitividade.
A criação do AIMare, numa UA cada vez mais apostada no conhecimento do mar - desde 2004 vários departamentos e unidades de investigação da academia têm participação em 16 projetos internacionais ligados ao mar - obedece à vontade da academia em alcançar a excelência na pesquisa científica no que ao mar diz respeito e contribuir para o desenvolvimento sustentável das atividades costeiras, marinhas e marítimas, enfrentando com isso os atuais desafios regionais e globais. Necessidades e desafios de indústrias, decisores políticos e sociedade em geral, são os alvos para onde o AIMare pretende transferir conhecimento e promover sinergias de forma a apoiar e alavancar o desenvolvimento estratégico socioeconómico da região e do país no que toca ao meio marítimo.
Em linha com a estratégia Europeia, o AIMare, que, naturalmente, incorpora a experiência dos cientistas da UA e o sólido conhecimento da academia em formação, investigação e inovação, quer assim contribuir para a proteção e o desenvolvimento sustentável do meio ambiente marinho e costeiro, e dos seus recursos em particular, fornecendo orientação para a gestão e tomada de decisões. No cerne da criação do novo Instituto, para além da procura de respostas para as questões da qualidade ambiental, da saúde dos ecossistemas e das mudanças globais, está ainda o desenvolvimento tecnológico e a criação de novas oportunidades para o setor marítimo.
Promover uma estratégia concertada entre as organizações de investigação nacionais e proporcionar alta qualidade de graduação e de pós-graduação nas áreas das ciências ligadas ao mar são outros dos desígnios do AIMare.
Cátedra CGD Estudos do Mar
O lançamento do AIMare, no Auditírio da Reitoria da UA, vai ocorrer durante a sessão "Inspiring Research for a Blue Economy: From the Lab to the Real World" que, igualmente, acolherá a apresentação da Cátedra CGD Estudos do Mar ocupada por Graham John Pierce, um dos maiores especialistas mundiais em Biologia Marinha e Pescas.
Mamíferos marinhos, cefalópodes, biodiversidade marinha, gestão de zonas costeiras e modelos de habitat em animais marinhos são algumas das áreas que o professor catedrático da Universidade de Aberdeen, na Escócia, trata há muito por tu. O trabalho de Pierce tem-se desenvolvido sobretudo nas águas costeiras da Península Ibérica, da Escócia, do Mediterrâneo e do Atlântico Sudoeste.
O lançamento da Cátedra financiada pela Caixa Geral de Depósitos conta com as intervenções de Manuel António Assunção, Reitor da UA, de Rui Soares, diretor central da Direção de Particulares e Negócios Centro da CGD e de Graham Pierce.
Plataforma Tecnológica do Mar
Integrada no encontro UA Innovation Clubbing, a Plataforma Tecnológica do Mar tem como propósito juntar, num espaço informal, empresários, docentes e investigadores com vista à constituição de uma rede de competências no setor do mar que irá valorizar os produtos e serviços dos setores em causa, promovendo ainda a geração de uma cultura de cooperação empresarial de base cientifico-tecnológica.
Este evento resulta do objetivo da UA em constituir Plataformas Tecnológicas para os setores chave da economia nacional, tendo ocorrido já o lançamento da Plataforma Tecnológica para o setor Agroalimentar, no dia 27 de novembro de 2012. Na sequência deste encontro foram estalecidos vários protocolos e parcerias, resultando em benefícios económicos, tanto para a Universidade como para as empresas. Estas iniciativas são a materialização da terceira missão das Universidades, a transferência de conhecimento e cooperação com a sociedade.
Apresentada às 18h00, no Restaurante Universitário, e contando com intervenções do Vice-reitor Carlos Pascoal Neto e Ribau Esteves, Presidente do Oceano XXI, a Plataforma quer reforçar a ligação Universidade-Empresas, promovendo ainda o surgimento de projetos de I&DT e dinamizando atividades complementares, integradas nos polos, clusters e associações empresariais.
A Plataforma Tecnológica do Mar é coordenada por Luís Menezes Pinheiro, professor do Departamento de Geociências da UA, que será coadjuvado por docentes e investigadores de diferentes Departamentos e Unidades de Investigação, na medida em que a estrutura integra sete áreas de atuação.
Créditos: CiênciaPT
Estudo da FEUP revela fenómeno explosivo em estrelas
Uma investigação desenvolvida por um professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto permitiu observar um evento explosivo em duas estrelas muito jovens, rodeadas por um disco de poeira e gás e capazes de formar planetas. O estudo, que recorreu aos mais avançados telescópios do mundo, acaba de ser publicado na revista internacional “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society”.
Um estudo da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), publicado no passado dia 15 de fevereiro na revista científica “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society”, permitiu observar duas estrelas, muito jovens, rodeadas por um disco de poeira e gás, capazes de formar planetas. Desenvolvida por Paulo Garcia, professor do Departamento de Engenharia Física da FEUP, a investigação revela que quando as órbitas destas duas estrelas estão no ponto de maior proximidade interagem num evento explosivo.
Este fenómeno foi observado através do “Very Large Telescope Interferometer”, considerado um dos mais avançados telescópios do mundo, localizado no Chile. Este telescópio, quando integrado com o instrumento AMBER (que combina a luz de três telescópios simultaneamente), deteta o fenómeno explosivo das estrelas.
Paulo Garcia começa por explicar este fenómeno com a origem do nosso sistema solar, que se formou através de um disco de poeiras e gás, quando o Sol (atualmente com cerca de cinco mil milhões de anos) tinha aproximadamente um milhão de anos de idade. No caso das estrelas binárias, uma delas tem cerca do dobro da massa do Sol e a outra, uma massa parecida com a do “astro-rei”. Com uma idade de quase um milhão de anos, têm ainda o seu “sistema solar” em formação. Estas estrelas binárias orbitam uma em torno da outra, dando uma volta completa a cada três semanas e estando separadas na região mais próxima por uma distância apenas setes vezes maior que o seu raio.
“As estrelas quando são jovens têm uma atividade magnética muitíssimo mais intensa que o Sol. Têm à sua volta estruturas magnéticas muito extensas e variáveis e também um disco onde se estão a formar planetas. Pensa-se que o evento explosivo se deve à conjugação de uma pequena separação, de modo a que estas estruturas se sobrepõem, e de matéria que cai para as estrelas”, revela Paulo Garcia.
O estudo que acaba de ser publicado conta com a colaboração de investigadores da Alemanha, Itália, França e Chile. A técnica utilizada na investigação é conhecida por interferometria e, de acordo com Paulo Garcia, permite obter informação com uma precisão angular 500 vezes superior a um telescópio num dos melhores observatórios do mundo. “Existe outra tecnologia - a ´ótica adaptativa´ - que corrige em tempo real a ´cintilação´ das estrelas. Mas mesmo assim, a interferometria obtém informação 50 vezes mais precisa angularmente. Esta tecnologia é muito importante porque as estrelas estão muito próximas e a sua separação angular é muito pequena”, destaca o investigador da FEUP.
Créditos: CiênciaPT
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