(imagens retiradas da internet)
Efemérides
de 16 a 22 de fevereiro
Tratado de Badajoz
Passaram
exatos 746 anos que a 16 de fevereiro de 1267 foi assinado o Tratado de Badajoz por Afonso III, o Bolonhês e Afonso X de Leão e Castela. Neste
Tratado foi definida a fronteira entre Portugal e Castela,
no Algarve, recém-conquistado aos mouros. No
Tratado de Badajoz estabeleceram-se as bases de cooperação e
amizade entre os dois reinos. Nos termos do acordo, Afonso X de Castela rendeu
todos os direitos para o Algarve a Portugal e estabeleceu-se o Rio Guadiana
como a linha de fronteira entre os reinos. Com tais conquistas, Portugal ficou mais ou menos com a delimitação
de fronteiras que atualmente possui, o que nos torna uma das nações com as fronteiras
estáveis mais antigas do mundo.
Almirante Gago Coutinho
Há exatos 144 anos, a 17 de fevereiro de 1869, nascia o
Almirante português Gago Coutinho. Geógrafo, cartógrafo, oficial da Marinha,
navegador e historiador, o Almirante teve uma vida cheia de aventuras e
desventuras. Juntamente com Sacadura Cabral, Gago
Coutinho fez a primeira travessia aérea do Atlântico Sul e entrou para a
História Universal. A
viagem demorou 79 dias, cheios de percalços e
atrasos que não os demoveram. Fizeram um total de 62 horas e 26 minutos de voo
e percorreram 8 383km. Gago Coutinho retirou-se da vida
militar em 1939, com 70 anos, mas em 1954, ainda foi convidado pela TAP para um
voo experimental num DC-4 ao Rio
de Janeiro, preparando-se, assim, a futura linha aérea regular entre Portugal e
Brasil, o que mostra que continuava a ser um nome muito respeitado pela
Aviação. A 18 de Fevereiro de 1959 morria o
Almirante Gago Coutinho (passam também exatos 54 anos), tinha 90 anos e uma
história de vida sem igual.
Batalha de Almoster
A Batalha de Almoster foi travada a
18 de fevereiro de 1834, há exatos 179 anos. A batalha desenrolou-se durante a Guerra
Civil (832-1834), opondo liberais a absolutistas. Em Almoster, em Santarém, as tropas
liberais, comandadas pelo ainda Conde Saldanha, venceram as tropas absolutistas
comandadas pelo General Lemos. As tropas absolutistas tiveram um milhar
de perdas. A Batalha de Almoster significou o desmoronar de todas as esperanças
do irmão de D. Pedro IV. Em recompensa pela vitória, Saldanha recebeu
os títulos de Marquês de Saldanha e Conde de Almoster.
Nicolau Copérnico
Há exatos 540 ano,
a 19 de fevereiro de 1473, nascia Nicolau Copérnico,
um astrônomo e matemático polaco. Copérnico foi o
primeiro astrónomo a sugerir que a Terra e os restantes planetas orbitavam em
torno do Sol, criando teoria heliocêntrica do Sistema
Solar. Copérnico
também defendeu que a Terra girava diariamente sobre o seu eixo e que as
mudanças graduais deste eixo provocavam as estações. Copérnico
foi ainda cónego da Igreja
Católica e estudou leis e Medicina sendo médico durante 6 anos.
Morreu a 24 de Maio de 1543, ano em
que foi publicada a sua obra Sobre as revoluções
das esferas celestes, o que lhe evitou a ira da Igreja Católica, que
consideraram o seu conhecimento como uma heresia. Em 1616, a Igreja Católica
condenou a obra de Copérnico como "livro proibido".
Vitorino
Nemésio
A 20 de fevereiro de 1978, há exatos 35 anos, morria Vitorino
Nemésio, um dos maiores nomes da literatura portuguesa. Nascido a 19 de dezembro de 1901, na Praia da
Vitória, Nemésio foi poeta, romancista, ficcionista, cronista, ensaísta, biógrafo, historiador da literatura e da cultura,
jornalista, investigador, epistológrafo, filólogo e comunicador televisivo,
para além de toda a atividade de docência. Foi um dos grandes homens do século
XX.
Vitorino Nemésio nasceu a 19 de dezembro de 1901,
na Praia da Vitória, terra que sempre amou e "cantou" como ninguém. Escritor da açorianidade, Nemésio deixou uma obra
vasta. Um dos seus grandes romance é "Mau Tempo no Canal", que eu
aconselho vivamente.
Recebeu o Prémio Nacional da Literatura, em 1965 e,
em 1974, o Prémio Montaigne. Jaz no cemitério de Santo António dos Olivais, em
Coimbra.
Isabel de Portugal,
Duquesa de Borgonha
Há exatos 616 anos, a 21 de fevereiro de 1397, nascia Isabel
de Avis, Duquesa de Borgonha. Única filha de D. João I, o 1º Rei da II Dinastia
e sua esposa, a britânica Filipa de Lancaster. Era irmã de Grandes Portugueses,
um dos irmãos foi Rei (D. Duarte), outro Regente
(D. Pedro), e outro foi D. Henrique, o grande responsável pelo início da nossa
Expansão. Isabel de Portugal nasceu em Évora. Aprendeu a ler,
a escrever e a falar em várias línguas e distraía-se a traduzir romances de
cavalaria. Casou-se com Filipe, O Bom, Duque da Borgonha e Conde da Flandres,
com quem foi feliz. Tiveram 3 filhos, mas só um chegou à idade adulta, Carlos,
o Temerário.
A Duquesa de Borgonha era uma mulher à frente do
seu tempo, muito refinada e inteligente. Gostava de se rodear de artistas e
poetas, e foi uma mecenas das artes. Também na política exerceu a sua
influência sobre o filho e, em especial, sobre o marido, que representou em
várias missões diplomáticas. Quando soube que se preparava a colonização dos
Açores, D. Isabel insistiu com os irmãos para que aceitassem colonos flamengos.
Tratou diretamente da escolha de colonos. Tornou-se assim responsável pelo
povoamento das ilhas.
Morreu em Dijon, a 17 de dezembro de 1471.
Batalha de Verdun
No dia 21 de fevereiro passam exatos
97 anos que se iniciou a batalha de Verdun, na Frente Ocidental, a mais longa
da I Guerra e a 2ª mais sangrenta, depois da batalha de Somme.
O setor francês de Verdun estava
muito mal defendido em 1916, pelo que as tropas alemãs avançaram, pondo em
prática o princípio alemão: "a artilharia destrói, a infantaria
ocupa". Contudo, os Alemães foram surpreendidos pelos inesperados sobreviventes
franceses, comandados pelo Marechal Philippe Pétain, que ofereceram forte
resistência. A 19 de dezembro de 1916, 10 meses
depois, a batalha chegava ao seu fim ao fim, com um total de 371 000 baixas
francesas, entre falecidos, desaparecidos e feridos. O total de baixas alemãs atingia
os 337 000 homens.
Portugal
e o futuro
de Spínola
Há 39 anos, a 22 de fevereiro de 1974, o
General António de Spínola publicava o livro Portugal e o futuro. No livro, Spínola apontava soluções políticas e não militares para a Guerra Colonial,
afirmando que a essência da Nação, a segurança física, o bem-estar
material e social dos portugueses estavam em grave risco. Esta obra vendeu, em
poucos meses, 350 mil exemplares, tornando-se
um autêntico sucesso de vendas.
O livro Portugal e o Futuro politizou os
militares, que descontentes com a Guerra Colonial, viam na solução política a
melhor forma de terminar com ela e, em pouco tempo, a
publicação tornou-se num manual essencial na luta contra o Estado Novo. Apenas
2 meses depois, o Regime caía. Portugal e o Futuro abriu
realmente um rumo para o futuro do país.
Porque recordar é viver, para a semana
continuaremos a aprender!
Francisco Miguel Nogueira
MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!
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