sábado, 4 de fevereiro de 2012

Ansiedade do estudante

(imagem retirada da internet)


Quer se trate de provas de avaliação mais ou menos rotineiras, quer da realização de provas de avaliação ou exames nacionais, os estudantes sofrem frequentemente fases de grande tensão e aumento de ansiedade, o que nos levou a escrever este artigo, no qual apresentaremos algumas sugestões que lhes podem ser úteis.

A ansiedade nos testes está associada aos pensamentos, sentimentos e reacções emocionais experimentados pelos alunos nesta situação. Os batimentos cardíacos acelerados, as dificuldades em adormecer ou acordar durante a noite, a grande tensão muscular, as mãos suadas, são alguns dos sinais físicos que traduzem níveis elevados de ansiedade. Estas reacções são acompanhadas de pensamentos e sentimentos negativos relativamente a um desempenho nas provas. No entanto, certo nível de ansiedade nem sempre é perturbador para o indivíduo, desde que esteja no domínio do seu auto-controlo e leve o aluno a preparar-se melhor para as provas. É também para estes alunos que apresentamos algumas pistas relativamente a duas etapas decisivas, o ANTES e o DURANTE, ou seja, a preparação e sua realização.

Na véspera das provas ou exames 
  • Ter uma boa noite de sono. O aluno que não dormiu o suficiente, terá dificuldades em raciocinar e memorizar. O cansaço, para além de afectar o rendimento intelectual, afecta também a estabilidade psicológica do aluno que não dorme o suficiente, pois está mais tenso e mais nervoso. 
  • Criar expectativas positivas relativamente ao desempenho das provas e/ou exames. O aluno que tenha pensamentos muito perturbadores associados às Provas deverá utilizar a técnica de modificação de pensamentos, no sentido destes serem mais positivos e mais ajustados. Por exemplo, se penso “Este exame vai ser tão difícil que não vou conseguir fazer nada!!!” deverei pensar “Este exame vai ter questões difíceis e outras mais fáceis. Para me acalmar deverei começar pelas mais fáceis!” Utilizar técnicas de auto-instrução vai ajudar a manter a calma. Exemplos do que poderá dizer: “Tenho a certeza de que vou conseguir, porque estudei para isso. Se me mantiver calmo, conseguirei raciocinar melhor.”
  • Partilhar com amigos ou familiares os medos e ansiedades pode ajudar a baixar essa mesma ansiedade. O apoio afectivo e as palavras de confiança que nos são dirigidas são muito importantes nestes momentos.
  • Seleccionar actividades que nos possam relaxar, tais como, ouvir música, conversar com os amigos, tomar um banho de imersão, dar um passeio, namorar... 
  • Realizar alguns exercícios que se apresentam de seguida, com base nas técnicas de relaxamento: 
Exercício 1 
Deitado de barriga para cima, com as mãos sobre a caixa toráxica ou de pé com os pés ligeiramente afastados, inspirar lentamente pelo nariz contando mentalmente até 10. Suspender a respiração até se conseguir e, de seguida, expirar pela boca, muito lentamente numa contagem até 10. Repetir o exercício pelo menos 3 vezes. 

Exercício 2 
Sente-se no sofá ou cadeira confortável, com as costas direitas e cabeça apoiada, com os olhos cerrados, contraia todo o corpo o mais que puder e, muito devagar, deixe-se cair para trás, relaxando todos os músculos. Este exercício terá melhores resultados se for praticado pelo aluno 2 vezes por dia, durante o tempo em que andar mais nervoso. 

Exercício 3 
Deite-se na sua cama, de barriga para cima, ou sente-se à vontade no sofá com a cabeça bem apoiada e as mãos sobre as pernas. Feche os olhos e imagine uma cena relaxante, pode ser uma recordação ou acontecimento recente ou algo totalmente imaginado. Passe p
elo menos 10 minutos com essa imagem positiva na cabeça. Este exercício pode ser conjugado com o exercício anterior. 

Imediatamente antes e durante a prova 
  • Chegar um pouco antes da hora marcada;
  • Levar para a prova todo o material necessário;
  • Ler todo o enunciado da prova antes de começar a responder; 
  • Começar a responder pelas questões mais fáceis, controlando o tempo;
  • Fazer um esquema mental antes de começar a responder ou escrever os tópicos no rascunho. Esta sugestão é mais importante para perguntas de desenvolvimento.
  • Se houver tempo, reler as respostas para corrigir algum erro. 
Quanto aos bloqueios, o aluno deve pôr de parte o teste e pensar noutra coisa. Por vezes, basta mudar de questão para desbloquear. Se houver necessidade, poderá, durante alguns minutos, fixar um quadro que exista na sala ou aplicar os Exercícios 1 ou 3. Quando o aluno voltar a fazer a prova, não deve retomar de imediato a questão que o fez bloquear. Será preferível guardá-la para o final. 

Créditos AQUI
Escrito por Teresa Saragoça (Psicóloga) 

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