(imagem retirada da internet)
Escritora, poetisa, activista social. Intelectual, polémica, feminista, vigorosa, corajosa. Nunca fugiu de uma luta e esteve sempre na vanguarda política, social e literária portuguesa. Casada quatro vezes, livre das pressões das convenções sociais, enfrentou quem tinha de enfrentar para defender aquilo em que acreditava.
Ficou célebre o episódio, ocorrido na Assembleia da República a 2 de Março de 1982. Num debate parlamentar sobre a legalização do aborto, o então deputado do CDS/PP João Morgado defendia que "o acto sexual é para ter filhos". Prontamente, Natália responde com poema improvisado no momento:
Já que o coito
- diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o orgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.
Ficaram os trabalhos interrompidos, por fazer rir todas as bancadas parlamentares.
Morreu vítima de ataque cardíaco, no dia 16 março de 1993, faz hoje 19 anos.
Sugestão Marcia Leal
Créditos: Noites de Saudade
Saber mais: wikipedia
Hoje é dia de recordar Natália Correia!
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