sexta-feira, 12 de abril de 2013

Recordar é viver!

(imagens retiradas da internet)



Viver o passado:
Efemérides Semana de 6 a 12 de abril


Renascimento dos Jogos Olímpicos 

A 6 de abril de 1896, há 117 anos, os Jogos Olímpicos, uma antiga tradição do Império Grego, renasciam em Atenas. Os jogos haviam sido proibidos 1500 anos antes, no ano 393, pelo imperador cristão Teodósio I, que os considerou uma manifestação de rituais do pagãos. 
O barão francês Pierre de Coubertin foi o grande responsável pelo renascimento das olimpíadas, convertendo-se no presidente do Comité Olímpico Internacional (COI) durante 27 anos, desde 1898 até 1925. 
Nos I Jogos Olímpicos da Era Moderna (distinguindo assim os da Era antiga, do Império Romano), em Atenas, desfilaram 280 atletas homens (e nenhuma mulher) de 13 países. Realizaram-se 43 provas para 10 desportos e a maratona, o acontecimento que data do ano de 490 a.C., foi ganha pelo atleta grego Spyridon Louis. 
Em 1924, nos últimos jogos com a participação de Coubertin, que se realizaram em Paris, participaram 3 000 atletas, dos quais, mais de 100 eram mulheres, procedentes de 44 países. Os Jogos Olímpicos tornavam-se na principal prova desportiva do mundo. Os últimos Jogos Olímpicos foram realizados em Londres, em 2012, e contou com 204 Comitês Olímpicos Nacionais (CON) e cerca de 10 500 atletas. Os próximos serão realizados em 2016, no Rio do Janeiro. 


Albrecht Dürer 

A 6 de abril de 1528, morria Albrecht Dürer, em Nuremberga, um grande pintor, gravador, ilustrador, matemático e teórico de arte, considerado o mais famoso artista do Renascimento nórdico. Albrecht Dürer nasceu em Nuremberga, a 21 de maio de 1471. É considerado como o 1º grande mestre da técnica da aguarela, sobretudo no que toca à representação de paisagens. Dürer conseguiu captar a atenção do imperador Maximiliano I para o seu trabalho, tendo sido por ele nomeado pintor da corte (1512-1520).
Em 1520, Dürer partiu para os Países Baixos, onde conheceu pintores, assim como Erasmo de Roterdão, que o influenciaram. De regresso à sua terra natal, ocupou-se então com a elaboração de tratados sobre a medida e as proporções humanas, a perspetiva e a geometria como elementos estruturantes da arte. Dürer influenciou artistas do séc. XVI no seu país e nos Países Baixos. 
Em Lisboa, no Museu Nacional de Arte Antiga, podemos visitar São Jerónimo de Albrecht Dürer. A pintura representa Jerónimo de Strídon, tendo como modelo um homem de 93 anos. Foi pintado em 1521, durante a passagem de Dürer pelos Países Baixos e o quadro foi oferecido a um secretário da feitoria portuguesa em Antuérpia, que o trouxe para Portugal em 1549. Foi posteriormente propriedade de D. José Maria de Almada Castro Noronha da Silveira Lobo, 1.º Conde de Carvalhais. 


O Principezinho 

Há exatos 70 anos, a 6 de abril de 1943, era publicado O Principezinho, escrito por Antoine de Saint-Exupéry. Foi traduzido em 180 línguas e dialetos, tornando-se uma das obras mais conhecidas da literatura universal. 
O Principezinho é considerado um livro infantil pela forma como está escrito e porque, em princípio, o enredo é simples. Entre linhas esconde-se uma metáfora onde se abordam temas tão profundos como o sentido da vida, o amor e a amizade. Não existe apenas única moral do livro, pois O Principezinho permite várias interpretações e cada opinião é uma verdade. 

Algumas das frases míticas da obra são
  • “Aqui está o meu segredo que não pode ser mais simples: só com o coração se pode ver bem. O essencial é invisível para os olhos”. 
  •  “O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá, mais se tem.” 
  • “Tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas.” 
  • “O verdadeiro homem mede a sua força, quando se defronta com o obstáculo”. 
  • “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.” 
  • “O amor não consiste em olhar um para o outro, mas sim em olhar juntos para a mesma direção.” 
  • “Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa.” 


Luís Vaz de Camões 

A 7 de Abril de 1570, há 443 anos, Luís Vaz de Camões, regressava a Lisboa das suas desventuras da Índia. Trazia consigo um caderno de poemas, que dedicou a D. Sebastião e que foram publicados, nascia assim Os Lusíadas, a grande epopeia dos descobrimentos portugueses. Luís Vaz de Camões deve ter nascido em Lisboa, por volta de 1524, e recebeu uma educação “clássica”, típica do renascimento, onde dominava o Latim, a Literatura e a História. Cedo iniciou-se na vida poética, na Corte de D. João III, tendo uma existência repleta de aventuras e desventuras. 
No tempo que frequentou a Corte de D. João III, Luís de Camões viveu intensamente os amores, que tão bem cantava, desde damas da Nobreza a mulheres do Povo. Contudo, foi um amor frustrado que levou Camões a alistar-se como militar e partir para África, onde perdeu um olho em batalha. Voltando de novo ao Reino, o temperamento intempestivo do Poeta levou-o a entrar em conflito com um servo do Paço, ferindo-o. Preso, Camões foi perdoado, mas partiu para o Oriente na nau São Bento, na frota de Fernão Álvares Cabral, em 1553. 
Camões passou vários anos no Oriente, onde combateu várias vezes a favor do Estado português da Índia, porém foi preso inúmeras vezes, sobretudo, devido ao seu estilo combativo e sangue quente. O facto de ter passado pelas regiões onde Vasco da Gama navegara em 1500, inspirou-o, começou, então, a escrita d’Os Lusíadas, onde contava as aventuras dos descobrimentos e da História de Portugal. 
Numa das viagens pelo Índico, conforme se conta, a nau onde Camões navegava afundou-se, tendo o poeta que se atirar ao mar para salvar o seu manuscrito. Assim, Camões salvou Os Lusíadas. Esta situação, inspirou-lhe as célebres redondilhas Sobre os rios que vão, deixando-o com um trauma do naufrágio, que se refletiu na sua poesia posterior. 
Em Dezembro de 1567, Camões iniciou a sua viagem de regresso a Portugal. A bordo da nau Santa Clara, chegou a Lisboa, estávamos em Abril de 1570. Rapidamente finalizou Os Lusíadas, dedicando o livro a D. Sebastião, rei impulsivo e, também, com um forte espírito guerreiro, que se interessou pela obra de Camões. D. Sebastião recebeu uma pequena pensão do Rei pelos serviços prestados à Coroa, mas depois do desaparecimento de D. Sebastião em Alcácer Quibir, viveu na miséria. 
Luís Vaz de Camões viveu pobre e só depois de morrer, é que a sua obra lírica foi publicada numa coletânea chamada Rimas, assim como 3 obras de teatro cómico. Em pouco tempo, o reconhecimento que não recebera em vida, chegava. Era visto como um ícone da Literatura Ocidental, um renovador da Literatura e da Língua portuguesa. Os Lusíadas tornaram-se numa das obras de referência do Renascimento. 


Entente Cordiale 

Há exatos 109 anos, 8 de abril de 1914, a República Francesa e o Reino Unido assinavam a Entente Cordiale. Com este acordo, as duas potências terminavam com as suas querelas coloniais (algumas delas com muitos anos de existência), tendo em vista a prossecução de uma política comum, pois uma das dimensões dessa aliança era a intervenção/colaboração militar entre as duas potências em caso de guerra ou agressão de terceiros, sobretudo numa Europa que estava em plena Paz Armada, ou seja, uma Europa que estava a preparar-se para a Guerra, havia uma corrida ao armamento. A questão colonial era cada vez mais central. 
A aliança entre os 2 países foi-se afirmando ao longo dos anos seguintes em questões internacionais importantes. Assim, na conferência de Algeciras, em 1906, e no caso de Agadir, em 1911, o Reino Unido e a França surgiram unidas, impondo a sua força, inclusive de natureza armada. 
Em 1907, a Entente Cordiale assinou acordou com a da Rússia, como forma de criar um travão ao expansionismo germânico. Com esta adesão nascia a Tríplice Entente. 
Com o início da I Guerra, no Verão de 1914, esta aliança representou o bloco militar que se opôs ao avanço dos Impérios Centrais (Alemanha e Áustria), cooperando militarmente ao longo da guerra e recebendo a adesão de outros 24 países, incluindo Portugal. Surgia então uma ampla coligação conhecida como os Aliados. 


Batalha de La Lys 

Há exatos 95 anos, a 9 de abril de 1918, começava a Batalha de La Lys, na Flandres, o grande combate em que o Corpo Expedicionário Português (CEP) participou.
O CEP, incluído no 11º Corpo Britânico, enfrentou então os exércitos alemães, provocando aquela que é considerada por muitos, embora seja discutível, a maior derrota das tropas portuguesas desde Alcácer-Quibir, em 1578.
A frente de combate distribuía-se numa extensa linha de 55 km, entre as localidades de Gravelle e de Armentières, na Flandres. Esta linha era guarnecida pelo 11° Corpo Britânico, com cerca de 84 000 homens, entre os quais se compreendia a 2ª divisão do CEP, constituída por cerca de 20 000 homens, dos quais somente pouco mais de 15 000 estavam nas primeiras linhas, comandados pelo general Gomes da Costa. Esta linha viu-se impotente para sustentar o embate de oito divisões do 6º Exército Alemão, com cerca de 55 000 homens comandados pelo general Ferdinand von Quast. Essa ofensiva alemã, montada por Erich Ludendorff, ficou conhecida como ofensiva Georgette e visava à tomada de Calais e Boulogne-sur-Mer. 
O bombardeamento preparatório sobre o CEP começou às 4h15 de 9 de abril, a última resistência dos Portugueses só cessou próximo do meio-dia de 10, em Lacouture. As tropas portuguesas perderam cerca de 7 500 homens entre mortos, feridos, desaparecidos e prisioneiros, ou seja, mais de um terço dos efetivos, entre os quais 327 oficiais. 
Os últimos estudos apontam para o facto das tropas nacionais, mesmo exaustas e abandonadas na frente pelo governo de Sidónio Pais, se bateram com valentia, pois são conhecidos vários atos individuais de heroísmo, abnegação, solidariedade e camaradagem. Entre esses heróis, o mais importante foi Aníbal Augusto Milhais, o soldado milhões. Milhais era um homem do campo, sendo um soldado simples para quem, provavelmente, os camaradas eram o mais importante. Foi assim pela defesa dos companheiros que, durante a Batalha de La Lys, desobedeceu às ordens de retirada e se deixou ficar para trás com a sua metralhadora Lewis, a Luisinha. Disparando, conseguiu atrasar o avanço dos alemães, cobrindo a retirada do que restava de forças portuguesas e até escocesas do reduto de Huit Maisons, depois de longas horas de resistência. Milhais salvou então dezenas de camaradas de terem sido mortos ou caído em cativeiro alemão. Ao chegar ao acampamento português, o comandante Ferreira do Amaral saudou-o, afirmando “Tu és Milhais, mas vales Milhões", nascia assim o soldado milhões
Regressando a Portugal, Milhais tornou-se o soldado português mais condecorado na I Guerra e o único soldado português premiado com a mais alta honraria nacional, a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, no campo de batalha, além que, a 5 de julho de 1924, o Parlamento alterou o nome da povoação de Valongo (sua terra natal), para Valongo de Milhais, Infelizmente a História de Milhais caiu no esquecimento e a ação deste grande homem deve ser conhecida e relembrada. 


Gregório XIII 

Há exatos 428 anos, a 10 de abril de 1585, morria o Papa Gregório XIII, o responsável pela introdução do atual calendário, chamado, por isso, de gregoriano. 
Gregório XIII, nascido Ugo Bouncampagno, estudou e lecionou direito e jurisprudência na Universidade de Bolonha, sua terra natal. O Papa Paulo III, em 1538, chamou Ugo a Roma e rapidamente subiu rapidamente na hierarquia. Foi elevado a cardeal por Pio IV, tendo estado presente no Concílio de Trento (1545/1563). Tornou-se Papa a 13 de maio de 1572. 
Gregório XIII conspirou para destronar a rainha Isabel I da Inglaterra e enviou, em 1578, o capitão Thomas Stukeley para a Irlanda, de forma a minar o poder da rainha anglicana. Contudo Stukeley desviou-se do plano inicial e juntou-se a D. Sebastião na sua cruzada em Marrocos, onde a 4 de agosto de 1578 pereceram o rei português e grande parte do seu exército, e com eles, a independência de Portugal. 
O Papa Gregório XIII entrou para a História sobretudo por ter reformado o calendário juliano e ter criado o gregoriano. O calendário juliano fora implantado por Júlio César, em 46 a.C., depois modificado no ano 8 d.C., pelo 1ª Imperador romano Augustus. A 24 de fevereiro de 1582, nascia o calendário gregoriano. Quanto ao calendário juliano, este continua a ser utilizado pelos cristãos ortodoxos essencialmente nos países do leste europeu. No calendário juliano os anos bissextos ocorrem sempre de 4 em quatro anos, enquanto no gregoriano não são bissextos os anos seculares exceto os múltiplos de 400, o que hoje acumula uma diferença para o calendário gregoriano de 13 dias. Assim, o dia de hoje, 12 de abril de 2013, no calendário juliano é dia 30 de março de 2013. 


D. João I 

A 11 de abril de 1357, há exatos 656 anos, nascia D. João I, Rei de Portugal e Mestre de Avis. D. João I de Portugal, cognominado O de Boa Memória pelo legado que deixou, foi o 10º Rei de Portugal e o 1º da Dinastia de Avis, a que deu mundos ao mundo. D. João era filho ilegítimo do rei D. Pedro I. A 6 de abril de 1385, D. João, Mestre de Avis, era elevado a Rei de Portugal pelas Cortes portuguesas reunidas em Coimbra, na sequência da crise de 1383-1385 que ameaçava a independência de Portugal. 
Com o apoio de Nuno Álvares Pereira, o Condestável do Reino, e dos aliados ingleses, D. João venceu a batalha de Aljubarrota a 14 de agosto de 1385, onde o exército castelhano foi quase totalmente aniquilado, apesar de se encontrarem em vantagem numérica de 4 para 1. Castela retirou-se, acabando bastantes anos mais tarde por reconhecê-lo oficialmente como rei. Para selar a aliança luso-britânica casou, em 1387, com D. Filipa de Lencastre, filha de João de Gaunt, dedicando-se desde então ao desenvolvimento do reino. Em 1415 conquistou Ceuta, praça estratégica para a navegação no norte de África, o que iniciaria a expansão portuguesa e depois a europeia. Armou cavaleiros em Ceuta, os 3 dos seus filhos, D. Duarte, D. Pedro e o Infante D. Henrique. 
Luís Vaz de Camões designou os filhos de D. João I, n’Os Lusíadas, por "Ínclita geração": o rei D. Duarte de Portugal foi poeta e escritor, D. Pedro, Duque de Coimbra o Príncipe das Sete Partidas, foi um dos homens mais esclarecidos do seu tempo e muito viajado, e o Infante D. Henrique, Duque de Viseu, o Navegador, investiu toda a sua fortuna em investigação relacionada com navegação, náutica e cartografia, dando início à epopeia dos Descobrimentos. A sua única filha, D. Isabel de Portugal, casou com o Duque da Borgonha e entreteve uma corte refinada e erudita nas suas terras. 
D. João I morreu a 14 de agosto de 1433, data do aniversário da batalha de Aljubarrota. Jaz na Capela do Fundador, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha. 


Bento de Góis 

Há exatos 406 anos, a 11 de abril de 1607, morria Bento de Góis, o 1º europeu a percorrer o caminho terrestre da Índia para a China, através da Ásia Central. A sua viagem é considerada uma das maiores explorações feitas pelo homem. Em agosto de 1562, está-se a comemorar o 450º aniversário, nascia, em Vila Franca do Campo, em S. Miguel, Bento de Góis. De seu verdadeiro nome Luís Gonçalves, foi batizado a 9 de agosto de 1562. 
Luís Gonçalves tornou-se soldado com cerca de 20 anos, tendo partido, em 1583, para a Índia. De acordo com a tradição, levava uma vida boémia até ter tido uma visão, numa igreja da aldeia de Colachel (província de Travancor), em 1588, decidindo então abandonar o exército e alistar-se na Companhia de Jesus. Foi neste momento que adotou o nome de Bento de Góis, iniciando um período durante o qual fez variadíssimas viagens. 
Bento de Góis esteve na missão de Mogor, no império do “Gran-Mogor”, um dos maiores do Oriente. Na época falava-se muito na ideia de haver um reino cristão no Oriente, e havia desde o tempo de D. João II o objetivo de alcançá-lo, assim, Bento de Góis foi escolhido para organizar a expedição de exploração ao Cataio. Assim, a 29 de outubro de 1602, iniciou a jornada com os seus companheiros. Esta viagem, cheia de peripécias e de ladrões, foi um momento único na vida do viajante Bento de Góis. Em vinte dias, a expedição chegou a Cabul, onde estiveram por oito meses. De Cabul, dirigiram-se até Characar, quando Bento de Góis adoeceu. Recuperado partiu para Calcia, numa jornada de quarenta e cinco dias, partindo depois pata Talikhan. Numa jornada de vinte e cinco dias, cheia de perigos, Bento de Góis chegou a ser atacado, sobrevivendo. 
Bento de Góis e seus companheiros partiram para Yarkand, onde ficou cerca de um ano. Em 14 de novembro de 1603 partiu rumo a Akson, tendo recebido do rei um livre acesso ao Oriente. Dirigiu-se então para Cucia e depois para Tchalis, onde constatou que a religião cristã havia chegado ao oriente e que o Cataio e a China eram o mesmo território, um dando muito importante para os europeus. Partiu de Tchalis até Khamiel, onde chegou a 17 de outubro de 1605, ficando aí um mês. Nos finais do mês havia atingido os muros da China, onde esperou 25 dias para poder entrar em território chinês. Desde dezembro de 1606 que se estabeleceu em Sou-tcheon, onde morreu, depois de ter feito a pé uma viagem até então “impensável”.


Bossuet

Há exatos 309 anos, a 12 de abril de 1704, morria Jacques-Bénigne Bossuet, um bispo e teólogo francês do Absolutismo. Bossuet nasceu a 27 de setembro de 1627, numa família de magistrados, em Dijon, onde recebeu educação no colégio jesuíta. Aos 15 anos, Bossuet foi para Paris onde estudou teologia no College de Navarre e presenciou os motins da Fronde, um levantamento contra o absolutismo real 
Em 1652, Bossuet foi ordenado padre, doutorando-se em Teologia. Dez anos depois, em 1662, foi chamado a pregar para Louis XIV, le roi-soleil, ficando célebres as suas orações fúnebres de membros da família real. Em 1669, foi designado bispo de Condom, cargo que depois abandonou para se tornar tutor do Delfim (o filho mais velho do rei). Começou então a aperfeiçoar os seus conhecimentos e a integrar-se na política. 
Bossuet foi eleito para a Academia Francesa e nomeado conselheiro de Louis XIV. Foi então designado bispo de Meaux em 1681, e deixou a corte, embora mantivesse amizade com o delfim e o rei. 
Bossuet estava tão integrado ao absolutismo do reinado de Louix XIV, que foi autor de La Politique tirée de l'Écriture sainte (A Política tirada da Sagrada Escritura), publicada postumamente em 1709, na qual defendia que o governo era divino e que os reis recebiam o seu poder de Deus. Tornava-se assim um dos maiores teóricos do Absolutismo. 

Porque recordar é viver, para a semana continuaremos a aprender! 
Francisco Miguel Nogueira


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento! 

1 comentário:

  1. Um soldado injustamente esquecido durante muitos anos.

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