sexta-feira, 12 de abril de 2013

Tudo ou nada?...

(imagens retiradas da internet)




Cientistas no Japão descobrem forma de ler os sonhos

Cientistas no Japão anunciaram hoje ter descoberto uma forma de ler os sonhos das pessoas ao utilizar aparelhos de ressonância magnética para abrir a porta a alguns segredos da mente inconsciente. Os investigadores dizem ter alcançado "a primeira descodificação a nível mundial" dos sonhos, assunto de especulação há séculos e que tem cativado a curiosidade humana desde a antiguidade. Para os cientistas, esta descoberta poderá ser útil para analisar o estado psíquico dos indivíduos, compreender as doenças psicológicas ou mesmo para comandar máquinas com o pensamento.
No estudo, publicado na revista 'Science', os investigadores dos Laboratórios de Neurociência Computacional ATR, em Quioto, usaram imagens recolhidas por ressonância magnética para localizar exatamente que parte do cérebro estava ativa nos primeiros momentos do sono.
Os cientistas acordaram depois os participantes e perguntaram-lhes que imagens tinham visto, processo que foi repetido 200 vezes. Estas respostas foram depois comparadas com os mapas cerebrais produzidos com o conteúdo recolhido na ressonância magnética, explicaram os investigadores, acrescentando que mais tarde construíram uma base de dados baseada nos resultados.
Em tentativas posteriores, conseguiram prever que imagens os voluntários tinham visto com uma taxa de precisão de 60%, que aumentava para mais de 70% com cerca de 15 imagens específicas, nomeadamente homens, palavras e livros. "Concluímos que descodificámos com sucesso alguns tipos de sonhos com uma taxa de sucesso distintamente elevada", disse Yukiyasu Kamitani, que liderou a investigação.
Os sonhos têm fascinado as pessoas desde a antiguidade, mas as suas funções e significado têm permanecido fechados, lembrou Kamitani. "Eu acredito que esre resultado é um passo fulcral no caminho para lermos os sonhos mais precisamente", afirmou. A equipa está agora a tentar prever outras experiências oníricas, como os cheiros, as cores e as emoções, assim como histórias completas nos sonhos das pessoas. "Gostávamos de introduzir um método mais preciso para conseguirmos visualizar os sonhos", disse Kamitani, admitindo no entanto que o sistema está ainda muito longe de compreender um sonho completo.
O cientista explicou que os padrões de descodificação diferem de pessoa para pessoa e que a base de dados que a equipa desenvolveu não pode ser aplicada genericamente, mas tem de ser gerada individualmente. A experiência só usou imagens que os participantes viram imediatamente antes de acordarem, pelo que o sono profundo, durante o qual os sonhos são mais vívidos, permanece um mistério. "Ainda há muitas coisas que são desconhecidas", acrescentou Kamitani.
A experiência de Kamitani é a mais recente num programa governamental de estudo do cérebro que visa aplicar a ciência aos serviços médicos e sociais, informou o Governo. O executivo gastou 3,4 mil milhões de ienes (28 milhões de euros) no ano fiscal que terminou a 31 de março no projeto do sonho e em outros estudos na área das neurociências. Admitindo que esta descoberta poderá ajudar pessoas amputadas a mexer membros artificiais com o cérebro, o Governo afirma estar com atenção "aos aspetos éticos da tecnologia", que no futuro pode permitir a uma terceira pessoa ver os sonhos de alguém.
Créditos: ionline/Ciência


Aplicação móvel traduz voz e texto para língua gestual

Uma empresa nascida da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Brasil, acaba de lançar uma aplicação gratuita, a ProDeaf, que traduz mensagens de voz e texto em português para a Língua Gestual Brasileira. A aplicação, por enquanto disponível apenas para Android, é gratuita e a Língua Gestual Brasileira (que é conhecida como 'Libras' e é diferente da Língua Gestual Portuguesa - LGP) é interpretada por uma personagem animada em 3D e personalizável. 
Desenvolvido por investigadores da UFPE em parceria com linguistas, tradutores, designers e surdos, o software oferece diferentes soluções entre elas o Prodeaf Tradutor (que traduz conteúdos online para Libras) e o Prodeaf Dicionário (onde o utilizador pode selecionar qualquer palavra em português e ver sua representação em Libras). A capacidade de tradução inversa, com o reconhecimento dos gestos e tradução para o português, deve ser lançada ainda este ano. Dentro de poucas semanas, o ProDeaf vai chegar numa versão para iOS. Uma versão para Windows Phone da aplicação também está a ser desenvolvida, segundo a empresa.
O ProDeaf nasceu na Universidade Federal de Pernambuco, onde um grupo de alunos ouvintes e surdos, do curso de Ciências da Computação, quis criar um projeto conjunto. No entanto, os alunos enfrentaram muitas dificuldades de comunicação. O grupo decidiu, então, desenvolver uma solução para o problema e assim nasceu a empresa Proativa Soluções e Negócios, que acaba de lançar esta útil aplicação, por enquanto apenas disponível para a língua gestual do Brasil mas que, quem sabe, poderá integrar, no futuro, uma solução adequada à LGP.
Notícia sugerida por Vítor Fernandes
Créditos: Boas Notícias


Chocolate saudável troca gordura por sumo de fruta

Esta pode ser uma boa novidade para os apreciadores de chocolate preocupados com as calorias e com a saúde. Um grupo de cientistas britânicos desenvolveu tabletes de chocolate saudáveis, cuja receita substitui a gordura por sumo de diversas frutas. A criação é já de 2012, mas foi recentemente apresentada por Stefan Bon, o coordenador da investigação que levou ao 'nascimento' destes chocolates, durante a conferência nacional da American Chemical Society em Nova Orleães, nos EUA.
Os especialistas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, conseguiram cortar em 50% a matéria gorda presente nos chocolates, substituindo a manteiga de cacau e as gorduras lácteas por minúsculas gotas de sumo de laranja, arando vermelho e maçã. "Nós desenvolvemos a técnica que é o ponto de partida para a confeção de chocolates mais saudáveis. Esta abordagem mantém aquilo que torna o chocolate 'achocolatado', mas troca a gordura por sumo de fruta", explicou Stefan Bon durante a conferência, citado pela imprensa internacional. "Agora, o que esperamos é que a indústria alimentar decida dar os próximos passos e utilizar esta tecnologia para elaborar barras de chocolate e outros doces com baixo teor de gordura", acrescentou.
De acordo com Bon, o processo de fabrico dá a estes chocolates - que podem ser de leite, negros ou brancos - um ligeiro sabor a fruta. O produto está ainda a ser submetido a vários testes, mas se este sabor frutado for demasiado forte e não puder ser enfraquecido, os cientistas acreditam que o mesmo resultado poderá ser obtido através de uma mistura de água e vitamina C. 
"Uma vez que o sumo está espalhado pelo chocolate, o seu sabor é minimizado pelo sabor do chocolate. Acreditamos que esta tecnologia traz uma mudança interessante aos produtos existentes atualmente nesta área", garantiu o investigador, explicando que "a oportunidade de substituir parte da matriz de gordura com gotas de sumo dá maior flexibilidade" e permite um melhor controlo da matéria gorda e do açúcar.

Mudança poderá tornar chocolate bom para a saúde

Normalmente, a gordura presente no chocolate é proveniente da manteiga de cacau e dos produtos lácteos, que asseguram às tabletes de chocolate uma textura única e garantem que se mantêm firmes na mão mas que derretem na boca. Embora a nova técnica substitua metade da gordura por sumo de fruta, os cientistas esclarecem que o facto de o sumo ser acrescentado na forma de "micro bolhas" faz com que o chocolate mantenha a sua textura "aveludada" e as propriedades que o fazem derreter.
Em média, 57g de chocolate negro contém 13 gramas de gordura (o equivalente a 20% da dose recomendada), sendo que, destes, 13 gramas, a maioria corresponde a gorduras saturadas, o que o torna ainda menos saudável. No entanto, o chocolate possui flavonoides e antioxidantes bons para a saúde e, reduzindo-se a quantidade de gordura, reduz-se também a quantidade de açúcar. Logo, apontam os cientistas, os chocolates submetidos a esta troca poderão tornar-se um produto consideravelmente mais saudável e ter, até, benefícios para a saúde. 
Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo sobre esta técnica publicado o ano passado no Journal of Materials Chemistry (em inglês).
Créditos: Boas Notícias


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