sexta-feira, 26 de abril de 2013

Recordar é viver!

(imagens retiradas da Internet)


Viver o passado! 
Efemérides da semana de 20 a 26 de abril 

Os Curie 

A 20 de abril de 1902, os cientistas Marie e Pierre Curie conseguiram isolar com êxito o cloreto de rádio, uma substância altamente radioativa. 
No seu laboratório de Paris, em 1898, os Curie descobriram o rádio, chamado assim pelo seu brilho azulado. Descobriram ainda outro elemento químico que Marie Curie chamou polonium em homenagem à sua terra natal, a Polónia. Os Curie dedicaram o seu trabalho aos efeitos elétricos, fotográficos, luminosos, de cor e de temperatura da radioatividade. Estes estudos precursores e avançados valeram-lhes o reconhecimento internacional em 1903, ano em que o casal Curie ganhou o Prémio Nobel da Física. 
Após a morte de Pierre em 1906, Marie continuou o seu trabalho, conseguindo o isolamento do rádio no estado puro em 1910, o que lhe valeu o segundo Prémio Nobel, desta vez da Química. Marie Sklodowska Curie (1867-1935), a 1ª mulher a ganhar um prémio Nobel, transformava-se assim na única pessoa a conseguir dois. 
O rádio foi posteriormente utilizado nos tratamentos contra o cancro e tem sido um elemento básico no desenvolvimento da física nuclear. 


Joan Miró 

Joan Miró i Ferrà nasceu a 20 de abril de 1893, ou seja, há 120 anos. Miró frequentou a Escola de Belas Artes de Barcelona, sua terra natal e depois a Academia de Gali. Em 1919, depois de completar os seus estudos, visitou Paris, onde entrou em contacto com as tendências modernistas como os fauvismo e dadaísmo. 
No início dos anos 20, conheceu o fundador do movimento em que trabalharia toda a vida, André Breton, entre outros artistas surrealistas. As pinturas Maternidade (1924) e O Carnaval de Arlequim (1924-25) inauguraram uma linguagem cujos símbolos remetem a uma fantasia inocente. 
Miró participou na 1ª exposição surrealista em 1925. Já em 1928, viajou para a Holanda, tendo pintado as duas obras Interiores holandeses I e Interiores holandeses II. Em 1937, trabalhou em pinturas-mural e, anos depois, em 1941, concebeu a sua mais conhecida e radiante obra: Números e constelações em amor com uma mulher. 
Em 1944, Miró começou a fazer trabalhos em cerâmica e escultura. Nas esculturas utilizava materiais surpreendentes, como lixo. Em 1947, rumou para os EUA e nos anos seguintes criou imenso. Em 1954, ganhou o prémio de gravura da Bienal de Veneza e, quatro anos mais tarde, o mural que realizou para o edifício da UNESCO em Paris ganhou o Prémio Internacional da Fundação Guggenheim. Em 1963, o Museu Nacional de Arte Moderna de Paris realizou uma exposição de toda a sua obra, tendo feito a sua 1ª grande exposição em Barcelona no ano de 1968. No dia 10 de junho de 1975 nascia a Fundação Joan Miró.
Morreu com 100 anos, a 25 de dezembro de 1983. Miró foi assim um importante escultor e pintor surrealista catalão. 


Bram Stoker 

A 20 de abril de 1912, há exatos 101 anos, morria Abraham "Bram" Stoker, um romancista, poeta e contista irlandês. Bram Stoker nasceu a 8 de novembro de 1847, na Irlanda e desde cedo mostrou talento para a literatura. Com apenas 16 anos, escreveu o seu primeiro ensaio. Em 1878, Stoker casou-se com Florence Balcombe, mudando-se para Londres, onde passou a trabalhar na companhia teatral Irving Lyceum, assumindo várias funções e permanecendo nela por 27 anos. Depois de anos a pesquisar o folclore europeu e as histórias mitológicas de vampiros, publicou o seu mais famoso livro, Drácula, a 26 de maio de 1897. 


Rómulo e Remo 

Segundo a lenda, no dia 21 de abril do ano 753 a.C., Rómulo e o seu irmão gémeo Remo fundaram Roma no lugar onde uma loba os adotou e amamentou quando eram bebés. Iniciaram uma disputa sem fim e quando Remo saltou sobre uma muralha que Rómulo estava a construir, este trespassou-o com a sua espada. 
Como chefe do emprazamento, Rómulo deu-lhe o nome de Roma em honra do seu irmão. Durante 1 000 anos, a cidade cresceu e expandiu-se, passando de um pequeno assentamento regional ao coração do grande Império Romano. 
Após séculos de domínio durante a era clássica, o imperador Constantino transferiu a capital do Império para Constantinopla no ano 330 da nossa era. A outrora poderosa Roma transformava-se numa cidade alvo das invasões bárbaras. Embora durante a Idade Média o Pontificado se tenha instalado em Roma, não foi até ao século XV, com o Papa Nicolau V, que se iniciou a restauração da cidade para lhe devolver a sua grandeza original. 


Achamento do Brasil 

Há exatos 513 anos, a 22 de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral avistou terra e tornou-se oficialmente o primeiro europeu a chegar ao Brasil. Ainda neste dia, a frota de Cabral pisou terra, efetuando o desembarque na zona onde hoje fica Porto Seguro. Estava descoberto, oficialmente, o Brasil. A viagem de Cabral começou a 9 de março de 1500. Pedro Álvares Cabral e a sua frota partiram de Lisboa com destino à Índia e acabaram por fazer a descoberta do Brasil. 
Naquele ano de 1500, Portugal já festejava a abertura do caminho marítimo para a Índia, mas a 1ª visita de Vasco da Gama ao território do oriente não tinha sido fácil, era preciso solidificar as relações comerciais entre os dois países. Era necessário preparar outra frota. Além disso, Portugal queria afirmar-se no mundo e mostrar a sua primazia nas descobertas. 
É aqui que a História e as lendas se juntam. Muito se tem dito que, desde o tempo do Rei D. João II, mestre em espionagem, já havia informações da existência de territórios para a aquela zona do Atlântico, e isso explica o porquê da mudança do meridiano divisório das 100 para as 370 léguas a oeste da ilha de Santo Antão no arquipélago de Cabo Verde, quando foi assinado o Tratado de Tordesilhas, em 1494, que dividia o mundo entre Portugal e Espanha. D. João II queria incorporar para a Coroa portuguesa aquele território e como a disputa com Espanha estava a atingir o seu apogeu, era necessário tratar do “achamento” oficial do Brasil. As rotas marítimas usadas pelos navegadores portugueses no Atlântico mostram que bastava um percurso mais alargado para se chegar ao Brasil, utilizado para garantir a passagem do Cabo da Boa Esperança. É possível que o Brasil tenha sido avistado numa dessas viagens. A verdade é que a necessidade de voltar à Índia, levou ao achamento do Brasil. 
Pedro Álvares Cabral, fidalgo da Corte, foi escolhido para comandar a armada. A frota era constituída por dez naus, três caravelas e uma naveta de mantimentos, com o dobro do tamanho das anteriores, um bom carregamento de armas e 1 500 homens, era a maior esquadra enviada até então para o Atlântico Na partida, no Restelo, estavam presentes D. Manuel I e toda a sua Corte, assim como a Nobreza e muita gente do povo. 
Antes do início da viagem, D. Diogo Ortiz, Bispo de Ceuta, celebrou uma missa, no interior da capela de Belém. Cabral recebeu a bandeira da Ordem de Cristo e a bênção do Bispo. Em seguida, o Comandante da armada recebeu o barrete que o Papa lhe mandara. Chegara a hora de partir. 
A rota iniciada por Pedro Álvares Pereira era a mesma de Vasco da Gama. No entanto, a armada fez uma rota mais alargada, para sudoeste. A 22 de abril de 1500 estava descoberto, oficialmente, o Brasil.
Na famosa Carta do achamento do Brasil, Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada cabralista, relata a D. Manuel I as peripécias da viagem e o encontro entre povos. Segundo Caminha, o choque cultural foi evidente. Os indígenas não conheciam os animais que os navegadores portugueses transportavam. Pedro Álvares Cabral ofereceu comida e vinho aos índios, que prontamente rejeitaram, mas sentiram-se curiosos em relação aos objetos não conhecidos, como por exemplo, as contas de um rosário, tocando e apalpando neles. Os portugueses, por sua vez, ficaram admirados com os metais preciosos que os indígenas tinham consigo. Era sinal que a terra tinha riquezas a descobrir e a desfrutar. 
A 26 de abril, os portugueses celebraram a primeira missa em território brasileiro, convidando os índios a assistir e partiram para o objetivo final da viagem, a Índia. Contudo, achou-se necessário avisar o Rei da descoberta, sobretudo porque a viagem à Índia e o regresso demorariam muito tempo, e era preciso preparar uma viagem para explorar as riquezas daquele novo território, assim a naveta de mantimentos, comandada por Gaspar de Lemos, retornou a Portugal, levando consigo a Carta de Pero Vaz de Caminha. Este morreu, naquele ano, na Índia, sem nunca ter voltado a Portugal, contudo deixou o seu relato, que é um tesouro da escrita náutica mundial. 


Isabel, a Católica 

A 22 de abril 1451 nascia Isabel, a Católica, uma das monarcas mais importantes da História da Europa dos inícios da Idade Moderna. Numa Quinta-feira Santa nascia Isabel, filha de João II de Castela e de Isabel de Avis. 
João II morreu em 1454, deixando um testamento com uma clara linha sucessória. O seu filho Henrique, meio-irmão de Isabel, subiria ao trono, o que implicava uma trama de intrigas entre os partidários de Henrique e o irmão de Isabel, D. Afonso. Em janeiro de 1469 foram apresentadas as capitulações matrimoniais entre Isabel, futura herdeira do trono e Fernando de Aragão, casamento que se realizou em Valhadolid, no dia 19 de Outubro. 
Em dezembro de 1473 teve lugar a reconciliação com o seu irmão Henrique que morreu no ano seguinte. A Princesa Isabel foi proclamada então rainha Isabel I de Castela e Leão. Em 1475, a Concórdia de Segóvia delimitou claramente as competências dos esposos, nomeando Fernando rei de Castela. Em 1479 morreu João II de Aragão e Fernando foi proclamado rei, nomeando Isabel co-regente. A união de ambos os reis e reinos representa, para muita gente, nascimento de um só país, o estado moderno de Espanha. 
Durante o seu reinado, Isabel I reclamou as Ilhas Canárias, reorganizou o reino na Cortes de Toledo e proclamou uma providência a favor da imprensa, recém-inventada. Colaborou ainda na reforma do Clero, no estabelecimento da Inquisição, aboliu a venda de escravos, potenciou a universidade de Salamanca, propondo a gratuitidade aos pobres. Isabel expulsou os judeus de Castela e Leão e financiou as expedições de Cristóvão Colombo e o que foi depois considerado o descobrimento da América. Entre dezembro de 1481 a janeiro de 1492, reconquistou Granada, cidade onde foi enterrada quando morreu. Terminava a (re)conquista cristã na Península Ibérica, o último reduto mouro era tomado. 
Isabel I faleceu vítima de um cancro a 26 de novembro de 1504, com 53 anos. O Papa Alexandre VI (nascido Alexandre Bórgia, em Espanha) deu a Isabel I de Castela e Leão e a Fernando I de Aragão o título de "Reis Católicos", pela sua excecional contribuição para a purificação da religião católica. Profundamente religiosa e com um estrito sentido de justiça, Isabel foi a mulher mais poderosa do mundo da sua época, uma época de transição entre a Idade Média e a Era Moderna. 


Concílio de Constança 

Há exatos 595 anos, a 22 de abril de 1418, o Concílio de Constança encerrava e, com ele, o Grande Cisma do Ocidente. O Concílio de Constança, realizado entre 1414 e 1418 em Constança, na Alemanha, foi um concílio ecuménico realizado com o objetivo de terminar com o cisma papal que tinha resultado do Papado de Avinhão, ou "a catividade babilónica da Igreja", como também é conhecido. 
Quando o concílio foi convocado, havia três papas, todos clamando legitimidade, resultado do Grande Cisma do Ocidente. Este ocorreu entre 1378 e 1417. Entre 1309 e 1377, a residência do papado foi alterada de Roma para Avinhão, em França, pois o Papa Clemente V foi levado pelo rei francês Filipe IV, o Belo, para residir em Avinhão. Durante quase 70 anos, Avinhão foi a sede da Igreja Católica, até que, em 1378, o Papa Gregório XI voltou para Roma, onde morreu. A população italiana desejava que o papado fosse restabelecido em Roma, foi então eleito o Urbano VI, de origem italiana. No entanto, parte dos Cardeais anulou a sua votação e foi realizado um novo conclave, sendo eleito Clemente VII, que passou a residir em Avinhão. Iniciara-se assim o Grande Cisma do Ocidente, em que o Papa residia em Roma e o Antipapa residia em Avinhão, reclamando ambos para si o poder sobre a Igreja Católica, reclamando a sua legitimidade. Surgiria posteriormente outro Antipapa em Pisa. 
Com o apoio do sacro Imperador romano-germânico Sigismundo, o concílio de Constança recomendou que todos os três papas abdicassem, e que um outro fosse escolhido. Em parte por causa da presença constante do imperador, outros monarcas exigiram que tivessem uma palavra a dizer na escolha do papa. Grande parte da discussão no conselho foi ocupada na tentativa de acalmar monarcas seculares, mais do que em efetuar uma reforma da igreja e da sua hierarquia. 
Um segundo objetivo do concílio foi continuar as reformas eclesiásticas iniciadas pelo concílio de Pisa. Estas reformas foram largamente dirigidas contra os movimentos reformistas de John Wycliffe, Jan Hus e dos seus seguidores. O concílio elegeu em 1417 um Papa italiano, Martinho V. 


O Tratado de Saragoça 

No dia 22 de abril de 1529, há 484 anos, era assinado um tratado de paz entre Espanha e Portugal que delimitou as zonas de influência portuguesa e espanhola na Ásia, o Tratado de Saragoça. 
Logo após o Tratado de Tordesilhas, em 1494, surgiram novas tensões entre os países ibéricos devido às Ilhas Molucas. O tratado foi assinado para evitar conflitos entre as Coroas de ambos os países interessados no controlo dos mares e das terras exploradas pelos marinheiros. Através deste acordo, Portugal comprou os direitos espanhóis sobre as ilhas, incluindo os de propriedade, direito de navegação e direito de comércio das Molucas por um valor de 350 000 ducados de ouro à Coroa espanhola. 


D. Afonso II, O Gordo 

Há exatos 828 anos, a 23 de abril de 1185, nascia D. Afonso II, cognominado O Gordo, O Gafo ou O Crasso, em Coimbra. D. Afonso II foi o 3º rei de Portugal, filho de Sancho I e de sua mulher, D. Dulce de Aragão, sucedeu a seu pai em 1211. Os primeiros anos do seu reinado foram marcados por violentos conflitos internos entre o Rei e as suas irmãs Mafalda, Teresa e Sancha, a quem o seu pai legara em testamento, sob o título de rainhas, a posse de alguns castelos no centro do país. D. Afonso II queria centralizar o poder régio, o que foi resolvido apenas com o confisco dos bens e exílio para Castela ou recolhimento a mosteiros das infantas. 
O reinado de Afonso II caracterizou um novo estilo de governação, contrário à tendência belicista dos seus antecessores. Afonso II não contestou as suas fronteiras com Galiza e Leão, nem procurou a expansão para Sul (não obstante no seu reinado ter sido tomada aos Mouros as cidades de Alcácer, Borba, Vila Viçosa, Veiros, em 1217, e, possivelmente também Monforte e Moura, mas por iniciativa de um grupo de nobres liderados pelo bispo de Lisboa), preferindo sim consolidar a estrutura económica e social do país. O primeiro conjunto de leis portuguesas, as Inquirições de 1220, é de sua autoria, visando temas como a propriedade privada, direito civil e a moeda. Foram ainda enviadas embaixadas a diversos países europeus, com o objetivo de estabelecer tratados comerciais. Afonso II procurou minar o poder clerical dentro do país e aplicar parte das receitas das igrejas em propósitos de utilidade nacional. Esta atitude deu origem a um conflito diplomático entre o Papado e Portugal. 
Depois de ter sido excomungado pelo Papa Honório III, Afonso II prometeu retificar os seus erros contra a Igreja, mas morreu em 1223 excomungado, sem fazer nenhum esforço sério para mudar a sua política. Só após a resolução do conflito com a Igreja, logo nos primeiros meses de reinado do seu filho e sucessor D. Sancho II, D. Afonso II seria enterrado no Mosteiro de Alcobaça, sendo o 1º monarca a fazer da abadia cisterciense o panteão real. 


Sisto V 

Há exatos 428 anos, a 24 de abril de 1586, Sisto V era eleito Papa. Sisto V nascido Felice Peretti a 13 de dezembro de 1521. Sisto V foi um homem dos tribunais da Inquisição, onde participou com tal severidade e determinação. Sisto V procurou unir as nações católicas contra Isabel I da Inglaterra e convenceu Filipe II de Espanha de que havia razões suficientes para empreender uma guerra contra Inglaterra. O rei de Espanha acabaria por enviar em 1588 a malograda Armada Invencível
Sisto V aproveitou a estrutura de perseguição da Inquisição para punir com brutalidade prostitutas e ladrões menores, criando uma imagem de crueldade e o ódio dos seus súbditos. Consciente de que o povo de Roma não lhe haveria de construir uma estátua depois de falecer, erigiu-a ele próprio no Capitólio, rapidamente demolida pelos romanos. 
Morreu a 27 de agosto de 1590, em Roma. 


Libertação de Itália 

Há exatos 68 anos, a 25 de abril de 1945, a Itália era libertada do Fascismo. O deu-se quando os partigiani (guerrilheiros antifascistas) e as forças aliadas protagonizaram a libertação de Itália da ocupação das tropas nazis, pondo fim à ameaça do fascismo ressurgir no panorama político italiano. 
Com a vitória de Stalin em Estalinegrado, em fevereiro de 1943, começou a reviravolta na II Guerra, com as vitórias sucessivas dos Aliados. O exército soviético começou a reconquista a Europa de Leste. No verão de 1943, os aliados desembarcaram na Sícilia, procurando terminar com o regime fascista de Mussolini. A 25 de julho, o órgão máximo do fascismo prendeu Mussolini. Em 1944, o rei Vitor Emanuel III rendeu-se aos Aliados e declarou guerra à Alemanha nazi, que apoiara anteriormente. Entretanto, Hitler ajudou Mussolini a fugir. O antigo Duce constituiu a República Social Italiana a norte do país. Iniciou-se, assim, um período bastante negro, onde ao movimento de resistência contra os alemães se juntou a guerra civil entre os partigiani e os combatentes da República Social. 
Com a abertura da 2ª frente de guerra, com o desembarque da Normandia, o fascismo e o nazismo passaram a estar em plena crise. O seu fim era iminente. Com a ajuda aliada, a Itália liberta-se do fascismo. A partir de então passou-se a festejar neste dia a Festa della Liberazione. 


Carlota Joaquina 

Há 238 anos, a 25 de abril de 1775 nascia, em Espanha, Carlota Joaquina, rainha de Portugal. Muito já se escreveu e disse sobre ela, do epíteto de Megera de Queluz não se livra. Esposa de D. João VI, procurou governar mais que o marido, iniciando com ele, uma disputa muito forte. Foi com D. João VI para o Brasil e no final da viagem, houve uma enorme infestação de piolhos a bordo da armada portuguesa, o que obrigou a todos a raspar a cabeça, por isso, aquando do desembarque na Baía, Carlota Joaquina e as suas filhas tinham turbantes rústicos enrolados na cabeça para disfarçar. As damas da sociedade baiana pensaram ser uma moda europeia e aderiram com tal entusiasmo, que até hoje as baianas usam o turbante no seu figurino. Deve-se ainda a ela a expressão Quinto dos Infernos, devido ao calor brasileiro, além que quando regressou a Portugal, despojou-se das roupas que trazia do Brasil, não querendo guardar nenhuma recordação do tempo que passou em terras brasileiras. 
Foi uma apoiante do Absolutismo e posteriormente de D. Miguel, seu filho. Muitos são aqueles que afirmam, sobretudo depois de testes, que envenenou seu marido. O seu nome marcou época e a nossa História. 


Acidente nuclear de Chernobyl 

Na noite de 25 para 26 de abril de 1986, o Reator Nuclear de Chernobyl (Ucrânia), na então URSS, explodiu, produzindo uma nuvem de radioatividade que atingiu a Europa Ocidental, Escandinávia e Reino Unido, com a libertação de 400 vezes mais contaminação que a bomba atómica lançada sobre Hiroshima, no final da II Guerra Mundial. O acidente levou à evacuação de mais de 200 mil pessoas e tornou prementes os temas da segurança da indústria nuclear soviética. É difícil precisar o número de mortos causados pelos eventos de Chernobyl, mas ainda hoje morrem pessoas devido às radiações. 


Bombardeamento de Guernica 

Há 76 anos, a 26 de abril de 1937, dava-se o bombardeamento de Guernica, um dos mais marcantes bombardeios da Guerra civil espanhola (1936-1939). O bombardeamento de Guernica foi um ataque aéreo por aviões nazis da chamada Lufwaffe, que esta integrada na Legião Condor (força militar enviado por Hitler para ajudar Francisco Franco). 
Coordenado por Wolfram von Richthofen e com o apoio do Corpo Truppe Volontarie, o ataque destruiu a maior parte da localidade espanhola, na época com cerca de 7 000 habitantes. O bombardeamento teve centenas de vítimas. Hitler queria assustar o resto da Europa, mostrando do que era capaz, além disso a Guerra Civil de Espanha permitiu a que o líder alemão pudesse testar o armamento moderno que o III Reich andava a fabricar. 
O bombardeamento ficou conhecido internacionalmente quando Pablo Picasso pintou-o em Guernica, retratando a dor das pessoas, animais e a destruição de edifícios, ou seja, mostrando o sofrimento. 


A Revolução dos Cravos 

Há exatos 39 anos, a 25 de abril de 1974, dava-se a Revolução dos Cravos. O Estado Novo que vigorara em Portugal durante décadas chegava ao seu fim, o regime ditatorial que por mais anos esteve no poder na Europa. 
Na noite de dia 24 de abril, o quartel da Pontinha, em Lisboa, era secretamente ocupado por um grupo militar, chefiado por Otelo Saraiva de Carvalho. Pelas 22h55, os Emissores Associados de Lisboa emitiam a canção E Depois do Adeus de Paulo de Carvalho, a primeira senha do golpe militar que terminaria com o Estado Novo. A segunda senha era transmitida à meia-noite e vinte, pela Rádio Renascença, no programa “Limite”, com a música Grândola Vila Morena de Zeca Afonso. O golpe começava, com a intervenção de vários regimes militares, como, por exemplo, o de Lisboa, do Porto, de Santarém, de Viseu, de Braga, de Mafra e de Viana do Castelo. 
Às 03h, as tropas do Movimento das Forças Armadas (MFA), numa ação conjunta, ocuparam vários pontos estratégicos de Lisboa, como o Aeroporto e as estações emissoras (Rádio Clube Português, Emissora Nacional e RTP), entre outros. Os Quartéis-generais eram cercados e o MFA passou a emitir vários comunicados. Nas horas seguintes, os Ministros do Estado Novo reuniram-se, era preciso travar a situação. O MFA pôs várias autometralhadoras e blindados na Praça do Comércio e na Rua do Ouro. O Capitão Salgueiro Maia, personagem de relevo em todo este processo, ocupou o Terreiro do Paço com a coluna da Escola Prática de Cavalariça, que veio de Santarém. 
Pelas 06h30, o Presidente do Conselho de Ministros, Marcello Caetano, refugiou-se no Quartel do Carmo, sede da PIDE/DGS, enquanto isto, o cerco a Lisboa ganhava forma e o Porto e pontualmente muitas zonas do país aderiram ao golpe. As horas seguintes marcaram a perda da força do regime. O Quartel do Carmo passou a albergar os vários membros do Governo, que protegidos pela GNR, que fechou as portas do quartel, manifestavam a intenção de resistir. Contudo, as tropas do MFA lideradas por Salgueiro Maia, movimentaram-se e vários populares foram atingidos pelas forças do regime. 
O Estado Novo percebeu que o seu fim estava iminente e que o melhor era tratar das negociações. A Comissão Democrática Eleitoral distribuiu, então, um comunicado, solidarizando-se com o MFA e os populares cercaram o Largo do Carmo. Marcello Caetano e o Quartel do Carmo renderam-se. Salgueiro Maia revelava que iria proceder-se à “transmissão de poderes” de Caetano para o General Spínola, o que aconteceu nos minutos seguintes. 
O regime de exceção que vigorou no país por 48 anos, chegava ao fim. A Liberdade e a Democracia eram anunciadas. Os meses seguintes seriam turbulentos, mas Portugal renascia com o 25 de abril. 

Porque recordar é viver, para a semana continuaremos a aprender! 
Francisco Miguel Nogueira 


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Sem comentários:

Enviar um comentário