domingo, 31 de março de 2013

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(imagens retiradas da internet)



A saúde das crianças dos 6 aos 10 anos

A partir destas idades, as crianças ganham maiores defesas, na verdade, "a partir dos seis anos a preocupação dos pais vai muito no sentido dos pro­blemas na escola, sejam eles de aprovei­tamento ou de comportamento. Hoje em dia, cada vez mais cedo se exerce uma enorme pressão sobre o desempenho escolar, e muitas são as vezes em que vemos problemas serem medicalizados ou psicologizados desnecessariamente", diz Helena Porfírio, médica pediatra. "Há inúmeras doenças que podem surgir, nomeadamente parasitas, infecções uriná­rias, problemas cirúrgicos (apendicite, hérnias) e ortopédicos, anemias, até o cancro, mas são situações raras", diz Mário Cordeiro, médico pediatra.


CUIDADOS DE SAÚDE

Nestas idades, as doenças mais comuns são bem conhecidas e não representam, à partida, nenhum perigo para a criança. É o caso da papeira, rubéola, sarampo e varicela.

Papeira

O que é?
É uma doença aguda e con­tagiosa, causada por um vírus, que se manifesta principalmente pelo edema (inchaço) das glândulas salivares, que se tornam dolorosas. Existem, geralmente, outros sintomas como febre, mal-estar geral, e dor ao engolir.

Como tratar?
O tratamento da papeira consiste geralmente em fazer repouso, ingerir líquidos e controlar as dores e edema com analgésicos ou anti-infla­matórios.


Rubéola

O que é?
É uma infecção aguda típica das crianças e é causada por um vírus disseminado pelas partículas libertadas através de espirros ou tosse das pessoas infectadas. Provoca manchas parecidas com as do sarampo, mas menos inten­sas. É costume aparecer um edema (inchaço) dos gânglios atrás das orelhas, que podem ficar doridos.

Como tratar?
Geralmente, a rubéola é uma doença sem complicações  pelo que o tratamento consiste apenas em fazer repouso, e eventualmente, tomar analgési­cos ou anti-piréticos.


Sarampo

O que é?
É uma doença altamente contagiosa, provocada por um vírus, e afecta normalmente crian­ças pequenas. A transmissão faz-se por partículas de muco ou de saliva expelidas pelo nariz, boca ou garganta das pessoas infectadas. Os sintomas da doença são febre, corrimento nasal, e vermelhidão dos olhos. Também é comum o aparecimento de pequenos pontos brancos dentro da boca, seguido pelo aparecimento de manchas vermelhas na pele, primeiro no rosto e depois no resto do corpo.

Como tratar?
O tratamento do sarampo consiste, sobretudo, em fazer repouso na cama, e controlo da febre e dores com analgésicos antipiréticos.


Varicela

O que é?
É uma doença infecciosa cau­sada por um vírus da família do herpes. Caracteriza-se pelo aparecimento de vesículas que contêm um líquido incolor no seu interior, que surgem duas a três semanas depois do contágio. Pode haver também prurido, febre baixa a moderada, cefaleias e mal-estar geral.

Como tratar?
A varicela é uma doença de cura espontânea e raras são as vezes que apresenta complicações.


A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO

A vacinação é o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas doenças. Mesmo quando esta protecção não é total, a doença, quando e se surgir, é mais ligeira. É muito importante não tratar só a doença, mas principalmente prevenir. Nesse sentido, "temos hoje à nossa disposição, para além daquelas vacinas que fazem parte do Plano Nacional de Vacinação (PNV), um conjunto de outras vacinas que previnem doenças devas­tadoras", explica. "É o caso das gastroenterites provocadas pelo rotavírus, a meningite pneumocócica provocada por uma bactéria que é o pneumo­coco, a hepatite A, a varicela provocada pelo herpes-zoster e o cancro do colo do útero", refere Marinela Teixeira.
Para Mário Cordeiro, entre as vacinas que ainda não estão no PNV, são altamente acon­selháveis a vacina anti-pneumocócica, a vacina anti-varicela e, mais tarde, a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV).


CUIDADOS ADICIONAIS

É importante que os pais incentivem os filhos a criar hábitos de estudo. Também devem ter especial atenção ao chamado "tempo de ecrã", sejam jogos ou televisão  De acordo com Helena Porfírio, o mais sensato é reduzir este tempo para menos de duas horas diárias. Na opi­nião da especialista, "esta é uma altura em que os pais se devem divertir com os filhos, devem sair, fazer actividades em conjunto, passeios, leituras, jogos, fazer um bolo ou comida, ginástica, o que quer que seja. As crianças gostam imenso e partilham com facilidade as suas opini­ões, aspirações e desejos".

Presidente da secção de Pediatria Ambulatória da Sociedade Portuguesa de Pediatria e pediatra no Hospital de Pombal)
Créditos: Sapo/Saúde


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