sexta-feira, 22 de março de 2013

Recordar é viver!

(imagens retiradas da internet)


Viver o passado
Efemérides da semana de 16 a 22 de março 

Camilo Castelo Branco 

Há exatos 188 anos, a 16 de março de 1825, nascia Camilo Castelo Branco, um dos maiores vultos da Literatura Portuguesa, o maior novelista entre os anos 50 e 80 do século XIX, Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco nasceu em Lisboa e teve uma vida atribulada, cheia de aventuras e desventuras, que marcaram a sua escrita e a sua forma de pensar. Ultrarromântico, Camilo Castelo Branco tornou-se o primeiro escritor de língua portuguesa a viver exclusivamente dos seus livros. Uma das suas maiores obras é O “Amor de Perdição”, que está a comemorar o seu 150º aniversário, um dos expoentes do Romantismo em Portugal e que lançou o autor para a fama. 
Camilo Castelo Branco recebeu de D. Luís I o título de 1º visconde de Correia Botelho. Começou a cegar e, impossibilitado de escrever, suicidou-se com um tiro de revólver a 1 de junho de 1890, em S. Miguel de Ceide (Famalicão). A casa de Ceide é hoje o museu do escritor. 


Yue Fei 

A 17 de março de 1103, há 910 anos, nascia Yue Fei, um importante líder militar chinês. Yue Fei, também conhecido como Wu Mu, decidiu entrar para o exército da Dinastia Song em 1122, combatendo contra o exército Jurchen da Dinastia Jin (que assumira o poder em 1115). Segundo as lendas, antes de ir para o exército, a mãe de tatuou-lhe 4 ideogramas nas suas costas, que significavam "servir o país com lealdade". 
Outra lenda afirmava que Yue Fei venceu um exército de 20 000 homens com apenas 500 soldados. Já na Batalha de Zhuxian, o seu exército esteve perto da derrota, mas devido aos seus 8 generais, conseguiu mudar o rumo dos acontecimentos e ter uma grande vitória. 
Desenvolveu ainda o estilo de artes marciais Hsing-I Chuan e como era um militar respeitado, Yue Fei acabou traído por ministros do Imperador, que recebendo suborno dos Jin, acusaram-no de traidor. Yue Fei foi enforcado a 27 de janeiro de 1142. 


Trégua franco-argelina 

Há exatos 51 anos, a 18 de Março 1962, a França e a Argélia assinaram o armistício que punha fim à guerra colonial francesa na Argélia e a 130 anos de domínio francês na região.  Em 1954, guerrilhas islâmicas da Frente de Libertação Nacional (FLN) iniciaram a guerra pela independência da Argélia, uma colónia francesa, em pleno período das independências africanas. 
Em 1956, a FLN ameaçava invadir as cidades da colónia, lar de uma abundante localidade europeia. Cerca de 500 000 soldados franceses foram enviados para suster a revolta. A FLN, até 1958, continuava a limitar a sua atuação a áreas rurais, mas uma nova crise estalou quando os Europeus argelinos se lançaram à rua, em manifestações com multidões, pedindo a integração da Argélia na França e o regresso de Charles de Gaulle ao poder. A guerra tornava-se sangrenta. 
A 18 de Março de 1962, de Gaulle supervisionou a assinatura de um armistício e a guerra argelina terminou oficialmente. 


1º Encontro dos líderes da República Federal da Alemanha e da República Democrática da Alemanha 

A 19 de Março 1970, pela 1ª desde a divisão da Alemanha em duas, fruto da Guerra Fria, Willy Brandt e Willi Stoph, respetivamente o dirigente da Alemanha Federal e o da República Democrática da Alemanha, encontraram-se em Erfurt, na Alemanha Oriental. 
A decisão do Chanceler Brandt de manter uma Ostpolitik, ou "Política do Leste", marcou a mudança numa tradicional tendência da Alemanha Federal de isolamento da República Democrática do resto do mundo. Assim, em 1973, os 2 países acordaram o reconhecimento diplomático e ambos se integraram na ONU. Brandt foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz em 1971, pelo seu trabalho destinado à distensão das duas Europas: a Ocidental e a do Leste. 


Isaac Newton 

Há exatos 285 anos, a 20 de março de 1728, morria Isaac Newton, um dos maiores génios da História, um importante físico e inventor inglês. Isaac Newton foi um jovem silencioso e pensativo que ingressou na Universidade para estudar os princípios da Filosofia aristotélica, embora, em 1663, tenha surgido o interesse pelas questões relativas à investigação experimental da Natureza. 
Desde finais de 1664, trabalhou intensamente em diversos problemas matemáticos, tendo abordado o teorema do binómio com base em trabalhos de John Walls. O período de 1665-1666 foi muito fértil em termos de descobrimentos, entre os quais se destacou a Lei do inverso do quadrado da gravitação ou o desenvolvimento das bases da Mecânica clássica. 
Em 1679 inventou e comprovou a Lei da Gravitação Universal e estabeleceu a compatibilidade entre a sua lei e as de Kepler sobre os movimentos planetários, Publicou os seus trabalhos de Mecânica e as suas famosas obras Philosophiae naturalis principia mathematica, onde explicava os fundamentos da Física e da Astronomia. 
Newton elaborou igualmente um esquema matemático no texto da Bíblia, analisando cada linha até encontrar dados surpreendentes e previsões no texto. 


Rafael Bordalo Pinheiro 

Há 167 anos nascia Rafael Bordalo Pinheiro, um artista que marcou a 2ª metade do séc. XIX, com uma obra vasta e variada. Artista multifacetado foi o grande precursor da caricatura política e social portuguesa, sendo um ótimo desenhador, ilustrador, aguarelista e ceramista, foi ainda decorador, jornalista e até professor e, por pouco tempo, ator e político. 
Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro nasceu a 21 de março de 1846, em Lisboa. Em 1868, Rafael Bordalo Pinheiro começou a sua vida artística, como artista plástico, fazendo composições realistas. Apresentou os seus trabalhos, pela 1ª vez, na exposição promovida pela Sociedade Promotora de Belas-Artes, com 8 aguarelas inspiradas nos costumes e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. A sua arte começou a ser conhecida e, em 1871 recebeu um prémio na Exposição Internacional de Madrid. 
Rafael Bordalo Pinheiro começou a desenvolver o seu trabalho de ilustrador e decorador. A 15 de Maio de 1875, Bordalo Pinheiro lançou o periódico A Lanterna Mágica, onde criou a sua figura mais conhecida, que o tornaria popular em todo o país, o Zé Povinho. Em 1879 lançou O António Maria, um jornal de humor político, que atacava sobretudo o Partido Regenerador, liderado por António Maria Fontes Pereira de Melo, que serviu de inspiração ao nome do jornal. 
Naquela época, as caricaturas tornaram-se um fenómeno nacional. Rafael Bordalo Pinheiro caricaturou todas as personalidades importantes da vida política portuguesa, assim como da Igreja e da cultura nacional. Embora a sua crítica fosse mordaz e demolidora, conseguiu impor a sua arte e ser respeitado por todo, até pelos seus “inimigos” políticos. 
Em 1885, a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha convidou Rafael Bordalo Pinheiro para chefiar o sector artístico da fábrica. Rafael dedicou-se à produção de peças de cerâmica, que rapidamente adquiriram um cunho original. 
Rafael Bordalo Pinheiro morreu a 23 de janeiro de 1905 na rua da Abegoaria (atual Largo Raphael Bordallo-Pinheiro), no Chiado, em Lisboa. 


Maximiliano I - Sacro Imperador Romano-Germânico 

A 22 de março de 1459, há 554 anos, nascia Maximiliano I de Habsburgo, em Wiener Neustadt. Maximiliano era filho do imperador Frederico III do Sacro Império Romano-Germânico e da imperatriz D. Leonor de Portugal, filha do Rei D. Duarte. Casou-se, em 1477, com a sua prima materna, a duquesa Maria de Borgonha, filha de Carlos, o Temerário, mas rapidamente enviuvou. Maximiliano lutou contra a França que queria anexar o território borgonhês (o que de fato conseguiu). 
Com a morte de Frederico III, Maximiliano tornou-se conde do Tirol, duque da Estíria, senhor da Suíça, duque da Caríntia e senhor da Suábia, tornando-se o mais poderoso dos príncipes alemães desde Frederico II. Assim, Maximiliano conseguiu ser eleito como seu pai Sacro Imperador Romano-Germânico, perpetuando a política de ser um Habsburgo a reinar o Império. Embora exercesse as funções de Imperador desde 1493, só em 1508 foi de facto coroado, com o consentimento do Papa Júlio II. Com esta eleição, terminou-se com a tradição do Sacro-Imperador ser coroado pelo Papa para receber o título, bastando assim, somente a sua eleição como tal. 
Maximiliano comprometeu-se em 1490 com Ana, Duquesa da Bretanha, mas o casamento foi anulado em 1491. Casou-se em 1494 pela 3ª vez com Branca Maria Sforza, filha do Duque de Milão Gian Galeazzo Sforza. O seu filho Filipe de Habsburgo casou-se com Joana, a Louca, depois rainha de Castela, tornando-se Filipe I, o Belo
Maximiliano morreu a 12 de janeiro de 1519, sendo sucedido por seu neto, Carlos V (I de Espanha), que teve um dos maiores Impérios da História Universal. 


Porque recordar é viver, para a semana continuaremos a aprender! 
Francisco Miguel Nogueira


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

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