segunda-feira, 30 de junho de 2014

Made in Português

(imagem retirada da internet)



UMinho consegue eliminar células estaminais cancerígenas

Uma equipa internacional liderada por investigadores da Universidade de Coimbra (UC) descobriu como eliminar células estaminais cancerígenas, responsáveis pela reincidência de vários tipos de cancro, por intermédio da manipulação da sua produção de energia. Trata-se de um tipo de células que, de acordo com várias evidências científicas, pode funcionar como uma semente, resistindo aos tratamentos convencionais e podendo proliferar e gerar novas células malignas. Os cientistas, cujo estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pelo programa europeu FP7, através de uma bolsa Marie-Curie, foi recentemente publicado na revista científica Nature, procuraram identificar de que forma os processos de geração de energia em células estaminais estão interligados com os fenómenos de diferenciação (transformação) celular e resistência a agentes anticancerígenos. Os investigadores conseguiram ainda, e pela primeira vez, através da técnica de ressonância magnética nuclear (RMN), fazer uma detalhada análise do perfil metabólico deste tipo de células antes e depois do seu processo de diferenciação, o que permitiu identificar alterações chave da produção de energia. Ao longo de seis anos, a equipa, coordenada por especialistas do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em parceria com as Universidades do Minnesota-Duluth e Mercer, nos EUA, trabalhou com o objetivo de alterar e eliminar células estaminais cancerígenas através da manipulação da sua produção de energia. Em comunicado enviado ao Boas Notícias, Paulo Oliveira, coordenador do estudo e investigador do CNC, explica que, com as experiências realizadas num modelo de linha celular estaminal de carcinoma embrionário (um tipo de tumor raro que pode afetar os ovários e os testículos), se verificou "uma remodelação celular na população estaminal cancerígena através da manipulação da função da mitocôndria, um organelo responsável pela geração de energia nas células". De acordo com o cientista, "esta remodelação faz com que as células se tornem mais suscetíveis a agentes antitumorais", o que contribui para a sua eliminação. Além disso, pelo menos no sistema celular avaliado, "terapias que estimulem a função da mitocôndria podem levar a uma alteração no fenótipo da população estaminal tumoral, diminuindo a sua resistência a terapias convencionais", acrescenta o português. Ignacio Vega-Naredo, primeiro autor do trabalho, afirma que, após esta descoberta, a equipa pretende agora "investigar de que forma as defesas das células estaminais cancerígenas são diminuídas quando ocorre o processo de diferenciação celular forçado por um aumento da função mitocondrial", o que vai permitir "criar uma série de novos alvos para uma terapia mais eficaz contra aquele tipo de células". 
Notícia sugerida por Elsa Fonseca


Jovem bailarino português ganha bronze na Turquia

O jovem bailarino português Diogo de Oliveira voltou, este fim-de-semana, a brilhar no panorama internacional, tendo conquistado a medalha de bronze na Istanbul International Ballet Competition, que decorreu na Turquia e onde foi o único representante nacional. A informação foi avançada ao Boas Notícias por Sílvia Boga e Alexandre Oliveira, professores da EDD - Escola Domus Dança, em Matosinhos, que têm vindo a acompanhar a formação do bailarino de 14 anos que, em 2013, foi convidado para estagiar numa das mais prestigiadas escolas de dança a nível mundial, a School of American Ballet, nos EUA. De acordo com os docentes, Diogo de Oliveira foi um dos 38 selecionados entre candidatos de todo o mundo para participar na competição em território turco, "integrando o grupo composto por bailarinos provenientes de algumas das escolas de maior renome internacional". Entre estas escolas estão, por exemplo, "Academia Bolshoi, Ópera de Viena, Korea National University of Arts, entre outras escolas estatais", bem como diversas companhias, adiantam Sílvia Boga e Alexandre Oliveira. Diogo, que foi o mais jovem concorrente da prova, ultrapassou com sucesso as duas primeiras rondas eliminatórias, apurando-se, assim, para as finais que se disputaram no dia 25. "Os três excelentes solos que dançou na terceira ronda garantiram-lhe um brilhante 3.º lugar", congratulam-se os formadores. Além da medalha de bronze e do reconhecimento, a presença no pódio garantiu ao bailarino um prémio monetário de 1.500 euros e convites para participar noutras competições internacionais. O dançarino português teve ainda "a honra de dançar na gala que ontem reuniu no mesmo palco, estrelas como Vladimir Malakhov, Beatrice Knop, Letizia Giuliani e Giuseppe Picone". Do júri do concurso fizeram parte "algumas das personalidades mais iminentes do mundo da Dança", entre as quais Irek Mukhamedov, Vladimir Malakhov e Evelyn Téri. Este é o quarto prémio que Diogo traz para Portugal no decurso deste ano. Entre as vitórias já conquistadas pelo jovem em 2014 destaca-se o primeiro lugar obtido no Tanzolymp, um dos maiores festivais internacionais, que teve lugar em Berlim, na Alemanha. 


Lisboa eleita cidade empreendedora europeia 2015

Lisboa acaba de receber, em Bruxelas, o selo de Cidade Empreendedora Europeia. O prémio distingue as melhores estratégias regionais para a promoção do empreendedorismo e da inovação junto das pequenas e médias empresas. Esta quarta-feira, o presidente da câmara de Lisboa, António Costa, juntamente com representantes da Irlanda do Norte (Reino Unido) e de Valência (Espanha), obteve de Ramón Luis Valcárcel Siso, presidente do Comité das Regiões da UE, o galardão da Cidade Empreendedora Europeia (EER, sigla em inglês) pela estratégia desenvolvida por Lisboa para fomentar o empreendedorismo e executar políticas europeias fundamentais como a chamada Lei das Pequenas Empresas e a Estratégia Europa 2020 para o crescimento e o emprego. O júri, composto por representantes das instituições europeias e de associações empresariais, reconheceu especificamente o impacto dos esforços realizados pela capital portuguesa para conquistar uma posição no Atlântico como polo de negócios e cidade de 'startups', tirando partido da sua situação geográfica enquanto porta de entrada para as Américas, África e para a União Europeia. Lisboa reforçou, em particular, o seu estatuto de 'startup city' através de uma série de iniciativas como a 'Empresa na hora'; a Startup Lisboa (incubadora de empresas fundada em 2012 e integrada num projeto de reabilitação urbana da Baixa lisboeta); o Programa de Empreendedorismo Jovem de Lisboa (que proporciona aos jovens educação e formação); e o Lisbon Challenge (que seleciona um conjunto de 'startups' e lhes fornece apoio e orientação). Durante a cerimónia de entrega do prémio, o presidente Valcárcel Siso sublinhou que a estratégia de Lisboa se destaca pela "pela forma como interliga projetos já existentes em prol do empreendedorismo e da inovação a novas medidas específicas adotadas no âmbito da iniciativa EER". Acrescentou igualmente que "a estratégia resultante é um modelo válido para o modo como os municípios e as regiões poderão transformar os objetivos da Estratégia Europa 2020 em ações concretas, adaptadas às necessidades locais". Já António Costa destacou o potencial da cidade na área do empreendedorismo, sublinhando que esta tem sido uma prioridade da Câmara Municipal de Lisboa, que lançou uma série de projetos e programas articulados para o efeito. "Hoje em dia, Lisboa é reconhecida internacionalmente como um destino privilegiado para os empresários e foi apontada pela revista Entrepreneur como uma das melhores cidades do mundo para o empreendedorismo", disse o autarca.


Gastronomia lusa ganha estrelas douradas em Bruxelas

Vários produtos tipicamente portugueses conquistaram 10 estrelas douradas no concurso "iTQi Superior Taste Awards", que decorreu recentemente em Bruxelas, na Bélgica, e que se constitui como o único selo de qualidade atribuído internacionalmente em sabor concedido por líderes de opinião, 'chefs' e 'sommeliers' com estrelas Michelin. Os sabores lusitanos foram colocados em competição pela APTECE - Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia, que submeteu os produtos portugueses a uma análise de prova cega por parte de um júri de diferentes países que efetuou "uma avaliação minuciosa do aspeto visual, aroma, textura, sabor e sabor residual". Em comunicado enviado ao Boas Notícias, a APTECE revela que os prémios foram atribuídos ao Azeite do Alentejo IG (1 estrela de ouro), ao Azeite do Alentejo Virgem Extra (2), ao Queijo de Castelo Branco DOP (1), ao Queijo Picante da Beira Baixa (1), à Broa de Milho (2), aos Filetes de Cavala em azeite picante com pickles (2) e aos fios de ovos (1). Os produtos em causa pertencem às empresas portuguesas "CEPAAL - Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo", "Queijaria Almeida", "DeTrigo", "Fabridoce" e "A Poveira", todas elas com elevado potencial de exportação, destaca a APTECE. "Esta é mais uma prova de que a produção portuguesa tem qualidade e que é reconhecida a nível internacional, razão pela qual se deve apoiar as empresas e criar espaços e mecanismos de proteção a nível internacional", considera José Borralho, presidente da associação. Com esta meta em vista, acrescenta o dirigente, "um dos objetivos da APTECE passa pelo desenvolvimento de iniciativas de cooperação com vista à promoção do próprio país, como é o caso da "Portugal Foods", da "Inovcluster" e dos apoios da AICEP e do Turismo de Portugal". A ação que levou os produtos portugueses a Bruxelas integra-se na campanha de promoção "Portugal à Mesa", que conta com o apoio do SIAC | Compete.


Lisboa terá passadeiras mais acessíveis para deficientes

A Câmara Municipal de Lisboa prevê aplicar, ainda este ano, um novo modelo de passadeiras acessíveis para peões com necessidades especiais. A medida integra-se no Plano de Acessibilidade Pedonal da autarquia lisboeta. Em declarações à Lusa, Pedro Homem de Gouveia, coordenador do plano, revelou que o modelo que deverá chegar à capital portuguesa "está a ser adotado por cada vez mais serviços municipais e juntas de freguesia e tem dado origem a um número crescente de passadeiras adaptadas". Entre as alterações que serão efetuadas estão, por exemplo, a introdução do "ressalto zero" entre o passeio e a passadeira para que os deficientes motores possam atravessar a estrada sozinhos sem medo de cair ou a colocação de piso tátil no passeio, junto da passadeira, para que os invisuais consigam descobri-la. Além disso, está também prevista a implementação de uma melhor relação com o estacionamento e as paragens de autocarro, garantindo visibilidade a pessoas de baixa estatura como crianças e idosos, e a eliminação de obstáculos à saída de passadeira, informou o técnico. Segundo a proposta, a que a Lusa teve acesso, o objetivo da autarquia é criar condições de acessibilidade e segurança às "passagens de peões de superfície e na sua área envolvente", que inclui o passeio. Esta é apenas uma das 39 ações do Plano Anual de Execução para 2014, documento orientador do Plano de Acessibilidade Pedonal (2014-2017) para o segundo semestre deste ano e que vai ser debatido esta quarta-feira na reunião de câmara. Com vista à aplicação desta medida está previsto um acordo com a Empresa Pública Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) para a realização de obras de adaptação das passadeiras existentes nas áreas exploradas pela entidade. 

Autarquia quer acalmia de tráfego e estacionamento acessível

De acordo com Pedro Homem de Gouveia será, ainda, aplicado um novo modelo de acalmia de tráfego, que será publicado em breve e que tem como meta a redução da velocidade a que os condutores circulam na cidade, nomeadamente nas zonas residenciais, onde acontecem mais atropelamentos. O plano propõe-se não apenas "promover a segurança do peão no quotidiano", mas também "salvaguardar o acesso eventual de veículos de emergência", frisou Pedro Homem de Gouveia. Uma outra medida prevista na proposta passa pela introdução, em Lisboa, de um modelo de estacionamento acessível, no que toca, essencialmente, aos lugares de estacionamento reservados para pessoas com deficiência, aumentando, por exemplo, a sobrelargura necessária para abrir a porta do carro de forma a que a pessoa consiga passar da viatura para a cadeira de rodas. O Plano de Acessibilidade Pedonal define a estratégia da câmara para promover a acessibilidade em Lisboa até ao final de 2017, numa tentativa de cumprir as obrigações legais nas questões de inclusão e não discriminação das pessoas com deficiência.


Ilustrador português ganha duas medalhas nos EUA

O ilustrador português André Letria foi distinguido pela revista norte-americana 3x3, considerada a mais importante publicação internacional dedicada à ilustração contemporânea, com duas medalhas de prata, anunciou esta terça-feira a publicação. Anualmente, a 3x3 reconhece, com um grande prémio, medalhas de ouro, prata e bronze aqueles que considera os melhores ilustradores a nível internacional. Este ano, André Letria entra nesta lista de topo, tendo conquistado a prata nas categorias de livro (com "Mar") e de ilustração de livros para a infância (com "A Maior Flor do Mundo", de José Saramago). Além de André Letria, a publicação distinguiu ainda outros ilustradores portugueses, nomeadamente André da Loba, Marta Monteira (com uma medalha de mérito), Sara Cunha, Ana Lúcia Pinto, André Carrilho, João Vaz de Carvalho, Gonçalo Viana e João Fazenda, em categorias que vão do cartoon e banda desenhada à animação, passando pelo editorial, retratos e ilustração de livros para a infância. Este ano, o grande prémio foi atribuído ao ilustrador norte-americano Jeremy Holmes. Todos os premiados deverão, agora, ver o seu trabalho publicado na edição de inverno da 3x3. De destacar que, em 2013, a publicação especializada norte-americana tinha já distinguido três ilustradores portugueses: André Carrilho (medalha de ouro nas categorias de cartoon/banda desenhada, animação, editorial e retratos), João Fazenda (medalha de bronze na categoria de livros) e André da Loba (medalha de ouro na categoria de animação). Nascido em Lisboa, em 1973, André Letria, o português mais premiado deste ano, dedica-se em exclusivo à ilustração desde 1992, em particular à ilustração para a infância, tendo publicado livros como "Versos de fazer ó-ó" e "Estrambólicos", com José Jorge Letria, e "Não quero usar óculos", com Carla Maia de Almeida.
Notícia sugerida por Patrícia Guedes


Minho lança projeto para prevenir alcoolismo juvenil

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Minho quer lançar, já no próximo ano letivo, um projeto-piloto com o objetivo de prevenir o alcoolismo junto dos estudantes dos 10 municípios da região.O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo presidente da estrutura, José Maria Costa, que revelou que a implementação em 2015 "vai depender da disponibilidade da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte", frisando que houve "muita abertura por parte do conselho de administração" a quem a ideia já foi apresentada. Segundo o responsável da entidade que congrega os 10 municípios do distrito de Viana do Castelo, esta proposta foi apresentada no passado mês de Maio durante uma reunião que contou com a presença do secretário de Estado da Saúde. "O que propusemos à ARS do Norte foi desenvolver um projeto-piloto que trabalhasse o problema do alcoolismo na região em parceria com a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM)", explicou José Maria Costa em declarações à Lusa. "A proposta foi bem aceite e estamos a iniciar trabalho nesse sentido", acrescentou o dirigente da CIM, que preside também à autarquia de Viana do Castelo e que esclareceu que o projeto-piloto passará pela promoção, junto das escolas da região, de iniciativas conjuntas relacionadas com as áreas de dependência, em particular do alcoolismo. "Estamos à espera da marcação de uma reunião para apresentarmos algumas ideias envolvendo também as redes sociais, a comunidade escolar e as Instituições Particulares de Sociedade Social (IPSS)", adiantou José Maria Costa. "Queremos que seja um tema a ser trabalhado nas escolas dos 10 municípios com supervisão de técnicos especializados nesta área", sublinhou. O presidente da CIM Minho disse ainda à Lusa que, ao abrigo do Fundo Social Europeu (FSE) 2014-2020, "as comunidades intermunicipais vão poder candidatar projetos na área das redes sociais e esta problemática será uma das prioridades". "Estamos a preparar o nosso trabalho para o futuro quadro comunitário e era uma aposta que gostaríamos de ver incluída numa parceria forte com a ARS-Norte", finalizou.


Investigação da UAveiro torna radioterapia mais eficaz

Um grupo de investigadores portugueses da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveu um dispositivo capaz de tornar mais eficientes os tratamentos de radioterapia contra o cancro e que pode revolucionar a qualidade com que estes são monitorizados. Num comunicado divulgado a semana passada, a instituição de ensino universitária explica que este dispositivo é um dosímetro que permite aos médicos aplicar o tratamento radioterapêutico de forma mais eficiente nas células malignas para poupar os tecidos saudáveis, fornecendo informação em tempo real sobre a dose de radiação que está a ser administrada. O sistema foi desenvolvido por João Veloso, Filipe Castro e Luís Moutinho, do Departamento de Física da UA, e utiliza sondas radio-sensíveis com um diâmetro inferior a um milímetro que, quando implantadas junto ao tumor ou até mesmo no seu interior, conseguem quantificar a dose de radiação absorvida. Através de um recetor eletrónico externo que interpreta os sinais emitidos pelas ondas, os técnicos radioterapêuticos podem, deste modo, passar a ter um controlo absoluto sobre a distribuição e a quantidade da dose entregue nas regiões a tratar, garantindo que estas são efetivamente as que foram calculadas e prescritas pelos médicos. “Esta sonda de elevada sensibilidade tem um material cintilador que converte radiação ionizante [como é o caso da radiação gama, beta ou X] em luz visível”, esclarece João Veloso, que explica que, embora a luz visível produzida tenha muito baixa intensidade, impercetível a olho nu, é lida por fotodetetores extremamente sensíveis que fazem a multiplicação dessa luz até cerca de um milhão de vezes. "Um recetor eletrónico rápido e de baixo ruído permite fazer o processamento do sinal em tempo real e converter esta informação da sonda em dose de radiação aplicada", ilustra o investigador.

Importância no tratamento contra o cancro

De acordo com João Veloso, coordenador da equipa de investigação, a radioterapia é usada normalmente no tratamento de alguns cancros, em particular no cancro da próstata, do colo do útero, de melanomas ou da degenerescência da mácula ocular. Nestes casos, frisa o cientista, "o papel do dosímetro reveste-se de uma importância particular porque permite obter uma medida direta da dose e controlar o modo como essa deverá ser distribuída". "Na modalidade de braquiterapia, para a qual otimizámos o nosso dosímetro, os procedimentos clínicos atuais não incluem ainda dosimetria, uma vez que é necessário um aparelho com caraterísticas particulares", acrescenta o responsável pela equipa do grupo Deteção da Radiação e Imagiologia Médica do FIS da UA que concebeu o novo equipamento. Segundo João Veloso, o aparelho desenvolvido pela UA vem colmatar esta lacuna, ao preencher "os requisitos necessários para essa função dosimétrica" e ao apresentar "grande flexibilidade e dimensões reduzidas, leitura em tempo real, equivalência aos tecidos [absorve radiação da mesma forma que os tecidos moles], independência da dose, da energia e da temperatura, bem como a elevada sensibilidade que é imprescindível nesta modalidade de tratamento”. O trabalho dos três investigadores da UA iniciou-se em 2010 e, atualmente, a equipa está à procura de financiamento para a realização de testes in-vitro simulando o ambiente clínico, pretendendo, posteriormente, avançar para testes in-vivo. 


Melhor especialista forense do mundo é português

Duarte Nuno Vieira, especialista da Universidade de Coimbra, acaba de ser distinguido com o mais prestigiado prémio mundial das Ciências Forenses - o Prémio Douglas Lucas Medal, atribuído pela Academia Americana de Ciências Forenses. Criado em 1999 pela Academia Americana de Ciências Forenses, o Prémio Douglas Lucas Medal é atribuído apenas de três em três anos a um especialista forense que se tenha destacado particularmente pela contribuição dada para o desenvolvimento das ciências forenses a nível internacional. Na atribuição do prémio a Duarte Nuno Vieira, o júri, que deliberou por unanimidade, sublinhou "o valioso trabalho desenvolvido pelo galardoado em diversos domínios das ciências forenses, e muito particularmente no âmbito da Patologia e Clínica Forenses, especialmente na defesa dos Direitos Humanos, bem como na organização de serviços médico-legais e forenses em vários países do mundo, e o forte impacto que o trabalho que concretizou até hoje teve na comunidade forense internacional". Em comunicado enviado ao Boas Notícias, o docente da UC revela que foi com "enorme surpresa e profunda emoção" que recebeu a notícia de ter sido distinguido "por um júri constituído pelos mais reputados e reconhecidos cientistas forenses internacionais".

Missão "complexa" e "dolorosa"

"Considero que o mérito não é apenas meu, mas também dos que me acompanharam, e continuam a acompanhar, nesta missão complexa e, em certos contextos, dolorosa. Uma missão que se destina a ajudar aqueles que arrastam consigo os traumas de uma existência marcada pelo infortúnio e pelo sofrimento, por vezes com o cheiro da morte colado ao corpo", acrescenta o especialista. "Dedico-o a eles e a todos os peritos médico-legais que, às vezes em condições muito difíceis, dão diariamente o melhor que sabem e podem para ajudarem a sociedade e a justiça, não desistindo deste mundo que nos coube. Dedico-o sobretudo à minha família que tem sido elemento incondicional de apoio e compreensão e que tem constituído porto seguro de abrigo", realça ainda Duarte Nuno Vieira. O britânico Alec Jeffreys (que descobriu a utilização do ADN para fins forenses), o norte-americano Clyde Snow (pai da antropologia forense e da sua aplicação no âmbito dos direitos humanos), ou o suíço Margot (considerado por muitos como a maior autoridade mundial no domínio da criminologia) estão entre os galardoados em edições anteriores. Esta distinção, a mais alta que se pode receber no domínio das ciências forenses, vai ser entregue durante o 20th World Meeting of the International Association of Forensic Sciences (IAFS), que decorrerá em Seoul, na Coreia do Sul, no próximo mês de outubro.

Um especialista que corre o mundo

Duarte Nuno Vieira já publicou mais de 200 artigos em revistas científicas, é editor ou coeditor de 8 livros e autor de mais de 40 capítulos em livros diversos e apresentou, como autor ou coautor, mais de 1.000 trabalhos em reuniões científicas. Proferiu como conferencista convidado mais de 300 conferências fora de Portugal, em países europeus, asiáticos, africanos, do médico-oriente, australásia, e de todo o continente americano. Faz parte do conselho editorial das principais revistas internacionais no âmbito da Medicina Legal e ciências Forenses, bem como de revistas nacionais de múltiplos países (Espanha, Índia, Roménia, Polónia, Peru, Brasil, Egito, Turquia, China, Irão, Itália, Irlanda, entre outros). Na qualidade de especialista forense tem integrado múltiplas missões internacionais realizadas em países da Europa, América Latina, Médio-Oriente, África, Australásia e Ásia, sobretudo no âmbito dos direitos humanos, sob os auspícios de organizações como a ONU, a Cruz Vermelha Internacional, a Comissão Europeia ou a Amnistia Internacional.
Notícia sugerida por Maria Pandina

Créditos: Boas Notícias


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

(com)partilhar!

(imagem retirada da internet)




Os medos de alguns pais e outras coisas mais…

Agarrar os filhos como a galinha faz aos pintos será uma má solução pois impediremos a vivência necessária da vida. Mais cedo ou mais tarde, os nossos filhos terão que enfrentar riscos, só que numa idade diferente, com menos experiência e mais desadequados no que respeita à capacidade de lhes fazer face.


Muitos pais, só de ouvir a palavra "grupo", até se sentem mal: as pernas a tremer, suores frios e, quando isto acontece no início da puberdade, evidenciam-se os sintomas de um cataclismo maior do que todas as crises económicas e financeiras. Será que esses grupos, leia-se (para os pais) gangues, vão passar a apadrinhar os nossos filhos, relegando-nos para um rating de BBB - aos olhos dos nossos rebentos? Calma. Porque, para cada rapaz ou rapariga que dizemos que andam a desencaminhar os nossos filhos, haverá os pais desses mesmos que dirão que o nosso filho é que anda a desencaminhar os filhos deles. Portanto, as coisas são muito relativas e nunca se esqueçam de que os vossos filhos não caíram do céu em pára-quedas nem desceram pela chaminé como o Pai Natal ou o Lobo Mau – são os vossos filhos, que vocês geraram, cuidaram, construíram e… (espera-se) educaram e a quem deram normas e transmitiram valores, bem como autonomia crescente para pensarem pela cabeça deles e fazerem escolhas tendencialmente boas para eles e para os outros.


A autonomia

Comecemos por aqui, pelo «problema» (com aspas) da autonomia que, mais do que dos filhos, é muitas vezes uma questão dos pais. Ver pessoas que acarinhámos desde que nasceram, ou antes disso, pelas quais nos sacrificámos e que, a páginas tantas, parecem não querer saber de nós para nada, é duro. E temos de o assumir até porque nem o tamanho, nem os modos ou até o timbre da voz deixam margens para dúvidas nem espaço para os ver dóceis e caladinhos com um «schiu!» mais sibilado. Em muitos dos casos, são os pais que não conseguem «independentizar-se» dos filhos e isso pode acontecer por várias razões, umas confessadas, outras inconfessáveis:

O medo dos riscos - é no início da adolescência – coincidente com a passagem de um ensino escolar aconchegado em que uma única professora (agora, felizmente, já há alguns homens como professores titulares do 1º Ciclo) desempenha o papel de mãe substituta, com aulas numa sala só e turmas relativamente pequenas, para um 2º Ciclo, com vários professores, algumas mulheres mas também alguns homens, várias salas, impessoalidade e ninguém como responsável e turmas grandes – que aumenta o medo dos pais relativamente aos impropriamente chamados «comportamentos de risco». O que são afinal estes comportamentos de risco? Melhor seria avaliar o risco dos comportamentos, quaisquer que eles sejam, do que dividi-los entre os de risco e os sem risco. Até porque isso não existe. Viver comporta riscos. Ir para a escola comporta riscos. Fumar comporta riscos. Tomar drogas comporta riscos. Amar comporta riscos. Ser filho ou ser pai comporta riscos. A resistência aos riscos e a sua gestão com sucesso implica vivê-los, pelo menos parcialmente, e contá-los na experiência pessoal. É o próprio dia-a-dia que dá a força e a necessária estruturação do «eu» e da personalidade para que os riscos leves ou moderados passem por nós sem deixar traumas de fundo ou desvios de monta. Em suma: agarrar os filhos como a galinha faz aos pintos – para além de criar também uma dependência quase tóxica e por vezes destruidora do «eu» – será, para além de uma prova de desconfiança na própria educação que lhes demos, uma má solução, pois impediremos a vivência necessária da vida, passe o pleonasmo, e mais cedo ou mais tarde os nossos filhos terão que enfrentar esses riscos, só que numa idade diferente, com menos experiência e bastante mais desadequados no que respeita à capacidade de lhes fazer face.

O medo de perder um elo de ligação - quando um dia os filhos parecem desaparecer quase de um momento para o outro (nunca é assim pois trata-se de um processo gradual e lento mas o tempo voa e a distração pode ser grande a ponto de não se dar por isso) e quase não se sabe as preferências, os hábitos, os gostos, o cheiro e os sabores, o toque e o afeto. Os pais olham-se de súbito e quedam-se mudos sem uma palavra para trocar, sem uma ideia para partilhar, sem um projeto para construir ou sequer um sonho para sonhar. Os filhos ao desempenharem a sua própria vida, ao ganharem autonomia deixam uma sensação de vácuo não preenchível por alguém de quem se perdeu a cumplicidade, com quem já não se sabe (nem se quer) partilhar as alegrias e os momentos menos bons. Aquele «senhor» ou aquela «senhora», não passam afinal do «pai ou da mãe dos nossos filhos» – a relação conjugal perdeu-se numa qualquer «manhã de nevoeiro» e isso, além de muito triste, é deveras preocupante;

O sentido de posse - «o que é nosso é nosso e não o daremos a ninguém!» Os filhos são nossos – poderemos pensar (erradamente, mas pensar na mesma). Criámo-los, demos-lhes tudo e mais alguma coisa, gastámos com eles somas incalculáveis, consumimos os nossos melhores momentos, os nossos mais promissores neurónios, a nossa juventude, a nossa resistência e as nossas dores de cabeça com o objetivo de lhes proporcionar tudo o que necessitavam. Agora são nossos. Agora que começam a ser alguém, a ter ideias próprias, a querer eles mesmo iniciarem uma vida deles mesmos... sim, mas sob a nossa batuta. Sim, mas tocando a música que para eles escrevemos. Sim, mas se forem apenas uma mistura do que queremos que eles sejam com um pouco dos que gostaríamos de ter sido e não fomos. E isso não se compadece com largá-los, libertá-los, autonomizá-los.

O medo de envelhecer - pois é. Como no final de um excelente jantar num restaurante agradável, há sempre a «dolorosa» para pagar. O raciocínio é simples: se eles já têm idade para isto ou para aquilo, quer dizer que nós já temos essa idade mais uns tantos anos, soma daqui, adiciona dali – resultado: teremos que reconhecer que já não somos tão novinhos como isso. Só que nos lembramos tão bem da idade que eles têm agora que custa a acreditar que já temos filhos dessa idade. Custa a acreditar, sobretudo a nós próprios. O medo de envelhecer ou dito de uma forma mais suave, o receio de se reconhecer que os anos passam, é outro obstáculo ao reconhecimento do direito à autonomia...

Não é de um momento para o outro que mudamos o ser e nos adaptamos a uma nova realidade. Pelo contrário, esses momentos (que mais do que momentos, são um processo temporal que não começa nem acaba, simplesmente prolonga-se por outros momentos com outras características), conquistam-se palmo a palmo, gesto a gesto, evoluem de atitude em atitude. Fazer tábua rasa disto é encontrarmo-nos, de repente, perante um estranho – o nosso filho – com o qual já não sabemos comunicar e o qual, por seu lado, não vê em nós o parceiro que seria desejável.


Os grupos e a necessidade do grupo

Outro aspeto que amedronta os pais e que é frequentemente incriminado no «desvio» para consumos nocivos, é o chamado grupo. Esse grupo, designado genericamente por «os amigos», gera automaticamente uma reação semi-alérgica ou de desconfiança. E porquê? Haverá razões para isso? Ou a causa estará apenas no sentimento de perda por os filhos terem chegado à altura em que (aparentemente) precisam menos dos pais... Será apenas isso? Serão estes receios infundados? A palavra «grupo», para muita gente, faz lembrar logo coisas terríveis – droga, tabaco, bebidas alcoólicas, carros ou motorizadas a alta velocidade, sexo libertino, estar-se «nas tintas» para o que os adultos dizem, etc, etc. Na maioria dos casos, contudo, ao pensarmos dessa maneira cometemos uma injustiça em relação aos jovens em geral e aos nossos filhos em particular. E porquê?

Em primeiro lugar, há que pensar que os adolescentes, como qualquer ser humano, gostam de viver em sociedade e se têm um grupo de amigos tanto melhor. Os pais deveriam ficar contentes por isso. Todavia, um dos receios reside no facto de se controlar menos esse grupo do que os grupos a que os filhos pertenciam quando eram mais pequenos. Este aspeto é por vezes difícil de gerir (e de digerir) pelos pais mas eles é que terão de o resolver.

Em segundo lugar, a privacidade que os jovens exigem (e muito bem) nas suas relações faz com que os pais, naturalmente curiosos, se sintam ultrapassados por não saberem tudo o que se está a passar, os temas e o conteúdo das conversas, etc. Os pais adoram contar as «gracinhas» dos filhos quando estão na brincadeira com outros miúdos mas chega a uma idade em que deixam de ter acesso a essas «gracinhas». Obviamente não gostam e sentem-se marginalizados. E por isso reagem marginalizando os «marginalizadores» (–«ai ele é isso? Faz segredo? Então o melhor é não contarmos com ele» –este pensamento é muitas vezes subconsciente). Outro aspeto a mencionar é a confiança que os pais têm de ter nos filhos. Não que uma educação e uma orientação equilibradas sejam, só por si, um passaporte para a felicidade. De qualquer forma, convém sublinhar o facto de que muitos dos amigos do grupo são já do círculo habitual da família, não são propriamente estranhos. É raro haver uma recusa total dos amigos antigos e uma procura de gente completamente desconhecida.

O sistema de amizades funciona em espiral, ou seja, periodicamente há amigos que são reanalisados e podem ser postos à margem, enquanto outras pessoas são também analisadas e algumas delas entram no círculo. Não são, pois, os grupos que «caçam» os adolescentes, pobres e indefesos. Quando um pai argumenta que o seu filho «só se dá com malandros», provavelmente esse filho será, aos olhos dos pais dos outros, também ele «um malandro» que desencaminha os filhos deles. O que acontece, quando falamos em «grupos desaconselháveis» – e mesmo com toda a subjetividade da classificação – o que acontece é que provavelmente o adolescente foi-se libertando dos amigos que tinha antes e feito novas amizades por serem esses os que mais lhe estão «à medida» – lá diz o ditado: «diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és!»


Os riscos

Fala-se também muito de riscos. É claro que os riscos existem, embora não passem de meras avaliações estatísticas e acontecimentos com maior ou menor probabilidade de ocorrer. Sendo a adolescência uma idade em que os comportamentos exploratórios e de experimentação são mais acentuados, em que existe uma tentação da novidade e um certo grau de atração pelo abismo, parte dos receios dos pais podem ser explicados, especialmente quando os riscos estão cada vez mais próximos dos filhos. Não esqueçamos, no entanto, que algumas eventuais «asneiras» fazem parte do curriculum normal de qualquer adolescente que se preze. Não vale a pena fazer um bicho de sete cabeças por coisas pequenas – sobretudo, porque o barulho que se faz à volta de ninharias converte-as em coisas mais volumosas. Nomeadamente certas experimentações, como fumar um cigarro, beber uma cerveja ou outra coisa assim – que os adultos fizeram sem cairem todos na toxicodependência, no alcoolismo ou noutras situações catastróficas – é melhor que ocorram com o grupo normal de amigos do que com grupos desconhecidos, a cuja influência se podem expor os filhos se se adoptar uma atitude rígida e inflexível com os mais próximos.

A melhor maneira de evitar alguma coisa mais grave é, para começar, dar-se toda a informação necessária, de um modo claro e sem dramatismo, ANTES que os filhos comecem a ser expostos a esses mesmos riscos – e isso acontece numa idade cada vez mais precoce. Depois, é criar desde o início (desde bebés) uma relação de confiança e segurança que os faça ver nos pais (e noutros adultos) um ponto de apoio e um recurso imediato, e não um papão controlador. Outro aspeto é estimular um grupo de amigos com interesses comuns e realçar a importância desses mesmos interesses, em detrimento de outros falsos valores; aí é preciso saber dosear a interferência e, para tal, basta ter o bom-senso suficiente para diferenciar entre dar apoio e meter o nariz onde não é chamado.


As mudanças de casa, escola, cidade, os divórcios e separações dos pais 

Em fases de transição como uma mudança de residência ou de escola/liceu, as dificuldades em manter os contactos com os amigos antigos podem aumentar, especialmente se a distância geográfica ou as dificuldades de comunicação aumentam. Por essa razão, convém os pais criarem as condições necessárias para que, caso essas mudanças de vida repentinas ocorram, os filhos possam continuar a dar-se com os amigos que tinham anteriormente. Diga-se de passagem que muitas crianças e jovens não têm necessidade de ter dezenas de amigos mas apenas meia-dúzia de amigos fixes. E além do mais, podem continuar amigos uns dos outros mesmo que estejam temporadas sem se ver – os adolescentes criam vários grupos de amigos conforme as ocasiões; assim, por exemplo, os amigos da praia onde habitualmente passam férias podem nunca fazer parte do grupo de amigos do tempo letivo e continuar a ser encontrados anualmente com a mesma alegria e o mesmo grau de amizade. Os amigos das atividades de lazer podem não ser os mesmos do liceu e os grandes companheiros dos intervalos das aulas podem nunca ser convidados para casa. Por outro lado, há amigos que estão por vezes uma temporada na prateleira e não vale a pena insistirmos para se darem com eles ou tentar inventar ou descobrir alguma razão muito especial para esse corte temporário das relações de amizade. Geralmente não há razão nenhuma, não ocorreu nada de grave, e o tentarmos investigar o assunto só poderá causar problemas, esses sim reais.

Créditos: Pais & Filhos

MEIO CRESCENTE - Ideias de movimento!

Pensamento da semana...

(imagem retirada da internet)



Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples, 
que mora dentro de cada um de nós. 
É ter maturidade para falar "eu errei". 
É ter ousadia para dizer "me perdoe". 
É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você”. 
É ter capacidade de dizer "eu te amo". 
É ter humildade da receptividade.

Fernando Pessoa


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!