quarta-feira, 29 de maio de 2013

Crónicas 10 minutos - Viver o passado para construir o futuro!

(imagem retirada da internet)



D. Afonso IV – o Bravo

Há exatos 656 anos, a 28 de maio de 1357, morria D. Afonso IV, o Bravo. Foi o 7º Rei de Portugal e governou durante 32 anos. D. Afonso IV foi um grande comandante militar, a sua coragem foi reconhecida pelos vários Reinos vizinhos.

D. Afonso IV nasceu a 8 de fevereiro de 1291, era filho do Rei D. Dinis e da Rainha Santa Isabel. A relação do ainda Infante D. Afonso com o seu pai nunca foi fácil, sobretudo pela boa relação que D. Dinis mantinha com os seus filhos bastardos, sobretudo, Pedro Afonso, o mais velho, Afonso Sanches e João Afonso. Os conflitos entre D. Afonso e o pai e os irmãos bastardos tiveram o seu auge quando o Infante se tornou autónomo depois de constituída a sua própria casa, entre os seus 26 e 34 anos. Pedro Afonso foi feito o 3º conde de Barcelos (o 1º título nobiliárquico então existente no Reino), desempenhando o cargo de alferes-mor de seu pai. Era assim um dos nobres mais ricos e influentes. Pedro Afonso foi também nomeado mordomo de D. Beatriz, mulher de D. Afonso. D. Dinis tinha uma especial predileção pelo seu filho bastardo Afonso Sanches, nomeando-o seu mordomo-mor, cargo muito importante na política régia, que este desempenhou durante 11 anos. Afonso Sanches herdou ainda a parte mais valiosa da fortuna do 1º conde de Barcelos, João Afonso Telo, por ter casado com a filha deste, Teresa Martins Telo. O outro filho bastardo, João Afonso, foi mordomo-mor no final do Reinado do pai, sucedendo no cargo a Afonso Sanches, que acompanhava de muito perto. Foi também alferes-mor, um cargo militar de grande prestígio. 

D. Dinis tinha assim uma relação próxima com os seus bastardos e isso gerou então um conflito com o seu herdeiro. A causa apontada para o conflito foi a alegada decisão do Rei “que queria que Reinasse Afonso Sanches seu filho de barregã”. No entanto, tal afirmação contrasta com as afirmações várias vezes repetidas de que teriam sido semeadas intrigas entre o Rei e o Infante, especialmente da parte de Gomes Lourenço de Beja. De qualquer forma, D. Afonso foi influenciado e acabou por se incompatibilizar com o pai, dando origem a um conflito. O próprio Papa João XXII foi chamado por D. Dinis a pronunciar-se sobre a situação portuguesa e afirmou que jamais o monarca lhe pedira a ele ou a seus antecessores, para que o bastardo viesse a suceder no trono português, contudo nem a intervenção do Papa sossegou o Infante, que marchou a Lisboa. O conflito atingiu então o seu auge e, em 1320, o Infante chegou a levar a mulher e os filhos para Castela. O conflito só terminou em maio de 1322 com a intervenção da Rainha Santa Isabel e de Pedro Afonso. Durante os conflitos, a ligação de Pedro Afonso à mulher do infante e à velha nobreza senhorial levaram-no a tomar o partido de D. Afonso, vindo depois a exilar-se em Castela. Contudo, em 1322 regressou a Portugal e desempenhou um papel ativo na reconciliação entre o pai e o herdeiro ao trono, acabando por se colocar ao lado do monarca até à morte deste. D. Dinis aceitou afastar Afonso Sanches e assim sossegou o herdeiro.

Um novo conflito entre o Rei e o seu sucessor voltaria a surgir entre 1323 e 1324 e mais uma vez a Rainha pôs fim ao conflito, no célebre episódio em que a esposa de D. Dinis, no cimo de uma mula que ninguém conduzia pelas rédeas, se interpôs no meio dos dois exércitos e saiu intocada. A paz foi temporária, pois um grupo de cavaleiros e de escudeiros alinhados com o Rei ou com o Infante pediram o fim dos conflitos. A paz foi acordada a 25 de fevereiro de 1324. O Rei aceitou a saída de Afonso Sanches de Portugal, indo viver em Albuquerque como vassalo do Rei de Castela. Já D. Afonso teve de demonstrar a lealdade para com o Rei, seu pai. D. Dinis morreu logo depois. D. Afonso IV tornou-se Rei de Portugal a 7 de janeiro de 1325.

D. Afonso IV foi aclamado nas Cortes de Évora, contudo não perdoou a Afonso Sanches a aproximação ao pai. Iniciaram nova guerra, que terminou em 1326, com nova intervenção da Rainha Santa Isabel. Em 1328, o jovem Rei de Leão e Castela, Afonso XI, casava com a infanta D. Maria, filha de D. Afonso IV. O casamento não foi feliz, pois a nova rainha de Castela era frequentemente maltratada pelo marido, o que irritava o monarca português. Afonso XI, apaixonado por Leonor de Gusmão, exibiu publicamente o adultério. Assim, D. Afonso IV, em retaliação, atacou algumas terras castelhanas. A Rainha Santa Isabel, que se encontrava recolhida no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, tentou travar a guerra entre o seu filho e o Rei D. Afonso XI de Castela, que também era seu neto por via materna. A Rainha Santa não conseguiu evitar o agravar da Guerra, morrendo em 1336. A paz foi assinada em 1339, em Sevilha, com a intervenção da Fermosíssima Maria, conforme a trata Luís de Camões em Os Lusíadas, que tentou aproximar o pai do marido, pois havia uma ameaça moura no sul do território espanhol. Esta batalha foi travada contra as tropas muçulmanas que ocupavam ainda o Sul de Espanha, nas margens do rio Salado. Os cristãos venceram. 

Em 1343, Portugal sofreu uma enorme carestia de cereais, sobretudo do trigo. O Reino passou por muita fome. Em 1348, Portugal foi atingido pela famosa Peste Negra, que terá matado entre um terço a metade da população portuguesa. A nível administrativo e económico, apostou no desenvolvimento da marinha portuguesa, subsidiando a construção de uma marinha mercante. D. Afonso IV financiou ainda as primeiras viagens de exploração atlântica. Assim, no verão de 1336, realizou-se a 1ª expedição portuguesa às ilhas Canárias (também denominadas, ao tempo, ilhas Afortunadas). Houve ainda mais duas expedições em 1340 e 134. Neste último ano as expedições foram comandadas pelo florentino Angiolino Corbizzi e pelo genovês Niccoloso de Reccho, entre julho e novembro, às ordens de D. Afonso IV. Em 1344, o Infante castelhano Luis de La Cerda conseguiu do papa o título de Senhor das Canárias. D. Afonso IV protestou e o arquipélago tornou-se um ponto de discórdia entre os dois Reinos e só muito mais tarde é que o assunto se resolveu, a favor então da já Espanha.

Um dos momentos mais conhecidos do seu governo foi o assassinato de D. Inês de Castro, uma das histórias mais exploradas pela literatura. D. Inês de Castro era descendente de uma família castelhana que tinha pretensões ao trono de Castela e interesses na relação de D. Inês com o herdeiro ao trono português, D. Pedro, assim D. Inês era vista como um perigo. Os conselheiros de D. Afonso IV convenceram-no da necessidade da morte da castelhana. D. Inês foi assassinada numa manhã fria, a 7 de janeiro de 1355. O filho D. Pedro iniciou uma guerra com o próprio pai. Tal como no tempo do seu pai, D. Afonso IV também era desafiado pelo seu filho herdeiro. 

D. Afonso IV morreu aos 66 anos de idade, a 28 de maio de 1357, e jaz na Sé de Lisboa. A História deu-lhe o cognome de o Bravo, por ter revelado grande valentia militar nas batalhas que travou. 

Atualmente são precisos homens com bravura, sem medo de enfrentarem os problemas e os obstáculos, ultrapassando-os, dando o seu melhor. Os portugueses têm de ter força e garra para se levantarem e pararem de reclamar, precisamos de homens e mulheres de ação e não de medrosos que se escondem das verdades e da realidade. Temos que resolver Portugal com determinação e resolver o presente e o futuro com ação e coragem. É tempo de agirmos!

É preciso viver o passado para construir o futuro! 
Francisco Miguel Nogueira 


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Os 5 sentidos

(imagem retirada da internet)



Caminhar faz tão bem ao coração como correr

O estudo foi feito ao longo de seis anos a mais de 48 mil pessoas.

Caminhar depressa pode ser tão bom para controlar a pressão arterial, o colesterol e o risco de contrair diabetes como correr. As conclusões são de um estudo publicado este mês pela revista Asteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology que revela que o importante é a distância que se percorre no exercício, e não o tempo.

O estudo foi feito a 33.060 corredores e 15.045 pessoas que utilizam as caminhadas como forma de exercício ao longo de seis anos. Retiradas as conclusões, os investigadores verificaram que a energia utilizada nas duas formas de exercício resulta em “reduções similares para a tensão arterial alta, o colesterol alto, diabetes e possivelmente para doenças cardíacas”, diz o documento. “Caminhar e correr são um teste ideal para testar os benefícios para a saúde das caminhadas de intensidade moderada e corridas de intensidade vigorosa porque envolvem o mesmo grupo de músculos e as mesmas actividades feitas em diferentes intensidades”, disse o principal autor do estudo, Paul Williams. “Quanto mais os corredores correram e os ’caminhantes’ caminharam, melhor estavam em benefícios para a saúde. Se a quantidade de energia gasta foi a mesma nos dois grupos, então os benefícios para a saúde eram comparáveis”, acrescentou Paul Williams. “Caminhar pode ser uma actividade mais sustentável para algumas pessoas quando comparada com a corrida, mas aqueles que escolhem correr acabam por fazer o dobro do exercício do que os que escolhem caminhar”, concluiu o autor do estudo.

Créditos: lifestyle

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O bom vizinho olha além dos incidentes exteriores e distingue aquelas qualidades interiores que fazem de todos os homens humanos, e portanto, irmãos.



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Na ponta da língua...

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A culpa morreu solteira!

Créditos: aborla



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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Made in Português!

(imagem retirada da internet)




Design: Porta portuguesa vence prémio internacional

A Porseg, o maior fabricante português de portas de segurança e corta-fogo, acaba de ganhar um ‘Red Dot Design Award', o mais prestigiado prémio internacional na área de design industrial, na categoria de Design de Interiores. O galardão premeia a empresa pela nova porta corta-fogo “Plano”, considerada uma das melhores propostas apresentadas a concurso na categoria de Design de Interiores em 2013.  
O ‘Red Dot Design Award: Product Design’ foi atribuído à nova porta metálica de batente com mecanismos de fecho ocultos que conjuga modernidade e uma elevada resistência ao fogo. A porta foi desenvolvida durante meio ano, por uma equipa liderada pelo arquiteto João Oliveira que, juntamente com a arquiteta Isabel Rebello de Andrade, integra o departamento I&D. Este departamento, vocacionado para o desenvolvimento de novos produtos e consequente projeção da marca, procura dar resposta às exigentes necessidades do mercado atual.
“À vista (esta porta) tem apenas o puxador e barra anti-pânico e se estiver configurada com uma calha de vedação automática e juntas acústicas e intumescentes, é uma porta que, às aptidões de resistência ao fogo, acrescenta uma elevada capacidade de isolamento sonoro e estanquidade à água”, assinala um dos administradores da empresa, José Guimarães, em comunicado enviado ao Boas Notícias.
As características técnicas e estéticas da inovadora “Plano” impressionaram os 37 jurados da competição deste ano, que tiveram de apreciar 4.662 trabalhos, divididos por 19 categorias, submetidos a concurso por 1.865 concorrentes, de 54 países, entre produtores, designers e arquitetos. Com 173 anos de existência – foi criada como João Tomás Cardoso & Filho, Sucessores, Lda. em 1840 –, a Porseg faturou cerca de 10 milhões de euros no ano passado, em boa parte provenientes do mercado angolano onde opera desde 2005. 


Uma revista sobre bonecas com selo português

O mundo mágico das bonecas faz as delícias das crianças mas também de muitos adultos. Foi por isso que a designer portuguesa Filipa Ricardo criou a Tiny Feet, uma das primeiras publicações do mundo dedicada a bonecas e miniaturas. Foi em 2005 que Filipa Ricardo descobriu o fascinante mundo das bonecas. Depois de se tornar colecionadora, Filipa acabou por inserir-se numa comunidade de pessoas que partilham esta paixão. Depois de regressar da Holanda, onde viveu durante um ano, decidiu criar a revista, em 2011, convidando alguns membros da comunidade para colaborarem.
A autora da revista, que é lisboeta mas atualmente reside em Aveiro, explicou ao Boas Notícias que, para ela, este mundo de miniaturas é “quase como um escape para tudo o resto. Tudo é único, não são só as bonecas, mas sim tudo o que as envolve”. Para Filipa, a Tiny Feet representa o culminar da junção de dois mundos que a apaixonam: a fotografia e as bonecas. A designer usa muitas vezes as suas bonecas para “criar um mundo paralelo", onde constrói "as personagens e os ambientes" que deseja.
Cada revista é dedicada a um tema específico - como o Circo, o Verão ou os Contos de Fadas - mas há secções transversais a todos os números, tal como a entrevista a pessoas que, de alguma forma, estejam ligadas às bonecas ou a secção “como fazer”, que contém dicas relacionadas com as bonecas e os seus acessórios. A designer de 29 anos [na foto] salienta que este é um projeto com assinatura do estúdio de design Coletivo da Rainha, onde trabalha em equipa com Renato Silva. Apesar de ser Filipa quem mais se dedica à publicação, “é graças ao trabalho e dedicação dos dois que ela é possível”, acrescenta.


Colaboradores de vários países

A revista, com um periodicidade "idealmente" trimestral, conta com a ajuda de vários colaboradores internacionais que também se dedicam ao mundo das miniaturas, mas a mentora principal é Filipa, que é responsável pelo design, edição e paginação da Tiny Feet.
Em paralelo com a revista, Filipa tem também a “loja” de roupa de bonecas The Sugar Doll, que surgiu em 2006 quando começou a fazer roupas para as suas bonecas. "Na altura, outras pessoas queriam que lhes fizesse também e já vendi para todos os pontos do globo. É um 'hobby' dentro do 'hobby'”, brinca.
A criadora ambiciona, um dia, publicar a revista em papel mas por enquanto a Tiny Feet está disponível online (em inglês) e de forma gratuita no site da revista onde há também versões em formato digital para iPad e Android. Contudo, quem recorrer à plataforma MagCloud, pode encomendar uma versão impressa de qualquer edição, por cerca de 20 euros, e receber em sua casa, qualquer que seja o país, um bocadinho deste delicioso mundo em miniatura.
Edição de Patrícia Maia


Curta-metragem portuguesa premiada em Cannes

O filme "Gambozinos", do realizador português João Nicolau, ganhou, na sexta-feira, o galardão de melhor curta-metragem na Quinzena dos Realizadores, um evento paralelo ao prestigiado Festival de Cannes. A curta portuguesa faz parte das nove que integraram a Quinzena dos Realizadores, que terminou este domingo e que englobou também, na mesma categoria, o filme "Pouco mais de um mês", do brasileiro André Novais Oliveira, que recebeu uma distinção especial. "Gambozinos", com uma duração de 18 minutos, conta a história de um rapaz de 10 anos que se debate com a amargura da vida num campo de férias, onde é ignorado pela sua rapariga favorita e onde o seu dormitório é vandalizado por adolescentes.
A presença na Quinzena dos Realizadores não é uma estreia para João Nicolau, uma vez que o realizador português tinha já apresentado naquele evento as curtas-metragens "Rapace", em 2006, e "Canção de Amor e Saúde", em 2009. De realçar que a longa-metragem francesa "Les Garçons et Guillaumen, à table" foi a grande vencedora da Quinzena dos Realizadores em Cannes, arrecadando o "Art Cinema Award" e ainda o "Prix SACD". A obra "The Selfish Giant", do britânico Clio Barnard, garantiu o "Label Europa Cinemas". 
Criada pela Sociedade dos Realizadores de Filmes, a Quinzena dos Realizadores tem como objetivo descobrir os filmes de jovens autores e saudar as obras de realizadores conhecidos.


Primeira "longa" de João Nicolau estreou em Veneza em 2010

João Nicolau, nascido em Lisboa em 1975, realizou o documentário "Calado não Dá" em 1999 e trabalhou em montagem cinematográfica, tendo colaborado em filmes de João César Monteiro, Margarida Gil e Miguel Gomes. A primeira curta-metragem do cineasta português, "Rapace", que estreou em Cannes em 2006, foi galardoada com o Prémio de Melhor Filme no Festival Internacional de Curtas de Vila do Conde, antecedendo "Canção de Amor e Saúde", a segunda curta realizada por João Nicolau, que participou também na Quinzena dos Realizadores. Em 2010, João Nicolau finalizou a sua primeira longa-metragem de ficção, "A Espada e a Rosa", que estreou no Festival de Veneza daquele ano e que narra uma aventura entre o sonho e o surreal, sobre um personagem lisboeta a bordo de uma caravela do século XV.
Clique AQUI para aceder ao site da Quinzena dos Realizadores, onde poderá saber mais sobre todos os filmes selecionados para o evento (em inglês ou francês). 
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes


Rússia: Telma Monteiro conquista bronze no Masters

A judoca portuguesa Telma Monteiro conquistou este sábado uma medalha de bronze na prova de -57 kg do Masters, que decorre na cidade russa de Tyumen, depois de bater a japonesa Anzu Yamamoto, avança a agência Lusa. Esta foi a terceira vez consecutiva que Telma Monteiro subiu ao pódio no Masters. Foi campeã em 2011, em Baku, e medalha de prata no ano seguinte, em Almaty (Cazaquistão).
No primeiro combate, Telma Monteiro começou por se desforrar da norte-americana Marti Malloy, que afastou a portuguesa logo na ronda inaugural do torneio olímpico dos Jogos Londres2012. Depois de bater Malloy, Telma, décima do "ranking" mundial em -57 kg, foi travada pela francesa Automne Pavia, líder do "ranking" mundial e que já tinha batido a portuguesa na meia-final do último Europeu.
Repescada para um dos dois combates de atribuição do terceiro lugar, Telma Monteiro acabou por se superiorizar à campeã mundial de juniores de 2010 e subir ao terceiro lugar do pódio, ao lado da romena Corina Caprioriu, vice-campeã olímpica e campeã europeia de 2010. No mês passado, Telma Monteiro conquistou mais uma medalha - dessa vez de bronze - nos Campeonatos Europeus de judo, que decorrem em Budapeste, subindo ao pódio pela nona vez nessa competição.
Notícia sugerida por Maria da Luz


Sintra é um "conto de fadas", diz jornalista dos EUA

A combinação entre os azuis do mar, o ambiente bucólico e a arquitetura "incrível e colorida" fizeram com que o jornalista norte-americano Chris Hale se apaixonasse por Sintra. O jornal Deseret News, a mais antiga publicação do estado de Utah (EUA), dedica esta quinta-feira um artigo sobre esta pitoresca vila portuguesa. O repórter não hesita em afirmar que Sintra é "o céu na Terra". Depois de umas férias em família por Portugal, no último mês de Outubro, Chris Hale ficou a conhecer Lisboa e Évora, mas conta como foi na "costa oeste da Península Ibérica" que encontrou "o melhor da viagem".
"À distância de um curto percurso de comboio de 40 minutos, com partida na estação central do Rossio, encontra-se a belíssima e montanhosa cidade de Sintra", explica o jornalista. Depois de seis meses, Chris Hale confessa estar ainda tão "apaixonado como no dia em que encontrou uma cidade particularmente charmosa em Portugal". "Imagine ir de férias e ficar tão inspirado com o destino, que literalmente considera mudar-se para lá na altura da reforma", reflete o repórter, que ficou encantado com os azulejos trabalhados das casas, a muralha do Castelo dos Mouros no alto dos montes e o Palácio da Pena "em tons de arco-íris".


Sintra é o final perfeito de uma história de encantar

O Castelo dos Mouros é descrito como um castelo fora do comum, "sem uma única habitação ou construção", de onde se pode ver o Oceano Atlântico. "O bilhete de entrada permite-nos correr pela muralha e explorar tudo em redor", conta Chris Hale. O Palácio da Pena "não poderia ser mais diferente do castelo". O jornalista norte-americano revela que, ao entrar na construção do século XIX com a sua esposa e filho, sentiu como se estivesse "numa atração da Terra da Fantasia da Disneyland". "Assim que entrámos, não houve absolutamente nada que quebrasse essa impressão", refere Chris Hale. "Apesar do exterior ter sido a parte mais divertida e excitante para mim, o interior guarda um museu espetacular cheio de coleções da realeza, dispersas pelos quartos", conta.
Depois da viagem pelos monumentos, Chris Hale teve a oportunidade de conhecer os típicos artistas de rua e comer nos estabelecimentos da baixa da vila de Sintra. "Adoraria passar mais tempo em Sintra. Aliás, ao olhar em retrospetiva, gostaria de passar o resto da minha vida em Sintra. Seria o final ideal para o meu 'conto de fadas'", garante Chris Hale.
Clique AQUI para ler o artigo publicado esta quinta-feira no jornal norte-americano Deseret News (em inglês).


Açores renovam título de melhor destino verde europeu

Os Açores acabam de ser reeleitos como melhor destino turístico "verde" da Europa no âmbito dos QualityCoast Awards 2013. À semelhança do ano passado, quando ganhou a medalha de ouro, o arquipélago volta a estar em destaque e não é o único local português na lista onde há também prémios para diversos municípios costeiros nacionais. Os resultados do QualityCoast, o maior programa de certificação independente de destinos turísticos sustentáveis, foram dados a conhecer esta segunda-feira, data em que se assinalou o Dia Europeu do Mar, em Malta, sendo atribuídos pela European Coastal & Marine Union (EUCC).
O arquipélago açoriano renovou o título de melhor destino "verde" e, este ano, a medalha de ouro QualityCoast foi entregue à cidade de Baiona, na Galiza, e à região de Pafos, no Chipre, distinguidas pelas suas práticas de turismo sustentável.
No pódio houve também espaço para Portugal: a vila de Cascais garantiu uma medalha de prata e, de acordo com um comunicado da EUCC, "todos os municípios da região costeira ocidental portuguesa (incluindo Peniche, Torres Vedras, Óbidos e Nazaré) receberam a medalha de bronze" pela sustentabilidade do turismo local. Para chegar aos maiores "exemplos" de turismo verde, aquela entidade avaliou o cariz sustentável de cerca de 1.000 destinos turísticos por todo o mundo em termos de ambiente, identidade local e cultura, negócios, comunidade e segurança.


Açores: Aproveitamento das renováveis é uma mais-valia

Segundo a EUCC, os Açores continuam a ser, desde 2012, o maior exemplo de turismo sustentável da Europa por lucrarem "com uma política que aposta em produzir os produtos locais e regionais de forma tradicional, em particular o vinho, o queijo, a fruta, o chá e o atum".
A pesca do atum é uma das atividades em que o arquipélago se destaca devido à forma amiga do ambiente como é praticada, o que torna o atum açoriano "um dos atuns em lata mais sustentáveis do mercado mundial", defende aquele organismo europeu. Além disso, "a região conseguiu dar a volta às dificuldades económicas que poderiam surgir em consequência da proibição internacional da caça à baleia, transformando esta proibição numa oportunidade para desenvolver atividades de observação de baleias", prática conhecida por 'whale watching'.
Outro dos aspetos em que os Açores merecem elogios são as energias renováveis, já que o governo regional aposta, salienta a EUCC, "na exploração e otimização destas energias, em particular aproveitando o vento, a energia geotérmica e a biomassa", o que permite que, atualmente, 28% da energia produzida no arquipélago seja já proveniente de fontes renováveis (uma percentagem que deverá chegar aos 75% em 2018). Recorde-se que o objetivo dos QualityCoast Awards é "reconhecer os esforços dos destinos turísticos no sentido de manter a atratividade desta prática no futuro", tendo não só em conta os "aspetos tangíveis, como o património natural, mas também os planos políticos e a gestão sustentável".
Desde 2007, mais de 140 destinos turísticos de 23 países já foram galardoados com um QualityCoast Award, entre cidades costeiras, 'resorts' e ilhas, com o apoio da Comissão Europeia.
Notícia sugerida por Rui Rodrigues e JMVA645


Equipa portuguesa vence prémio mundial de tecnologia

A aplicação para smartphone criada por dois estudantes da Universidade da Madeira, que ajuda a maximizar o aproveitamento da energia solar, valeu-lhes o primeiro lugar no concurso mundial Ericsson Application Awards. A equipa foi a grande vencedora do prémio de 25 mil euros e vai ver o seu projeto divulgado entre as principais empresas mundiais de telecomunicações. Joel Rodrigues e Poan Shen, que formam a equipa GreenSpark, concorreram até esta quarta-feira pelo prémio final, ao lado da equipa feminina polaca Girlpower. Numa cerimónia em Estocolmo, capital da Suécia, os alunos ficaram a saber que o seu projeto tinha sido eleito o vencedor da categoria "Estudante".
A aplicação para o sistema operativo Android permite aos donos de painéis solares gerir à distância, através de um smartphone, a produção e utilização da energia solar. Para além da monitorização, os utilizadores podem ficar a saber se a energia que produzem está a ser desperdiçada. "A nossa equipa focou-se em utilizar ideias inovadoras para melhorar o uso desta energia verde. Nesta competição colocamos o nosso ênfase na energia solar", explica a equipa no site dedicado ao concurso da Ericsson.
A ideia surge como uma alternativa à habitual gestão feita através de um computador pessoal que necessita estar ligado "24 horas de sete dias da semana". A aplicação permite ter ao alcance de um telemóvel todo o painel de gestão do seu próprio gerador de energia. "Acreditamos que com a nossa ideia vamos poder impulsionar a utilização da energia solar entre as famílias. Como resultado, temos esperança que num futuro próximo as cidades vão poder ter menos poluição e um custo de energia mais baixo", refere a GreenSpark no site da Ericsson. O concurso mundial Ericsson Application Awards realiza-se todos os anos com o objetivo de encontrar as melhores aplicações para Android, que tragam benefícios para o dia-a-dia da sociedade. Em cada edição, os prémios são entregues em duas categorias: a de "Estudante" e a de "Empresa".


Equipa lusa recebe 400 mil euros da Harvard University

A excelência do projeto da médica cardiologista portuguesa Alexandra Gonçalves garantiu à investigadora e à sua equipa o prémio máximo de financiamento por parte da Harvard University. A equipa vai receber 400 mil euros e vai representar Portugal, durante dois anos, na Escola de Medicina daquela instituição norte-americana. A investigação desta equipa tem por objetivo conseguir prever a principal complicação que surge dos doentes com ‘estenose aórtica’, uma doença degenerativa grave que resulta da obstrução da válvula que liga a aorta ao coração. Esta doença afeta 10% da população idosa e tem elevada taxa de mortalidade, quando não é tratada.
Nos casos em que os pacientes não podem ser submetidos a uma cirurgia, devido à sua frágil condição de saúde, o tratamento alternativo indicado consiste na implantação de uma válvula aórtica transcateter, através de cateter. Esta intervenção, no entanto, resulta muitas vezes numa complicação conhecida como ‘Regurgitação paravalvular aórtica’, que compromete o sucesso da implantação. A equipa da cardiologista Alexandra Gonçalves tem vindo a defenir uma série de parâmetros que conseguem prever em que casos o problema pode surgir. O estudo desenvolvido na Unidade de Investigação e Desenvolvimento Cardiovascular da UPorto, intitulado "Regurgitação paravalvular aórtica após implantação de válvula aórtica transcateter, como melhorar os resultados?", obteve nota "excelente" em todos os critérios avaliados.
A líder da investigação trabalhou com uma equipa de nove portugueses. Alexandra Gonçalves (à esquerda) explicou ao jornal "Notícias" da UPorto que este prémio será uma forma de "estreitar relações com um centro da mais elevada referência internacional e contribuir para a modernização e melhoria da qualidade da medicina em Portugal". O prémio de financiamento foi entregue no âmbito do programa Harvard Medical School Portugal que pretende dinamizar a internacionalização e cooperação entre a instituição norte-americana e os centros de estudo e investigação portugueses. A médica cardiologista do Centro Hospitalar de São João, do Porto, é coautora de três livros Internacionais e de cerca de 30 publicações em revistas indexadas. Em 2010 foi galardoada com a bolsa de investigação em ecocardiografia, atribuída pela Sociedade Europeia de Cardiologia.
Notícia sugerida por António Resende


Projeto português de aulas online vence prémio europeu

Uma nova plataforma digital portuguesa permite aos professores gravarem as suas aulas e partilhá-las com os seus estudantes na Internet. O Educast@fccn, criado por uma unidade da Universidade do Porto, venceu o prémio europeu EUNIS Elite Award 2013, que distingue todos os anos os melhores projetos no campo dos sistemas de informação do ensino superior. Este sistema inovador permite que os vídeos sejam registados e partilhados de uma forma simples e livre. O objetivo do projeto do Gabinete de Apoio para as Novas Tecnologias na Educação (GATIUP) passa por criar uma nova estratégia de e-learning, com base na componente audiovisual.
Além disso, os utilizadores podem fazer uso de ferramentas de edição para combinar, "de forma síncrona, os sinais de áudio, vídeo e slideshow". "Os conteúdos produzidos são posteriormente disponibilizados aos alunos através da internet e dispositivos móveis por streaming ou download", explica a equipa do Educast@fccn na sua página oficial de Facebook.
O serviço online, da responsabilidade da Fundação para a Computação Científica Nacional, encontra-se disponível para todas as instituições pertencentes à Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade, que cobre várias instituições públicas e privadas na área da educação e da investigação. "Esta é a segunda vez que a EUNIS reconhece a mais-valia do Educast@fccn ao nível da promoção do e-learning e da utilização de vídeo no Ensino Superior", explica o jornal Notícias da Universidade do Porto. Em 2012, o projeto recebeu uma menção honrosa associada ao mesmo prémio.
O EUNIS Elite Award 2013 vai ser entregue durante o 19.º Congresso da European University Information Systems Organization, que se realiza entre 12 e 14 de Junho, em Riga, na Letónia.

Clique AQUI para consultar o site oficial do Educast@fccn.
Notícia sugerida por Maria da Luz


Artistas vão decorar carruagens dos comboios da CP

Artistas plásticos nacionais e estrangeiros, entre eles o português Vhils, cujos trabalhos têm feito sucesso além-fronteiras, vão decorar 10 carruagens dos comboios da CP que circulam nas linhas urbanas do Porto e de Lisboa no âmbito do projeto JANELA, transformando-as em "galerias de arte" públicas. Sandro Resende, responsável da P28, que tem a seu cargo a direção artística do projeto, revelou à Lusa que as intervenções nas carruagens vão começar a ser feitas ainda durante esta semana e serão da responsabilidade dos artistas portugueses Vhils (nome artístico de Alexandre Farto), Bruno Pereira, Francisca Torres, Jorge Fonseca e Luís Alegre e ainda do brasileiro Jorge Fonseca e do catalão Albert Folch.
Fonte oficial da CP fez saber que em Lisboa vão ser intervencionadas sete carruagens: Albert Foch vai decorar o exterior de três delas, ao passo que Bruno Pereira e Alexandre Farto terão liberdade artística para decorar, cada um, o interior de duas. Já no Porto, as intervenções vão ser feitas no exterior de três carruagens do mesmo comboio, sendo as obras de arte da responsabilidade de Francisca Torres, Luís Alegre e Jorge Confesa (tendo cada um em mãos uma carruagem).
A CP estima que as carruagens pintadas comecem a circular na linha de Cascais, em Lisboa, e nos serviços urbanos de Aveiro, Guimarães, Braga e Caíde, no Porto, na próxima semana. O objetivo da empresa, que, para este projeto, com chancela do ano de Portugal no Brasil, conta com o mecenato da Immochan, é que as decorações nas carruagens permaneçam até ao final do ano, mas apenas se se mantiverem intactas. 


Combate ao vandalismo nos comboios

Sublinhe-se que esta não é a primeira vez que a CP se envolve numa iniciativa deste tipo. Também este mês, a empresa de comboios de Portugal desafiou os alunos da Escola Artística António Arroio a decorarem o exterior de um comboio da Linha de Cascais. Conforme um comunicado divulgado à data, o objetivo da proposta foi "a sensibilização para a preservação do património ferroviário e o combate ao vandalismo do material circulante" e um dos desenhos foi selecionado, através de votação online, para figurar num dos comboios daquela linha, reproduzido em vinyl e na dimensão total da própria composição. 
Notícia sugerida por Maria da Luz e Diana Rodrigues

Créditos: Boas Notícias


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(imagem retirada da internet)



O mito da felicidade


A família é um lugar de imperfeições várias. O casal acredita que vai ser feliz para sempre e que os filhos serão o culminar desse encontro “perfeito”, mas essa realidade não é estática. Circunstâncias várias mexem regularmente com a estrutura da família podendo causar mudanças, sofrimento e dificuldades.

Alguém disse que a família é o lugar onde tudo, verdadeiramente, se joga. Portas adentro das nossas casas e das nossas famílias, desde os primeiros dias no berço, onde começa a longa travessia da vida em todas as suas etapas, viveremos os momentos mais marcantes das nossas vidas: todas as sensações, todas as emoções, todas as memórias, especialmente as que não conseguimos verbalizar de tão longínquas que são, todas as perturbações e conflitos, desejos satisfeitos e por satisfazer, todas as alegrias, satisfações e estímulos, o prazer dos triunfos, o molhado das lágrimas, os apertos do coração, os ruídos tranquilizantes que nos embalam, seguros, no sono sonhado e os outros que nos assustam e dilaceram. Esse passado faz-se presente e real dentro de nós a qualquer momento. 
Tudo o que nos faz sentir plenos por dentro, no nosso incomensurável e complexo mundo interno ou, pelo contrário, tudo o que semeia as nossas inseguranças, medos e incertezas são aí forjados, nesse intenso e estranho lugar que é a família, a nossa querida família, força ou debilidade conforme as circunstâncias vividas, as ditas vicissitudes que nos moldam para lá do nosso controle. Famílias perfeitas? Um mito. E de outra forma não poderia ser, uma vez que somos inevitavelmente imperfeitos e é por aí, justamente, que o desafio se coloca. 
Evoluir pelas experiências e aprendizagens aos longo dos séculos — em que a família se vai transformando mas permanece sempre, embora das mais variadas formas — com a finalidade de nos tornarmos pessoas melhores é um desafio permanente que vale a pena ser vivido, não só porque representa uma promessa de vida melhor para todos nós, como nos obriga a ultrapassarmo-nos e leva-nos a cuidar mais atentamente das nossas crianças, as crias que mais tempo levam a “nascer”, ou seja, que mais tempo precisam de cuidados maternos, ao contrário das outras espécies que pouco depois de nascer rapidamente se tornam autónomas.


Seres relacionais 

Entre os muitos e variados fatores que têm implicações na organização familiar, a qualidade dos cuidados a prestar aos nossos filhos é crucial pela mais simples das razões: desses cuidados maternais depende o bem-estar da criança, um estado de graça que é condição essencial para um desenvolvimento harmonioso, tanto mais importante quanto é verdade essa harmonia estar intimamente relacionada com a capacidade relacional da criança que um dia será adulto e criará a sua própria família. “Amarás como foste amado” poderia ser uma máxima apropriada para lançar a primeira pedra na construção de qualquer família. 
A mãe é o “cuidador fundamental” do bebé, embora o papel do pai tenha a maior importância, declara Paulo Sargento, psicólogo clínico e professor da Universidade Lusófona, que esteve presente no colóquio “Felicidade familiar” promovido recentemente pela Clínica da Educação. Aliás, a “abnegação parental” é imprescindível, e dela depende, obviamente, a satisfação e bem-estar do bebé, cuja dependência prolongada exige “cuidados diversificados”: pede tempo, paciência, dedicação, disponibilidade, empatia e a capacidade materna de se “fundir” com o recém-nascido, de adivinhar os seus desejos e necessidades.
À medida que esse bebé cresce, as suas necessidades vão-se modificando. Nos primeiros meses de vida os cuidados, a consistência do atendimento e a regularidade da presença materna “são fatores de proteção” imprescindíveis, diz o psicólogo. Nesta fase, ao pai cabe uma outra função nem sempre fácil de cumprir e que se traduz “na prontidão e disponibilidade total para atender as necessidades da mãe e do bebe sem contudo interferir”. A mãe sente que o pai da criança está ali, disponível para o que for preciso mas evitando interferir no processo que se desenrola entre ela e o filho, díade perfeita neste tempo precoce, em que o pai ainda não separou o bebé da mãe mas está lá, disponível, sobretudo bem representado na mente da mãe.  Mais fatores de proteção revelam-se imprescindíveis para um bom desenvolvimento infantil, nestes períodos mais precoces: são eles a proteção e a autonomia do bebé. Devem ser geridos de forma empática e atenta: a proteção do bebé, que a princípio é total, deve ir diminuindo subtilmente, em sentido inverso da autonomia que nos primeiro tempos é nula mas vai-se construindo aos poucos. Com o passar do tempo chegamos à também delicada gestão dos limites. 
Radicalmente contra “a palmada pedagógica” em qualquer circunstância, Paulo Sargento declara que a colocação de limites ao comportamento da criança tem mais a ver com capacidade de saber criar barreiras “ao comportamento e aos processo de reconhecimento emocional do direito do outro”, definindo este processo como algo “criativo mais do que estandardizado porque a rigidez não educa ninguém”, garante Paulo Sargento. Sem maleabilidade, diz, “não educamos ninguém”, e justamente, na perspetiva da limitação educativa, o mais importante é levar a criança “a trazer de dentro para fora o que ela tem de melhor, o seu melhor potencial”.  Finalmente, o ingrediente fundamental, “real”, imprescindível, “é o mimo”, conceito que pode criar confusões, uma vez que por vezes é usado em termos negativos, do género: “aquela criança é muito mimada!”. Nada mais errado. O mimo, assegura Paulo Sargento, “nunca é demais”. Na sua longa prática de psicólogo clínico “nunca ninguém se queixou de ter tido mimo a mais”, muito pelo contrário. A muitos dos seus pacientes faltou, precisamente, mimo em quantidade, mimo sem restrições. 
Parentalidade é responsabilidade. Deixadas todas estas dicas por Paulo Sargento, autor do livro “Só amor não basta?”, que são sementes preciosas para a construção de uma família suficientemente feliz, como diria o psicanalista inglês Winnicott ao mencionar como ideal a “mãe suficientemente boa” — já que não há nada pior do que mães perfeitas, que nunca erram e agem sempre sem falhas — resta-nos concluir que numa “família feliz”, diz Paulo Sargento, “a parentalidade positiva, aquela que contribui mais para a felicidade do grupo de pessoas que têm maior proximidade, que convivem diariamente, que têm uma relação claramente mais afetiva que negativa é, antes de mais, responsabilidade e abnegação”. Na verdade, sublinha, “temos que estar dispostos a negociar muita coisa e a renunciar também a muita coisa”. Perdemos bastante “em prol do cuidado” dos filhos. Mas vale a pena, o balanço é francamente positivo, dá um verdadeiro sentido à vida e acarreta, sobretudo, esperança no futuro. 
“Todas as crianças do mundo são nossos filhos”, diz-nos Teresa Andrade, psicóloga e também presente no colóquio sobre “Felicidade Familiar”, da Clínica da Educação. Terapeuta com larga experiência de acompanhamento a famílias, crianças e jovens, professora na Escola Superior de Saúde de Egas Moniz e na Faculdade de Medicina de Lisboa, Teresa acredita que “nós não somos muito diferentes uns dos outros, em toda a Humanidade; podemos ter do ponto de vista genético maior proximidade com os nossos filhos, mas do ponto de vista humano todas são, de certo modo, nossos filhos também”. Por isso é dever de todos nós “investir nas crianças, no seu potencial do ponto de vista cognitivo, desde pequenos, o que faz toda a diferença”.
Mais uma vez, e como não poderia deixar de ser, a aposta principal vai para as crianças porque elas são esponjas, absorvem toda a dinâmica familiar em que estão imersas. Proteção, negligência, estímulos ou falta deles, apoio, tempo, escuta, relações familiares harmoniosas ou violentas, de uma maneira ou de outra as crianças são impregnadas das emoções que acompanham estas condicionantes e constroem-se em torno delas. Em certas circunstâncias, Teresa Andrade acredita que muitos dos recursos de algumas não são aproveitados, não chegam a emergir, o que é uma perda enorme para todos nós, sociedades de hoje e de amanhã. É justamente no estimular desse potencial, na descoberta dos diamantes “que nascem debaixo de qualquer pedra” que é preciso apostar. A sociedade organizada, assumindo o papel de grande família, deve ajudar essas crianças a, tal como referiu Paulo Sargento, “trazer para fora o que a criança de melhor tem dentro”. Na verdade, diz Teresa Andrade, “a questão é o esforço que esses talentos fazem para vir à superfície”. Estes diamantes aparecem no meio do nada, e “surge esta vontade de mudar, de melhorar, de crescer, de procurar mais informação”. E estas crianças devem ser apoiadas.


Sofrimento em família

O sofrimento dentro das famílias existe e afeta as crianças e os adultos das mais diversas maneiras, mas não há como erradicá-lo. “Sabemos que em crianças maltratadas, que passam por várias circunstâncias difíceis, o cérebro regride, segregando muito cortisol”, diz Teresa Andrade. Assim, há zonas cerebrais que “face a demasiado stresse podem ficar danificadas por falta de irrigação”. Não quer isto dizer, acentua Teresa Andrade, “que enquanto seres humanos não tenhamos formas de superar o sofrimento, e não quer dizer que a dor não ajude a construir mais fortemente um ser humano, mas eu acredito que apesar de tudo destrói mais do que constrói”.
A resiliência não é regra, na verdade. Apenas uma minoria de crianças tem essa estrutura psicológica específica, ou seja, “conseguem reagir a esses estímulos de uma forma positiva o que as leva a reconstruírem-se”. Sabemos que as vivências muito negativas repetidas “criam baixa autoestima, depressões, revolta”, e assim a maioria destas crianças que crescem em famílias onde há muito sofrimento “ficam com marcas, com dificuldades na relação com os outros, não vão ser mais fortes socialmente, não vão estar motivadas, não vão estudar, vão desistir muito cedo, não vão acreditar em si próprias, não vão construir uma sociedade melhor, vai-lhes desaparecer o brilho dos olhos muito cedo”. Dizer que aquelas crianças que sofrem vão, “de alguma forma, dar a volta” é negligência.
A família perfeita, diz Teresa Andrade, “é uma família que está apoiada por qualquer coisa que é maior que ela própria”, e é justamente, de construir uma sociedade melhor de que se trata aqui. Teresa Andrade aposta fortemente em ações concertadas, integradas em projetos específicos que se destinam a estimular, do ponto de vista cognitivo, crianças que vivem em bairros pobres e degradados em vários pontos do planeta. Na verdade, tem sido provado que pode-se prevenir, melhorar, fortificar, estruturar as crianças para que possam crescer mais aptas para enfrentar desafios e construírem porventura um mundo melhor. 
“É um longo processo”, diz Teresa Andrade que à sua maneira também fala de esperança, introduzindo um elemento novo que é o conceito de “família alargada”, ou seja, acredita que é preciso trabalhar para que a sociedade se implique num investimento profundo nas crianças para que depois se recolham os frutos. Mas não só. Há grupos de pessoas que vivem na maior solidão, pessoas cujas famílias biológicas desmoronaram e aí, a sociedade deve intervir como “família maior”.
A questão é começar já a pensar “em mecanismos de apoio social, abrangente, que olhe de facto para as pessoas, para a sua solidão”. Há que apoiar pais e mães divorciados cuja rede familiar deixou de existir e sugerir apoios alternativos. Será este o caminho mais indicado, fruto das nossas aprendizagens ao longo do tempos. “É a responsabilidade de quem vai ganhando consciência”.


Divórcio Colaborativo

O divórcio faz parte da evolução dos tempos, tem a ver com “o questionamento das estruturas que nos foram impostas”, diz Teresa Andrade. Dantes, quando o divórcio era raro, poderia haver alguma estrutura na família mas não eram certamente ambientes felizes para criar os filhos. “Havia muita violência física e psicológica ao longo dos anos, com grandes custos para as crianças, nomeadamente em desgaste físico e psicológico”. Existe atualmente uma forma de mediação do divórcio em Inglaterra e nos Estados Unidos, que é o divórcio colaborativo, ou seja, é mediado por psicólogos e advogados. A ideia é promover a comunicação entre o casal, para que se tornarem colaborantes, capazes de comunicarem um com o outro sem mágoa, o que permite alcançar excelentes resultados. Em Portugal, há casais que já recorrem à mediação, antes ou depois do divórcio. O intuito é salvaguardar o bem-estar dos filhos.


O “Preço" de uma criança

No que diz respeito ao bem-estar de uma criança, hoje temos uma cultura ainda muito impregnada do espírito neoliberal, que tudo reduz a um valor”, diz Paulo Sargento. É comum ouvirmos pais e mães queixarem-se de que “hoje os filhos custam-nos muito mais caro do que já nos custaram”. Contudo, se andarmos para trás no tempo, nas sociedades da revolução industrial ou nas que viviam exclusivamente da agricultura, ter muitos filhos representava uma mais-valia, mais braços para trabalhar. Hoje, nas sociedades pós-modernas e por via das grandes mudanças socioeconómicas, “vivendo numa cultura de direitos, corremos o risco antagónico”. Paulo Sargento “diria que as crianças precisam de muito pouco”. Não será preciso assim tanto dinheiro para os educar. Os ingredientes principais não custam dinheiro. Bem vistas as coisas e citando Eduardo de Sá, Paulo Sargento recorda-nos que “nunca a humanidade teve tantos e tão bons pais”. O segredo está na atualização atenta e na adaptação constante desses recursos parentais às necessidades profundas dos filhos.



MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Para esta semana...

(imagem retirada da internet)



A caminhada da vida


Na caminhada da vida, aprendi que nem sempre temos o que queremos. 

Porque nem sempre o que queremos nos faz bem.

Foi preciso as dores, para que eu aprendesse com as lágrimas.

Foi necessário o riso, para que eu não me enclausurasse com o tempo.

Foi preciso as pedras, para que eu construísse meu caminho.

Foram fundamentais as flores, para que eu me alegrasse na caminhada.

Foi imprescindível a fé, para que eu, não perdesse a esperança.

Foi preciso perder, para que ganhasse de verdade.

Foi no silêncio que fui ouvido com clareza.

Pois sem provas não tem aprovação.

E a vitória sem conquista é ilusão.

E a maior virtude dos fortes é o PERDÃO!

(Aristóteles)


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

sábado, 25 de maio de 2013

Recordar é viver!

(imagens retiradas da internet)



Viver o passado: 
Efemérides da semana de 18 a 24 de maio


Napoleão Bonaparte
A 18 de maio de 1804, há exatos 209 anos, Napoleão Bonaparte tornava-se Imperador dos Franceses com o nome de Napoleão I. Poucos meses depois, a 2 de dezembro de 1804, Napoleão Bonaparte auto-coroava-se Imperador, na catedral de Notre-Dame. Napoleão procurou dar à sua coroação o mesmo significado simbólico que teve a coroação de Carlos Magno, muitos séculos antes. Por isso, no ato de sua coroação, Napoleão entrou na catedral com a espada e usava o manto do imperador franco. À semelhança de Carlos Magno, Napoleão também foi coroado em dezembro, mês do natal, e não poupou esforços para que a cerimónia fosse realizada com luxo e requinte. Napoleão e Josefina compareceram ao evento vestidos de veludo bordado e seda trabalhada em ouro e prata. A coroa de louros dourados, usada por Napoleão, evocava o esplendor da Roma Antiga. Um dos momentos mais marcantes desta cerimónia, e que mostra muito da personalidade de Napoleão e da imagem que queria transmitir a todos, foi quando retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, que viajara especialmente para a coroação, e se coroou a si próprio. Foi um momento único e que mostrou, até à Santa Sé, que Napoleão não toleraria autoridade alguma superior à dele. Logo após também coroou sua esposa, a imperatriz Josefina.
Apesar de hoje brincarmos com a sua baixa estatura, Napoleão teve uma visão grandiosa e foi um dos homens que mais marcaram o século XIX. O seu Império Francês atingiu, em 1812, a sua extensão máxima, ocupando a Europa Ocidental e grande parte da Oriental, possuindo 150 departamentos, com 50 milhões de habitantes, quase um terço da população europeia da época. Napoleão concedeu títulos nobiliárquicos aos seus familiares. Além disso, colocou-os em altos cargos públicos. Formou uma nova corte com membros da elite militar, da alta burguesia e da antiga nobreza. Para celebrar os triunfos de seu governo, Napoleão construiu monumentos grandiosos, como o Arco do Triunfo que, como outras grandes obras da época, por sua grandiosidade e por criar empregos, melhorava a imagem de Napoleão perante o povo. Napoleão deixou um legado de revoluções, lutas pelos direitos e um orgulho de ser Francês. 


Catarina Eufémia
A 19 de maio de 1954, há 59 anos, na sequência de uma greve de assalariados rurais alentejanos por melhores remunerações, Catarina Eufémia foi assassinada, a tiro, pelo tenente Carrajola, da Guarda Nacional Republicana (GNR). Nascida a 13 de fevereiro de 1928, em Baleizão, Alentejo, Catarina Efigénia Sabino Eufémia foi uma ceifeira que lutava por pão e trabalho e, rapidamente, tornou-se um símbolo da resistência do proletariado rural alentejano à repressão e à exploração do Estado Novo e, ao mesmo tempo, um símbolo do combate pela liberdade e da emancipação da mulher portuguesa. Com vinte e seis anos de idade, Catarina foi assassinada. Tinha três filhos, o mais novo estava no seu colo no momento em que foi baleada. A história de Catarina foi adotada pelo Partido Comunista Português (PCP), tornando-se um símbolo da resistência ao salazarismo.


Lawrence da Arábia
Thomas Edward Lawrence, conhecido em todo o mundo como Lawrence da Arábia, morreu a 19 de maio 1935, como mecânico reformado da Royal Air Force (RAF), com um nome falso. Nascido no País de Gales, a 16 de agosto de 1888, Lawrence licenciou-se em Oxford e, em 1909, visitou a Síria e a Palestina, e um ano mais tarde juntou-se uma escavação arqueológica na Síria, onde permaneceu de 1911 até 1914, onde aprendeu árabe e aproximou-se da cultura dos muçulmanos. 
Ao eclodir a I Guerra Mundial, juntou-se aos serviços secretos britânicos e foi destacado para o Cairo e Meca. Em 1916, eclodiu a Revolta Árabe contra o Império Otomano, que se aliara à Alemanha na guerra. Lawrence tornou-se oficial de ligação e assessor de Feisal, filho do líder da revolta, Hussein, o xerife de Meca. Como estratega, Lawrence mostrou-se bastante competente, liderando uma pequena força irregular em operações de ataque a rotas de abastecimento e linhas de comunicações, impedindo-as de lutar contra as forças regulares aliadas sob o comando do general Edward Allenby.
Em junho de 1917, as forças árabes conquistaram a sua 1ª grande vitória, a captura de Aqaba (na atual Jordânia), importante porto do Mar Vermelho. Lawrence dedicou-se então a lutar pela independência árabe: recusou uma condecoração do próprio Rei Jorge V e apareceu na conferência de paz de Paris vestido com um albornoz (uma capa de lã, geralmente branca, provida de capuz, usada por árabes e beduínos como casaco). Contudo, tanto britânicos como franceses chegaram a um consenso sobre o futuro dos territórios árabes da Turquia, que foram divididos entre as duas potências, que passaram a exercer sobre elas um mandato da Sociedade das Nações. Lawrence ficou desiludido pelo desfecho, mas, tornou-se uma celebridade, ajudado pelos esforços de publicidade do jornalista americano Lowell Thomas. 
Em 1921, o secretário das colónias britânico Winston Churchill, nomeou Lawrence conselheiro, mas, em 1922, abandonou todo o tipo de compromissos enriquecedores e alistou-se na RAF com um nome falso: John Hume Ross. Desta forma, esperava fugir da sua própria fama. Quando a imprensa o descobriu, o exército deu-lhe uma licença. No ano seguinte conseguiu alistar-se de novo como soldado raso no Corpo de Artilharia, com outro nome falso: T. E. Shaw. Depois voltou a juntar-se à RAF e mudou legalmente o seu apelido para Shaw. Foi publicada uma edição privada do seu livro Os Sete Pilares da Sabedoria, em 1926. Em 1935, pouco depois de se reformar do exército para se concentrar em escrever um novo livro, teve um acidente mortal de motocicleta. 


Chegada de Vasco da Gama à Índia
Há exatos 515 anos, a 20 de maio de 1498, o explorador português Vasco da Gama chegava a Calecute, na Índia. Era o fim da viagem que abriu o caminho marítimo para a Índia. As viagens de Vasco da Gama à Índia abriram um novo ciclo na História Mundial. Uma “pequena” aventura de apenas 4 caravelas, deu origem a uma nova estrutura da economia-mundo e abriu portas a Portugal. Entre 1497 e 1524, Vasco da Gama foi o homem da “Índia”. Foi assim o responsável pela armada que abriu o caminho marítimo para a Índia e foi lá que morreu, como vice-rei, procurando impor a ordem e a soberania portuguesa na região de Cochim. 
A 8 de julho de 1497, a armada de Vasco da Gama partiu de Belém, Lisboa, com destino à Índia. D. Manuel I queria abrir o comércio marítimo com o subcontinente indiano. Da armada faziam parte 4 caravelas, a São Gabriel (uma carraca de transporte com 27 metros de comprimento e 178 toneladas), comandada diretamente por Vasco da Gama, a São Rafael por Paulo da Gama, a Bérrio e a São Miguel e contava, ainda, com cerca de 170 homens. A caravela de Bartolomeu Dias, o primeiro a navegar longe da costa no Atlântico Sul, acompanhou a expedição até à Mina, no Golfo da Guiné. A expedição seguiu depois sozinha.
A 4 de novembro de 1497, a armada chegou ao litoral africano, tendo então atravessado mais de 6 000km de mar aberto, a viagem mais longa até então realizada em alto mar. Quando a 16 de dezembro, Vasco da Gama ultrapassou o chamado "rio do Infante", a armada portuguesa estava em territórios “nunca dantes navegados”. Era um ponto de viragem para a náutica e para a História de Portugal. Na costa de Moçambique, encontraram os primeiros mercadores indianos, com quem comerciaram, mas tiveram pequenos problemas com o sultão, o que os obrigou a sair rapidamente de Moçambique. 
Em fevereiro de 1498, a armada comandada por Vasco da Gama desembarcou em Melinde, sendo bem recebidos pelo sultão que lhes forneceu um piloto árabe, que lhes ajudou a chegar a Calecut, na Índia. Luís Vaz de Camões cantou, na sua obra Os Lusíadas a presença de Gama junto do “Rei de Melinde”. Só a 20 de maio de 1498, Vasco da Gama chegou à Índia, estabelecendo a Rota do Cabo e abrindo o caminho marítimo dos Europeus para o Oriente. Iniciava-se a globalização, o comércio internacional ganhava forma. O ano de 1498 marcou uma viragem de capítulo da História Mundial e os portugueses deram um “empurrãozinho”, forte e determinado.
Após um período de contactos e trocas comerciais, Vasco da Gama iniciou a sua viagem de regresso a Portugal. A 29 de agosto de 1498, a armada portuguesa partia da Índia. Com problemas devido aos ventos, a morte de vários tripulantes e o desaparecimento de duas caravelas, a expedição de Gama chegava a Portugal. A 10 de julho de 1499, dois anos depois de terem partido, a caravela Bérrio chegava a Lisboa. Vasco da Gama, depois de passar pela Ilha Terceira nos Açores, onde sepultou o irmão Paulo da Gama, chegou a Lisboa. Estávamos em setembro de 1499. Apenas 55 dos 170 homens chegaram vivos.
A 12 de fevereiro de 1502, Vasco da Gama zarpava de Lisboa, comandando uma 2ª armada à Índia, desta vez com cerca de 20 navios de guerra. Era preciso fazer cumprir os interesses portugueses no Oriente, pois havia histórias de destruição da feitoria portuguesa construída em território indiano. 
Nesta viagem, Vasco da Gama tomou e exigiu um tributo à ilha de Quíloa (África Oriental), que tinha combatido contra os portugueses, tornando-a tributária de Portugal. Com o ouro proveniente de 500 moedas do régulo de Quíloa, D. Manuel I mandou construir para o Mosteiro dos Jerónimos, a Custódia de Belém (peça única da ourivesaria portuguesa, que se encontra actualmente no Museu Nacional de Arte Portuguesa, em Lisboa). Vasco da Gama, após várias batalhas, conseguiu fundar a primeira colónia portuguesa de Cochim, na Índia. As relações entre ambos os povos estavam cimentadas. Regressou a Portugal em Setembro de 1503. 
No reinado de D. João III, em 1524, Vasco da Gama foi enviado uma terceira e última vez à Índia, desta vez como vice-rei. O objectivo era controlar as escaramuças e impor a ordem. Vasco da Gama conhecia bem o lugar e o povo e era uma garantia para a Coroa portuguesa. Contudo, Gama morreu, pouco tempo depois, em Cochim, nas vésperas do Natal de 1524.


Albrecht Dürer
Albrecht Dürer nasceu a 21 de maio de 1471, em Nuremberga. Dürer foi um grande pintor, gravador, ilustrador, matemático e teórico de arte, considerado o mais famoso artista do Renascimento nórdico. É considerado como o 1º grande mestre da técnica da aguarela, sobretudo no que toca à representação de paisagens. Albrecht Dürer conseguiu captar a atenção do imperador Maximiliano I para o seu trabalho, tendo sido por ele nomeado pintor da corte (1512-1520).
Em 1520, Dürer partiu para os Países Baixos, onde conheceu pintores, assim como Erasmo de Roterdão, que o influenciaram. De regresso à sua terra natal, ocupou-se então com a elaboração de tratados sobre a medida e as proporções humanas, a perspetiva e a geometria como elementos estruturantes da arte. Dürer influenciou artistas do séc. XVI no seu país e nos Países Baixos. Dürer morreu a 6 de abril de 1528, em Nuremberga.
Em Lisboa, no Museu Nacional de Arte Antiga, podemos visitar São Jerónimo de Albrecht Dürer. A pintura representa Jerónimo de Strídon, tendo como modelo um homem de 93 anos. Foi pintado em 1521, durante a passagem de Dürer pelos Países Baixos e o quadro foi oferecido a um secretário da feitoria portuguesa em Antuérpia, que o trouxe para Portugal em 1549. Foi posteriormente propriedade de D. José Maria de Almada Castro Noronha da Silveira Lobo, 1.º Conde de Carvalhais.


Filipe II de Espanha, I de Portugal
Há exatos 486 anos, a 21 de maio de 1527, nascia o Rei Filipe II de Espanha, I de Portugal, cognominado o Prudente. O seu reinado foi caracterizado pela exploração global e a expansão territorial através do Oceano Atlântico e do Oceano Pacífico, levando a Monarquia Hispânica a tornar-se a 1ª potência da Europa, assim o Império espanhol alcançou o seu apogeu, convertendo-se no 1º império mundial, já que, pela 1ª vez na História, um Império tinha territórios em todos os continentes do Mundo.
Filipe II nasceu em Valladolid, filho de Carlos V, sacro-imperador romano-germânico e rei de Espanha, e da imperatriz D. Isabel, filha do rei D. Manuel I. Carlos V quando abdicou do trono para se recolher no mosteiro de S. Justo, dividiu os reinos dos Habsburgos, os de Espanha para o filho e os do sacro-império para o irmão, Fernando I. Assim, a partir de 1552, Filipe II tornou-se rei como Filipe I de Nápoles, Sicília e Sardenha, além de rei apenas titular de Jerusalém e duque de Milão. Filipe II foi regente de Espanha desde 1543 e tornou-se, em 1555, rei de Espanha, conde de Artois, da Borgonha e de Charolais. Em 1555, tornou-se também rei dos Países Baixos e, em 1556, conde de Holanda, da Zelândia, de Ostrevant (em França), duque de Gueldres (um ducado dos Países Baixos) e, a partir de 1580, foi rei de Portugal, como Filipe I. 
Em termos de política externa, a mais significativa vitória de Filipe II tomou lugar contra os Turcos Otomanos, na Batalha de Lepanto, a 7 de Outubro de 1571, com uma esquadra da Liga Santa (República de Veneza, Reino de Espanha, Cavaleiros de Malta e Estados Pontifícios), sob o comando de João da Áustria, seu meio-irmão. Foi ainda rei-consorte de Inglaterra (1554-1558), por casamento com Maria I. Um dos segredos de Carlos V para manter uma Espanha unida foi seguida por seu filho e consistiu em manter o respeito pela jurisdição dos conselhos governativos, privilégios, liberdades, isenções e cortes próprias e fueros.
Quando D. Sebastião morreu, em 1578, em Alcácer Quibir, sucedeu-lhe o seu parente mais próximo, neste caso, o tio-avô Cardeal D. Henrique, já idoso, que morreu, em 1580, sem herdeiros diretos, abrindo, assim, uma crise de sucessão. Apareceram 3 principais herdeiros, D. Catarina, Filipe II e D. António, Prior do Crato. Este último foi aclamado Rei em Santarém, contra a vontade da Alta Nobreza, apoiante de Filipe II. Para este, Portugal era um reino muito importante para a estratégia do Império Espanhol. Filipe II acabou então por enviar o seu exército, que mais bem preparado venceu os apoiantes de D. António. O Prior do Crato acabou por refugiar-se na Terceira, o único ponto do país que ficou do seu lado. Foi deste período a famosa Batalha da Salga e a famosa carta (de 13 de Fevereiro de 1582) de Ciprião de Figueiredo, corregedor dos Açores, a Filipe II, onde afirmava: “antes morrer livres que em paz sujeitos”, hoje a divisa dos Açores.
D. António teve o apoio financeiro da terceirense D. Violante do Canto, que foi uma das mais importantes incentivadoras à causa do Prior do Crato, sustentando as tropas anglo-francesas estacionadas na ilha. Durante três anos os terceirenses se bateram como defensores da independência de Portugal. Em 1583, a Terceira foi subjugada pelos espanhóis e D. Violante, por ordem de Filipe II partiu a 17 de agosto de 1583 com D. Álvaro de Bazan, rumo a Madrid. 
Nas cortes de Tomar, em abril de 1581, Filipe II foi aclamado Rei de Portugal. As Cortes mais não foram do que a aclamação de um mundo novo, em que todas as coroas da Hispânia estavam reunidas num único cetro. Um mundo novo que desde D. João II vinha sendo tentado sem sucesso, devido a acidentes e infortúnios. Com a aclamação do novo Rei, Portugal não perdeu a independência. Nas Cortes, ficou definido o "Estatuto de Tomar", que reservava para os naturais do reino todos os mecanismos de gestão e governação laica e eclesiástica. Só portugueses poderiam ocupar cargos de governação, mais, ficou estatuído que caso o rei fosse obrigado a sair do reino de Portugal, o poder passaria a ser exercido por delegação que teria de recair em naturais de Portugal, salvo se a pessoa nomeada fosse da família real dos Habsburgos. A verdade foi que Filipe saiu de Portugal logo em 1583 e delegou poderes no cardeal Alberto de Áustria, seu sobrinho. Portugal continuou a ser um reino "por si", mas deixou de ter um reino "para si”.
Quanto à vida pessoal, Filipe II casou-se 4 vezes. Aos 16 anos, casou-se, em Salamanca, a 15 de novembro de 1543, com a infanta portuguesa D. Maria, que também contava a mesma idade, filha de D. João III, a qual faleceu dois anos depois, a 12 de julho de 1545. Filipe voltou a casar, em 1554, com Maria Tudor, rainha de Inglaterra, e foi residir em Londres, mas não era bem aceite pelos britânicos, que viram com agrado a sua para os Países Baixos, cujo governo o pai lhe cedeu. Filipe enviuvou também da rainha de Inglaterra, falecida em 1558. Na sequência do tratado de Cateau-Cambrésis de 1559, que pôs fim a cerca de 40 anos de guerra entre Espanha e França, e com o objetivo de o selar, Filipe II casou com Isabel de Valois, a rainha da paz, como ficara, por aquele facto conhecida, filha de Henrique II de França e de Catarina de Médicis, a qual veio a falecer em 1568. Filipe II de novo viúvo, voltou a casar com Ana Maria de Habsburgo, sua sobrinha, filha do imperador Maximiliano II e da infanta D. Maria da Áustria (1528-1603), a irmã mais velha de Filipe. Foi deste último matrimónio que nasceu o seu sucessor, que viria a ser Filipe III de Espanha, II de Portugal. Ana de Habsburgo morreu, em 1580, vítima de peste em Badajoz, quando Filipe II se preparava para entrar em Elvas.
Filipe II estava em Madrid e sentindo-se pior, pediu que o levassem para o Escorial, a fim de falecer aí. O Escorial fora mandado construir pelo próprio Filipe II. Morreu a 13 de setembro de 1598.


Victor Hugo
A 22 de maio de 1885, nascia Victor-Marie Hugo, um dos maiores escritores franceses. Victor Hugo foi um novelista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e até ativista pelos direitos humanos. Filho de Joseph Hugo e de Sophie Trébuchet, Victor Hugo nasceu a 26 de fevereiro de 1802 e cresceu em Paris. Passou algum tempo em Nápoles e em Espanha, o que influenciou a sua obra posterior. Em 1819, fundou com os seus irmãos uma revista, o Conservateur littéraire (Conservador literário), onde deu mostras do seu talento. No mesmo ano, ganhou o concurso da Académie des Jeux Floraux.
Victor Hugo publicou, em 1827, Cromwell e alcançou o sucesso. Os anos seguintes foram marcados pela escrita e publicação de grandes obras. Educado pela mãe no espírito da monarquia, acabou por se convencer, pouco a pouco, do interesse da democracia. Tendo-se tornado favorável a uma democracia liberal e humanitária, foi eleito deputado da II República em 1848, e apoiou então a candidatura para a presidência do príncipe Luís Napoleão, sobrinho de Napoleão Bonaparte. 
Victor Hugo exilou-se após o golpe de Estado de 2 de dezembro de 1851, que tornou Luís Napoleão Imperador no chamado II Império. Condenou vigorosamente o golpe por razões morais em Histoire d'un crime. Passou então a viver em exílio em Jersey, Guernsey e Bruxelas. 
Tornou-se um dos únicos proscritos a recusar a amnistia decidida algum tempo depois. Só após o fim do II Império, regressou a Paris, onde morreu. De acordo com o seu último desejo, o seu corpo foi depositado em um caixão humilde e enterrado no Panthéon. Tendo ficado vários dias exposto sob o Arco do Triunfo, estima-se que 1 milhão de pessoas prestaram-lhe uma última homenagem. Foi autor, entre várias obras memoráveis, de Notre-Dame de Paris e Les Misérables, obra que faz parte das minhas leituras para 2013.


Inquisição em Portugal
A Inquisição entrou em Portugal, a 23 de maio de 1536, com sede em Évora. Assim, toda a população foi convidada a denunciar os casos de heresia de que tivesse conhecimento. O próprio irmão do Rei, o Cardeal D. Henrique, tornou-se o chefe máximo. D. João III depois assume-se como Inquisidor Geral, assim a Inquisição passou a ser uma ferramenta do Rei para o controlo do país.
Ao longo dos anos seguintes, a Inquisição “incendiou”, perseguiu e executou em autos-de-fé várias pessoas. Tinha a sua independência face aos Rei, o que a tornou num poder paralelo e forte. Contudo, houve um homem que conseguiu dominar a máquina e usá-la a favor dos seus interesses, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal. Um dos exemplos do controlo pombalino foi a morte por auto-da-fé do jesuíta Pe. Gabriel Malagrida, de 72 anos, acusado de ter pregado que o terramoto de 1755 que destruiu Lisboa fora um castigo divino. Assim, ao transformar a Inquisição num instrumento político, Pombal terminou com a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos.
Data da era pombalina a publicação do último Regimento da Inquisição. Assim, Pombal deu início ao fim da Inquisição, ao tirar o seu lado religioso, impondo um cunho político. A Inquisição vigorou até 1821, extinguindo-se com a Revolução Liberal de 1820.


Bula Manifestis Probatum
Há exatos 834 anos, a 23 de maio de 1179, o Papa Alexandre III emitia a Bula Manifestis Probatum, em que reconhecia Portugal como Reino independente. Em 1128, na famosa Batalha de S. Mamede, junto ao Castelo de Guimarães, D. Afonso Henriques venceu as tropas de D. Teresa, sua mãe. Em 1139, com a vitória na batalha de Ourique, o prestígio de D. Afonso Henriques aumentou e passou a intitular-se rei de Portugal, A 5 de Outubro de 1143, D. Afonso Henriques assinava, com seu primo, D. Afonso VII, Rei de Leão e Castela, o Tratado de Zamora. Nascia, então, Portugal. Ainda neste mesmo ano, D. Afonso Henriques fez juramento de vassalagem ao papa, e no ano seguinte, em carta Claves regni celorum renovou o juramento e comprometeu-se a pagar o censo anual de 4 onças de ouro, pedindo como contrapartida a proteção pontifícia e a garantia de que nenhum poder espiritual ou temporal interferiria no seu território. O portador da carta foi o arcebispo de Braga, D. João Peculiar, mas a iniciativa não teve sucesso por contrariar a política de Roma: a Santa Sé entendia que se impunha a união dos reinos cristãos da Península Ibérica, sob a dependência de Afonso VII, para se conseguir uma vitória sobre os muçulmanos.
O passo seguinte de D. Afonso Henriques foi a reconquista cristã aos mouros. Assim, Lúcio II, pela bula Devotionem tuam, de 1 de Maio de 1144, aceitou a vassalagem, o censo e a doação do território, mas deu ao rei simplesmente o título de "dux Portugallensis", e ignorou as contrapartidas pedidas pelo Rei português. Sem desistir, D. Afonso Henriques informou o papa de que alargara as fronteiras até ao Baixo-Alentejo, valorizando assim o território que doara à Santa Sé. Durante a canonização de S. Rosendo, em 1173, o Cardeal-Legado, Jacinto, já incluiu D. Afonso Henriques entre os reis peninsulares. Em 1179, o Papa Alexandre III, com a Bula Manifestis Probatum, reconheceu, formalmente a realeza de D. Afonso Henriques e a independência de Portugal. O Papa concedeu-lhe o título de rei de Portugal, não a título de graça, mas por ter ficado provado, "manifestis probatum", que os seus feitos amplamente o mereciam. 
A Bula Manifestis Probatum é a Magna Carta de Portugal como estado de direito, livre e independente.


Nicolau Copérnico
Há exatos 470 anos, a 24 de maio de 1543, morria Nicolau Copérnico, um astrónomo e matemático polaco. Copérnico nasceu a 19 de fevereiro de 1473 e foi o 1º astrónomo a sugerir que a Terra e os restantes planetas orbitavam em torno do Sol, criando assim a teoria heliocêntrica. Copérnico também defendeu que a Terra girava diariamente sobre o seu eixo e que as mudanças graduais deste eixo provocavam as estações.
Copérnico foi ainda cónego da Igreja Católica e estudou leis e medicina, tendo exercido a profissão de médico durante 6 anos. No ano em que morreu, foi publicada a sua obra Sobre as revoluções das esferas celestes, que levatou a ira da Igreja Católica, que consideraram o seu conhecimento como uma heresia. Em 1616, a Igreja Católica condenou a obra de Copérnico como "livro proibido".


Cristóvão Colombo
Há exatos 507 anos, a 20 de maio de 1506, morria Cristóvão Colombo, o descobridor da América. A nacionalidade de Colombo continua a ser um dos mistérios mais estudados e escondidos da História Universal. Muito já se escreveu sobre a vida de Colombo, muitas teorias foram formuladas sobre a nacionalidade e verdadeira identidade do descobridor, mas a vida deste homem está encoberta em segredos e mistérios, não fosse ele, um fruto da Idade Moderna e dos Descobrimentos. Depois de muita análise, pesquisa e investigação, sou levado a admitir que o navegador era português, natural de Cuba, no Alentejo. Um dos primeiros indícios da portugalidade de Colombo, tem a ver com o facto do descobridor nunca escrever em italiano, além disso, é estranho que um simples tecelão possa ter sido recebido por D. João II e pelos Reis Católicos de Espanha, como muitos poucos nobres o eram, ter tantos conhecimentos de navegação, quando era um simples tecelão e de ter liderado uma viagem tão importante para a época. Assim, é de aceitar que Cólon não podia ser um simples tecelão, nem genovês.
Manuel Luciano da Silva, na sua investigação no Vaticano, analisou 4 Bulas Papais de Alexandre VI sobre a descoberta da América e encontrou em duas dela, o nome de Cristofõm Cólon (Cristóvão Cólon). O navegador criou a sua sigla, que ao mesmo tempo que espalhasse o nome de Cristo, tivesse uma forma icónica. Assim, após o estudo e a análise de vários símbolos, Cólon conseguiu compor uma sigla engenhosa e impressionante. 
Assim, a parte superior da sigla contém sete letras SSAS XMY. A letra X significa cruzamento, ou seja, “filho de”, e porque a letra J não existia no alfabeto romano há cinco séculos, a letra grega Y era usada como letra inicial do nome José. Assim, a sigla significa: Sanctus, Sanctus, Altissimus, Santus, Filho de Maria e José. Quanto à parte inferior, tem de se ter em conta, o seguinte:

(1) O sinal de pontuação [ : ], deve-se ser lido em grego, com o som de CÓLON.

(2) As letras Xpo devem ser lidas em grego CRISTO

(3) FERENS é derivado do verbo latino FER e quer dizer atravessar um rio. (Ferry boat é derivado do verbo FER). Para atravessarmos um rio, usamos o FÕM, (forma arcaica de VÃO) da ponte. Portanto se juntarmos CRISTO ao VÃO, surge CRISTÓFÕM (CRISTÓVÃO). 

(4) O sinal de pontuação [ ; ] , também deve ser lido em grego: SEMI-CÓLON ou COLON. Nasce assim o nome CRISTÓFÕM CÓLON (Cristóvão Colombo).

Atendendo, ainda, à sigla, descobrimos que o verdadeiro nome de Cólon era Salvador Fernandes Zarco. Mas como chegamos a esta conclusão? Primeiro, os católicos chamam, habitualmente a Cristo, Salvador. Assim, a primeira parte da Sigla, pode, também, ser lida como Salvador. As duas letras [ põ ] estão em letras minúsculas, ou seja, o nome refere-se a um homem e não a Cristo. A parte seguinte da Sigla é FERENS que significa mensageiro em português, mas é também a abreviatura do nome Fernandes. Voltando ao nome FERENS, que a letra S de FERENS é diferente das letras S da parte superior da Sigla. Em FERENS a letra S tem a extremidade superior arrebitada, significando, também, a letra hebraica Lamed, que significa, também, Cólon. Contudo, se o S de FERENS é a letra Lamed, ela está invertida e, por isso, chama-se Zarco! Assim aparece o verdadeiro nome do Cólon: Salvador Fernandes Zarco.
Ao analisarmos a lista de mais de 40 topónimos das Caraíbas, descobertas por Cólon, encontramos tudo em português (S. Vicente, Santa Luzia, Guadiana, Ponta de Santo António, S. João Baptista, Porto Santo, Mourão, Isabel, Salvador, Brasil, Santarém, Curaçao, Faro, Belém e Touro, etc.). Concluímos que Cólon era português, nascido Salvador Fernandes Zarco, em Cuba, no Alentejo, filho de D. Isabel, filha de João Gonçalves Zarco, descobridor e povoador da Madeira e do Duque de Beja, tio de D. João II. Cólon era, portanto, primo do Rei de Portugal. Assim, Cólon teve, desde muito novo, acesso ao conhecimento de náutica, dos mares, das rotas e dos descobrimentos, além de acesso a uma educação excecional, o que lhe dava condições, para liderar a empresa da descoberta americana.
É tempo de se apostar na divulgação da teoria portuguesa, haver mais empenho de todos em que se conheça melhor este grande descobridor. Portugal não reconheceu como seu, este homem, nem tem tentado criar condições de investigação e debate mais acesso sobre o tema, nem incentivando colóquios e palestras que trariam mais força e reconhecimento a Portugal. Além disso, é preciso que haja a autorização política para que se possam abrir os Mausoléus de Portugal para obterem o cromossoma [ Y ] dos mancebos das três dinastias de Portugal para ser comparado ao cromossoma [ Y ] já extraído, há 4 anos, dos ossos longos do filho de Cólon, Fernando, assim como do irmão, Diogo. 
É o momento de darmos uso às novas tecnologias e desvendar um dos maiores segredos dos Descobrimentos, dando o nosso contributo para o presente e deixando novas portas abertas para o apuramento específico da História. É tempo de não termos medo de “reescrever” os acontecimentos, aproveitando os novos conhecimentos que temos adquirido. A verdade factual deve ser divulgada, sem medos e receios dos “senadores” da nossa História. O erro do ser humano é saber que não está correto e insistir no engano, por isso, não tenhamos medo de continuar a desbravar territórios desconhecidos e apostar na investigação, na pesquisa e na análise. E também é preciso que haja empenho político nos apoios às investigações, pois um povo que sabe mais de si, é um povo que está preparado para as tormentas da História.

Porque recordar é viver, para a semana continuaremos a aprender! 
Francisco Miguel Nogueira 


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