terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Eventos MC





Workshop Dispa o seu stress

Para mais informações por favor consulte:
http://meio-crescente.blogspot.pt/2014/02/dispa-o-seu-stress-mc.html


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Sessão Yoga do RiSo

Para mais informações por favor consulte:
http://meio-crescente.blogspot.pt/2014/02/mc-yoga-do-riso.html



MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Made in Português!

(imagem retirada da internet)


Universidade de Lisboa é 2.ª na produção científica



A Universidade de Lisboa está em 2.º lugar no ranking ibero-americano de 2014 que mede a produção científica das instituições superiores. A lista é baseada em dados quantitativos relativos a publicações e citações de artigos científicos realizados entre 2008 e 2012. Nos primeiros 40 lugares estão ainda seis instituições nacionais de ensino superior. O ranking foi criado pela SCImago que é constituída um grupo de investigadores do Conselho Superior de Investigações Científicas da Universidade de Granada, em Espanha, que se dedica à análise de informações.

A lista inclui mais de 1.636 instituições de ensino superior da América Latina, Espanha, Portugal e Andorra. Estes resultados surgem depois do processo de fusão entre a Universidade de Lisboa e a Universidade Técnica de Lisboa que no ranking do ano passado se situavam nas posições 26.º e 14.º respetivamente.
Em comunicado o Reitor da Universidade de Lisboa, o Professor António Cruz Serra, revela que o resultado divulgado pela SCImago é “muito positivo e muito satisfatório, que nos enche de orgulho”, esperando que a Universidade mantenha este posicionamento ao longo dos próximos anos dado que a investigação vai continuar a ser uma prioridade. Segundo os resultados da quinta edição do ranking, o top 40 inclui também a Universidade de Coimbra, a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade do Minho, a Universidade de Aveiro e a Universidade do Porto. De um modo geral, todas as universidades portuguesas melhoraram a sua posição em relação ano passado.
De destacar ainda que as principais instituições espanholas ficaram atrás da Universidade de Lisboa. Em primeiro lugar na lista surge a Universidade de São Paulo, no Brasil, e na terceira posição encontra-se a UniversidadeNacional Autónoma do México.
Notícia sugerida por Maria da Luz e Maria Manuela Mendes


Goa: Soprano portuguesa em destaque em festival indiano

A soprano Lourdes Martins vai estar em destaque no Festival de Música do Monte, em Goa, na Índia. Aquela que é a 12ª edição do evento tem início esta sexta-feira, prolongando-se até domingo, na Capela da Nossa Senhora do Monte. "Nascida em Itália, com formação brasileira e antepassados goeses", a portuguesa faz parte do coro do teatro da ópera de Turim e tem vindo a colaborar com o La Scala, de Milão. Agora, a artista vai estar em destaque no evento anual, indo atuar acompanhada por uma orquestra de câmara (Child's Play), conduzida pelo maestro argentino Santiago Lusardi Girelli. "Estamos à espera que seja um momento alto", afirma o delegado da Fundação Oriente, Eduardo Kol de Carvalho, à Lusa. "Estão reunidas todas as condições para um bom espetáculo". 
De maneira a "tirar partido" do pôr-do-sol, o Festival de Música do Monte arranca às seis da tarde locais, no exterior da capela, erguida num "lugar paradisíaco, com uma vista soberba sobre a antiga cidade de Goa, onde ainda se podem ver os vestígios da presença portuguesa arquitetónica de então". "Além de ser uma manifestação cultural a que os goeses e estrangeiros já se habituaram, o festival foi criado no sentido e com o objetivo de preservar minimamente em boas condições a capela", afirma o responsável, segundo o qual o evento "obriga as autoridades a voltar a pintar e a limpar toda a área e a restabelecer um pouco aquilo que eram as condições primitivas após a recuperação do edifício". Durante três dias, o festival oferece essencialmente música e dança oriunda da Europa e da Índia. "Devia ser também de outras partes da Ásia, mas até hoje não conseguimos cumprir esse objetivo para que seja um encontro entre a música do oriente e do ocidente", reconheceu.
Para já, o público resulta de "um pouco de tudo", havendo muitos estrangeiros - que não são turistas ocasionais mas antes pessoas que residem em Goa por uma determinada temporada -, também indianos e, claro, os goeses, a maioria católicos, face à "grande tradição de música erudita".


Portugueses criam motor de pesquisa de talentos

Dois portugueses criaram o primeiro motor de pesquisa de perfis e talentos para as empresas. A Goocvs é uma plataforma que permite que as entidades empregadoras e os candidatos comuniquem sem perdas de tempo. A funcionar desde Dezembro de 2013, a plataforma conta já com 5.798 perfis registados e 250 empresas aderentes.
João Lima e Pedro Oliveira são os autores da GooCvs cujas pesquisas de candidatos atingem em média as 6.500 visualizações diárias. São pesquisas tanto de empresas recrutadoras como de empresas empregadoras. Para usar o GooCvs, o utilizador tem apenas de criar uma conta e um perfil. É possível definir um 'username' e uma 'password' mas também há a opção de criar uma conta através dos dados do Facebook. O preenchimento do perfil, com as respetivas competências e experiências profissionais, é a fase mais importante, pois é o que aparece nas pesquisas quando uma empresa procura candidatos.

30% das pesquisas feitas por empresas estrangeiras

Já as empresas têm a opção de recorrer a filtros que auxiliam na escolha do país e grau académico durante a pesquisa do candidato. De acordo com o blogue da plataforma, cerca de 30% das pesquisas são efetuadas por empresas estrangeiras, sobretudo da Alemanha, França, Inglaterra, Angola e Brasil. Entre as pesquisas feitas por empresas estrangeiras, as profissões mais procuradas são nas áreas de engenharia e enfermagem.

Clique AQUI para aceder a plataforma.


Portugal distinguido com dois 'óscares' da gastronomia

A Academia Internacional de Gastronomia distinguiu o livro 'À Mesa em Mação' e o chef David Jesus, do restaurante Belcanto, com o Prémio de Literatura Gastronómica e Prémio Chef do Futuro, respetivamente. Na última edição daqueles que são mais importantes prémios da gastronomia mundial, Portugal foi duplamente reconhecido, com um livro e um chef a constarem da lista de referências daquela entidade internacional. O anuncio foi feito esta semana, após a Assembleia Anual da Academia Internacional de Gastronomia, na última semana de Janeiro, em Paris. Para receber o 'Prix de la Littérature Gastronomique' (Prémio de Literatura Gastronómica), o júri elegeu a obra de Armando Fernandes, cujo título é 'À Mesa em Mação - Carta Gastronómica'. Segundo a Academia Portuguesa de Gastronomia, citada pela Câmara Municipal de Mação, o livro impressionou "os jurados pela profundidade do estudo gastronómico-social-antropológico de grande valor científico e cultural”. O mesmo foi lançado em 2012 pela autarquia e contempla os principais sabores e saberes da gastronomia do concelho de Mação.


A obra é resultado de um "acurado trabalho de pesquisa junto da população, sobretudo dos habitantes mais antigos, fonte privilegiada de saber". O objetivo era "perceber o que se comia antigamente, no dia-a-dia e nos dias de festa, através da recolha de muitas dezenas de receitas de norte a sul do concelho". A ideia surgiu como uma "necessidade de reforçar a identidade daquele território e, acima de tudo, como uma forma de preservar aquilo que foi ciado pelos antepassados, desde as panelas de barro ou ferro com os produtos que tinham à sua disposição". 
Destaque ainda para os produtos oferecidos por aquela região e que são "fatores determinantes para a criação dos pratos que sempre se comeram nas mesas dos maçaenses, distinguindo-os de outras regiões". "Este é um momento de enorme orgulho e extrema satisfação para Mação e todos os Maçaenses", refere Vasco Estrela, presidente da Câmara Municipal de Mação. "Este é, sem dúvida, um reconhecimento justo de um intenso trabalho de pesquisa, de infinitas conversas com os mais antigos, aqueles que realmente sabem as verdadeiras e autênticas receitas do passado que fazem da nossa gastronomia uma gastronomia ímpar."Para além de Armando Fernandes e da sua obra gastronómica, também David Jesus, chef do restaurante Belcano, em Lisboa, levou Portugal ao mais alto nível da gastronomia internacional. O "jovem talentoso e dedicado" foi distinguido com o Prix Chef de l'Avenir (Prémio Chefe do Futuro), pela "responsabilidade que tem de, diariamente, apresentar a mais sofisticada e interessante cozinha portuguesa". 
A Academia Internacional de Gastronomia, citada na página do Facebook de José Avillez, proprietário do Belcano, diz ainda que a equipa que forma com David Jesus "constitui um exemplo extraordinário de capacidade criativa baseada, sempre, em produtos, receitas e hábitos nacionais, sendo o seu trabalho altamente reconhecido interna e externamente". 


Projeto com selo luso cria livros de conversas online

Às vezes, sem darmos conta, estamos a escrever a nossa história nas conversas que trocamos com aqueles de que mais gostamos, na Internet. Para perpetuar as mensagens enviadas e recebidas que, cada vez mais, tendem a marcar os caminhos da vida de muitos, Fred Rocha, juntamente com quatro amigos, criou o Memeoirs. Trata-se de um livro personalizado, em que a história é aquela contada nas mensagens que trocámos com alguém. Os autores somos, portanto, nós próprios. "A ideia é proporcionar às pessoas que trocam e-mails e mensagens online uma forma física, palpável e mais duradoura de guardar essas conversas", diz o co-fundador, de 32 anos, ao Boas Notícias. "Nas relações de longa distância, por exemplo, normalmente as mensagens trocadas entre o casal são bastante profundas. Cinco anos depois, quando casam, gostam sempre de reviver aquilo que partilharam por escrito, como se fazia antigamente com as cartas", acrescenta. "Assim, em vez de irem revirar a caixa do correio ou de irem ao Facebook à procura daquela mensagem e daquela frase, vão ter isso registado em livro". 

Perpetuar memórias e guardá-las em papel

Tudo começou em 2011 quando Fred, depois de passar algum tempo na Bélgica e de travar conhecimento com amigos de outras nacionalidades, voltou para Portugal e manteve o contacto via e-mail. "Tornámo-nos os melhores amigos, mas à distância", conta o especialista em Engenharia Eletrotécnica e Computadores. "Continuámos sempre a escrever muito uns aos outros e a trocar informação sobre tudo e mais alguma coisa. Até que chegou uma altura que, ao ver que tínhamos escrito tanto e partilhado tanta coisa, pensámos realmente em fazer um livro com isso", conclui. A ideia não ficou por ali. Aquilo que estava a acontecer com eles acontecia, certamente, com muitas outras pessoas, que encontravam na Internet uma forma de manter o contacto e a proximidade. Mesmo separados geograficamente, o grupo formado por três portugueses, um italiano e uma irlandesa decidiu 'deitar mãos à obra' e lançar aquela que viria a ser a primeira versão do Memeoirs. 
A fase experimental deu, desde logo, para perceber o público-alvo da inovadora aplicação que transformava em livro as conversas trocadas online: casais e famílias. Foi, precisamente, com base nessas estatísticas que os cinco amigos se dedicaram à renovação da plataforma para, depois, a lançar de forma definitiva e generalizada aos quatro cantos do mundo. Em Setembro de 2013, eis que é divulgada a versão final desta aplicação, onde "qualquer pessoa pode facilmente, num processo 100% automático, criar o livro que vai guardar, eternamente, as mensagens trocadas com outra pessoa".

Uma história, duas vidas, um livro... 

Para tal, basta aceder ao site, fazer o registo e autorizar a Memoires a aceder ao e-mail ou ao Facebook para fazer o download das mensagens correspondentes ao contacto e intervalo de tempo indicados pelo utilizador. De forma automatica, a aplicação vai distribuir os textos pelas páginas do livro, de forma cronológica, onde os capítulos são as estações do ano: Verão, Outono, Inverno e Primavera. Os últimos passos passam por escolher o estilo que se pretende dar ao livro, personalizar o seu aspeto com base nas sugestões padrão apresentadas, o tipo de capa (dura ou mole) e dar o OK para a Memeoirs imprimir a versão final do livro que o utilizador acabou de criar. O exemplar único é, depois, enviado para o cliente, independentemente da região do globo onde vive.


Mais de 70% dos clientes são dos EUA

Com um mínimo de 30 e um máximo de 450 páginas, o Memeoirs, para já, só trabalha com e-mail. No entanto, Fred revela ao Boas Notícias que a ligação ao Facebook e a aplicações como a Whatsapp estão prestes a concretizar-se, tal como a possibilidade de ilustrar o livro com imagens. Os preços, esses, vão desde os 40 euros, capa mole, a 60 euros, capa dura. Sem sair da frente do ecrã e a partir de qualquer ponto do planeta, o processo atravessa a Europa, desde a sede da empresa, em Itália, até ao Reino Unido, onde é impresso e encaminhado para a morada indicada pelos utilizadores. Mesmo com a sua internacionalização, a Memeoirs já conseguiu consolidar grande parte do seu público, com 70% a 80% dos clientes a serem norte-americanos.

Conheça mais sobre o Memeoirs AQUI e acompanhe todas as novidades na sua página de Facebook AQUI.
Artigo sugerido por Maria da Luz



Jovem português vence prémio 'Ensaio Filosófico 2013

José Rodrigues foi distinguigo pelo Royal Institute of Philosophy, no Reino Unido, com o prémio de 'Ensaio Filosófico 2013'. O trabalho "There Are No Good Objections to Substance Dualism", do jovem português, vai agora ser publicado na prestigiada revista internacional 'Phylosophy'. O anúncio foi feito pela Universidade de Lisboa, onde José Gusmão Rodrigues é aluno, estando, atualmente, a tirar a licenciatura em Filosofia, na Faculdade de Letras. O estudante é ainda membro do grupo de investigação LanCog, do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa. O galardão internacional é atribuído pelo Royal Institute of Philosophy, no Reino Unido, que distingue os melhores ensaios filosóficos do ano. Na edição de 2013, as honras vão para o jovem luso, juntamente com Mariam Thalos, da Universidade do Utah, nos EUA, com o artigo 'The Grammar of Experience'. Os dois ensaios vão ser publicados, ainda este ano, na revista de maior referência a nível mundial na área - 'Philosophy'.


Fotografia: Dois portugueses na final de prémio mundial

Há dois fotógrafos portugueses entre os pré-selecionados pelo júri dos prestigiados Sony World Photography Awards 2014, um dos maiores concursos mundiais de fotografia. De entre cerca de 140.000 candidaturas, oriundas de 166 países diferentes, Filipe Condado e Alexandre Manuel foram selecionados em duas categorias a concurso. A escolha foi feita por um painel de especialistas da indústria da fotografia, que atribuiu ainda uma Menção Honrosa a oito imagens da autoria de fotógrafos portugueses, nas categorias abertas a entusiastas. Em sete anos de história dos prémios, a edição de 2014 foi aquela que contou com o maior número de candidaturas. Entre as cerca de 140.000 propostas, oriundas de 166 países diferentes, as de Filipe Condado e de Alexandre Manuel foram nomeadas pelo júri para integrar o grupo de finalistas a concurso.


O conjunto de fotografias de Filipe Condado é, assim, um dos pré-selecionados para a categoria profissional de 'Natureza Morta', com a imagem do recheio de uma casa abandonada em Lisboa. Por seu lado, o trabalho de Alexandre Manuel integra a categoria aberta de 'Arquitetura', destinada a entusiastas do ramo da fotografia, graças à captação de forma inovadora dos ângulos de um edifício. Os Sony World Photography distinguem, todos os anos, o melhor da fotografia contemporânea internacional, sendo que todas as imagens que compõem os trabalhos dos fotógrafos portugueses vão, agora, ser exibidas na Somerset House, em Londres, de 1 a 18 de Maio. Os vencedores das categorias Abertas, onde concorre Alexandre Manuel, serão anunciados no dia 18 de Março, em que o prémio é o mais recente equipamento de imagem digital da Sony para cada um. 
Além disso, os vencedores das categorias Abertas são considerados para o título de Fotógrafo do Ano do Concurso Aberto dos Sony Photography Awards, a ser anunciado numa cerimónia de gala a realizar em Londres, a 30 de Abril. Na mesma cerimónia são ainda revelados os vencedores das catorze categorias profissionais a concurso.
Conheça a lista completa de nomeados para a final dos Sony Photography Awards 2014 AQUI.
Notícia sugerida por Maria Pandina


Souto de Moura em destaque no jornal Financial Times

A participação na exposição "Sensing Spaces", na Royal Academy of Arts, em Londres, serviu recentemente de mote a uma entrevista a Eduardo Souto de Moura publicada na passada sexta-feira pelo prestigiado jornal britânico Financial Times (FT). De acordo com a publicação, o arquiteto português é "um dos maiores" de Portugal e mesmo "um dos poucos grandes arquitetos da modernidade". Eduardo Souto de Mora foi um dos sete criadores de várias nacionalidades (entre os quais o também português Álvaro Siza Vieira) escolhidos para integrar esta mostra londrina cujo objetivo é, como o Boas Notícias avançou em Agosto, ajudar os visitantes a redescobrir a qualidade da arquitetura, dando-lhes a oportunidade de tocar nas instalações arquitetónicas e interagir com as mesmas.
No âmbito da iniciativa, o arquiteto português "reproduziu" o interior de duas das enormes portas da Royal Academy of Art, dando origem a duas estruturas que "se erguem como arcos triunfais elegantes", descreve Edwin Heathcote, jornalista do Financial Times que entrevistou Souto de Moura a propósito destas instalações. Souto de Moura optou, portanto, por uma solução minimalista, "à semelhança do seu mentor, Álvaro Siza Vieira (com quem partilha um escritório no Porto)", realça Heathcote. Segundo o repórter, "do mais pequeno mercado municipal a um estádio de futebol em Braga - talvez o melhor anfiteatro construído desde o tempo dos Romanos - os edifícios de Souto de Moura têm de ser experienciados para ser compreendidos".
"A sua simplicidade e minimalismo não são desenhados para a cultura da Internet ou das sessões fotográficas", acrescenta o jornalista do FT, a quem Souto de Moura explicou estas caraterísticas como sendo um resultado natural da evolução da história da arquitetura, que "é apenas isto, uma redução progressiva do material". "Os arquitetos erraram porque gastaram demasiado tempo a falar sobre os ignificado das coisas e não sobre as coisas em si mesmas", defendeu o arquiteto, que disse "não saber o que é o espaço".
"[Se não sei] como posso desenhá-lo? Mas sei o que é uma pedra e sei que com ela posso construir uma parede. Essa parede vai mudar o espaço. Com essa parede posso resolver um problema. E isto é o que a arquitetura pode fazer", afirmou Souto de Moura, assegurando que constrói "para resolver problemas - não para provocar emoções ou sensações". 
O arquiteto utilizou ainda o exemplo do estádio que desenhou para o SC Braga para provar que "ao reduzir as coisas, elas podem tornar-se algo diferente", apossando-se rapidamente e com entusiasmo de uma folha de papel. Em tom de brincadeira, dentro do rascunho da estrutura que apresentou ao jornalista britânico, acrescentou ainda dois adeptos a torcer pelas suas equipas: um inglês e um português. "Depois, adicionou números. 'Portugal 2, Inglaterra 1', disse-me com um sorriso malandro", recorda Heathcote no fecho da peça. "É assim que me sinto quando penso na arquitetura inteligente, universal e sofisticada de Souto de Moura e no crescente e desengonçado 'comercialismo' de Londres. Portugal 2, Inglaterra 1", conclui o jornalista.
Clique AQUI para aceder ao artigo completo publicado no Financial Times (em inglês)


Curta filmada na Ribeira vence festival espanhol

Uma curta-metragem que regista as aventuras dos jovens que mergulham da ponte D. Luis I, no Porto, para o rio Douro acaba de vencer o prémio “Curta do Ano”, no festival Promofest (Madrid). O trabalho foi distinguido entre mais de 600 curtas-metragens de vários países. O filme "Meninos do Rio", um projeto do realizador Javier Macipe Costa e da companhia de Teatro del Temple Audiovisuales, foi co-produzido com a portuguesa Riot Films. A rodagem decorreu entre o final de Agosto e o início de Setembro de 2013, na Ribeira do Porto, uma zona classificada como Património Mundial da Unesco. Paulo Castilho, da Riot Films, contou ao Boas Notícias que "a curta-metragem é registada num estilo documental mas trata-se de uma estória de ficção que, além dos saltos para o rio, reflete a situação sócio-económica daquela zona desfavorecida da cidade".
Na página do Facebook da curta-metragem, a equipa anuncia: “Queremos compartilhar com vocês a nossa alegria por termos sido premiados entre 600 curtas-metragens como 'Curta do Ano' no concurso da distribuidora "Promofest". Graças a esta vitória, a curta-metragem será enviada, pela Promofest, a 1.000 festivais de vários países. O produtor Paulo Castilho mostrou-se "muito satisfeito" pela atribuição deste prémio que, embora não tenha valor monetário, equivale a um investimento de 10.000 euros - o que dinheiro que seria necessário dispender para inscrever o trabalho em mil festivais.
Sobre o realizador espanhol, Paulo Castilho elogia a sua "sensibilidade enquanto cineasta, tendo sobretudo em conta que Javier tem apenas 26 anos de idade". O produtor português adianta que, em breve, será divulgado o 'teaser' da curta-metragem que tem uma duração de cerca de 13 minutos. A curta-metragem, além de contar com a produtora portuguesa Riot Films, tem o apoio do Governo Regional de Saragoça (Espanha), da Associação de Turismo do Porto, da Douro Azul, da Porto Film Commission, do bar Maus Hábitos e da Associação de Bares da Zona Histórica.
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes

Créditos: Boas Notícias


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(imagens retiradas da internet)




Diferentes na escola?

Se uma criança for míope, ninguém contesta que frequente a escola, apesar de, sem óculos, ter dificuldade na aprendizagem. Os meninos com problemas de desenvolvimento precisam apenas de apoios especiais, na mesma escola.

Depois de um período em que as crianças com problemas de comportamento ou desenvolvimento não entravam no sistema educativo ou saíam dele precocemente, passou-se para uma fase da chamada ‘integração’, na qual as crianças com problemas deveriam ‘fazer um esforço’ para serem mais parecidas e acompanharem as consideradas ‘normais’. O passo seguinte parte para um novo conceito: a inclusão. Admitir que o universo da população é composto por seres humanos com diferentes características de personalidade, temperamento, competências, dons e talentos e que os ecossistemas, como a Escola, devem incluir todos, salvo raras e admissíveis exceções. Dando os apoios necessários a cada um, mas estimulando o que a partilha de saberes, experiências, vivências e aspetos sociais pode trazer de bom para cada um e para todos.
Se uma criança for míope em grau moderado ou elevado, ninguém contestará que frequente a escola, apesar de, sem óculos, ela ter grandes dificuldades no processo de ensino/aprendizagem. Além dos óculos, os professores tentarão tudo para que a sua deficiência não resulte emhandicap, como, por exemplo, coloca--lo na fila da frente.
Desta vez vou abordar uma outra situação: as chamadas doenças do espectro do autismo. Com a discussão que tem havido sobre eventual redução de apoios socioeducativos na educação especial, creio ser importante relembrar uma situação comum, que engloba várias doenças, mas que se revelam por sintomas e sinais parecidos. Para que as crianças possam beneficiar de todos os apoios necessários, no sentido de uma escola verdadeiramente inclusiva.


Autismo

Usa-se e abusa-se do termo ‘autista’. Se alguém não liga ao que dizemos rotulamo-lo de “autista”. Se um político, num debate, ignora o que o interlocutor está a dizer, lá o classificamos: “parece autista”. Os jovens são ‘autistas’ porque não ligam às vezes ao que os pais dizem. Um exagero. Um erro. Uma leviandade. Por outro lado, tudo o que mexe é hiperativo e qualquer um que tenha momentos de distração poderá ter, com grande probabilidade (pela parte dos leigos, esclareça-se), um «défice de atenção».
Talvez valha a pena separar o trigo do joio. Há situações de autismo, assim como há síndromas de hiperatividade, com ou sem défice de atenção. E estas situações, a par das chamadas síndromas disléxicas e outras, devem ser diagnosticadas e tratadas atempadamente, para bem de todos. Mas daí a cair no exagero da rotulação vai um passo, inadmissível.
A palavra autismo vem do grego, da palavra «auto», significando «fechado sobre si mesmo». Assim, o autismo caracteriza-se por uma dificuldade extrema no relacionamento interpessoal e social, associado a problemas na comunicação verbal e não-verbal, grande atração por rotinas, movimentos e atividades repetitivas e monótonas, e uma relativa estreiteza de interesses, com grande stresse quando as rotinas se modificam.
Assim como há uma grande dificuldade ou mesmo impossibilidade, na criança autista, de se relacionar com os outros, também está comprometido o reverso da medalha – a criança não entende adequadamente os sinais que lhe são transmitidos, da fala à expressão facial e até a um gesto ameaçador ou um de afeto, não os sabendo interpretar, nem revelando interesse por eles. Este grande grupo de situações – em que algumas crianças manifestam mais uns aspetos do que outros –, incluem entidades mais conhecidas atualmente, como o síndrome de Asperger e o síndrome de Rett, entre outras.
No conjunto das crianças, e tendo em conta a dificuldade em conseguir agrupar todas estas características no mesmo saco, pode estimar-se que seis em cada mil apresentam, em cada ano, sinais de que podem sofrer de uma destas situações. Reportando estes dados para Portugal, poderíamos dizer que todos os anos cerca de oitocentas novas crianças apresentarão alguma patologia desta área. Os rapazes têm uma incidência muito mais elevada: cerca de 4 a 5 vezes mais do que as raparigas, chegando a ser superior em alguns casos particulares, como o síndrome de Asperger.


SINAIS E SINTOMAS

As situações do «espectro do autismo» têm quatro grandes áreas de problemas:

• dificuldade na interação social e nas relações interpessoais

• problemas acentuadas na comunicação – verbal e não verbal

• comportamentos repetitivos, interesses obsessivos e estreitamento da visão da vida e das atividades

• insegurança face a alterações de rotina

Se pensarmos que estas áreas são prioritárias para nos sentirmos bem, para comunicar e nos relacionarmos – desde a família à sociedade –, poderemos entender bem que são deficiências que, facilmente, se podem tornar em handicaps, alterando profundamente a qualidade de vida da criança e dos pais, designadamente o seu futuro.
Mas atenção: estas áreas são muito vagas e podem ser sub ou supravalorizadas, conforme as circunstâncias e as pessoas. Muitas crianças relacionam-se mal com pessoas que não conhecem. Outras estão alheadas a ver televisão e não ouvem os pais chamar – até podem ter uma otite serosa e ouvir mal. Outras desviam o olhar quando sentem que fizeram asneiras e não querem encarar os pais. Ainda podem existir atrasos da fala normais e crianças que comunicam de formas a que muitos adultos não têm acesso. Finalmente, há idades em que os movimentos repetitivos e estereotipados são securizantes. Se se acabou e mudar de escola ou de casa, ou se se sofreu um trauma como uma hospitalização prolongada, podem apenas representar uma defesa. As crianças com autismo têm uma característica: desinteresse pelas outras pessoas, não respondendo quando se chama pelo seu nome e evitando o contacto «olhos nos olhos».
A falta de compreensão das diversas formas de expressão que acompanham a fala – como a expressão visual, as rugas da cara, o sorriso (ou a zanga) e outros pormenores que nos permitem ver se uma pessoa está a brincar ou a fala a sério, se está alegre ou zangado, ou preocupado – leva a que a criança se feche num mundo dela, com total falta de empatia.
Muitas vezes, essa dissociação entre si próprios e a quem se referem quando falam deles leva a que, em vez de dizer «eu», digam «o Manel», «o Vasco», ou seja, se refiram pelo seu nome em vez de ser na primeira pessoa, como fator revelador de distanciamento até em relação a si próprios. Para além da atração pelos movimentos repetitivos e rotativos, há uma diminuição da sensibilidade à dor, mas uma sensibilidade exagerada ao som, toque ou outros estímulos sensoriais, o que leva a um desagrado quando os pais (e especialmente outras pessoas) lhes tentam pegar, acariciar ou dar mimo.
Na síndroma de Asperger, por exemplo, as crianças revelam uma grande capacidade de aquisição de conhecimentos, podendo chegar quase à exaustão de um assunto, mas falta-lhes muitas vezes o doseamento emocional que leva a adequar o que se sabe ao que é realmente importante e pertinente.


Quais as causas?

Ainda não se conseguiu chegar a uma conclusão sobre as causas dos síndromes autistas, provavelmente porque haverá um conjunto de doenças diferentes, com causas também diferentes. Os estudos da neurociência revelaram alterações na composição e no funcionamento do cérebro. Outros estudos referiram haver uma deficiência dos neurotransmissores, substâncias – como a serotonina – que facilitam a passagem dos estímulos e da informação entre os neurónios.
Uma coisa é certa: sejam quais forem as causas destas situações, os pais não têm qualquer culpa. Nem quanto à herança genética que transmitiram aos filhos, nem quanto à educação que lhes deram, práticas que tiveram ou eventuais erros e lacunas que (como todos nós) cometeram. É fundamental sublinhar isto vezes sem conta.


O que há a fazer?

Com um tratamento e abordagem adequadas, há grande probabilidade de a criança poder evoluir para uma vida com maior autonomia. A adolescência é um período crítico, por razões óbvias. Face a um leque de sintomas desta ordem, há depois testes mais específicos que podem auxiliar ao diagnóstico – mas a visão multidisciplinar, que passa pelos neuropediatras, neuropsicólogos e psicólogos – , é essencial. A intervenção, depois, de um terapeuta da fala, de especialistas de psicomotricidade e outros técnicos destas áreas é essencial. Os terapeutas do âmbito da neuropsicologia, psicomotricidade e comunicação, entre outros, abriram novos horizontes para que, mesmo não se podendo modificar o funcionamento cerebral ou o «erro» que existe no «sistema operativo», se possam colmatar essas lacunas com aprendizagem de competências e de desempenhos. Uma coisa é certa: quanto mais cedo o tratamento começar, maiores as probabilidades de êxito e o tratamento só pode ser precoce se o diagnóstico for, ele mesmo, também precoce.


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Mensagem MC

(imagem retirada da internet)




Gostaria de ser...

Uma tarde, há muito, muito tempo
Deus convocou uma reunião.
Convidou um exemplar de cada espécie.
Depois de reunidos, e após escutar inúmeras queixas,
Deus apresentou uma pergunta simples: “O que gostarias de ser?”
Cada um respondeu sem reservas e de coração aberto:
A girafa disse que gostaria de ser um urso panda.
O elefante pediu para ser mosquito.
A águia, serpente.
A lebre quis ser tartaruga e a tartaruga, andorinha.
O leão desejou ser gato.
O castor, capivara.
O cavalo, orquídea.
E a baleia pediu permissão para ser um melro...
Então chegou a vez do homem,
Que, por acaso, tinha acabado de percorrer o caminho da verdade.
Fez uma pausa e, finalmente esclarecido, exclamou:
– Senhor, eu gostaria queria ser... FELIZ!

Vivi García


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Dispa o seu stress - MC




Workshop Dispa o seu stress


Insista no seu bem-estar físico, psicólogo e emocional...


Este workshop visa demonstrar que é possível conviver com o stress de forma saudável e que todos temos potencial para essa adaptação. 

Este workshop é destinado a quem… 
- Sente dificuldades em lidar com os acontecimentos do seu dia-a-dia? 
- Sente dificuldades em tomar decisões? 
- Perdeu a confiança em si e nas suas capacidades? 
- Foi solicitado para uma tarefa a qual não se sente devidamente preparado? 
- Sente-se aborrecido não sabe porquê?
- Tudo isto lhe tira o sono?...

Dê uma oportunidade a si próprio de entender o “seu” stress! 
Aumentar a sua resistência! 
Melhorar a sua vida! 
Os seus relacionamentos! 
As suas atitudes! 
Os seus comportamentos! 


Durante este workshop serão abordados os seguintes temas:

1- COMPREENDER O STRESS

2- SITUAÇÕES INDUTORAS DE STRESS

3 - COMO LIDAR COM O STRESS?


Formadora: Albertina Gouveia, Psicóloga, 
mentora e criadora do projeto MEIO CRESCENTE


Contribuição: 15 euros

Para iniciar o seu processo de inscrição acesse ao link:

Observações:
- Coffee-Break incluído
- Sorteio de um kit anti stress entre os participantes
- Trazer roupa confortável 




Cada maluco com sua mania, uns com stress e outros com poesia! 
Ventania


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

MC - Yoga do Riso





Sessão de Yoga do Riso


Rir dá-te asas para voar, e para a vida aproveitar!


Estas sessões serão dinamizadas nas últimas 2ª feiras de cada mês. Serão horas e horas de gargalhadas e dinâmicas joviais, alegria e muita animação, porque vale a pena VIVER a RIR!!

Próxima sessão: 24 de fevereiro (segunda-feira) 
Local:MEIO CRESCENTE
Horários: 18:30h às 19:30h ou 21:30h às 22:30h


Vamos lá aprender a AgiR com RiSo! 
Diversão, boa disposição e bem-estar estão garantidos!… 
Venha rir e traga amigos!

Contribuição por pessoa: 12 euros
Contribuição por duas pessoas: 20 euros

Inscrições:


NOTA IMPORTANTE: Traga roupa confortável, meias extra e uma manta.





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Charles Chaplin


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

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(imagem retirada da internet)




O direito ao diálogo


Educar é sempre desafiante, mas há momentos em que pode ser uma enorme frustração. A estratégia para lidar com a “areia na engrenagem” familiar passa por procurar apoio e alternativas. A parentalidade positiva e o coaching parental podem ser as respostas.

Com a entrada nos dois anos, os famosos “terrible twos”, Carla Domingos deparou-se com um dilema na educação da filha: se por um lado as birras iam aumentando e pediam medidas, por outro “preocupava-nos a hipótese de a formatarmos e interferirmos com a personalidade própria dela com regras e castigos excessivos”. À procura de respostas que a ajudassem a equilibrar esta equação e permitissem fugir dos extremos, pois nem a ditadura nem a anarquia são cenários aconselháveis na educação de uma criança, Carla inscreveu-se num workshop sobre parentalidade positiva. E foi aí que encontrou as respostas de que precisava. Uma das mensagens que interiorizou e que hoje considera essencial é a de que “nós, no papel de educadores, temos de ensinar os nossos filhos a tomar decisões. Se lhes impusermos demasiadas regras e formos demasiado restritivos, não permitimos que exerçam o direito de escolha, nem que percebam que para cada ato há uma consequência”. Posto em prática, este “direito à escolha” trouxe mais harmonia à casa desta família: “apesar de ter apenas dois anos, a minha filha tem respondido de uma forma muito positiva às nossas solicitações para fazer escolhas. Temos tido bons resultados em situações que tradicionalmente gerariam momentos de tensão, como a hora do banho, de vestir e de comer”. Esta tem sido a “fórmula mágica” para que a pequena Leonor se sinta mais envolvida nos processos e, assim, “em vez de ter de obedecer, coopera”.
Mas, afinal, o que é isto da parentalidade positiva? Não é mais do que “uma filosofia que promove a relação entre pais e filhos com base no mútuo respeito e que, porque esse mútuo respeito existe, a educação da criança é feita de uma forma não-violenta, de uma forma altamente construtiva”, explica Magda Dias, especialista em Coaching, Inteligência Emocional e Psicologia e Parentalidade Positiva e autora do blogue “Mum’s the Boss” (mumstheboss.blogspot.com), acrescentando que “quando um pai exerce a parentalidade positiva coloca limites claros à criança, não usando desculpas (‘ah, o bolo está estragado’), mentiras (‘porta-te bem ou vem aí o polícia e leva-te’) ou qualquer tipo de violência (‘estás aqui estás a apanhar’), seja ela em forma de sapatadas, berros ou ameaças e castigos”. Na parentalidade positiva, os pais “reconhecem as crianças como pessoas, seres humanos inteiros”. Nesta perspetiva, a grande diferença entre um pai e um filho “é que o filho é um ser humano em construção e que precisa de apoio nesse crescimento”. Essencialmente, precisa de “ser amado, naturalmente, e conhecer quais são as regras da vida”. E o pai e a mãe são “aqueles que lhe dão tudo isso”. Em jeito de resumo, “a grande diferença entre uma criança e um adulto é que o adulto sabe e a criança conta com ele para que possa aprender”. E aprender, sublinha Magda Dias, “não pode ser punitivo, humilhante ou castigador”.
Embora possa parecer simples e óbvio, a verdade é que a aplicação prática desta filosofia nem sempre é fácil. Inicialmente pode até ser um exercício complicado. “É uma rutura com uma série de ideias pré-concebidas que nos foram passadas”, confirma Carla Domingos. No entanto, esclarece, “à medida que começamos a pôr em prática algumas estratégias e vemos o impacto imediato que têm no comportamento das crianças, começa a tornar-se mais natural”. Isto porque a interação entre pais e filhos muda de registo. “A minha filha passou a procurar quase sempre explicações para as regras que impomos. Precisa de entender o que pedimos e lembra-se mais tarde e repete-nos, até nas coisas mais pequeninas”.
O grande objetivo da parentalidade positiva é “criar adultos íntegros, saudáveis, ‘desencucados’ e felizes”, afirma Magda Dias, explicando que “pessoas felizes, sérias e ‘desencucadas’ fazem mais bem do que mal e estão mais disponíveis para ajudar e cooperar”.Além disso, uma criança que é educada nesta base “desabrocha mais facilmente”. É uma criança que “percebe e integra os limites que existem na sua vida, porque percebeu o interesse dessas mesmas regras e não precisa do pai ou da mãe ao lado para as executar”. É uma criança “disciplinada, porque é incentivada a pensar, a escutar-se e a escutar os outros porque ela própria é escutada”. É uma criança “que sabe retardar a recompensa e que percebe mais facilmente que a sua felicidade depende de si e não procura justificações quando as coisas correm mal”. No futuro, “saberão lidar e gerir as suas emoções e terão a capacidade de identificar as emoções das outras pessoas, sendo por isso muito mais empáticos”, garante Magda Dias. Crescer assim permite que se tornem pessoas capazes de fazer melhores escolhas. E este tipo de adultos são “menos frustrados, menos revoltados e com uma maior capacidade de fazerem o bem e de ajudarem”.


Entre a permissividade e a autoridade

A parentalidade positiva mora entre duas formas antagónicas de educar: a autoritária e a permissiva. “É um meio-termo que se baseia no respeito e na função dos pais que é educar e humanizar a criança e torná-la num adulto íntegro, são e feliz”.
Uma educação autoritária recorre, com frequência, ao uso das palmadas, dos castigos, dos berros e do medo. “Se no imediato a criança até atua da forma como o pai ou a mãe quer, a verdade é que o faz apenas porque não quer ser castigada e não porque percebeu o interesse da ordem”. No limite, “vai desenvolver uma resistência aos pais ou então vai deixar de pensar pela cabeça dela… é uma forma um bocadinho castradora”. Na parentalidade positiva também há espaço para os pais darem ordens, esclarece Magda Dias, sublinhando que esse é mesmo o papel dos pais. Contudo, a diferença é que “os pais escutam a criança, podem ou não negociar com ela naquilo que é negociável e dizer-lhe para atuar de uma determinada forma, explicando porquê, sem ameaças ou humilhações”.
Já numa educação permissiva, permite-se tudo “com medo de se frustrar a criança ou por causa de sentimentos de culpa (muitas vezes no caso de pais separados ou de pais que trabalham muito tempo fora de casa)”. Ora, uma criança para crescer de forma segura “precisa de limites e de regras”. E precisa de entender e interiorizar, pelo que as regras devem ser repetidas “uma, duas, três ou mais vezes e com muita firmeza”. Uma criança que vive sem regras e limites é “uma criança com muita ansiedade” e que vive com a sensação de que “os pais não conseguem protegê-la”. E isso é “terrivelmente assustador”. É preciso não esquecer que a criança é um ser em crescimento e que precisa de orientação. E a “verdadeira missão dos pais é orientar os filhos”. A autoridade “não é um capricho, nem é birra dos pais”, sublinha Magda Dias, afirmando que “a autoridade é aceite quando o pai e a mãe se sentem legitimados no seu exercício e quando aquilo que pedem é coerente”. Convém também lembrar que os conflitos são normais em qualquer tipo de relação. “O importante é aprender a saber escutar e a respeitar a opinião do outro, seja ele o pai ou o filho”. E assim favorece-se também a vinculação entre os dois.
Para Carla Domingos, esta mudança foi reveladora e, no limite, sente-se hoje uma mãe mais realizada. “Poder conversar com ela e explicar-lhe o porquê das regras e as consequências das suas ações, em vez de ralhar e castigar, permite-nos ter uma relação mais tranquila. Isto não significa que ela faça tudo o que lhe apetece! Continua a desafiar-me, como é suposto para a sua idade, e eu tenho de ser firme a estabelecer limites, mas retirámos a frustração e a humilhação no nosso relacionamento. A Leonor está menos irritável e mais carinhosa connosco. Consequentemente, nós também. O facto de termos começado a demonstrar empatia pelas suas emoções, tranquilizou-a de algum modo e ajudou-a a ganhar algum autocontrolo. Os dias de birra em sessões contínuas no fim do dia de trabalho estão praticamente superados!”. 


Treinar os pais

São cada vez mais os pais que procuram ajuda quando sentem que a educação que estão a dar aos filhos não está a dar os frutos pretendidos. Muitos, confrontados com a frustração das birras e a ineficácia dos berros e castigos repetidos, procuram alternativas e sentem-se aliviados quando encontram o apoio necessário. “Nenhum pai quer ter de castigar e bater e quando o faz, sente-se mal, angustiado e frustrado. Bater e castigar ou humilhar nunca foi uma forma de educar e há alternativas para isso”, sublinha Magda Dias, referindo que “há cada vez mais pais a fazer coaching parental”, que, muitas vezes, é o suficiente para “‘desbloquear’ e fazer fluir a relação familiar, eliminando aqueles ‘dilemas’ do dia-a-dia”.
Se por um lado “educar não é uma tarefa simples” e, por outro, “os filhos não trazem manual de instruções”, lidar com os desafios do seu desenvolvimento “é uma tarefa complexa para pais e mães, que se sentem frequentemente sozinhos e sem respostas sobre quais as estratégias para lidar com as diferentes situações com que se deparam”, sustenta Rita Castanheira Alves, psicóloga clínica coordenadora do MindKiddo (www.mindkiddo.com), projeto da Oficina de Psicologia especializado em saúde mental infantil e juvenil. Perante todas as dúvidas que se levantam e pela “complexidade da tarefa e da especificidade de cada criança, beneficiar de acompanhamento parental poderá ser útil e permite aos pais desenvolverem melhores competências parentais, especialmente porque promove a confiança e segurança nas suas ações e maior conhecimento do seu filho”. Na complexa tarefa de educar, muitas vezes o instinto não chega e é preciso perder a “vergonha” e perceber que uma “pequena” ajuda pode fazer toda a diferença entre uma relação entupida pela frustração e culpa e uma relação mais feliz e realizada. 
“Muitos pais e mães vivem com a ideia que é suposto saber educar uma criança e que é suposto termos um ‘instinto’ que nos dá todas as respostas para lidar com os filhos”, pelo que não se permitem “sentir que falharam ou que não sabem como fazer”. Consequentemente, “não sabem como lidar com a culpa que daí advém”, explica Rita Castanheira Alves, sublinhando que, no coaching parental, o processo “não passa por encontrar culpados ou atribuir falhas, mas sim por ajudar a desenvolver práticas mais adequadas”.
Até porque os pais podem ter alguma dificuldade em encontrar o seu “instinto”. “Tenho estado com pais e mães que chegam até à consulta cheios de dificuldades em lidar com comportamentos problemáticos e bem difíceis dos seus filhos, mas o maior problema deles é a pressão que sentem e que exercem sobre si mesmos porque vêm com a ideia pré-concebida de que deveriam ter um ‘instinto’ materno ou paterno para lidar com a criança”, conta a psicóloga. O “instinto” é muito importante quando pais e mães percebem que a “regra para ele aparecer e funcionar é descontrair”. No fundo, esse “instinto” não é mais do que “o conhecimento único que têm dos seus filhos”. E a conjugação “entre esse conhecimento e as práticas parentais e estratégias que podem adquirir através de um processo de coaching parental poderá ter grandes benefícios”. No fundo, aproveitando o “instinto”, o coaching “ajuda os pais a sentirem-se parte integrante do processo e sentirem que o seu conhecimento das situações e do seu filho é essencial para atingir os objetivos definidos”.
Os pais que recorrem ao coaching “sentem-se não só satisfeitos porque veem mudança e melhoria da situação ou das situações que os estavam a preocupar, mas sentem sobretudo que foram eles os responsáveis pela mudança e por conseguirem alcançar os seus objetivos, o que contribui para a sua segurança, autoconfiança, felicidade e sentido de competência no papel de pais”, explica a psicóloga. Neste sentido, o coaching é “especialmente importante quando os pais não estão a ser capazes de lidar com os seus filhos, embora seja uma ferramenta útil para todos os que educam, no sentido de se munirem de estratégias úteis de forma preventiva”. Até porque “não saber fazer tudo, nem saber fazer tudo bem, é parte de ser humano”, como tal, o mesmo se aplica à “complexa tarefa de educar um filho”. Afinal, “se estudamos para ser médicos, cozinheiros ou jornalistas, porque não podemos estudar para ser melhores pais?”, questiona Rita Castanheira Alves, em jeito de desafio. Tal como “quando queremos desenhar com maior mestria ou tocar um instrumento com mais saber, procuramos mais informações e aulas que nos ajudem a lá chegar”, também “é útil procurar apoio quando falamos em educar”, reforça Magda Dias.


Encher o copo de mimo

Madalena tem dois anos e está prestes a deixar de ser filha única. A chegada da irmã e todo o reajustamento familiar inerente, condicionado por uma gravidez que a determinada altura obrigou a mãe a estar em repouso absoluto, provocaram alterações na rotina e no comportamento da menina. As birras incessantes e a co-dependência exagerada levaram a mãe, Margarida Marques, a recorrer ao coaching parental. “A hora de dormir era um pesadelo… para ela e para mim. A Madalena exigia imenso a minha presença, por isso a hora de dormir passou a ser às 23h00 (por exaustão) e no sofá em cima da minha barriga, ao contrário do habitual, 20h30, na cama dela. Tive que pedir socorro”, conta Margarida. A solução proposta por Magda Dias, que já conhecia por ter feito o workshop sobre parentalidade positiva, foi “encher-lhe o copo de mimos e afetos, explicar-lhe tudo o que acontecia à volta da minha barriga, envolvê-la nas coisas relacionadas com a chegada da irmã, como por exemplo arrumar o quarto dela e escolher as roupas para levar para a maternidade”. Conseguir pô-la a dormir como antigamente, “sem choros nem birras”, demorou uma semana, “levou-me à exaustão física e pensei várias vezes em desistir, mas a perseverança deu resultados… e dos bons!” Do que aprendeu, no workshop e no coaching, gostou especialmente do conceito-chave “encher o copo da criança”. Porque “uma criança com o copo cheio de mimo e cheio de afetos é o que se pretende”, embora o conceito de “mimo” seja muitas vezes entendido de forma pejorativa. Por outro lado, também é importante “aprendermos a ser empáticos com os nossos filhos: mostrar-lhes que compreendemos a situação deles e que somos solidários com os seus sentimentos”. Agora “faz todo o sentido”, explica Margarida, referindo que os resultados obtidos com esta nova forma de se relacionar com a filha são muito positivos e que, na base deste sucesso, está também a proposta de dedicar 15 minutos diários à filha, assim que chega a casa, e brincar com ela sem interferências. Porque, garante, a fórmula “criança feliz, pais felizes” resulta. 


Os pais também fazem birra

“Se não vens comer já, não há mais playstation!” “Dá-me um beijinho! Não dás? És feio!” “Para de brincar com o pacote do açúcar! Olha que vem aí a polícia…” Os pais também têm direito a perder a paciência, a ficar zangados e a ceder às tensões e inseguranças. Ninguém é perfeito. Mas a tentação de recorrer a chantagens, mentiras ou punições deve ser contrariada. Falar sempre a verdade, explicar as regras e escutar a criança pode fazer toda a diferença. “Quando falamos a verdade estamos a respeitá-la enquanto ser humano que é e, compreendendo a verdade, vai aceitá-la”, defende Magda Dias, no seu site sobre parentalidade positiva (www.parentalidadepositiva.com). Quando os pais deixam as suas próprias birras de lado, estão a favorecer também a vinculação com os filhos. “A cada passo que damos, a falar verdade, estamos a tornar a nossa casa num lugar seguro”. Até porque “com os nossos comportamentos, estamos sempre a modelar e a influenciar os comportamentos dos nossos filhos: eles aprendem porque sabem que somos justos, sérios e coerentes; aprendem porque, no respeito que temos por eles e na empatia que mostramos, acabam por devolver tudo isso em igual respeito e empatia”.



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Mensagem MC

(imagem retirada da internet)


Apesar dos nossos defeitos, 
precisamos enxergar que somos pérolas únicas 
no teatro da vida e entender que não existem 
pessoas de sucesso e pessoas fracassadas. 
O que existem são pessoas que lutam pelos 
seus sonhos ou desistem deles. 



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