segunda-feira, 1 de setembro de 2014

MC - Promoção Especial aniversário!




Stress…? 

Stress é aquilo que acontece quando se sente falta de controlo sobre um dado acontecimento. Podemos definir stress como a resposta do nosso corpo aos desafios da vida, se sentimos que não controlamos a situação e que não podemos vencer o desafio daí pode surgir o stress... 

O stress é feito de muitas coisas... É uma família de experiências, caminhos, comportamentos, atitudes, pensamentos, emoções, palavras, silêncios… E está presente na vida de todas as pessoas de uma forma ou de outro!

Podemos achar que percebemos o "funciona" o stress, mas todos o vivenciamos de modo diferente e nem sempre sabemos qual a sua origem, o modo como nos afeta e como podemos controla-lo. Maior parte das vezes não damos a devida importância aos sintomas associados ao stress, porque são sintomas que podem acontecer em qualquer outra situação, tais como má disposição, sentido de humor instável, dores de cabeça, nervosismo sem razão aparente, explosões de raiva, medo ou irritação, falta de concentração, insónias… quando são prolongados no tempo, é provável que o seu corpo esteja sobre o efeito do stress.

No seu dia-a-dia…
  • Sente dificuldades em lidar com os acontecimentos do seu dia-a-dia? 
  • Está insatisfeito com o seu trabalho? Com os seus colegas? 
  • Tem dificuldades em tomar decisões? 
  • Perdeu a confiança em si e nas suas capacidades? 
  • Foi solicitado para uma tarefa a qual não se sente devidamente preparado? 
  • Está inquieto porque tem muitas tarefas para terminar ao mesmo tempo?
  • Sente-se aborrecido não sabe porquê?
  • Tudo isto lhe tira o sono?
  • ...

Então dê uma oportunidade a si próprio de entender o “seu” stress! 
Aumentar a sua resistência! Melhorar a sua vida! 
Os seus relacionamentos! As suas atitudes! 
Os seus comportamentos! De ser feliz…


Tópicos a ser abordados nas sessões "Dispa o seu Stress"
- Descobrir qual a ORIGEM do “seu” stress 
- Quais as CAUSAS do “seu” stress
- Compreender o IMPACTO do stress na sua vida
- Perceber até que ponto o stress o AFECTA
- Descobrir como CONTROLAR esse stress...


Não deseje que as coisas sejam mais fáceis, deseje ser mais forte!
(Jim Rohn)

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Estar bem e feliz é uma questão de escolha. 
Venha ser feliz no MEIO CRESCENTE.

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(imagem retirada da internet)


Coimbra: Gabinete de física recebe distinção europeia

O Antigo Gabinete de Física Experimental da Universidade de Coimbra é um dos mais importantes espaços europeus na história da Física. O gabinete acaba de ser distinguido como Local Histórico pela Sociedade Europeia de Física (EPS). O espaço torna-se assim num dos 19 locais distinguidos na Europa, surgindo como o segundo mais importante, na Península Ibérica, para a história da Física. O Museu de Ciência da Universidade de Coimbra, onde se encontra integrado o Gabinete de Física Experimental, reúne instrumentos e aparelhos raros utlizados em experiências no campo da Física, desde 1772. 

A distinção da EPS, que reúne as sociedades de físicos de todos os países europeus, referencia locais (entre laboratórios, institutos ou universidades), associados a uma descoberta, pesquisa ou evento que tenham contribuído para o desenvolvimento na área da Física. Entre os locais distinguidos, destacam-se o CERN, na Suíça, onde se encontra o maior acelerador de partículas do mundo, e o Instituto Niels Bohr, em Copenhaga, considerado o berço da Física atómica e nuclear moderna. 

Um dos gabinetes de física mais antigos

A candidatura foi proposta pela Sociedade Portuguesa de Física (SPF) e pelo recém criado Grupo de História da Física, e foi preparada pelos físicos Carlos Fiolhais e Décio Martins. Carlos Fiolhais refere, em comunicado enviado ao Boas Notícias, que "de entre os sítios históricos da Física na Europa selecionados até à data, o Gabinete de Física Experimental da Universidade de Coimbra é um dos mais antigos". O físico sublinha ainda que "hoje os turistas podem ver e admirar essa importante herança" e espera "que os responsáveis pela ciência portuguesa de hoje se inspirem nos exemplos antigos". 


Quatro medalhas lusas nos Olímpicos da Juventude

Portugal conquistou quatro medalhas na segunda edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, que decorreu em Nanjing, na China, entre 16 e 28 de Agosto. Maria Miguéis Teixeira, atleta portuguesa do Pentatlo Moderno de apenas 14 anos, foi a mais jovem medalhada da comitiva nacional.
De acordo com informações avançadas pelo Comité Olímpico de Portugal (COP), os participantes portugueses arrecadaram duas medalhas de ouro (ambas por equipas, no Judo e no Pentatlo Moderno, por Maria Siderot e Maria Miguéis Teixeira), uma de prata (em Vela, por Rodolfo Pires) e uma de Bronze (em Trampolins, por Pedro Ferreira). A comitiva lusa superou, com este desempenho, o resultado obtido há quatro anos na estreia dos Jogos Olímpicos da Juventude em Singapura, onde Portugal conseguiu uma medalha de ouro (em Triatlo por Equipas), uma de prata (em Taekwondo) e uma de bronze (em Natação).
Maria Miguéis Teixeira, de 14 anos, em par com o ucraniano Anton Kuznetsov na prova de Pentatlo Moderno, encerrou com o segundo ouro a participação nacional nos Jogos de Nanjing. "Foi muito intenso disputar todas as provas num só dia, um enorme esforço físico, que acabou da forma ideal", confessa a atleta em comunicado. "Vou continuar a lutar, espero conseguir um dia chegar a uns Jogos Olímpicos, pois vivem-se emoções únicas na vida que temos de perceber", acrescenta a jovem, que promete, desta forma, ir dar seguimento ao seu percurso desportivo. Para José Garcia, chefe da missão portuguesa em Nanjing, "o balanço [destes Jogos para Portugal] é muito positivo". "Os resultados desportivos são de grande mérito e as experiências adquiridas por toda a equipa olímpica - oficiais, treinadores e atletas - são algo que marcará a todos para sempre", resume o responsável.  
Apesar do sucesso, José Garcia alerta que é "prematuro" esperar que estes "vencedores" possam competir já nos próximos Jogos Olímpicos, a realizar-se no Rio de Janeiro, Brasil, em 2016. "Para alguns deles, a realidade será para Tóquio 2020. Para o Rio 2016 é um desafio muito grande para jovens desta idade, entre os 15 e os 18 anos", nota o chefe da comitiva, vincando, ainda assim, que este grupo "constitui o futuro do desporto olímpico nacional".
"[Estes atletas] são os heróis do nosso tempo, conseguindo conciliar a vida académica -- alguns no quadro de excelência das suas escolas - com a carreira desportiva, sendo dos melhores do Mundo nas suas modalidades", conclui José Garcia. O próximo grande desafio do chefe da missão serão os I Jogos Europeus, que se realizarão em Baku, no Azerbaijão, em 2015, e que vão apurar atletas de diversas modalidades para os Jogos Olímpicos do Rio. 


Portuguesa cria roteiros turísticos para invisuais

Uma estudante universitária portuguesa desenvolveu roteiros turísticos da cidade de Braga destinados a pessoas com deficiências visuais. Os percursos concebidos por Sandra Contente, aluna de mestrado em Património e Turismo Cultural na Universidade do Minho (UMinho) já estão disponíveis para os cidadãos locais. A ideia, que contou com a colaboração da Associação do Apoio ao Deficiente Visual do distrito de Braga e da Associação de Ocupação Constante, foi retirada por Sandra Contente da sua própria tese de mestrado, intitulada "Turismo Acessível na cidade de Braga: uma experiência com portadores de deficiência visual". Segundo a jovem portuguesa, este projeto surgiu da necessidade de suprimir uma lacuna existente há vários anos. "É importante apostar em iniciativas e estratégias diversificadas que permitam às pessoas com limitações físicas usufruir e conhecer melhor os vários espaços turísticos e culturais", defende Sandra Contente em comunicado enviado ao Boas Notícias.

Projeto aposta no lado sensorial de cada trajeto para que os participantes possam desfrutar de aspetos tradicionais da cidade, como o cheiro da moagem do café. © UMinho

Com este objetivo, explica a mentora do projeto, "foram definidos, em conjunto com as entidades aderentes, percursos e atividades para esta população" e Sandra Contente procurou dar um toque mais sensorial aos trajetados já delineados, tendo em consideração igrejas, museus, monumentos, estabelecimentos comerciais e outros locais "onde estes turistas pudessem sentir alguns dos aspetos tradicionais da cidade bracarense". Desde o arranque da iniciativa, várias entidades e comerciantes de Braga já integraram os itinerários adaptados, casos do Posto de Turismo de Braga, do Museu Arqueológico Dom Diogo de Sousa, do Museu Pio XII, da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, dos estabelecimentos comerciais "A Negrita" e "Som da Sé" e do artesão local Eurico Silva.
De acordo com Sandra Contente, o 'feedback' dos deficientes visuais tem também sido positivo. "Eles apreciaram bastante a atividade. Acharam é que se devia fazer mais vezes e, para isso, é necessário haver políticas públicas nesse sentido, existir a cooperação entre várias entidades e apostar na cultura da acessibilidade junto da população", declara, acrescentando que "só assim é que se pode pensar em Braga como um destino acessível".


Ambiente: Prémios mundiais para hotéis madeirenses

Quatro unidades hoteleiras portuguesas do Grupo Pestana, todas localizadas na Madeira, foram, recentemente, distinguidas com os prémios internacionais "TUI Environmental Champion Awards 2014", que reconhecem a qualidade ambiental na hotelaria e são atribuídos pela TUI Deutschland, um dos maiores operadores turísticos do mundo. 
O Pestana Carlton, o Pestana Village, o Pestana Miramar e o Pestana Palms foram os hotéis portugueses que conquistaram os galardões, entregues pelo operador desde 1996 e que destacam os hotéis que evidenciam um compromisso especial para com a proteção do meio ambiente, promovendo, dessa forma, a sua vertente de responsabilidade social.
Com as novas distinções, o grupo hoteleiro português passa a totalizar 13 prémios TUI Enviromental Champion em unidades da Madeira, arquipélago onde tem 10 hotéis e resorts.
"Para além do grau de satisfação dos nossos clientes, é através deste tipo de prémios com forte reconhecimento internacional que certificamos que estamos no caminho certo", congratula-se Luigi Valle, administrador do Grupo Pestana, em comunicado enviado ao Boas Notícias. "A aposta nas melhores práticas ambientais é uma realidade presente no dia-a-dia das nossas unidades e isso faz-se sentir junto dos colaboradores, clientes e até mesmo da sociedade em geral", acrescenta o responsável. 
O objetivo dos prémios da TUI Deutschland é aumentar a consciência ambiental e o compromisso dos intervenientes no sector hoteleiro para a sustentabilidade. Um dos requisitos exigidos é um certificado de sustentabilidade válido, reconhecido pelo GSTC (Conselho Global de Turismo Sustentável) sendo que a avaliação é feita anualmente de acordo com rigorosos critérios de seleção que passam por um inquérito de satisfação a clientes auditado externamente.


Design: Cerâmica portuguesa galardoada em Itália

A empresa portuguesa Revigrés acaba de ser premiada, em Itália, no âmbito de um dos mais prestigiados concursos de design do mundo, o A'Design Award & Competition, pelo seu pavimento amovível Revicomfort, que se sagrou o produto vencedor na categoria de "Materiais de Construção, Componentes de Construção, Estruturas e Sistemas". Trata-se de um pavimento cerâmico amovível e reutilizável, de aplicação fácil e rápida efetuada a seco (ou seja, sem a necessidade de cimento cola), e, segundo a empresa, é uma solução pronta a utilizar, que não danifica o pavimento preexistente e que permite o fácil acesso a sistemas ocultos. Em comunicado, a Revigrés informa que todos os produtos vencedores da competição, entre os quais o pavimento português, "distinguidos pela excelência em Design, Inovação, Tecnologia e Criatividade, estão numa exposição organizada pelo MOOD - Museum of Outstanding Design", a decorrer na cidade italiana de Como. 
Além disso, graças à distinção, a marca portuguesa integra a série de projetos vencedores - Winner Designs - publicados no Yearbook da competição, que reúne os melhores trabalhos de design a nível mundial. 
O A'Design Award & Competition é considerado um dos concursos mais abrangentes e prestigiados da área, tanto pela diversidade dos conteúdos como pelo rigor do processo de seleção do juri, constituído por professores universitários, profissionais, empresários e personalidades dos media com reconhecido "know how" nas áreas do design, arquitetura e artes. 
Este concurso é organizado anualmente e conta com o patrocínio do Bureau of European Design Associations (BEDA), de outras instituições de design e de vários parceiros mediáticos internacionais. Ao longo dos últimos cinco anos, a competição contou já com a participação de 30.000 projetos provenientes de 280 nações. Portugal ocupa, atualmente, o 17º lugar no ranking dos países vencedores, liderado pelos EUA. 


Livro de receitas dos Açores faz sucesso nos EUA

A luso-americana Maria Lawton publicou um livro de receitas açorianas nos Estados Unidos, "Azorean Cooking: From My Family Table to Yours", e já vendeu mais de dez mil exemplares.
"Nunca pensei que isto pudesse acontecer. As pessoas escrevem-me a dizer: lembro-me da minha mãe fazer isto, ou esta era a receita da vovó que eu adorava e nunca aprendi a fazer", disse à agência Lusa Maria Lawton. A luso-americana, que nasceu na ilha de São Miguel e mudou-se com os pais para os Estados Unidos com seis anos, começou a cozinhar depois da mãe morrer, para que o pai continuasse a comer os seus pratos preferidos.
"A minha mãe era uma grande cozinheira e ele sempre adorou a sua comida. Cozinhar foi a maneira que encontrei de tentar compensar a sua ausência. O meu pai ia dizendo que estava tudo muito bom, mas eu sabia que não estava como a comida da minha mãe", lembra Maria Lawton. A cozinheira conta que, quando o pai morreu (três anos depois da mãe), encontrou um caderno da mãe com muitas listas de ingredientes, mas nenhuma receita completa. Decidiu então viajar até aos Açores para, finalmente, aprender todos os pratos da forma original.


Dos EUA para São Miguel

Na sua ilha de origem, com a ajuda da família, conseguiu reconstruir todas as receitas. Quando regressou aos EUA, há cerca de 5 anos, começou a escrever o seu livro e criou uma página de Facebook que, entretanto, foi reunindo milhares de seguidores, contando já com mais de 18 mil fãs. Durante quatro anos trabalhou no livro, aos serões e fins de semana. A micaelense, que tem três filhas, diz que o livro foi um projeto de amor, feito a pensar nas filhas e nos sobrinhos. "Todos eles nasceram cá, mas têm muitas memórias ligadas à comida. As melhores memórias que temos são à volta de uma mesa. Não queria que passassem pelo que passei", conta. Em junho do ano passado, começou a distribuir uma edição particular pela sua família. Em pouco tempo, começaram a chegar os pedidos de amigos, estranhos e de fãs do Facebook. Passados uns meses, recebeu o telefonema da Union Park Press, uma editora de Boston.
"Azorean Cooking: From My Family Table to Yours" chegou, em Janeiro deste ano, às livrarias e ao público norte-americano, tornando-se um sucesso com mais de 10 mil exemplares vendidos. Neste momento, a autora está já a preparar um segundo livro, desta vez dedicado às sobremesas e doces dos Açores.
Notícia sugerida por Maria Pandina


Portugueses descobrem como travar leucemia infantil

Uma equipa de cientistas portugueses descobriu como travar a evolução de um tipo de leucemia que afeta crianças com frequência por intermédio da utilização de um composto farmacológico, o que poderá abrir portas ao desenvolvimento de uma terapêutica alternativa à que hoje existe. O achado é da responsabilidade de um grupo de investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, coordenado por João Taborda Barata, tendo os resultados do trabalho sido recentemente publicados na revista científica internacional Oncogene. 
Em comunicado, o IMM destaca que o estudo obteve conclusões "bastante promissoras no que respeita ao potencial desenvolvimento de uma terapêutica alternativa para o tratamento da leucemia linfoblástica aguda de células T (LLA-T), um tipo de leucemia bastante frequente em crianças". Os especialistas nacionais avaliaram o papel da proteína "CHK1" em doentes e concluíram que a mesma se encontra "hiperativada" nos casos de leucemia. Ou seja, em pessoas com a doença, a expressão deste gene está demasiado aumentada, o que permite a viabilidade das células tumorais e a proliferação da doença.
Consequentemente, a proteína em causa constitui "um novo alvo molecular para potencial intervenção terapêutica em leucemia pediátrica", explica João Taborda Barata, que acrescenta que "o curioso é que o CHK1 serve como uma espécie de travão para a multiplicação celular, mas acaba por ajudar as células leucémicas porque as mantém sob algum controlo".
"Se inibirmos o CHK1, as células tumorais ficam tão 'nervosas' - o que chamamos de 'stress replicativo' - que acabam por morrer", esclarece o investigador, responsável pela liderança da equipa, para levar a cabo esta inibição, utilizou um composto farmacológico, o PF-004777736, capaz de induzir a morte das células doentes sem afetar as células T normais. Segundo os cientistas do IMM, o uso deste composto é, portanto, capaz de interferir na proliferação das células afetadas e de interromper o seu ciclo de vida, diminuindo o desenvolvimento da doença.

Tratamentos atuais têm efeitos secundários consideráveis

A leucemia linfoblástica aguda de células T é um tipo de cancro do sangue (tumor líquido) especialmente frequente em crianças e que se carateriza por um aumento descontrolado do número de linfócitos T (glóbulos brancos), as células do sistema imunitário responsáveis por identificar e combater agentes externos causadores de infeção. A incidência de LLA em geral é relativamente similar na Europa e nos Estados Unidos da América, com um caso em cada 50.000 habitantes, sendo mais frequente no sexo masculino do que no sexo feminino e apresentando dois picos de incidência: dos dois aos cinco anos e após os 50 anos de idade.
Apesar de este tipo de leucemia ser um cancro que apresenta grande sucesso terapêutico nas crianças, os efeitos secundários resultantes das terapias atuais são bastante consideráveis, o que justifica a vontade dos cientistas de encontrar soluções alternativas para o tratamento.
Notícia sugerida por Maria Pandina, António Resende e Raquel Baêta

Créditos: Boas Notícias


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(imagem retirada da internet)



Mimo nunca é demais

As crianças precisam de demonstrações físicas de afeto para se sentirem amadas e crescerem felizes. O toque ajuda-as a gerir emoções, a aprender melhor e até a serem mais resistentes às doenças. Já abraçou o seu filho(a) hoje?

Precisamos de quatro abraços por dia para sobreviver, oito para manutenção do bem-estar e 12 para crescer. A quantização é da conhecida psicoterapeuta norte-americana Virginia Satir e, embora possa parecer exagerada face ao ritmo alucinado a que tantas vezes vivemos, a verdade é que a necessidade do abraço é bem mais profunda – quase orgânica – do que imaginamos.

“Os abraços são tão vitais para a saúde e desenvolvimento das crianças como a comida e a água”, defende a psicóloga Ana Margarida Marcão, da Oficina da Psicologia, explicando por que é o toque tão importante desde cedo: “Um bebé reconhece os seus pais inicialmente pelo toque e cerca de 80 por cento da sua comunicação é feita através do movimento corporal. Portanto, é mais fácil comunicar com eles pelo contacto físico. Um abraço ‘dirá’ à criança que ela é amada, querida, protegida e que está em boas mãos, dando-lhe uma sensação de segurança de uma forma que as palavras não conseguem”. 

E este toque é primordial desde o primeiro minuto para estimular o processo de vinculação, que vai refletir-se no desejado desenvolvimento saudável e equilibrado da criança. “O contacto corporal mãe-bebé, desde os momentos imediatos ao parto, resulta em efeitos positivos na interação entre os dois, observados quer a curto quer a longo prazo”, confirma a psicóloga clínica Carolina Martins Faria, do Gabinete de Psicologia, acrescentando que “ao longo do desenvolvimento, as manifestações de afeto, consistentes, previsíveis e sensíveis, são essenciais para a construção de laços afetivos e para uma relação de confiança com os pais”. Além dos benefícios de uma vinculação segura, “o conforto proporcionado pelo contacto corporal (abraçar, tocar) é uma ferramenta importante na gestão emocional, particularmente em crianças pequenas”. Ou seja, ajuda a criança a regular as suas reações quando é confrontada com situações de stresse ou com emoções negativas.

Mas os benefícios do toque não se limitam apenas ao plano emocional: há todo um conjunto de efeitos positivos também a nível físico que não devem ser menosprezados: “O afeto e cuidado transmitidos através do toque aumentam os níveis de oxitocina no cérebro”, explica Ana Margarida Marcão. A ocitocina (hormona libertada na corrente sanguínea) “relaxa o corpo, diminuindo o ritmo cardíaco, a pressão arterial e os níveis de cortisol”. O excesso de cortisol no cérebro (em resposta a situações de stresse) “afeta o desenvolvimento do sistema límbico, que controla e gere as emoções, e interfere também com a capacidade da criança para aprender e crescer”. Assim, sublinha a psicóloga, “o toque tem um papel significativo na capacidade da criança regular as suas próprias respostas ao stresse”. Um abraço promove ainda “a libertação de dopamina (uma hormona que atua como um estimulante), criando uma sensação de prazer no cérebro” e “reforça o sistema imunológico, ao aumentar os níveis de hemoglobina (que transporta o oxigénio aos nossos órgãos e tecidos) no sangue”. Afinal um abraço não é “só” uma reconfortante manifestação de afeto, é um ato quase mágico, com um poder que tem tanto de ancestral e profundo como de inesperado.


Dos prematuros aos idosos

A investigadora norte-americana Tiffany Field, diretora do “Touch Research Institute” do Departamento de Pediatria da Universidade de Miami, estuda há mais de 30 anos o poder do toque ao longo das várias fases da vida, desde o nascimento à velhice, e não tem dúvidas de que o contacto físico é “muito importante”. “Desde o abraço à massagem, o toque tem efeitos positivos na saúde, ajudando a reduzir a dor, a ansiedade e a agressividade, promovendo a estimulação do sistema imunitário, melhorando a saúde cardiovascular… e sem efeitos secundários”, afirmou à Pais&filhos. O interesse da pediatra pelo toque surgiu, numa primeira fase, quando se debruçou sobre os bebés prematuros e a forma como podem ser ajudados a ganhar peso.

“Descobrimos que os prematuros que recebem massagens ganham peso mais depressa, respondem melhor aos estímulos sociais e vão para casa mais cedo”, explicou. A partir daí, Tiffany Field e a sua equipa têm realizado dezenas de estudos sobre os efeitos do toque, não só nos bebés como ao longo de toda a vida. Um das suas investigações, publicada no “Early Child Development and Care”, em 1999, concluiu que as crianças em idade pré-escolar que recebem mais demonstrações físicas de afeto dos pais são menos agressivas para os seus pares na escola.

Perante isto, valerá a pena refletir: quantos abraços (não) damos aos nossos filhos na correria do dia-a-dia? Antes de nos deixarmos amargurar com este pensamento, Carolina Martins Faria lembra que “mais importante do que a quantidade, é proporcionar abraços e manifestações de afeto enquadradas numa relação responsiva e sensível às necessidades do outro. Isto é, os abraços devem surgir de uma forma adequada ao contexto e aos sinais que nos são transmitidos pelo outro, respeitando as caraterísticas individuais de cada um, de forma a não serem intrusivos e percecionados como negativos”.

Isto é especialmente importante na adolescência. Um abraço “imposto” à frente dos amigos pode ter um efeito oposto ao desejado. “Os pares dos adolescentes são muito importantes para eles e eles importam-se com o que pensam. Envergonhá-los à frente dos amigos é uma muito má ideia”, lembra Ana Margarida Marcão. Não é que os adolescentes não precisem de abraços, pelo contrário, mas é preciso respeitar toda a transformação que estão a viver e que muitas vezes conduz a um desinvestimento no que diz respeito às demonstrações de afeto entre pais e filhos.

“O confronto com a novidade, com um corpo em transformação, com todo um novo mundo emocional (turbulento) e a constituição de uma nova identidade, levam a que o adolescente necessite de deixar os laços demasiado próximos com os pais e de interromper as ações anteriores que com eles tinha”, explica a psicóloga, sublinhando, contudo, que “existem muitas razões para abraçar um adolescente, incluindo os rapazes: eles estão diariamente numa montanha russa emocional, não entendem realmente porque sentem o que sentem e isso fá-los sentirem-se muito desconfortáveis. Um grande abraço da mãe ou do pai pode ser muito benéfico, se dado corretamente”. Até porque “os adolescentes precisam saber que podem contar com os pais” e abraçar pode ser o suficiente para que se sintam seguros. Mas se esta aproximação parecer mesmo desadequada, Tiffany Field lembra que há outras formas de contacto físico menos “intrusivas” para o adolescente: “Eles adoram uma massagem nos ombros, desde que lhes perguntemos primeiro!”.

Por tudo isto, é natural que as demonstrações físicas de afeto estejam mais presentes na infância, altura em que as crianças estão mais dependentes dos pais e que a própria satisfação das suas necessidades básicas implica um contacto mais próximo. “À medida que as crianças se desenvolvem (física, cognitiva e emocionalmente), tendem a procurar a independência dos vários adultos a quem estão vinculadas, diminuindo a necessidade deste contacto físico”, diz Carolina Martins Faria. Em contrapartida, “passam a necessitar de outras manifestações de afeto, verbais e comportamentais, de maior complexidade, que as apoiem nos novos desafios das etapas do seu desenvolvimento”. Outra das razões que pode contribuir para este desinvestimento é a ideia de que “muitas demonstrações de carinho estragam a criança com mimos”. “Esta ideia é errada, as crianças não são ‘estragadas’ por demasiado afeto, são ‘estragadas’ por falta de disciplina”, sublinha Ana Margarida Marcão.

Visto de uma perspetiva mais simplista, a carência de abraços pode ser apenas uma questão de falta de tempo. “Os pais são seres humanos, não são máquinas nem têm super poderes e há dias em que tudo o que conseguem fazer, depois de terem passado o dia todo no trabalho, é satisfazer as necessidades mais básicas, funcionais, das crianças: alimentá-las, dar-lhes banho e pô-las a dormir a uma hora decente para conseguirem repetir tudo outra vez no dia seguinte. O tempo e a disponibilidade física, intelectual e emocional para estar atento e investir na transmissão de afeto vai-se perdendo nos árduos dias de trabalho, que deixam aos pais apenas um escasso tempo livre para serem pais”, lamenta a psicóloga, sugerindo que “a única forma dos pais manterem um laço forte com as suas crianças é construir um hábito quotidiano de conexão ou ligação: por exemplo, dar um abraço à criança antes de a deixar na escola, quando a vai buscar e quando a põe a dormir”. Porque quando os pais investem mais na ligação à criança “tudo muda”, lembra Ana Margarida Marcão.


“O MEU PAI NUNCA ME ABRAÇOU!”

Quantas vezes terá sido repetida esta frase em jeito de ressentimento, em desabafos confidentes ou em sessões de terapia? Referida quase sempre com tristeza e mágoa, a carência de desmonstrações de afeto na infância pode mesmo deixar marcas para a vida. “A falta de afeto físico e intimidade emocional podem causar grande dor psicológica a uma criança e essa dor pode persistir na idade adulta como a causa subjacente de disfunção social”, confirma a psicóloga Ana Margarida Marcão. E explica: “A consciência do corpo está relacionada com a consciência emocional e intelectual. A falta de toque e espontaneidade emocional nas famílias leva a que os indivíduos não aprendam a reconhecer as suas próprias experiências emocionais”. Assim, podem vir a “reprimir as suas emoções, sofrer de doenças psicossomáticas e/ou confundir a necessidade de simples afeto físico com desejo sexual”. A ausência de demostrações de afeto e falta de toque “conduz a ressentimento, raiva e à sensação de não se ser querido”. Por tudo isto, as crianças “precisam ser tocadas e acarinhadas para desenvolverem intimidade emocional”. E tudo pode começar com um abraço, sublinha a psicóloga.


INSTINTO MILENAR

Há séculos que as mães sabem, instintivamente, que o toque tem um poder extraordinário: é através dele que acalmam o bebé que chora, pegando-lhe ao colo, confortando-o nos braços, ou massajando-lhe a barriga quando tem cólicas. Mais tarde, quando caem e se magoam, não há curativo melhor do que um beijinho da mãe. Os estudos científicos vêm apenas confirmar o que as mães já sabiam: o toque tem poderes benéficos para a saúde e o bem-estar. E com esta crescente evidência, há cada vez mais hospitais a incorporar terapias complementares, como as massagens, aos protocolos para doentes oncológicos ou do foro cardiovascular, por exemplo. Os efeitos não surgem só através de terapias mais sistematizadas, como a reflexologia, mas de gestos tão simples como partilhar um abraço, fazer uma massagem nos ombros ou simplesmente dar as mãos. Para perceber o poder do toque, basta olhar, por exemplo, para o hábito milenar das mães indianas, que massajam instintivamente os seus bebés, estimulando e fortalecendo o vínculo entre os dois. Na realidade, a massagem Shantala é “só” um momento diário de afeto entre a mãe e o bebé, que faz parte da rotina dos cuidados ao recém-nascido, mas que resulta num desenvolvimento mais saudável e harmonioso do bebé.



MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Esta semana...

(imagem retirada da internet)



"Aquele que sabe e sabe que sabe é sábio...
Segue-o!
Aquele que sabe e não sabe que sabe está a dormir... Acorda-o!
Aquele que não sabe e não sabe que não sabe é um idiota... Enxota-o!
Aquele que não sabe e sabe que não sabe é simples... Ensina-o!
(Provérbio Árabe)


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

terça-feira, 15 de julho de 2014

MC Formação JULHO



As formações dinamizadas pelo MEIO CRESCENTE no mês de JULHO são:

- Curso Parentalidade Positiva no dia 19 julho (10h às 17h)

- Curso de Costura Criativa: Nível I dia 26 julho (9h às 13h)

- 2ª Edição de Suporte Básico de Vida Pediátrico  dia 26 julho (15h às 19h)

- Sessão Yoga do RiSo Pais & Filhos no dia 28 julho (21h às 22h)

Workshop Dispa o seu stress no dia 31 julho (21h às 23h) 


BREVEMENTE:
- Palestra sobre  Numerologia
- Workshop "Tarot Terapêutico"
- Workshop sobre Alimentação


As formações dinamizadas pelo MEIO CRESCENTE no mês de AGOSTO são:

- Reiki Nível I no dia 9 agosto (15h às 20:30m)


Para mais informações por favor contacte o MEIO CRESCENTE:
meio.crescente@gmail.com
253 162 155 - 963 356 931

Até já

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Made in Português

(imagem retirada da internet)



UMinho consegue eliminar células estaminais cancerígenas

Uma equipa internacional liderada por investigadores da Universidade de Coimbra (UC) descobriu como eliminar células estaminais cancerígenas, responsáveis pela reincidência de vários tipos de cancro, por intermédio da manipulação da sua produção de energia. Trata-se de um tipo de células que, de acordo com várias evidências científicas, pode funcionar como uma semente, resistindo aos tratamentos convencionais e podendo proliferar e gerar novas células malignas. Os cientistas, cujo estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pelo programa europeu FP7, através de uma bolsa Marie-Curie, foi recentemente publicado na revista científica Nature, procuraram identificar de que forma os processos de geração de energia em células estaminais estão interligados com os fenómenos de diferenciação (transformação) celular e resistência a agentes anticancerígenos. Os investigadores conseguiram ainda, e pela primeira vez, através da técnica de ressonância magnética nuclear (RMN), fazer uma detalhada análise do perfil metabólico deste tipo de células antes e depois do seu processo de diferenciação, o que permitiu identificar alterações chave da produção de energia. Ao longo de seis anos, a equipa, coordenada por especialistas do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em parceria com as Universidades do Minnesota-Duluth e Mercer, nos EUA, trabalhou com o objetivo de alterar e eliminar células estaminais cancerígenas através da manipulação da sua produção de energia. Em comunicado enviado ao Boas Notícias, Paulo Oliveira, coordenador do estudo e investigador do CNC, explica que, com as experiências realizadas num modelo de linha celular estaminal de carcinoma embrionário (um tipo de tumor raro que pode afetar os ovários e os testículos), se verificou "uma remodelação celular na população estaminal cancerígena através da manipulação da função da mitocôndria, um organelo responsável pela geração de energia nas células". De acordo com o cientista, "esta remodelação faz com que as células se tornem mais suscetíveis a agentes antitumorais", o que contribui para a sua eliminação. Além disso, pelo menos no sistema celular avaliado, "terapias que estimulem a função da mitocôndria podem levar a uma alteração no fenótipo da população estaminal tumoral, diminuindo a sua resistência a terapias convencionais", acrescenta o português. Ignacio Vega-Naredo, primeiro autor do trabalho, afirma que, após esta descoberta, a equipa pretende agora "investigar de que forma as defesas das células estaminais cancerígenas são diminuídas quando ocorre o processo de diferenciação celular forçado por um aumento da função mitocondrial", o que vai permitir "criar uma série de novos alvos para uma terapia mais eficaz contra aquele tipo de células". 
Notícia sugerida por Elsa Fonseca


Jovem bailarino português ganha bronze na Turquia

O jovem bailarino português Diogo de Oliveira voltou, este fim-de-semana, a brilhar no panorama internacional, tendo conquistado a medalha de bronze na Istanbul International Ballet Competition, que decorreu na Turquia e onde foi o único representante nacional. A informação foi avançada ao Boas Notícias por Sílvia Boga e Alexandre Oliveira, professores da EDD - Escola Domus Dança, em Matosinhos, que têm vindo a acompanhar a formação do bailarino de 14 anos que, em 2013, foi convidado para estagiar numa das mais prestigiadas escolas de dança a nível mundial, a School of American Ballet, nos EUA. De acordo com os docentes, Diogo de Oliveira foi um dos 38 selecionados entre candidatos de todo o mundo para participar na competição em território turco, "integrando o grupo composto por bailarinos provenientes de algumas das escolas de maior renome internacional". Entre estas escolas estão, por exemplo, "Academia Bolshoi, Ópera de Viena, Korea National University of Arts, entre outras escolas estatais", bem como diversas companhias, adiantam Sílvia Boga e Alexandre Oliveira. Diogo, que foi o mais jovem concorrente da prova, ultrapassou com sucesso as duas primeiras rondas eliminatórias, apurando-se, assim, para as finais que se disputaram no dia 25. "Os três excelentes solos que dançou na terceira ronda garantiram-lhe um brilhante 3.º lugar", congratulam-se os formadores. Além da medalha de bronze e do reconhecimento, a presença no pódio garantiu ao bailarino um prémio monetário de 1.500 euros e convites para participar noutras competições internacionais. O dançarino português teve ainda "a honra de dançar na gala que ontem reuniu no mesmo palco, estrelas como Vladimir Malakhov, Beatrice Knop, Letizia Giuliani e Giuseppe Picone". Do júri do concurso fizeram parte "algumas das personalidades mais iminentes do mundo da Dança", entre as quais Irek Mukhamedov, Vladimir Malakhov e Evelyn Téri. Este é o quarto prémio que Diogo traz para Portugal no decurso deste ano. Entre as vitórias já conquistadas pelo jovem em 2014 destaca-se o primeiro lugar obtido no Tanzolymp, um dos maiores festivais internacionais, que teve lugar em Berlim, na Alemanha. 


Lisboa eleita cidade empreendedora europeia 2015

Lisboa acaba de receber, em Bruxelas, o selo de Cidade Empreendedora Europeia. O prémio distingue as melhores estratégias regionais para a promoção do empreendedorismo e da inovação junto das pequenas e médias empresas. Esta quarta-feira, o presidente da câmara de Lisboa, António Costa, juntamente com representantes da Irlanda do Norte (Reino Unido) e de Valência (Espanha), obteve de Ramón Luis Valcárcel Siso, presidente do Comité das Regiões da UE, o galardão da Cidade Empreendedora Europeia (EER, sigla em inglês) pela estratégia desenvolvida por Lisboa para fomentar o empreendedorismo e executar políticas europeias fundamentais como a chamada Lei das Pequenas Empresas e a Estratégia Europa 2020 para o crescimento e o emprego. O júri, composto por representantes das instituições europeias e de associações empresariais, reconheceu especificamente o impacto dos esforços realizados pela capital portuguesa para conquistar uma posição no Atlântico como polo de negócios e cidade de 'startups', tirando partido da sua situação geográfica enquanto porta de entrada para as Américas, África e para a União Europeia. Lisboa reforçou, em particular, o seu estatuto de 'startup city' através de uma série de iniciativas como a 'Empresa na hora'; a Startup Lisboa (incubadora de empresas fundada em 2012 e integrada num projeto de reabilitação urbana da Baixa lisboeta); o Programa de Empreendedorismo Jovem de Lisboa (que proporciona aos jovens educação e formação); e o Lisbon Challenge (que seleciona um conjunto de 'startups' e lhes fornece apoio e orientação). Durante a cerimónia de entrega do prémio, o presidente Valcárcel Siso sublinhou que a estratégia de Lisboa se destaca pela "pela forma como interliga projetos já existentes em prol do empreendedorismo e da inovação a novas medidas específicas adotadas no âmbito da iniciativa EER". Acrescentou igualmente que "a estratégia resultante é um modelo válido para o modo como os municípios e as regiões poderão transformar os objetivos da Estratégia Europa 2020 em ações concretas, adaptadas às necessidades locais". Já António Costa destacou o potencial da cidade na área do empreendedorismo, sublinhando que esta tem sido uma prioridade da Câmara Municipal de Lisboa, que lançou uma série de projetos e programas articulados para o efeito. "Hoje em dia, Lisboa é reconhecida internacionalmente como um destino privilegiado para os empresários e foi apontada pela revista Entrepreneur como uma das melhores cidades do mundo para o empreendedorismo", disse o autarca.


Gastronomia lusa ganha estrelas douradas em Bruxelas

Vários produtos tipicamente portugueses conquistaram 10 estrelas douradas no concurso "iTQi Superior Taste Awards", que decorreu recentemente em Bruxelas, na Bélgica, e que se constitui como o único selo de qualidade atribuído internacionalmente em sabor concedido por líderes de opinião, 'chefs' e 'sommeliers' com estrelas Michelin. Os sabores lusitanos foram colocados em competição pela APTECE - Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia, que submeteu os produtos portugueses a uma análise de prova cega por parte de um júri de diferentes países que efetuou "uma avaliação minuciosa do aspeto visual, aroma, textura, sabor e sabor residual". Em comunicado enviado ao Boas Notícias, a APTECE revela que os prémios foram atribuídos ao Azeite do Alentejo IG (1 estrela de ouro), ao Azeite do Alentejo Virgem Extra (2), ao Queijo de Castelo Branco DOP (1), ao Queijo Picante da Beira Baixa (1), à Broa de Milho (2), aos Filetes de Cavala em azeite picante com pickles (2) e aos fios de ovos (1). Os produtos em causa pertencem às empresas portuguesas "CEPAAL - Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo", "Queijaria Almeida", "DeTrigo", "Fabridoce" e "A Poveira", todas elas com elevado potencial de exportação, destaca a APTECE. "Esta é mais uma prova de que a produção portuguesa tem qualidade e que é reconhecida a nível internacional, razão pela qual se deve apoiar as empresas e criar espaços e mecanismos de proteção a nível internacional", considera José Borralho, presidente da associação. Com esta meta em vista, acrescenta o dirigente, "um dos objetivos da APTECE passa pelo desenvolvimento de iniciativas de cooperação com vista à promoção do próprio país, como é o caso da "Portugal Foods", da "Inovcluster" e dos apoios da AICEP e do Turismo de Portugal". A ação que levou os produtos portugueses a Bruxelas integra-se na campanha de promoção "Portugal à Mesa", que conta com o apoio do SIAC | Compete.


Lisboa terá passadeiras mais acessíveis para deficientes

A Câmara Municipal de Lisboa prevê aplicar, ainda este ano, um novo modelo de passadeiras acessíveis para peões com necessidades especiais. A medida integra-se no Plano de Acessibilidade Pedonal da autarquia lisboeta. Em declarações à Lusa, Pedro Homem de Gouveia, coordenador do plano, revelou que o modelo que deverá chegar à capital portuguesa "está a ser adotado por cada vez mais serviços municipais e juntas de freguesia e tem dado origem a um número crescente de passadeiras adaptadas". Entre as alterações que serão efetuadas estão, por exemplo, a introdução do "ressalto zero" entre o passeio e a passadeira para que os deficientes motores possam atravessar a estrada sozinhos sem medo de cair ou a colocação de piso tátil no passeio, junto da passadeira, para que os invisuais consigam descobri-la. Além disso, está também prevista a implementação de uma melhor relação com o estacionamento e as paragens de autocarro, garantindo visibilidade a pessoas de baixa estatura como crianças e idosos, e a eliminação de obstáculos à saída de passadeira, informou o técnico. Segundo a proposta, a que a Lusa teve acesso, o objetivo da autarquia é criar condições de acessibilidade e segurança às "passagens de peões de superfície e na sua área envolvente", que inclui o passeio. Esta é apenas uma das 39 ações do Plano Anual de Execução para 2014, documento orientador do Plano de Acessibilidade Pedonal (2014-2017) para o segundo semestre deste ano e que vai ser debatido esta quarta-feira na reunião de câmara. Com vista à aplicação desta medida está previsto um acordo com a Empresa Pública Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL) para a realização de obras de adaptação das passadeiras existentes nas áreas exploradas pela entidade. 

Autarquia quer acalmia de tráfego e estacionamento acessível

De acordo com Pedro Homem de Gouveia será, ainda, aplicado um novo modelo de acalmia de tráfego, que será publicado em breve e que tem como meta a redução da velocidade a que os condutores circulam na cidade, nomeadamente nas zonas residenciais, onde acontecem mais atropelamentos. O plano propõe-se não apenas "promover a segurança do peão no quotidiano", mas também "salvaguardar o acesso eventual de veículos de emergência", frisou Pedro Homem de Gouveia. Uma outra medida prevista na proposta passa pela introdução, em Lisboa, de um modelo de estacionamento acessível, no que toca, essencialmente, aos lugares de estacionamento reservados para pessoas com deficiência, aumentando, por exemplo, a sobrelargura necessária para abrir a porta do carro de forma a que a pessoa consiga passar da viatura para a cadeira de rodas. O Plano de Acessibilidade Pedonal define a estratégia da câmara para promover a acessibilidade em Lisboa até ao final de 2017, numa tentativa de cumprir as obrigações legais nas questões de inclusão e não discriminação das pessoas com deficiência.


Ilustrador português ganha duas medalhas nos EUA

O ilustrador português André Letria foi distinguido pela revista norte-americana 3x3, considerada a mais importante publicação internacional dedicada à ilustração contemporânea, com duas medalhas de prata, anunciou esta terça-feira a publicação. Anualmente, a 3x3 reconhece, com um grande prémio, medalhas de ouro, prata e bronze aqueles que considera os melhores ilustradores a nível internacional. Este ano, André Letria entra nesta lista de topo, tendo conquistado a prata nas categorias de livro (com "Mar") e de ilustração de livros para a infância (com "A Maior Flor do Mundo", de José Saramago). Além de André Letria, a publicação distinguiu ainda outros ilustradores portugueses, nomeadamente André da Loba, Marta Monteira (com uma medalha de mérito), Sara Cunha, Ana Lúcia Pinto, André Carrilho, João Vaz de Carvalho, Gonçalo Viana e João Fazenda, em categorias que vão do cartoon e banda desenhada à animação, passando pelo editorial, retratos e ilustração de livros para a infância. Este ano, o grande prémio foi atribuído ao ilustrador norte-americano Jeremy Holmes. Todos os premiados deverão, agora, ver o seu trabalho publicado na edição de inverno da 3x3. De destacar que, em 2013, a publicação especializada norte-americana tinha já distinguido três ilustradores portugueses: André Carrilho (medalha de ouro nas categorias de cartoon/banda desenhada, animação, editorial e retratos), João Fazenda (medalha de bronze na categoria de livros) e André da Loba (medalha de ouro na categoria de animação). Nascido em Lisboa, em 1973, André Letria, o português mais premiado deste ano, dedica-se em exclusivo à ilustração desde 1992, em particular à ilustração para a infância, tendo publicado livros como "Versos de fazer ó-ó" e "Estrambólicos", com José Jorge Letria, e "Não quero usar óculos", com Carla Maia de Almeida.
Notícia sugerida por Patrícia Guedes


Minho lança projeto para prevenir alcoolismo juvenil

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Minho quer lançar, já no próximo ano letivo, um projeto-piloto com o objetivo de prevenir o alcoolismo junto dos estudantes dos 10 municípios da região.O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo presidente da estrutura, José Maria Costa, que revelou que a implementação em 2015 "vai depender da disponibilidade da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte", frisando que houve "muita abertura por parte do conselho de administração" a quem a ideia já foi apresentada. Segundo o responsável da entidade que congrega os 10 municípios do distrito de Viana do Castelo, esta proposta foi apresentada no passado mês de Maio durante uma reunião que contou com a presença do secretário de Estado da Saúde. "O que propusemos à ARS do Norte foi desenvolver um projeto-piloto que trabalhasse o problema do alcoolismo na região em parceria com a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM)", explicou José Maria Costa em declarações à Lusa. "A proposta foi bem aceite e estamos a iniciar trabalho nesse sentido", acrescentou o dirigente da CIM, que preside também à autarquia de Viana do Castelo e que esclareceu que o projeto-piloto passará pela promoção, junto das escolas da região, de iniciativas conjuntas relacionadas com as áreas de dependência, em particular do alcoolismo. "Estamos à espera da marcação de uma reunião para apresentarmos algumas ideias envolvendo também as redes sociais, a comunidade escolar e as Instituições Particulares de Sociedade Social (IPSS)", adiantou José Maria Costa. "Queremos que seja um tema a ser trabalhado nas escolas dos 10 municípios com supervisão de técnicos especializados nesta área", sublinhou. O presidente da CIM Minho disse ainda à Lusa que, ao abrigo do Fundo Social Europeu (FSE) 2014-2020, "as comunidades intermunicipais vão poder candidatar projetos na área das redes sociais e esta problemática será uma das prioridades". "Estamos a preparar o nosso trabalho para o futuro quadro comunitário e era uma aposta que gostaríamos de ver incluída numa parceria forte com a ARS-Norte", finalizou.


Investigação da UAveiro torna radioterapia mais eficaz

Um grupo de investigadores portugueses da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveu um dispositivo capaz de tornar mais eficientes os tratamentos de radioterapia contra o cancro e que pode revolucionar a qualidade com que estes são monitorizados. Num comunicado divulgado a semana passada, a instituição de ensino universitária explica que este dispositivo é um dosímetro que permite aos médicos aplicar o tratamento radioterapêutico de forma mais eficiente nas células malignas para poupar os tecidos saudáveis, fornecendo informação em tempo real sobre a dose de radiação que está a ser administrada. O sistema foi desenvolvido por João Veloso, Filipe Castro e Luís Moutinho, do Departamento de Física da UA, e utiliza sondas radio-sensíveis com um diâmetro inferior a um milímetro que, quando implantadas junto ao tumor ou até mesmo no seu interior, conseguem quantificar a dose de radiação absorvida. Através de um recetor eletrónico externo que interpreta os sinais emitidos pelas ondas, os técnicos radioterapêuticos podem, deste modo, passar a ter um controlo absoluto sobre a distribuição e a quantidade da dose entregue nas regiões a tratar, garantindo que estas são efetivamente as que foram calculadas e prescritas pelos médicos. “Esta sonda de elevada sensibilidade tem um material cintilador que converte radiação ionizante [como é o caso da radiação gama, beta ou X] em luz visível”, esclarece João Veloso, que explica que, embora a luz visível produzida tenha muito baixa intensidade, impercetível a olho nu, é lida por fotodetetores extremamente sensíveis que fazem a multiplicação dessa luz até cerca de um milhão de vezes. "Um recetor eletrónico rápido e de baixo ruído permite fazer o processamento do sinal em tempo real e converter esta informação da sonda em dose de radiação aplicada", ilustra o investigador.

Importância no tratamento contra o cancro

De acordo com João Veloso, coordenador da equipa de investigação, a radioterapia é usada normalmente no tratamento de alguns cancros, em particular no cancro da próstata, do colo do útero, de melanomas ou da degenerescência da mácula ocular. Nestes casos, frisa o cientista, "o papel do dosímetro reveste-se de uma importância particular porque permite obter uma medida direta da dose e controlar o modo como essa deverá ser distribuída". "Na modalidade de braquiterapia, para a qual otimizámos o nosso dosímetro, os procedimentos clínicos atuais não incluem ainda dosimetria, uma vez que é necessário um aparelho com caraterísticas particulares", acrescenta o responsável pela equipa do grupo Deteção da Radiação e Imagiologia Médica do FIS da UA que concebeu o novo equipamento. Segundo João Veloso, o aparelho desenvolvido pela UA vem colmatar esta lacuna, ao preencher "os requisitos necessários para essa função dosimétrica" e ao apresentar "grande flexibilidade e dimensões reduzidas, leitura em tempo real, equivalência aos tecidos [absorve radiação da mesma forma que os tecidos moles], independência da dose, da energia e da temperatura, bem como a elevada sensibilidade que é imprescindível nesta modalidade de tratamento”. O trabalho dos três investigadores da UA iniciou-se em 2010 e, atualmente, a equipa está à procura de financiamento para a realização de testes in-vitro simulando o ambiente clínico, pretendendo, posteriormente, avançar para testes in-vivo. 


Melhor especialista forense do mundo é português

Duarte Nuno Vieira, especialista da Universidade de Coimbra, acaba de ser distinguido com o mais prestigiado prémio mundial das Ciências Forenses - o Prémio Douglas Lucas Medal, atribuído pela Academia Americana de Ciências Forenses. Criado em 1999 pela Academia Americana de Ciências Forenses, o Prémio Douglas Lucas Medal é atribuído apenas de três em três anos a um especialista forense que se tenha destacado particularmente pela contribuição dada para o desenvolvimento das ciências forenses a nível internacional. Na atribuição do prémio a Duarte Nuno Vieira, o júri, que deliberou por unanimidade, sublinhou "o valioso trabalho desenvolvido pelo galardoado em diversos domínios das ciências forenses, e muito particularmente no âmbito da Patologia e Clínica Forenses, especialmente na defesa dos Direitos Humanos, bem como na organização de serviços médico-legais e forenses em vários países do mundo, e o forte impacto que o trabalho que concretizou até hoje teve na comunidade forense internacional". Em comunicado enviado ao Boas Notícias, o docente da UC revela que foi com "enorme surpresa e profunda emoção" que recebeu a notícia de ter sido distinguido "por um júri constituído pelos mais reputados e reconhecidos cientistas forenses internacionais".

Missão "complexa" e "dolorosa"

"Considero que o mérito não é apenas meu, mas também dos que me acompanharam, e continuam a acompanhar, nesta missão complexa e, em certos contextos, dolorosa. Uma missão que se destina a ajudar aqueles que arrastam consigo os traumas de uma existência marcada pelo infortúnio e pelo sofrimento, por vezes com o cheiro da morte colado ao corpo", acrescenta o especialista. "Dedico-o a eles e a todos os peritos médico-legais que, às vezes em condições muito difíceis, dão diariamente o melhor que sabem e podem para ajudarem a sociedade e a justiça, não desistindo deste mundo que nos coube. Dedico-o sobretudo à minha família que tem sido elemento incondicional de apoio e compreensão e que tem constituído porto seguro de abrigo", realça ainda Duarte Nuno Vieira. O britânico Alec Jeffreys (que descobriu a utilização do ADN para fins forenses), o norte-americano Clyde Snow (pai da antropologia forense e da sua aplicação no âmbito dos direitos humanos), ou o suíço Margot (considerado por muitos como a maior autoridade mundial no domínio da criminologia) estão entre os galardoados em edições anteriores. Esta distinção, a mais alta que se pode receber no domínio das ciências forenses, vai ser entregue durante o 20th World Meeting of the International Association of Forensic Sciences (IAFS), que decorrerá em Seoul, na Coreia do Sul, no próximo mês de outubro.

Um especialista que corre o mundo

Duarte Nuno Vieira já publicou mais de 200 artigos em revistas científicas, é editor ou coeditor de 8 livros e autor de mais de 40 capítulos em livros diversos e apresentou, como autor ou coautor, mais de 1.000 trabalhos em reuniões científicas. Proferiu como conferencista convidado mais de 300 conferências fora de Portugal, em países europeus, asiáticos, africanos, do médico-oriente, australásia, e de todo o continente americano. Faz parte do conselho editorial das principais revistas internacionais no âmbito da Medicina Legal e ciências Forenses, bem como de revistas nacionais de múltiplos países (Espanha, Índia, Roménia, Polónia, Peru, Brasil, Egito, Turquia, China, Irão, Itália, Irlanda, entre outros). Na qualidade de especialista forense tem integrado múltiplas missões internacionais realizadas em países da Europa, América Latina, Médio-Oriente, África, Australásia e Ásia, sobretudo no âmbito dos direitos humanos, sob os auspícios de organizações como a ONU, a Cruz Vermelha Internacional, a Comissão Europeia ou a Amnistia Internacional.
Notícia sugerida por Maria Pandina

Créditos: Boas Notícias


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Os medos de alguns pais e outras coisas mais…

Agarrar os filhos como a galinha faz aos pintos será uma má solução pois impediremos a vivência necessária da vida. Mais cedo ou mais tarde, os nossos filhos terão que enfrentar riscos, só que numa idade diferente, com menos experiência e mais desadequados no que respeita à capacidade de lhes fazer face.


Muitos pais, só de ouvir a palavra "grupo", até se sentem mal: as pernas a tremer, suores frios e, quando isto acontece no início da puberdade, evidenciam-se os sintomas de um cataclismo maior do que todas as crises económicas e financeiras. Será que esses grupos, leia-se (para os pais) gangues, vão passar a apadrinhar os nossos filhos, relegando-nos para um rating de BBB - aos olhos dos nossos rebentos? Calma. Porque, para cada rapaz ou rapariga que dizemos que andam a desencaminhar os nossos filhos, haverá os pais desses mesmos que dirão que o nosso filho é que anda a desencaminhar os filhos deles. Portanto, as coisas são muito relativas e nunca se esqueçam de que os vossos filhos não caíram do céu em pára-quedas nem desceram pela chaminé como o Pai Natal ou o Lobo Mau – são os vossos filhos, que vocês geraram, cuidaram, construíram e… (espera-se) educaram e a quem deram normas e transmitiram valores, bem como autonomia crescente para pensarem pela cabeça deles e fazerem escolhas tendencialmente boas para eles e para os outros.


A autonomia

Comecemos por aqui, pelo «problema» (com aspas) da autonomia que, mais do que dos filhos, é muitas vezes uma questão dos pais. Ver pessoas que acarinhámos desde que nasceram, ou antes disso, pelas quais nos sacrificámos e que, a páginas tantas, parecem não querer saber de nós para nada, é duro. E temos de o assumir até porque nem o tamanho, nem os modos ou até o timbre da voz deixam margens para dúvidas nem espaço para os ver dóceis e caladinhos com um «schiu!» mais sibilado. Em muitos dos casos, são os pais que não conseguem «independentizar-se» dos filhos e isso pode acontecer por várias razões, umas confessadas, outras inconfessáveis:

O medo dos riscos - é no início da adolescência – coincidente com a passagem de um ensino escolar aconchegado em que uma única professora (agora, felizmente, já há alguns homens como professores titulares do 1º Ciclo) desempenha o papel de mãe substituta, com aulas numa sala só e turmas relativamente pequenas, para um 2º Ciclo, com vários professores, algumas mulheres mas também alguns homens, várias salas, impessoalidade e ninguém como responsável e turmas grandes – que aumenta o medo dos pais relativamente aos impropriamente chamados «comportamentos de risco». O que são afinal estes comportamentos de risco? Melhor seria avaliar o risco dos comportamentos, quaisquer que eles sejam, do que dividi-los entre os de risco e os sem risco. Até porque isso não existe. Viver comporta riscos. Ir para a escola comporta riscos. Fumar comporta riscos. Tomar drogas comporta riscos. Amar comporta riscos. Ser filho ou ser pai comporta riscos. A resistência aos riscos e a sua gestão com sucesso implica vivê-los, pelo menos parcialmente, e contá-los na experiência pessoal. É o próprio dia-a-dia que dá a força e a necessária estruturação do «eu» e da personalidade para que os riscos leves ou moderados passem por nós sem deixar traumas de fundo ou desvios de monta. Em suma: agarrar os filhos como a galinha faz aos pintos – para além de criar também uma dependência quase tóxica e por vezes destruidora do «eu» – será, para além de uma prova de desconfiança na própria educação que lhes demos, uma má solução, pois impediremos a vivência necessária da vida, passe o pleonasmo, e mais cedo ou mais tarde os nossos filhos terão que enfrentar esses riscos, só que numa idade diferente, com menos experiência e bastante mais desadequados no que respeita à capacidade de lhes fazer face.

O medo de perder um elo de ligação - quando um dia os filhos parecem desaparecer quase de um momento para o outro (nunca é assim pois trata-se de um processo gradual e lento mas o tempo voa e a distração pode ser grande a ponto de não se dar por isso) e quase não se sabe as preferências, os hábitos, os gostos, o cheiro e os sabores, o toque e o afeto. Os pais olham-se de súbito e quedam-se mudos sem uma palavra para trocar, sem uma ideia para partilhar, sem um projeto para construir ou sequer um sonho para sonhar. Os filhos ao desempenharem a sua própria vida, ao ganharem autonomia deixam uma sensação de vácuo não preenchível por alguém de quem se perdeu a cumplicidade, com quem já não se sabe (nem se quer) partilhar as alegrias e os momentos menos bons. Aquele «senhor» ou aquela «senhora», não passam afinal do «pai ou da mãe dos nossos filhos» – a relação conjugal perdeu-se numa qualquer «manhã de nevoeiro» e isso, além de muito triste, é deveras preocupante;

O sentido de posse - «o que é nosso é nosso e não o daremos a ninguém!» Os filhos são nossos – poderemos pensar (erradamente, mas pensar na mesma). Criámo-los, demos-lhes tudo e mais alguma coisa, gastámos com eles somas incalculáveis, consumimos os nossos melhores momentos, os nossos mais promissores neurónios, a nossa juventude, a nossa resistência e as nossas dores de cabeça com o objetivo de lhes proporcionar tudo o que necessitavam. Agora são nossos. Agora que começam a ser alguém, a ter ideias próprias, a querer eles mesmo iniciarem uma vida deles mesmos... sim, mas sob a nossa batuta. Sim, mas tocando a música que para eles escrevemos. Sim, mas se forem apenas uma mistura do que queremos que eles sejam com um pouco dos que gostaríamos de ter sido e não fomos. E isso não se compadece com largá-los, libertá-los, autonomizá-los.

O medo de envelhecer - pois é. Como no final de um excelente jantar num restaurante agradável, há sempre a «dolorosa» para pagar. O raciocínio é simples: se eles já têm idade para isto ou para aquilo, quer dizer que nós já temos essa idade mais uns tantos anos, soma daqui, adiciona dali – resultado: teremos que reconhecer que já não somos tão novinhos como isso. Só que nos lembramos tão bem da idade que eles têm agora que custa a acreditar que já temos filhos dessa idade. Custa a acreditar, sobretudo a nós próprios. O medo de envelhecer ou dito de uma forma mais suave, o receio de se reconhecer que os anos passam, é outro obstáculo ao reconhecimento do direito à autonomia...

Não é de um momento para o outro que mudamos o ser e nos adaptamos a uma nova realidade. Pelo contrário, esses momentos (que mais do que momentos, são um processo temporal que não começa nem acaba, simplesmente prolonga-se por outros momentos com outras características), conquistam-se palmo a palmo, gesto a gesto, evoluem de atitude em atitude. Fazer tábua rasa disto é encontrarmo-nos, de repente, perante um estranho – o nosso filho – com o qual já não sabemos comunicar e o qual, por seu lado, não vê em nós o parceiro que seria desejável.


Os grupos e a necessidade do grupo

Outro aspeto que amedronta os pais e que é frequentemente incriminado no «desvio» para consumos nocivos, é o chamado grupo. Esse grupo, designado genericamente por «os amigos», gera automaticamente uma reação semi-alérgica ou de desconfiança. E porquê? Haverá razões para isso? Ou a causa estará apenas no sentimento de perda por os filhos terem chegado à altura em que (aparentemente) precisam menos dos pais... Será apenas isso? Serão estes receios infundados? A palavra «grupo», para muita gente, faz lembrar logo coisas terríveis – droga, tabaco, bebidas alcoólicas, carros ou motorizadas a alta velocidade, sexo libertino, estar-se «nas tintas» para o que os adultos dizem, etc, etc. Na maioria dos casos, contudo, ao pensarmos dessa maneira cometemos uma injustiça em relação aos jovens em geral e aos nossos filhos em particular. E porquê?

Em primeiro lugar, há que pensar que os adolescentes, como qualquer ser humano, gostam de viver em sociedade e se têm um grupo de amigos tanto melhor. Os pais deveriam ficar contentes por isso. Todavia, um dos receios reside no facto de se controlar menos esse grupo do que os grupos a que os filhos pertenciam quando eram mais pequenos. Este aspeto é por vezes difícil de gerir (e de digerir) pelos pais mas eles é que terão de o resolver.

Em segundo lugar, a privacidade que os jovens exigem (e muito bem) nas suas relações faz com que os pais, naturalmente curiosos, se sintam ultrapassados por não saberem tudo o que se está a passar, os temas e o conteúdo das conversas, etc. Os pais adoram contar as «gracinhas» dos filhos quando estão na brincadeira com outros miúdos mas chega a uma idade em que deixam de ter acesso a essas «gracinhas». Obviamente não gostam e sentem-se marginalizados. E por isso reagem marginalizando os «marginalizadores» (–«ai ele é isso? Faz segredo? Então o melhor é não contarmos com ele» –este pensamento é muitas vezes subconsciente). Outro aspeto a mencionar é a confiança que os pais têm de ter nos filhos. Não que uma educação e uma orientação equilibradas sejam, só por si, um passaporte para a felicidade. De qualquer forma, convém sublinhar o facto de que muitos dos amigos do grupo são já do círculo habitual da família, não são propriamente estranhos. É raro haver uma recusa total dos amigos antigos e uma procura de gente completamente desconhecida.

O sistema de amizades funciona em espiral, ou seja, periodicamente há amigos que são reanalisados e podem ser postos à margem, enquanto outras pessoas são também analisadas e algumas delas entram no círculo. Não são, pois, os grupos que «caçam» os adolescentes, pobres e indefesos. Quando um pai argumenta que o seu filho «só se dá com malandros», provavelmente esse filho será, aos olhos dos pais dos outros, também ele «um malandro» que desencaminha os filhos deles. O que acontece, quando falamos em «grupos desaconselháveis» – e mesmo com toda a subjetividade da classificação – o que acontece é que provavelmente o adolescente foi-se libertando dos amigos que tinha antes e feito novas amizades por serem esses os que mais lhe estão «à medida» – lá diz o ditado: «diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és!»


Os riscos

Fala-se também muito de riscos. É claro que os riscos existem, embora não passem de meras avaliações estatísticas e acontecimentos com maior ou menor probabilidade de ocorrer. Sendo a adolescência uma idade em que os comportamentos exploratórios e de experimentação são mais acentuados, em que existe uma tentação da novidade e um certo grau de atração pelo abismo, parte dos receios dos pais podem ser explicados, especialmente quando os riscos estão cada vez mais próximos dos filhos. Não esqueçamos, no entanto, que algumas eventuais «asneiras» fazem parte do curriculum normal de qualquer adolescente que se preze. Não vale a pena fazer um bicho de sete cabeças por coisas pequenas – sobretudo, porque o barulho que se faz à volta de ninharias converte-as em coisas mais volumosas. Nomeadamente certas experimentações, como fumar um cigarro, beber uma cerveja ou outra coisa assim – que os adultos fizeram sem cairem todos na toxicodependência, no alcoolismo ou noutras situações catastróficas – é melhor que ocorram com o grupo normal de amigos do que com grupos desconhecidos, a cuja influência se podem expor os filhos se se adoptar uma atitude rígida e inflexível com os mais próximos.

A melhor maneira de evitar alguma coisa mais grave é, para começar, dar-se toda a informação necessária, de um modo claro e sem dramatismo, ANTES que os filhos comecem a ser expostos a esses mesmos riscos – e isso acontece numa idade cada vez mais precoce. Depois, é criar desde o início (desde bebés) uma relação de confiança e segurança que os faça ver nos pais (e noutros adultos) um ponto de apoio e um recurso imediato, e não um papão controlador. Outro aspeto é estimular um grupo de amigos com interesses comuns e realçar a importância desses mesmos interesses, em detrimento de outros falsos valores; aí é preciso saber dosear a interferência e, para tal, basta ter o bom-senso suficiente para diferenciar entre dar apoio e meter o nariz onde não é chamado.


As mudanças de casa, escola, cidade, os divórcios e separações dos pais 

Em fases de transição como uma mudança de residência ou de escola/liceu, as dificuldades em manter os contactos com os amigos antigos podem aumentar, especialmente se a distância geográfica ou as dificuldades de comunicação aumentam. Por essa razão, convém os pais criarem as condições necessárias para que, caso essas mudanças de vida repentinas ocorram, os filhos possam continuar a dar-se com os amigos que tinham anteriormente. Diga-se de passagem que muitas crianças e jovens não têm necessidade de ter dezenas de amigos mas apenas meia-dúzia de amigos fixes. E além do mais, podem continuar amigos uns dos outros mesmo que estejam temporadas sem se ver – os adolescentes criam vários grupos de amigos conforme as ocasiões; assim, por exemplo, os amigos da praia onde habitualmente passam férias podem nunca fazer parte do grupo de amigos do tempo letivo e continuar a ser encontrados anualmente com a mesma alegria e o mesmo grau de amizade. Os amigos das atividades de lazer podem não ser os mesmos do liceu e os grandes companheiros dos intervalos das aulas podem nunca ser convidados para casa. Por outro lado, há amigos que estão por vezes uma temporada na prateleira e não vale a pena insistirmos para se darem com eles ou tentar inventar ou descobrir alguma razão muito especial para esse corte temporário das relações de amizade. Geralmente não há razão nenhuma, não ocorreu nada de grave, e o tentarmos investigar o assunto só poderá causar problemas, esses sim reais.

Créditos: Pais & Filhos

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