segunda-feira, 1 de setembro de 2014

MC - Promoção Especial aniversário!




Stress…? 

Stress é aquilo que acontece quando se sente falta de controlo sobre um dado acontecimento. Podemos definir stress como a resposta do nosso corpo aos desafios da vida, se sentimos que não controlamos a situação e que não podemos vencer o desafio daí pode surgir o stress... 

O stress é feito de muitas coisas... É uma família de experiências, caminhos, comportamentos, atitudes, pensamentos, emoções, palavras, silêncios… E está presente na vida de todas as pessoas de uma forma ou de outro!

Podemos achar que percebemos o "funciona" o stress, mas todos o vivenciamos de modo diferente e nem sempre sabemos qual a sua origem, o modo como nos afeta e como podemos controla-lo. Maior parte das vezes não damos a devida importância aos sintomas associados ao stress, porque são sintomas que podem acontecer em qualquer outra situação, tais como má disposição, sentido de humor instável, dores de cabeça, nervosismo sem razão aparente, explosões de raiva, medo ou irritação, falta de concentração, insónias… quando são prolongados no tempo, é provável que o seu corpo esteja sobre o efeito do stress.

No seu dia-a-dia…
  • Sente dificuldades em lidar com os acontecimentos do seu dia-a-dia? 
  • Está insatisfeito com o seu trabalho? Com os seus colegas? 
  • Tem dificuldades em tomar decisões? 
  • Perdeu a confiança em si e nas suas capacidades? 
  • Foi solicitado para uma tarefa a qual não se sente devidamente preparado? 
  • Está inquieto porque tem muitas tarefas para terminar ao mesmo tempo?
  • Sente-se aborrecido não sabe porquê?
  • Tudo isto lhe tira o sono?
  • ...

Então dê uma oportunidade a si próprio de entender o “seu” stress! 
Aumentar a sua resistência! Melhorar a sua vida! 
Os seus relacionamentos! As suas atitudes! 
Os seus comportamentos! De ser feliz…


Tópicos a ser abordados nas sessões "Dispa o seu Stress"
- Descobrir qual a ORIGEM do “seu” stress 
- Quais as CAUSAS do “seu” stress
- Compreender o IMPACTO do stress na sua vida
- Perceber até que ponto o stress o AFECTA
- Descobrir como CONTROLAR esse stress...


Não deseje que as coisas sejam mais fáceis, deseje ser mais forte!
(Jim Rohn)

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(imagem retirada da internet)


Coimbra: Gabinete de física recebe distinção europeia

O Antigo Gabinete de Física Experimental da Universidade de Coimbra é um dos mais importantes espaços europeus na história da Física. O gabinete acaba de ser distinguido como Local Histórico pela Sociedade Europeia de Física (EPS). O espaço torna-se assim num dos 19 locais distinguidos na Europa, surgindo como o segundo mais importante, na Península Ibérica, para a história da Física. O Museu de Ciência da Universidade de Coimbra, onde se encontra integrado o Gabinete de Física Experimental, reúne instrumentos e aparelhos raros utlizados em experiências no campo da Física, desde 1772. 

A distinção da EPS, que reúne as sociedades de físicos de todos os países europeus, referencia locais (entre laboratórios, institutos ou universidades), associados a uma descoberta, pesquisa ou evento que tenham contribuído para o desenvolvimento na área da Física. Entre os locais distinguidos, destacam-se o CERN, na Suíça, onde se encontra o maior acelerador de partículas do mundo, e o Instituto Niels Bohr, em Copenhaga, considerado o berço da Física atómica e nuclear moderna. 

Um dos gabinetes de física mais antigos

A candidatura foi proposta pela Sociedade Portuguesa de Física (SPF) e pelo recém criado Grupo de História da Física, e foi preparada pelos físicos Carlos Fiolhais e Décio Martins. Carlos Fiolhais refere, em comunicado enviado ao Boas Notícias, que "de entre os sítios históricos da Física na Europa selecionados até à data, o Gabinete de Física Experimental da Universidade de Coimbra é um dos mais antigos". O físico sublinha ainda que "hoje os turistas podem ver e admirar essa importante herança" e espera "que os responsáveis pela ciência portuguesa de hoje se inspirem nos exemplos antigos". 


Quatro medalhas lusas nos Olímpicos da Juventude

Portugal conquistou quatro medalhas na segunda edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, que decorreu em Nanjing, na China, entre 16 e 28 de Agosto. Maria Miguéis Teixeira, atleta portuguesa do Pentatlo Moderno de apenas 14 anos, foi a mais jovem medalhada da comitiva nacional.
De acordo com informações avançadas pelo Comité Olímpico de Portugal (COP), os participantes portugueses arrecadaram duas medalhas de ouro (ambas por equipas, no Judo e no Pentatlo Moderno, por Maria Siderot e Maria Miguéis Teixeira), uma de prata (em Vela, por Rodolfo Pires) e uma de Bronze (em Trampolins, por Pedro Ferreira). A comitiva lusa superou, com este desempenho, o resultado obtido há quatro anos na estreia dos Jogos Olímpicos da Juventude em Singapura, onde Portugal conseguiu uma medalha de ouro (em Triatlo por Equipas), uma de prata (em Taekwondo) e uma de bronze (em Natação).
Maria Miguéis Teixeira, de 14 anos, em par com o ucraniano Anton Kuznetsov na prova de Pentatlo Moderno, encerrou com o segundo ouro a participação nacional nos Jogos de Nanjing. "Foi muito intenso disputar todas as provas num só dia, um enorme esforço físico, que acabou da forma ideal", confessa a atleta em comunicado. "Vou continuar a lutar, espero conseguir um dia chegar a uns Jogos Olímpicos, pois vivem-se emoções únicas na vida que temos de perceber", acrescenta a jovem, que promete, desta forma, ir dar seguimento ao seu percurso desportivo. Para José Garcia, chefe da missão portuguesa em Nanjing, "o balanço [destes Jogos para Portugal] é muito positivo". "Os resultados desportivos são de grande mérito e as experiências adquiridas por toda a equipa olímpica - oficiais, treinadores e atletas - são algo que marcará a todos para sempre", resume o responsável.  
Apesar do sucesso, José Garcia alerta que é "prematuro" esperar que estes "vencedores" possam competir já nos próximos Jogos Olímpicos, a realizar-se no Rio de Janeiro, Brasil, em 2016. "Para alguns deles, a realidade será para Tóquio 2020. Para o Rio 2016 é um desafio muito grande para jovens desta idade, entre os 15 e os 18 anos", nota o chefe da comitiva, vincando, ainda assim, que este grupo "constitui o futuro do desporto olímpico nacional".
"[Estes atletas] são os heróis do nosso tempo, conseguindo conciliar a vida académica -- alguns no quadro de excelência das suas escolas - com a carreira desportiva, sendo dos melhores do Mundo nas suas modalidades", conclui José Garcia. O próximo grande desafio do chefe da missão serão os I Jogos Europeus, que se realizarão em Baku, no Azerbaijão, em 2015, e que vão apurar atletas de diversas modalidades para os Jogos Olímpicos do Rio. 


Portuguesa cria roteiros turísticos para invisuais

Uma estudante universitária portuguesa desenvolveu roteiros turísticos da cidade de Braga destinados a pessoas com deficiências visuais. Os percursos concebidos por Sandra Contente, aluna de mestrado em Património e Turismo Cultural na Universidade do Minho (UMinho) já estão disponíveis para os cidadãos locais. A ideia, que contou com a colaboração da Associação do Apoio ao Deficiente Visual do distrito de Braga e da Associação de Ocupação Constante, foi retirada por Sandra Contente da sua própria tese de mestrado, intitulada "Turismo Acessível na cidade de Braga: uma experiência com portadores de deficiência visual". Segundo a jovem portuguesa, este projeto surgiu da necessidade de suprimir uma lacuna existente há vários anos. "É importante apostar em iniciativas e estratégias diversificadas que permitam às pessoas com limitações físicas usufruir e conhecer melhor os vários espaços turísticos e culturais", defende Sandra Contente em comunicado enviado ao Boas Notícias.

Projeto aposta no lado sensorial de cada trajeto para que os participantes possam desfrutar de aspetos tradicionais da cidade, como o cheiro da moagem do café. © UMinho

Com este objetivo, explica a mentora do projeto, "foram definidos, em conjunto com as entidades aderentes, percursos e atividades para esta população" e Sandra Contente procurou dar um toque mais sensorial aos trajetados já delineados, tendo em consideração igrejas, museus, monumentos, estabelecimentos comerciais e outros locais "onde estes turistas pudessem sentir alguns dos aspetos tradicionais da cidade bracarense". Desde o arranque da iniciativa, várias entidades e comerciantes de Braga já integraram os itinerários adaptados, casos do Posto de Turismo de Braga, do Museu Arqueológico Dom Diogo de Sousa, do Museu Pio XII, da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, dos estabelecimentos comerciais "A Negrita" e "Som da Sé" e do artesão local Eurico Silva.
De acordo com Sandra Contente, o 'feedback' dos deficientes visuais tem também sido positivo. "Eles apreciaram bastante a atividade. Acharam é que se devia fazer mais vezes e, para isso, é necessário haver políticas públicas nesse sentido, existir a cooperação entre várias entidades e apostar na cultura da acessibilidade junto da população", declara, acrescentando que "só assim é que se pode pensar em Braga como um destino acessível".


Ambiente: Prémios mundiais para hotéis madeirenses

Quatro unidades hoteleiras portuguesas do Grupo Pestana, todas localizadas na Madeira, foram, recentemente, distinguidas com os prémios internacionais "TUI Environmental Champion Awards 2014", que reconhecem a qualidade ambiental na hotelaria e são atribuídos pela TUI Deutschland, um dos maiores operadores turísticos do mundo. 
O Pestana Carlton, o Pestana Village, o Pestana Miramar e o Pestana Palms foram os hotéis portugueses que conquistaram os galardões, entregues pelo operador desde 1996 e que destacam os hotéis que evidenciam um compromisso especial para com a proteção do meio ambiente, promovendo, dessa forma, a sua vertente de responsabilidade social.
Com as novas distinções, o grupo hoteleiro português passa a totalizar 13 prémios TUI Enviromental Champion em unidades da Madeira, arquipélago onde tem 10 hotéis e resorts.
"Para além do grau de satisfação dos nossos clientes, é através deste tipo de prémios com forte reconhecimento internacional que certificamos que estamos no caminho certo", congratula-se Luigi Valle, administrador do Grupo Pestana, em comunicado enviado ao Boas Notícias. "A aposta nas melhores práticas ambientais é uma realidade presente no dia-a-dia das nossas unidades e isso faz-se sentir junto dos colaboradores, clientes e até mesmo da sociedade em geral", acrescenta o responsável. 
O objetivo dos prémios da TUI Deutschland é aumentar a consciência ambiental e o compromisso dos intervenientes no sector hoteleiro para a sustentabilidade. Um dos requisitos exigidos é um certificado de sustentabilidade válido, reconhecido pelo GSTC (Conselho Global de Turismo Sustentável) sendo que a avaliação é feita anualmente de acordo com rigorosos critérios de seleção que passam por um inquérito de satisfação a clientes auditado externamente.


Design: Cerâmica portuguesa galardoada em Itália

A empresa portuguesa Revigrés acaba de ser premiada, em Itália, no âmbito de um dos mais prestigiados concursos de design do mundo, o A'Design Award & Competition, pelo seu pavimento amovível Revicomfort, que se sagrou o produto vencedor na categoria de "Materiais de Construção, Componentes de Construção, Estruturas e Sistemas". Trata-se de um pavimento cerâmico amovível e reutilizável, de aplicação fácil e rápida efetuada a seco (ou seja, sem a necessidade de cimento cola), e, segundo a empresa, é uma solução pronta a utilizar, que não danifica o pavimento preexistente e que permite o fácil acesso a sistemas ocultos. Em comunicado, a Revigrés informa que todos os produtos vencedores da competição, entre os quais o pavimento português, "distinguidos pela excelência em Design, Inovação, Tecnologia e Criatividade, estão numa exposição organizada pelo MOOD - Museum of Outstanding Design", a decorrer na cidade italiana de Como. 
Além disso, graças à distinção, a marca portuguesa integra a série de projetos vencedores - Winner Designs - publicados no Yearbook da competição, que reúne os melhores trabalhos de design a nível mundial. 
O A'Design Award & Competition é considerado um dos concursos mais abrangentes e prestigiados da área, tanto pela diversidade dos conteúdos como pelo rigor do processo de seleção do juri, constituído por professores universitários, profissionais, empresários e personalidades dos media com reconhecido "know how" nas áreas do design, arquitetura e artes. 
Este concurso é organizado anualmente e conta com o patrocínio do Bureau of European Design Associations (BEDA), de outras instituições de design e de vários parceiros mediáticos internacionais. Ao longo dos últimos cinco anos, a competição contou já com a participação de 30.000 projetos provenientes de 280 nações. Portugal ocupa, atualmente, o 17º lugar no ranking dos países vencedores, liderado pelos EUA. 


Livro de receitas dos Açores faz sucesso nos EUA

A luso-americana Maria Lawton publicou um livro de receitas açorianas nos Estados Unidos, "Azorean Cooking: From My Family Table to Yours", e já vendeu mais de dez mil exemplares.
"Nunca pensei que isto pudesse acontecer. As pessoas escrevem-me a dizer: lembro-me da minha mãe fazer isto, ou esta era a receita da vovó que eu adorava e nunca aprendi a fazer", disse à agência Lusa Maria Lawton. A luso-americana, que nasceu na ilha de São Miguel e mudou-se com os pais para os Estados Unidos com seis anos, começou a cozinhar depois da mãe morrer, para que o pai continuasse a comer os seus pratos preferidos.
"A minha mãe era uma grande cozinheira e ele sempre adorou a sua comida. Cozinhar foi a maneira que encontrei de tentar compensar a sua ausência. O meu pai ia dizendo que estava tudo muito bom, mas eu sabia que não estava como a comida da minha mãe", lembra Maria Lawton. A cozinheira conta que, quando o pai morreu (três anos depois da mãe), encontrou um caderno da mãe com muitas listas de ingredientes, mas nenhuma receita completa. Decidiu então viajar até aos Açores para, finalmente, aprender todos os pratos da forma original.


Dos EUA para São Miguel

Na sua ilha de origem, com a ajuda da família, conseguiu reconstruir todas as receitas. Quando regressou aos EUA, há cerca de 5 anos, começou a escrever o seu livro e criou uma página de Facebook que, entretanto, foi reunindo milhares de seguidores, contando já com mais de 18 mil fãs. Durante quatro anos trabalhou no livro, aos serões e fins de semana. A micaelense, que tem três filhas, diz que o livro foi um projeto de amor, feito a pensar nas filhas e nos sobrinhos. "Todos eles nasceram cá, mas têm muitas memórias ligadas à comida. As melhores memórias que temos são à volta de uma mesa. Não queria que passassem pelo que passei", conta. Em junho do ano passado, começou a distribuir uma edição particular pela sua família. Em pouco tempo, começaram a chegar os pedidos de amigos, estranhos e de fãs do Facebook. Passados uns meses, recebeu o telefonema da Union Park Press, uma editora de Boston.
"Azorean Cooking: From My Family Table to Yours" chegou, em Janeiro deste ano, às livrarias e ao público norte-americano, tornando-se um sucesso com mais de 10 mil exemplares vendidos. Neste momento, a autora está já a preparar um segundo livro, desta vez dedicado às sobremesas e doces dos Açores.
Notícia sugerida por Maria Pandina


Portugueses descobrem como travar leucemia infantil

Uma equipa de cientistas portugueses descobriu como travar a evolução de um tipo de leucemia que afeta crianças com frequência por intermédio da utilização de um composto farmacológico, o que poderá abrir portas ao desenvolvimento de uma terapêutica alternativa à que hoje existe. O achado é da responsabilidade de um grupo de investigadores do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, coordenado por João Taborda Barata, tendo os resultados do trabalho sido recentemente publicados na revista científica internacional Oncogene. 
Em comunicado, o IMM destaca que o estudo obteve conclusões "bastante promissoras no que respeita ao potencial desenvolvimento de uma terapêutica alternativa para o tratamento da leucemia linfoblástica aguda de células T (LLA-T), um tipo de leucemia bastante frequente em crianças". Os especialistas nacionais avaliaram o papel da proteína "CHK1" em doentes e concluíram que a mesma se encontra "hiperativada" nos casos de leucemia. Ou seja, em pessoas com a doença, a expressão deste gene está demasiado aumentada, o que permite a viabilidade das células tumorais e a proliferação da doença.
Consequentemente, a proteína em causa constitui "um novo alvo molecular para potencial intervenção terapêutica em leucemia pediátrica", explica João Taborda Barata, que acrescenta que "o curioso é que o CHK1 serve como uma espécie de travão para a multiplicação celular, mas acaba por ajudar as células leucémicas porque as mantém sob algum controlo".
"Se inibirmos o CHK1, as células tumorais ficam tão 'nervosas' - o que chamamos de 'stress replicativo' - que acabam por morrer", esclarece o investigador, responsável pela liderança da equipa, para levar a cabo esta inibição, utilizou um composto farmacológico, o PF-004777736, capaz de induzir a morte das células doentes sem afetar as células T normais. Segundo os cientistas do IMM, o uso deste composto é, portanto, capaz de interferir na proliferação das células afetadas e de interromper o seu ciclo de vida, diminuindo o desenvolvimento da doença.

Tratamentos atuais têm efeitos secundários consideráveis

A leucemia linfoblástica aguda de células T é um tipo de cancro do sangue (tumor líquido) especialmente frequente em crianças e que se carateriza por um aumento descontrolado do número de linfócitos T (glóbulos brancos), as células do sistema imunitário responsáveis por identificar e combater agentes externos causadores de infeção. A incidência de LLA em geral é relativamente similar na Europa e nos Estados Unidos da América, com um caso em cada 50.000 habitantes, sendo mais frequente no sexo masculino do que no sexo feminino e apresentando dois picos de incidência: dos dois aos cinco anos e após os 50 anos de idade.
Apesar de este tipo de leucemia ser um cancro que apresenta grande sucesso terapêutico nas crianças, os efeitos secundários resultantes das terapias atuais são bastante consideráveis, o que justifica a vontade dos cientistas de encontrar soluções alternativas para o tratamento.
Notícia sugerida por Maria Pandina, António Resende e Raquel Baêta

Créditos: Boas Notícias


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(imagem retirada da internet)



Mimo nunca é demais

As crianças precisam de demonstrações físicas de afeto para se sentirem amadas e crescerem felizes. O toque ajuda-as a gerir emoções, a aprender melhor e até a serem mais resistentes às doenças. Já abraçou o seu filho(a) hoje?

Precisamos de quatro abraços por dia para sobreviver, oito para manutenção do bem-estar e 12 para crescer. A quantização é da conhecida psicoterapeuta norte-americana Virginia Satir e, embora possa parecer exagerada face ao ritmo alucinado a que tantas vezes vivemos, a verdade é que a necessidade do abraço é bem mais profunda – quase orgânica – do que imaginamos.

“Os abraços são tão vitais para a saúde e desenvolvimento das crianças como a comida e a água”, defende a psicóloga Ana Margarida Marcão, da Oficina da Psicologia, explicando por que é o toque tão importante desde cedo: “Um bebé reconhece os seus pais inicialmente pelo toque e cerca de 80 por cento da sua comunicação é feita através do movimento corporal. Portanto, é mais fácil comunicar com eles pelo contacto físico. Um abraço ‘dirá’ à criança que ela é amada, querida, protegida e que está em boas mãos, dando-lhe uma sensação de segurança de uma forma que as palavras não conseguem”. 

E este toque é primordial desde o primeiro minuto para estimular o processo de vinculação, que vai refletir-se no desejado desenvolvimento saudável e equilibrado da criança. “O contacto corporal mãe-bebé, desde os momentos imediatos ao parto, resulta em efeitos positivos na interação entre os dois, observados quer a curto quer a longo prazo”, confirma a psicóloga clínica Carolina Martins Faria, do Gabinete de Psicologia, acrescentando que “ao longo do desenvolvimento, as manifestações de afeto, consistentes, previsíveis e sensíveis, são essenciais para a construção de laços afetivos e para uma relação de confiança com os pais”. Além dos benefícios de uma vinculação segura, “o conforto proporcionado pelo contacto corporal (abraçar, tocar) é uma ferramenta importante na gestão emocional, particularmente em crianças pequenas”. Ou seja, ajuda a criança a regular as suas reações quando é confrontada com situações de stresse ou com emoções negativas.

Mas os benefícios do toque não se limitam apenas ao plano emocional: há todo um conjunto de efeitos positivos também a nível físico que não devem ser menosprezados: “O afeto e cuidado transmitidos através do toque aumentam os níveis de oxitocina no cérebro”, explica Ana Margarida Marcão. A ocitocina (hormona libertada na corrente sanguínea) “relaxa o corpo, diminuindo o ritmo cardíaco, a pressão arterial e os níveis de cortisol”. O excesso de cortisol no cérebro (em resposta a situações de stresse) “afeta o desenvolvimento do sistema límbico, que controla e gere as emoções, e interfere também com a capacidade da criança para aprender e crescer”. Assim, sublinha a psicóloga, “o toque tem um papel significativo na capacidade da criança regular as suas próprias respostas ao stresse”. Um abraço promove ainda “a libertação de dopamina (uma hormona que atua como um estimulante), criando uma sensação de prazer no cérebro” e “reforça o sistema imunológico, ao aumentar os níveis de hemoglobina (que transporta o oxigénio aos nossos órgãos e tecidos) no sangue”. Afinal um abraço não é “só” uma reconfortante manifestação de afeto, é um ato quase mágico, com um poder que tem tanto de ancestral e profundo como de inesperado.


Dos prematuros aos idosos

A investigadora norte-americana Tiffany Field, diretora do “Touch Research Institute” do Departamento de Pediatria da Universidade de Miami, estuda há mais de 30 anos o poder do toque ao longo das várias fases da vida, desde o nascimento à velhice, e não tem dúvidas de que o contacto físico é “muito importante”. “Desde o abraço à massagem, o toque tem efeitos positivos na saúde, ajudando a reduzir a dor, a ansiedade e a agressividade, promovendo a estimulação do sistema imunitário, melhorando a saúde cardiovascular… e sem efeitos secundários”, afirmou à Pais&filhos. O interesse da pediatra pelo toque surgiu, numa primeira fase, quando se debruçou sobre os bebés prematuros e a forma como podem ser ajudados a ganhar peso.

“Descobrimos que os prematuros que recebem massagens ganham peso mais depressa, respondem melhor aos estímulos sociais e vão para casa mais cedo”, explicou. A partir daí, Tiffany Field e a sua equipa têm realizado dezenas de estudos sobre os efeitos do toque, não só nos bebés como ao longo de toda a vida. Um das suas investigações, publicada no “Early Child Development and Care”, em 1999, concluiu que as crianças em idade pré-escolar que recebem mais demonstrações físicas de afeto dos pais são menos agressivas para os seus pares na escola.

Perante isto, valerá a pena refletir: quantos abraços (não) damos aos nossos filhos na correria do dia-a-dia? Antes de nos deixarmos amargurar com este pensamento, Carolina Martins Faria lembra que “mais importante do que a quantidade, é proporcionar abraços e manifestações de afeto enquadradas numa relação responsiva e sensível às necessidades do outro. Isto é, os abraços devem surgir de uma forma adequada ao contexto e aos sinais que nos são transmitidos pelo outro, respeitando as caraterísticas individuais de cada um, de forma a não serem intrusivos e percecionados como negativos”.

Isto é especialmente importante na adolescência. Um abraço “imposto” à frente dos amigos pode ter um efeito oposto ao desejado. “Os pares dos adolescentes são muito importantes para eles e eles importam-se com o que pensam. Envergonhá-los à frente dos amigos é uma muito má ideia”, lembra Ana Margarida Marcão. Não é que os adolescentes não precisem de abraços, pelo contrário, mas é preciso respeitar toda a transformação que estão a viver e que muitas vezes conduz a um desinvestimento no que diz respeito às demonstrações de afeto entre pais e filhos.

“O confronto com a novidade, com um corpo em transformação, com todo um novo mundo emocional (turbulento) e a constituição de uma nova identidade, levam a que o adolescente necessite de deixar os laços demasiado próximos com os pais e de interromper as ações anteriores que com eles tinha”, explica a psicóloga, sublinhando, contudo, que “existem muitas razões para abraçar um adolescente, incluindo os rapazes: eles estão diariamente numa montanha russa emocional, não entendem realmente porque sentem o que sentem e isso fá-los sentirem-se muito desconfortáveis. Um grande abraço da mãe ou do pai pode ser muito benéfico, se dado corretamente”. Até porque “os adolescentes precisam saber que podem contar com os pais” e abraçar pode ser o suficiente para que se sintam seguros. Mas se esta aproximação parecer mesmo desadequada, Tiffany Field lembra que há outras formas de contacto físico menos “intrusivas” para o adolescente: “Eles adoram uma massagem nos ombros, desde que lhes perguntemos primeiro!”.

Por tudo isto, é natural que as demonstrações físicas de afeto estejam mais presentes na infância, altura em que as crianças estão mais dependentes dos pais e que a própria satisfação das suas necessidades básicas implica um contacto mais próximo. “À medida que as crianças se desenvolvem (física, cognitiva e emocionalmente), tendem a procurar a independência dos vários adultos a quem estão vinculadas, diminuindo a necessidade deste contacto físico”, diz Carolina Martins Faria. Em contrapartida, “passam a necessitar de outras manifestações de afeto, verbais e comportamentais, de maior complexidade, que as apoiem nos novos desafios das etapas do seu desenvolvimento”. Outra das razões que pode contribuir para este desinvestimento é a ideia de que “muitas demonstrações de carinho estragam a criança com mimos”. “Esta ideia é errada, as crianças não são ‘estragadas’ por demasiado afeto, são ‘estragadas’ por falta de disciplina”, sublinha Ana Margarida Marcão.

Visto de uma perspetiva mais simplista, a carência de abraços pode ser apenas uma questão de falta de tempo. “Os pais são seres humanos, não são máquinas nem têm super poderes e há dias em que tudo o que conseguem fazer, depois de terem passado o dia todo no trabalho, é satisfazer as necessidades mais básicas, funcionais, das crianças: alimentá-las, dar-lhes banho e pô-las a dormir a uma hora decente para conseguirem repetir tudo outra vez no dia seguinte. O tempo e a disponibilidade física, intelectual e emocional para estar atento e investir na transmissão de afeto vai-se perdendo nos árduos dias de trabalho, que deixam aos pais apenas um escasso tempo livre para serem pais”, lamenta a psicóloga, sugerindo que “a única forma dos pais manterem um laço forte com as suas crianças é construir um hábito quotidiano de conexão ou ligação: por exemplo, dar um abraço à criança antes de a deixar na escola, quando a vai buscar e quando a põe a dormir”. Porque quando os pais investem mais na ligação à criança “tudo muda”, lembra Ana Margarida Marcão.


“O MEU PAI NUNCA ME ABRAÇOU!”

Quantas vezes terá sido repetida esta frase em jeito de ressentimento, em desabafos confidentes ou em sessões de terapia? Referida quase sempre com tristeza e mágoa, a carência de desmonstrações de afeto na infância pode mesmo deixar marcas para a vida. “A falta de afeto físico e intimidade emocional podem causar grande dor psicológica a uma criança e essa dor pode persistir na idade adulta como a causa subjacente de disfunção social”, confirma a psicóloga Ana Margarida Marcão. E explica: “A consciência do corpo está relacionada com a consciência emocional e intelectual. A falta de toque e espontaneidade emocional nas famílias leva a que os indivíduos não aprendam a reconhecer as suas próprias experiências emocionais”. Assim, podem vir a “reprimir as suas emoções, sofrer de doenças psicossomáticas e/ou confundir a necessidade de simples afeto físico com desejo sexual”. A ausência de demostrações de afeto e falta de toque “conduz a ressentimento, raiva e à sensação de não se ser querido”. Por tudo isto, as crianças “precisam ser tocadas e acarinhadas para desenvolverem intimidade emocional”. E tudo pode começar com um abraço, sublinha a psicóloga.


INSTINTO MILENAR

Há séculos que as mães sabem, instintivamente, que o toque tem um poder extraordinário: é através dele que acalmam o bebé que chora, pegando-lhe ao colo, confortando-o nos braços, ou massajando-lhe a barriga quando tem cólicas. Mais tarde, quando caem e se magoam, não há curativo melhor do que um beijinho da mãe. Os estudos científicos vêm apenas confirmar o que as mães já sabiam: o toque tem poderes benéficos para a saúde e o bem-estar. E com esta crescente evidência, há cada vez mais hospitais a incorporar terapias complementares, como as massagens, aos protocolos para doentes oncológicos ou do foro cardiovascular, por exemplo. Os efeitos não surgem só através de terapias mais sistematizadas, como a reflexologia, mas de gestos tão simples como partilhar um abraço, fazer uma massagem nos ombros ou simplesmente dar as mãos. Para perceber o poder do toque, basta olhar, por exemplo, para o hábito milenar das mães indianas, que massajam instintivamente os seus bebés, estimulando e fortalecendo o vínculo entre os dois. Na realidade, a massagem Shantala é “só” um momento diário de afeto entre a mãe e o bebé, que faz parte da rotina dos cuidados ao recém-nascido, mas que resulta num desenvolvimento mais saudável e harmonioso do bebé.



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Esta semana...

(imagem retirada da internet)



"Aquele que sabe e sabe que sabe é sábio...
Segue-o!
Aquele que sabe e não sabe que sabe está a dormir... Acorda-o!
Aquele que não sabe e não sabe que não sabe é um idiota... Enxota-o!
Aquele que não sabe e sabe que não sabe é simples... Ensina-o!
(Provérbio Árabe)


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