quinta-feira, 25 de outubro de 2012

MEIO CRESCENTE - Workshop sobre o Stress



"Ri-te... MUITO! 
A felicidade é um excelente redutor de stress"
(Autor desconhecido) 

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terça-feira, 23 de outubro de 2012

AVC - Descoberta Portuguesa

(imagem retirada da internet)



Ciência: 
Portugueses identificam genes de AVC

Dois investigadores portugueses identificaram os genes associados ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquémico e descobriram que há diferentes subtipos da doença, para os quais a terapêutica no futuro terá de ser diferente, consoante o subtipo, para ser mais eficaz. Sofia Oliveira e José Ferro, investigadores do Instituto de Medicina Molecular, reuniram e cruzaram dados sobre AVC isquémico, a fim de identificar variantes de genes implicadas em AVCs. “A investigação consistiu em procurar alterações no genoma que tornam as pessoas mais susceptíveis ou que os protegem contra AVC isquémicos. No meio de cerca de três milhões de variantes genéticas investigadas, conseguimos identificar um pequeno número que tem essa propriedade de alterar o risco de ter um AVC”, explicou à Lusa Sofia Oliveira. Este estudo, recentemente publicado na revista “The Lancet Neurology”, veio reforçar a ideia de que há diferentes mecanismos patogénicos que levam ao AVC isquémico. “Em termos práticos, isto implica que a terapêutica pode ter eficácias diferentes consoante o subtipo de AVC”, disse a investigadora.

Os resultados da investigação mostram que apesar de as variantes genéticas poderem ser detetadas no AVC isquémico, todas as associações confirmadas dizem respeito a um subtipo específico de AVC. “Assim, é preciso realizar a subtipagem do AVC isquémico em ensaios clínicos por forma a identificar o subgrupo de doentes em que um medicamento tenha maior benefício na prevenção secundária (prevenção de um novo AVC após o primeiro)”, explicou Sofia Oliveira. Quanto à aplicabilidade prática desta descoberta nos doentes, não é possível no imediato, uma vez que falta confirmar estes resultados em outras populações e realizar outros estudos, como a sequenciação e estudos moleculares, para melhor compreender o papel destes genes no mecanismo da doença. Segundo a responsável, as meta-análises descritas no artigo publicado na revista “The Lancet Neurology” foram realizadas nos últimos dois anos, mas os estudos utilizados nas meta-análises têm vindo a ser conduzidos desde 2007.

O AVC isquémico é uma das principais causas de morte, de défice neurológico e incapacidade física persistentes no adulto, responsável também por um grande número de casos de declínio cognitivo e demência, relacionada com a idade.

Créditos: Lusa/SOL/Vida


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Crónicas 10 minutos - Tecnologicamente falando

Imagem retirada AQUI


Cyberbullying ‘empurra’ menina 
de 15 anos para o suicídio

Muitos de vós devem saber no que consiste o Bullying e o Cyberbullying. Neste artigo, ao invés de estar a alertar para o que pode acontecer, vou falar de algo que já aconteceu! No passado dia 10 de Outubro, Amanda Todd, uma menina canadiana de apenas 15 anos, cometeu suicídio, após sofrer este tipo de abusos durante três longos anos! 

Cyberbullying é a prática deliberada, repetida e hostil de comportamentos com a intenção de prejudicar outrem, por parte de um individuo ou grupo, com base no uso de tecnologias de informação e comunicação. Utilizando exemplos concretos podemos enunciar os envios constantes de e-mails com ameaças, comentários sexuais ou pejorativos, discurso de ódio, assédio sexual, etc. A mesma situação pode acontecer em chats, Windows Live Messenger e outros softwares. Perfis falsos podem ser criados nas redes sociais com o intuito de publicar material em nome das vítimas que as difame ou ridicularize. As vítimas também podem ver os seus endereços de casa e do trabalho publicados, bem como outras informações privadas. Por fim, podem vir a sofrer chantagem, acabando por, muitas vezes, ceder às exigências e ter consequências graves não só no seu mundo virtual, mas também no real. Tem-se tornado comum na atual sociedade, principalmente entre os mais jovens e, por isso, começa a ser discutido como uma problemática a nível mundial. 

O caso de que vos falo tem vindo a correr o mundo e a dar um novo ênfase à questão. As agressões começaram quando Amanda, aos 12 anos, terá sido convencida a mostrar os seios a um desconhecido que conversava na Internet, via webcam. Com esta ação, começou um pesadelo que iria culminar com o seu suicídio, por enforcamento. Um ano depois, um desconhecido que detinha muitas informações pessoais suas, abordou-a no Facebook e ameaçou enviar a foto dela em topless para todos os seus amigos caso ela não fizesse um “show” com a webcam ligada. Aí vieram os problemas de saúde, Amanda desenvolveu ansiedade e depressão profundas e outras perturbações associadas. Seguiu-se a criação de uma página de Facebook com o seu perfil falso, onde foi exibida uma foto sua em topless, a qual foi distribuída por vários colegas da escola. 

Ela mudou várias vezes de escola, num esforço para esquecer os abusos, mas sempre sem resultados. A certa altura, depois de um rapaz se interessar por ela, ela acabou por ser agredida por algumas amigas desse mesmo rapaz. “Alguns rapazes filmaram. Eu estava completamente sozinha e fiquei ali no chão estendida”, ‘diz’ Amanda no seu vídeo, o qual podem ver mais abaixo. Depois deste episódio começaram as tentativas de suicido, juntamente com uma caminhada de excesso de álcool e drogas que a levaram à destruição. 

Após este fim trágico, uma espécie de homenagem tem vindo a ser feita. Os familiares da jovem criaram uma página no Facebook que conta com quase 1.2 milhões de ‘gostos’. Também sobre este assunto, o grupo de hackers conhecido por Anonymous terá começado a ‘seguir’ o suspeito que se pensa ter sido o homem por detrás destes abusos cibernéticos. Fala-se de um pedófilo de 30 anos, residente em British Columbia, Canadá. Além do seu nome, foi revelado a sua morada, com direito a localização GPS e perfil do Facebook. Crê-se que o individuo poderá estar em maus lençóis… 

Desta vez não vou estar a apelar para a necessidade que temos de proteção contra o Cyberbullying, porque, para além de esta necessidade ser por demais evidente, vou deixar que a história e o vídeo de Amanda falem por mim. Deixo os comentários, as dicas e questões sobre esta realidade para os meus leitores!

Veja o comovente e intenso vídeo que Amanda deixou, apenas três dias antes de pôr fim à sua vida, na sua própria casa...


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Tal como a tecnologia, inove, melhore, evolva! 
João Oliveira 

P.S. Esta crónica estará em destaque aqui blogue para dar oportunidade de todos os visitantes de darem a sua opinião sobre a mesma. A sua opinião é importante, PARTICIPE! 

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Crónica 10 minutos - "Amante da sociedade"


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A imagem oferecida (III): 
A Realidade dos “nossos”, palavras 
de quem vive na pele!

Saiba quais os resultados dos Censos Sénior 2012!

Neste último ano tenho divulgado a ocorrência de muitas realidades, mas para os mais preguiçosos a paciência para a leitura e escrita parece apaziguar-se, em detrimento do ocorrido, decidi efetuar um “somatório” dos vários trabalhos expostos, no entanto agora selecionando os vídeos que mostram na íntegra o que acontece diariamente! Se não gosta de ler, então ofereço-lhe imagens do que afluí no mundo, no país, na sua rua, em sua casa! 


Concorda com o que os seus “cotas” têm de enfrentar a cada hora do dia? 
Quer passar pelo mesmo? O que faria?

Até quando manter-se-á em silêncio? 

Se já presenciou ou conhece algum caso, partilhe connosco. O seu testemunho pode alterar atitudes e pensamentos! 



(_ Sapatos?-Sei,…são para os pés e ponto!) 
Autoria de, Marisa Leonardo 

P.S. Esta crónica estará em destaque aqui no blogue até a próxima crónica para dar oportunidade de todos os visitantes lerem e darem opinião sobre a mesma. O seu comentário é importante, PARTICIPE!

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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Novos manuais e livros para alunos invisuais e disléxicos

(Imagem retirada da internet)


Como lê uma criança cega ou com baixa visão? Através de audiolivros. Estes chegam também, e pela primeira vez, aos alunos com dislexia. O projecto, uma parceria do Ministério da Educação, da Fundação Vodafone Portugal e da Porto Editora, é apresentado hoje em Lisboa.

O projecto DAISY 2012 – a sigla inglesa Digital Accessible Information System, um sistema digital de acesso à informação – é apresentado na secundária Maria Amália Vaz de Carvalho, Lisboa. O objectivo é oferecer a alunos e a professores um software de última geração, o EasyReader, para leitura de audiolivros digitais. 

O programa criado em 2005 e que até agora contemplava apenas alunos cegos e com baixa visão, estende-se agora aos estudantes com dislexia que passam a poder ler e ouvir em simultâneo, facilitando-lhes a compreensão do que lêem. O programa informático tem como objectivo facilitar a leitura e permite ao estudante controlar a velocidade de leitura, mas também escolher o tipo e o tamanho da letra, mudar a cor de fundo e utilizar atalhos no teclado. Por exemplo, um aluno com baixa visão pode aumentar o tamanho da letra até conseguir lê-la ou um disléxico pode mudar a cor do fundo do texto de maneira a facilitar-lhe a leitura. Esta versão “reformulada e melhorada do EasyReader”, permite que os os estudantes tenham acesso a manuais escolares ou outros livros de leitura recomendada, usados por milhares de estudantes portugueses, explica Filomena Pereira, directora de serviços de educação especial da Direcção-Geral de Educação (DGE). 

Ao todo estão a ser produzidos cerca de quatro dezenas de manuais escolares e obras de leitura recomendada, que deverão chegar ainda este ano lectivo a largas centenas de alunos cegos ou com baixa visão e com dislexia, informa o gabinete de comunicação da Vodafone. Dos audiolivros produzidos destacam-se os manuais das disciplinas de História, Ciências Naturais, Tecnologias de Informação e Comunicação e obras de leitura recomendada, comoOs Lusíadas, Os Maias e Viagens na Minha Terra. Portanto, com o novo software os alunos com necessidades educativas especiais deixam de estar limitados à oferta disponibilizada pela DGE e passam a ter acesso a outro tipo de literatura portuguesa e estrangeira. O acesso “torna-se universal” congratula-se Filomena Pereira. 

Já os professores podem produzir conteúdos áudio para os seus alunos, através do uso deste programa. Para esta produção de conteúdos especializados, a DGE vai promover acções de formação. 

300 licenças gratuitas

A partir do dia de hoje vai estar aberto um concurso na página online da DGE, para que alunos e professores das várias escolas do país possam concorrer e adquirir este software. Para o efeito, serão disponibilizadas 300 licenças de forma gratuita. Filomena Pereira prevê “receber imensos pedidos do ensino secundário e 3.º ciclo” e espera conseguir “satisfazer todos os alunos cegos ou de baixa visão”. No caso de alunos com dislexia não faz antevisões, uma vez que o DAISY “é um projecto experimental em Portugal” e a “utilização do software tem de ser devidamente acompanhada”. Vão ser os professores a fazê-lo, com monitorização, acrescenta. Segundo Filomena Pereira, o “projecto é crucial no acesso à informação destes alunos”, pois tal como “qualquer pessoa, os invisuais e disléxicos têm direito à informação, a estar informados”. 

À parceria entre a DGE e a Fundação Vodafone junta-se a Porto Editora. O objectivo é garantir a sustentabilidade do projecto: a DGE supervisiona a adaptação dos manuais a produzir, a Porto Editora fornece os conteúdos digitais e a Vodafone financia integralmente a produção das respectivas matrizes e suporta o custo das licenças do software EasyReader. 

O projecto DAISY pretende “contribuir para o desenvolvimento da Sociedade de Informação, combater a infoexclusão, o insucesso escolar e difundir as novas tecnologias em Portugal”.


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Crónicas 10 minutos - Viver o passado para construir o futuro!

Imagem retirada AQUI


D. Fernando I – “O Formoso” 

A 22 de outubro passam exatos 629 anos que, em 1383, D. Fernando I, o último Rei da I Dinastia morria. 

D. Fernando nasceu a 31 de Outubro de 1345, filho de D. Pedro I e de D. Constança Manuel de Castela. Em 1367, com 22 anos, sucedeu a seu pai. 

O início do reinado de D. Fernando foi marcado pela morte, em 1369, de D. Pedro I, Rei de Castela, sem herdeiros masculinos. D. Fernando era bisneto de D. Sancho IV de Castela, pelo lado materno, e declarou-se herdeiro do trono castelhano. Assim nasceu uma guerra com outros interessados no trono, Pedro IV de Aragão, Carlos II de Navarra. João de Gant, duque de Lancaster, casado com a filha mais velha do falecido Rei de Castela e Henrique da Trastâmara, irmão bastardo de Pedro de Castela e que se havia declarado Rei, como Henrique II. Estava iniciada uma contenda entre países ibéricos, as chamadas Guerras Fernandinas. 

A 1ª Guerra Fernandina (1369-1370) terminou com a mediação do Papa Gregório XI. Foi assinado o Tratado de Alcoutim, em 1371, referido à época como as Pazes de Alcoutim, entre o Rei de Portugal e o de Castela. Pelas suas cláusulas, D. Fernando I comprometia-se a manter boas relações com o rei de França e decidiu-se o matrimónio do Rei português, com a filha de Henrique II. Contudo, D. Fernando enamorou-se de Leonor Teles de Menezes, que era casada e não avançou com o acordo. Conseguiu-se a anulação do primeiro matrimónio de D. Leonor e D. Fernando desposou-a. A população não reagiu bem ao casamento, mas Henrique II nada fez, casando sua filha com Carlos III de Navarra. 

Na 2ª Guerra Fernandina (1372-1373),o duque de Lancaster convenceu D. Fernando a participar num acordo secreto para expulsar Henrique II do trono de Castela. Contudo a Guerra terminou rapidamente e foi assinado o Tratado de Santarém entre ambos os reis ibéricos, nele se estipulava a expulsão dos apoiantes galegos de D. Fernando do território português. 

D. Leonor tinha cada vez mais influência sobre o marido e a sua política externa, o que levou a um forte descontentamento da população. A Rainha era rejeitada pelos seus súbditos, que a chamavam a Aleivosa. Apesar disso, a paz assinada com Castela permitiu a D. Fernando dedicar-se à administração do Reino. Assim, mandou reparar muitos castelos e construir outros, ordenando a construção de novas muralhas em redor de Lisboa e do Porto. Com o objetivo de desenvolver a Agricultura, D. Fernando promulgou a Lei das Sesmarias, que impedia o pousio nas terras suscetíveis de aproveitamento e procurava o aumento de homens nas terras. 

O Rei D. Fernando I alargou as relações mercantis de Portugal, incentivando a presença de mercadores estrangeiros, em Lisboa. Assistiu-se também ao desenvolvimento da marinha. D. Fernando deu a autorização ao corte de madeiras nas matas reais para a construção de navios a partir de certa tonelagem, decidiu ainda pela isenção total de direitos sobre a importação de ferragens, de apetrechos para navios e até da aquisição de navios já feitos. Criou, então, a Companhia das Naus, na qual todos os navios tinham que ser registados, pagando uma percentagem dos lucros de cada viagem para a caixa comum, que servia posteriormente para o pagamento dos prejuízos dos navios que se afundassem ou sofressem avarias. 

Entre 1381 e 1382, deu-se a 3ª Guerra Fernandina. Assim, com a morte de Henrique II, em 1379, o duque de Lancaster reclamou novamente os seus direitos. Tendo D. Fernando como aliado. Contudo, a relação entre ambos esfriou. Foi então assinada a paz com Castela, no Tratado de Elvas, em 1382, onde ficou estipulado que D. Beatriz, a herdeira de D. Fernando, se casaria com o filho do rei João I de Castela. 

D. Fernando assinou o Tratado de Salvaterra de Magos, pouco antes de morrer. Este acordo entre Portugal e Espanha punha fim às Guerras Fernandinas e oficializava o casamento de D. Beatriz, não com o filho mas com o próprio João I de Castela. Em Salvaterra de Magos, D. Fernando procurou evitar a união das duas coroas ibéricas, decidindo que quando D. Fernando morresse, iria ficar sua mulher, D. Leonor Teles, regente de Portugal até que o filho de D. Beatriz e do Rei de Castela atingisse os 14 anos (D. João tinha filhos do primeiro casamento e assim não se comprometia a independência). Assim, quando esse filho atingisse os 14 anos, seria o futuro rei de Portugal. D. Fernando também exigiu que os reinos de Portugal e Castela nunca se unissem 

A 22 de outubro de 1383 morreu D. Fernando I, D. Leonor Teles foi nomeada regente em nome de sua filha. A transição não foi pacífica, pois havia quem declarasse que esta situação seria a anexação de Portugal por Castela. Vários apoiantes a favor da independência se juntaram em torno de D. João, Mestre de Avis, meio-irmão de D. Fernando. A este período chamou-se a crise dinástica de 1383-1385, que terminou com a vitória de D. João e o nascimento da Dinastia de Avis, a 2ª da História de Portugal. 

D. Fernando como era Formoso, ganhou este cognome pela gentileza do seu porte, embora alguns atestam que devido à sua política externa, com as Guerras Fernandinas e porque após a sua morte, o trono português esteve à beira de ser anexado por Castela, o Rei devia ser chamado do Inconsciente ou até do Inconstante

Neste momento da nossa História, estamos novamente a passar por uma crise e por várias “batalhas”, em que os governantes parecem ter esquecido dos seus cidadãos e das suas necessidades. Não parecemos um país guerreiro, que luta por um caminho melhor para todos, não! Neste momento, somos um país que não pensa nos seus, mas nas regras da Troika que têm penalizado os portugueses. Nós somos Portugal e devemos preservar e defender o nosso país, o nosso povo, a nossa cultura….é o momento de lutar e de não aceitar que destruam o nosso país com quase nove séculos de História…Sejamos firmes e determinados. 

É preciso viver o passado para construir o futuro! 
Francisco Miguel Nogueira 


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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Alzheimer vs Água

(imagem retirada da internet)



Alzheimer: 
1 litro de água por dia previne agravamento

Beber um litro de água mineral rica em sílica diariamente pode prevenir o declínio cognitivo dos doentes de Alzheimer, ajudando a remover o alumínio do organismo. A conclusão é de um estudo britânico cujos resultados são considerados "surpreendentes", já que podem trazer uma nova esperança no combate ao problema.

A equipa de investigadores da Universidade de Keele, no Reino Unido, estudou 30 voluntários - 15 homens e 15 mulheres - com Alzheimer. Os participantes beberam um litro de água mineral da marca malaia Spritzer, que apresenta uma elevada concentração de sílica, todos os dias durante 13 semanas. A maioria dos envolvidos não mostrou qualquer novo sinal de deterioração cognitiva depois da experiência e, em três dos doentes, observou-se até uma melhoria na saúde mental. Citado pelo Daily Mail, Christopher Exley, que coordenou a investigação, explicou que esta incidiu sobre duas questões diferentes. "Primeiro focámo-nos no facto de a ingestão deste tipo de água remover o alumínio do corpo, limpando o sangue, e depois analisámos as capacidades cognitivas dos pacientes com Alzheimer e tentámos perceber se estas se tinham alterado com a redução dos níveis de alumínio", esclareceu o especialista. "O mais interessante é que, de facto, testemunhámos a existência de uma relação potencial entre a remoção do alumínio e uma melhoria na função cognitiva. É muito improvável ver este tipo de mudança num período de tempo tão curto, pelo que a observação das alterações foi uma grande surpresa", confessou Exley.

Próximo objetivo é reduzir o risco de vir a sofrer da doença

No decorrer do estudo, os pacientes que seguiram a "terapia da água" beneficiaram de uma enorme redução nos níveis de alumínio no organismo - a diminuição foi, no mínimo, de 50% e, nalguns casos, chegou mesmo aos 70%. Depois, os voluntários foram avaliados através de um método comum de diagnóstico, que inclui 'jogos' de memória e tarefas simples como desenhar um relógio, algo que pode ser difícil para pessoas cuja função cognitiva está a deteriorar-se. "Vimos melhorias em alguns casos, uma manutenção da situação noutros e, numa menor percentagem dos pacientes, a degradação continuou", apontou o cientista, sublinhando que a ingestão de um litro de água é mais eficaz se esta for ingerida gradualmente em vez de ser bebida de uma só vez em grandes quantidades. Agora, adiantou Exley, a equipa pretende desenvolver estudos mais aprofundados com o objetivo de compreender se será possível reduzir o risco de Alzheimer nas pessoas predispostas a vir a sofrer da doença. "São pessoas com uma idade que se situa, normalmente, entre os 40 e os 60 anos. Se conseguíssemos com que incluíssem a água mineral rica em sílica nas suas dietas no futuro e diminuir o perigo de virem a sofrer da patologia seria fantástico", concluiu.


Créditos: Boas notícias
Estudo em Inglês AQUI


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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Escritor português ganha prémio literário europeu

Imagem retirada AQUI


Escritor Afonso Cruz vence prémio 
da União Europeia para Literatura

O romance "A Boneca de Kokoschka", publicado pela Quetzal em 2010, foi escolhido entre centenas de obras dos mais promissores talentos europeus na área da literatura. O prémio foi anunciado terça-feira na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha.

O escritor e realizador de cinema de animação Afonso Cruz foi este ano o vencedor português do Prémio da União Europeia para a Literatura. Nascido na Figueira da Foz, em 1971, Afonso Cruz foi um dos 27 galardoados com um prémio que reconhece os melhores autores emergentes.

De acordo com a editora Quetzal, o prémio é atribuido por conta do livro "A boneca de Kokoschka". Na literatura, Afonso Cruz estreou-se com o romance "A Carne de Deus", em 2008. Editou em junho o romance "Jesus Cristo bebia cerveja" e o segundo volume da "Enciclopédia da Estória Universal", que reúne ficções curtas que remetem para obras e autores inventados. Estas duas obras juntam-se a um percurso literário que inclui, por exemplo, "O pintor debaixo do lava-loiças", "A boneca de Kokoschka", "A contradição humana" e "Os livros que devoraram o meu pai", distinguido com o Prémio Literário Maria Rosa Colaço. O primeiro volume da "Enciclopédia da Estória Universal" valeu-lhe o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco. O escritor é ainda um dos elementos da banda de blues The Soaked Lamb e ilustrador de vários títulos para a infância.

Cada vencedor recebe uma quantia de cinco mil euros e prioridade no concurso a fundos europeus para a tradução da sua obra noutras línguas. A cerimónia de entrega do prémio acontecerá a 22 de novembro, em Bruxelas. Este prémio literário é aberto aos 37 países que fazem parte do Programa Cultura da União Europeia (os 27 Estados-membros da UE e ainda Albânia, Bósnia-Herzegovina, Croácia, Islândia, Liechtenstein, Ex-República Jugoslava da Macedónia, Montenegro, Noruega, Sérvia e Turquia.

Atualmente, a Comissão Europeia investe cerca de três milhões de euros anuais em traduções literárias.

Crédito: Lusa/Sapo Notícias

Veja a lista de vencedores AQUI

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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Ouro e prata para Portugal!

(imagem retirada da internet)



Portugal conquista “o melhor resultado de sempre” nas Olimpíadas Ibero-americanas de Matemática

Com uma medalha de ouro e três de prata, Portugal alcançou “o melhor resultado de sempre” nas Olimpíadas Ibero-Americanas de Matemática.

“Os nossos atletas olímpicos de matemática” obtiveram “o segundo lugar na classificação por países”, na edição deste ano da competição, que decorre até sábado, em Cochabamba, na Bolívia, revela uma nota da reitoria da Universidade de Coimbra (UC). David Martins, estudante do 11º ano, de Mirandela, conquistou uma medalha de ouro, enquanto os restantes elementos da equipa – Luís Duarte (aluno do 12º ano, em Alcains, Castelo Branco), Miguel Moreira (11º ano, Lisboa) e Miguel Santos (12º ano, Alcanena) – ganharam medalhas de prata. “Pelos excelentes resultados obtidos”, Portugal também foi premiado, este ano, com a Copa Puerto Rico, distinção “destinada ao país que mais subiu na classificação nos últimos tês anos”, adianta a mesma nota da reitoria da UC, distribuída nesta sexta-feira à comunicação social. 

Os jovens portugueses que participam na competição “foram preparados, em anos de trabalho intenso, pelo Projecto Delfos do Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia” da UC, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo programa QREN-Mais Centro. “Na tradição das competições olímpicas de Matemática internacionais, os estudantes foram confrontados com duas provas com duração de três horas cada, incidindo sobre problemas de Matemática elementar de enorme dificuldade”, sublinha, no mesmo comunicado, a reitoria da UC. 

As Olimpíadas Ibero-americanas de Matemática, que este ano realizam a sua XXVII edição, reúnem “cerca de duas dezenas de delegações de países latino-americanos incluindo Portugal e Espanha”. 


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Crónicas 10 minutos - Tecnologicamente falando

(imagem retirada da internet)



Vício da Internet passa a ser considerado distúrbio mental

Pânico geral! O uso constante da Internet pode vir a ser considerado um distúrbio mental! Estamos todos condenados… Bom, mas vamos com calma. 

Os diagnósticos psíquicos são categorizados por um manual apelidado de “Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders”, o qual lista todas as desordens mentais. Publicada pela Associação Psiquiátrica Americana, e mais conhecida por DSM, esta ‘bíblia’ vai sofrer a sua quarta atualização em 2013 e desta vez irá, provavelmente, incluir o vício da Internet, ou, Distúrbio do Uso de Internet (DUI). 

Apesar dos seus autores indicarem que é necessário muitos estudos adicionais para tal acontecer, esta medida já está a gerar imensa controvérsia. 

Da informação existente, o Distúrbio do Uso de Internet tem os mesmos ‘sintomas’ de qualquer outro vício: o paciente irá sofrer uma ‘preocupação constante’ com a Internet ou um jogo online, mostrar indícios de afastamento e irritabilidade quando a substância (Internet) não estiver disponível, perda de outros interesses, tentativas frustradas de desistência e consequente uso da Internet para escapar ao seu estado disfórico. Da mesma forma, conclui-se que o paciente irá precisar de ‘doses’ cada vez maiores (cada vez mais tempo) de Internet para saciar a sua vontade. 

Vários trabalhos científicos na área têm vindo a ser realizados, com o intuito de saber qual a reação que este Distúrbio tem a nível neurológico e como pode ser tratado. Tais pesquisas apontam que as alterações existentes nos cérebros dos pacientes que sofrem de DUI são as mesmas que se verificam nos viciados em cocaína e heroína. 

Grande parte da controvérsia advém da linha ténue que separa a doença do uso saudável da Internet. Quantas horas por dia são consideradas doença? Devemos esperar até o quê para depois procurarmos tratamento e já agora, qual é o tratamento? Alguns estudiosos apontam para algumas semelhanças à terapia do vício da comida, pois não podemos viver sem alimento. Da mesma forma, porque a Internet acaba por ser indispensável para muitas pessoas, irá existir restrição ao seu uso. A palavra de ordem será, portanto, “moderação”! 

Da mesma forma, a Internet está ‘na ponta dos nossos dedos’, a uma distância mínima. Encontramo-la nos computadores, portáteis, smartphones, tablets, e muitos defendem que esta extrema acessibilidade devia impedir de tal ser considerada um vício. 

Uma coisa é certa, são cada vez mais recorrentes as histórias sobre mortes ou violência associados à tecnologia, nomeadamente à dependência de videojogos e/ou Internet. Em 2009, Daniel Petric de Ohio, com 17 anos, disparou mortalmente sobre a sua mãe e ainda feriu o pai, depois destes lhe terem retirado um jogo da sua Xbox 360, com receio do seu filho estar a jogar demasiado. 

Chris Staniforth, 20 anos, morreu de insuficiência cardíaca depois de jogar na sua consola por 12 horas seguidas, no ano passado. Já em 2012, um outro jogador morreu depois de uma sessão de 40 horas num Internet Café, em Taiwan. 

Mas tais episódios não acontecem apenas em públicos mais jovens, um casal de Coreanos foi preso em 2010 depois da sua bebé de três meses morrer à fome, enquanto os pais passavam horas a jogar um jogo online. Jogo este que era sobre… criar uma bebé virtual. 

Tony Bragg, de 24 anos estava a jogar um famoso jogo, EverQuest, quando o seu filho de nove meses o interrompeu com choro. Numa primeira tentativa de o ‘calar’, deu-lhe um aperto, mas como não foi suficiente, resolveu prender o filho dentro de um armário durante 24 horas e ele acabou por falecer. 

Relato apenas alguns casos, pois existem dezenas de incidentes similares. A Austrália foi um dos primeiros países a reconhecer o problema e a oferecer tratamento público mediante a criação de clínicas especializadas em tratamentos para o vício dos videojogos. 

Mas não é o problema exclusivo dos jogos online, a tecnologia em geral e o seu constante estímulo podem ser consideradas “um problema futuro”, disse Mike Kyrios, Diretor do Brain and Psychological Sciences Research Center, na Austrália. O mesmo indicou que as crianças são ‘alvos mais fáceis’ e devem ser protegidas. 

Termino com uma pergunta:
O (abu)uso da Internet é algo negativo na sua vida? Já tentou ‘cortar’? 
Deixe um comentário sobre a sua experiência enquanto internauta.


Tal como a tecnologia, inove, melhore, evolva! 
João Oliveira 

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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Crónicas 10 minutos - Viver o passado para construir o futuro!

Imagem retirada AQUI


O fim da Monarquia e o 5 de outubro de 1910 

Há 102 anos, a Monarquia portuguesa terminava com a implantação da República. Contudo, o processo de descrédito da Monarquia tinha raízes anteriores. 

No último quartel do século XIX surgiram dois partidos que incentivaram o descontentamento da população. Assim surgiram os Partidos Republicano e Socialista. O Partido Republicano defendia a implantação da República, uma descentralização política e económica e a dinamização do poder local. Já o Partido Socialista criticava a sociedade capitalista e a não-aceitação da propriedade privada dos meios de produção. Ao mesmo tempo, a imprensa portuguesa atingia o seu auge, e como o jornalismo estava maioritariamente na posse dos republicanos ou de monárquicos crescentemente descontentes com a política em vigor, a Monarquia era fortemente criticada.

A 11 de Janeiro de 1890, a Inglaterra apresentou a Portugal o Ultimatum, uma nota entregue ao Ministro dos Negócios Estrangeiros português pelo Embaixador de Inglaterra em Lisboa (Mr. Petre), onde era exigida a retirada das expedições militares portuguesas das regiões do continente africano que se encontravam sob "proteção britânica". Portugal acedeu ao pedido britânico, embora protestando.

A revolta espalhou-se, então, por Lisboa, um milhar de pessoas percorreu as ruas da capital, em protesto à “submissão” nacional”. O governo foi obrigado a demitir-se e foi criado o hino “A Portuguesa”, da autoria de Alfredo Keil e Henrique Lopes de Mendonça, apelando à revolta dos portugueses em nome dos seus antepassados.

A concessão de Portugal às exigências britânicas foi vista como uma humilhação nacional pelos jovens estudantes. O Rei D. Carlos foi acusado de “britanismo” e de subjugação aos interesses ingleses. Portugal, embora tenha desistido do "Mapa cor-de-rosa", assinou, em 1891, um tratado luso-britânico que conferia ao nosso país a soberania sobre extensos territórios, alguns dos quais até então nunca haviam sido reivindicados. Contudo, os ganhos da Coroa portuguesa foram esquecidos, sobretudo porque a propaganda republicana contra a Monarquia, fez do Ultimatum, um desaire e uma humilhação nacional. Assim, a 31 de janeiro deu-se, no Porto, a primeira revolta falhada de derrube da Monarquia.

Em 1907, o rei D. Carlos formou um governo de ditadura liderado por João Franco, que ganhou fortes inimizades, sobretudo devido ao estabelecimento de censura na imprensa e o envio de presos políticos para as colónias. A 1 de fevereiro de 1908, D. Carlos e o príncipe herdeiro, D. Luís Filipe, foram assassinados no terreiro do Paço. Após o Regicídio subiu ao trono D. Manuel II. A primeira medida do novo monarca foi demitir João Franco, enveredando por uma política de tolerância e abertura mas, mesmo assim, esta moderação na política foi incapaz de deter o republicanismo. O fim da Monarquia parecia inevitável. Importa reter que a mais velha aliança europeia, Portugal-Inglaterra, tem servido mais os interesses britânicos do que os nossos, mesmo que existam os que achem que não, seria interessante fazer uma análise profunda do interesse dessa Aliança para Portugal…

Na madrugada de 4 de outubro de 1910, alguns populares e um pequeno número de militares revoltados, armaram-se, deficientemente, e foram até ao cimo da Avenida da Liberdade. As forças fiéis ao Rei, quer militares e civis, não mostraram interesse em defender o rei e as instituições monárquicas. O palácio das Necessidades, onde estava o rei D. Manuel II e a sua família, foi bombardeado por alguns navios de guerra que apoiavam o movimento republicano. O Rei e a sua família saíram de Lisboa em direção a Mafra, onde no dia seguinte, partiram para a Ericeira onde embarcaram, rumo ao exílio.

Na manhã de 5 de Outubro de 1910, José Relvas, no alto da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, proclamou a implantação da República em Portugal. A República chegou ao resto do país por telégrafo. A Monarquia chegava ao fim sem grandes conflitos, nem mortes.

A supressão do feriado de 5 de outubro acaba por ser um ultraje aos nossos antepassados, que tanto deram ao nosso país. Devemos manter a memória de todos aqueles que ajudaram na construção do nosso Portugal. Além disso, a atualidade também tem sido marcada por uma grande conflitualidade social crescente. O descontentamento da população face à crise e às medidas de austeridade são cada vez maiores. Era bom que nossos Governantes olhassem para o passado e percebessem que temos de fazer mudanças e cedências para que o país se mantenha unido. No atual estado de crise que vive Portugal… o 5 de Outubro será feriado pela última vez este ano e o 1º Ministro não estará presente às comemorações… Só o que nos faltava era criarmos uma crise de identidade, com base na incompetência governativa…

É preciso viver o passado para construir o futuro! 
Francisco Miguel Nogueira 




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A "verdade" sobre mitos alimentares

(imagem retirada da internet)


Os mitos alimentares

A nossa alimentação está cheia de mitos. Comer laranja à noite faz mal? Deve-se beber vinho a seguir a uma fatia de melancia? De manhã é ouro, à tarde prata, à noite mata. Não é o título de um thriller televisivo de gosto duvidoso. O que se designa por esta série de metáforas estendidas ao longo do dia é uma simples laranja. E há muito que entra numa lista sem fim de ditados e superstições populares que definem a melhor forma de lidarmos com os nossos alimentos. Por isso, há muitos mais exemplos: o vinho ‘encortiça’ o estômago se o bebermos depois de ingerirmos uma fatia de melancia; peixe não puxa carroça; a bebida deve ser comida e a comida bebida, entre muitos outros. Mas se estes são casos de sabedoria popular, há versões mais contemporâneas de filosofia alimentar que rompem as malhas do bom senso. 

Para quem viveu a adolescência ou os primeiros passos da maturidade nos anos 80, encarou de frente a era de ouro dos óleos vegetais. Eles seriam o maná da bem-aventurança gastronómica, o supra-sumo da saúde, e os óleos de cozinha convencionais tiveram de atravessar uma década de agruras, perdida para o óleo de girassol ou para o azeite. Dito de outro modo, a comida entrava oficialmente nos planos de marketing das empresas. Pelo menos em Portugal, com um ligeiro atraso da praxe em relação a outros países ocidentais.  Mas é preciso deixar a advertência: a publicidade feita em torno dos alimentos não mente, mas permite fantasiar. Esta técnica de promoção «baseia-se na composição química do alimento, normalmente em algo que o consumidor valorize. Aí, é só preciso criar a sugestão dos benefícios que podem advir», explica Manuel António Coimbra, especialista em Bioquímica Alimentar na Universidade de Aveiro. 

Mas não nos desviemos do assunto. Qual é o óleo melhor para cozinhar o quê? Não é possível ser-se taxativo na resposta. Basta dizer que os tempos mudaram e que as guerras de marketing entre marcas têm de ser medidas de outra maneira. «Os óleos alimentares são hoje em dia muito mais bem controlados quanto à formação de compostos de decomposição térmica», continua Coimbra. «Se forem mudados regularmente não há problema». O que se sabe com alguma certeza, porém, é que, independentemente do óleo, como os alimentos o absorvem, «tornam-se muito mais calóricos». Mas o azeite não é de desprezar enquanto gordura saudável. «É melhor para fritar, desde que não fique escuro com mais do que uma fritura», completa a endocrinologista Isabel do Carmo. 

Carne de minhoca 
As marcas devem acautelar-se nas guerras comerciais. A vigilância alimentar redobrou desde aqueles loucos anos 80, em que chegaram a circular boatos sobre a origem da carne do então recém-chegado McDonald’s. Dizia-se que a carne dos hambúrgueres da multinacional norte-americana não era de vaca, mas de minhoca. E que até haveria culturas de minhocas em Vila Franca de Xira para fornecer os restaurantes... Não passou de um mito urbano com requintes de ruralidade. 

Com a maior vigilância, veio também um rigor maior. Os alimentos devem passar por várias fases em laboratório (e fora dele) para que dêem provas da sua qualidade efectiva. «Têm de ser feitos ensaios in vitro, in vivo e epidemiológicos que comprovem que o alimento tem na realidade os benefícios para a saúde que u se reivindicam» para ele, esclarece Manuel António Coimbra. Por isso, não basta falar. É preciso testar. Por isso, se dizemos que o iogurte x ou a margarina y são bons para a saúde, podemos entrar no paradoxo de, como Garrett, falar a verdade a mentir, ou de mentir dizendo a verdade. Não se pode dizer, no entanto, que um anúncio destes seja uma mentira. Há uma subtileza química naquelas três fases de laboratório: «Nem todos os compostos benéficos a determinado órgão atingem o seu destino». Coimbra acrescenta um exemplo à sua observação. «Um alimento benéfico para as células cerebrais que se verifique in vitro mas que não seja absorvido pelo estômago nem pelo intestino ou que aí seja degradado nunca irá chegar à corrente sanguínea, que o transportaria ao cérebro». 

Não mata, mas mói 
Entendido. Mas o que é feito dos outros mitos mais prosaicos? Será mesmo que as laranjas nos matam se as comermos à noite? É simples: há quem faça má digestão da laranja e há quem não tenha qualquer problema com o citrino. Como explica Isabel do Carmo, «àquelas que fazem má digestão não mata, mas perturba o sono». Para dormir melhor nada como um prato leve ao jantar. Este arrazoado permite confirmar a veracidade de outro dos pilares da sabedoria popular, ‘peixe não puxa carroça’. Mais uma vez, a explicação é simples. Isabel do Carmo serve-se de uma comparação: «Cem gramas de perna de porco assada têm 341 kcalorias e 100 gramas de pescada cozida 114 kcalorias». Há que ter em conta, porém, que «é natural que quem faça trabalho físico esforçado, o que actualmente já acontece em poucas tarefas, sinta que o peixe não lhe dá calorias para ‘puxar a carroça’». 

O esforço físico é outra das variáveis a ter em conta para confirmar os ditados. Mas daria para um tratado à parte. Alguns trabalhos, que antes quase exigiam capacidades atléticas, vão-se tornando mais raros e o consumo de calorias aumenta. O resultado é uma população obesa. Nem sempre foi assim, é claro. A chegada da democracia atirou os níveis de vida dos portugueses para níveis de 1.º mundo e aumentou-lhes o peso. Antes, a alimentação era algo mais relativo. E alguns ditados são testemunhos de tempos de carência, entretanto esquecidos, e que podem regressar com a crise e a austeridade. 

Noutros tempos, era natural aconselhar às grávidas o consumo de uma cerveja preta com gema de ovo. Isabel do Carmo esclarece esta aparente extravagância: «A cerveja preta com gema de ovo é uma bomba calórica, porque as pessoas viviam na fronteira com a carência. Actualmente não está nada indicado, quando a maior parte das vezes o que há é excesso calórico». 

Chegou, entretanto, uma área obcecada com a saúde. A primeira etapa é a alimentação. Saltitam nos pequenos ecrãs, na internet, em outdoors, anúncios a tecer loas a compostos químicos designados por letras gregas. O ómega 3 passou ao estatuto de musa dos alimentos saudáveis. Neste caso, o poema épico que lhe dedica o marketing diariamente está certo, de acordo com os especialistas. Podem realmente prevenir doenças cardiovasculares e são agentes privilegiados para ajudar no processo de regulação de várias funções biológicas. Lancemo-nos, por isso, a pratos de salmão e da tradicionalíssima sardinha. E se a sardinha é símbolo nacional, muito já se disse também sobre as propriedades do vinho, essencialmente o tinto. Os técnicos de marketing agarram-se a determinadas características químicas e estão atentos a fenómenos como o do ‘paradoxo francês’. A expressão remonta ao início dos anos 90, quando investigadores da Universidade de Bordéus publicaram um estudo em que se mostravam impressionados com a dieta dos franceses e a sua longevidade. 

Apesar de não se pouparem a gorduras e calorias às refeições, os gauleses pareciam menos expostos a doenças do coração quando comparados, por exemplo, a outros obesos ilustres, os americanos. A resposta estava num segredo afinal mal guardado: um copo de vinho tinto à refeição. A chave de uma dúvida milenar tinha sido encontrada. E é evidente que o consumo só é bom se for feito com parcimónia... Deve evitar-se, já agora, bebê-lo depois de uma fatia de melancia, porque ‘encortiça’ no estômago e causa enfartamento. Sabedoria popular dixit. 

Água para todos os gostos 
Na era da saúde, a água também caiu no imaginário colectivo. O resultado foi uma inundação, já que são bastantes os equívocos relacionados com o líquido da vida. Exemplos? A água morna em jejum ajuda a emagrecer. A resposta é não. «É óptima para quem tem obstipação. Mas não faz emagrecer», diz Isabel do Carmo. Manuel António Coimbra completa: «Para emagrecer é preciso consumir menos energia do que a que se gasta. A água não dá nem tira energia». E qual será a quantidade ideal diária do precioso líquido? 1,5 a 2 litros/dia. Mas, tendo em conta que muitos alimentos que ingerimos já o têm em grande percentagem, é difícil medir a dose certa. Seja como for, quem perde muita água por transpiração ou quem sofre de certas doenças crónicas, como a diabetes, deve estar alerta para um consumo de água adequado. 

Mais dúvidas? O escritor norte-americano Jack London (1876-1916) disse que uma das transformações mais sofisticadas que a humanidade trouxe ao mundo foi a confecção dos alimentos. Por isso, nunca haverá consensos. A não ser que se aplique, mais uma vez, um provérbio à situação: a fome é a melhor cozinheira.

Créditos: Sol

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