terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

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Ao vosso dispor,
Albertina Gouveia

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Crónicas 10 minutos - Tecnologicamente falando

Imagem retirada AQUI



Projecto que visa banir a LAG 
dos videojogos online

Hoje falo-vos do pior ‘adversário’, e também de uma das situações mais irritantes que qualquer jogador online enfrenta: a famosa lag

Mas em concreto, o que é a lag? Antes de mais, é um estrangeirismo, que vem de Latency At Game, ou, em Português, Latência No Jogo, e que se refere, de uma forma muito global, ao tempo que o computador do utilizador fica atrasado em relação ao servidor principal. Quando falamos desta situação fora do mundo dos videojogos, podemos falar do termo mais generalista: latência. 

Portanto, tal situação não se verifica apenas em jogos, mas também em chamadas videoconferência, chamadas VOIP, software da bolsa/câmbios, etc. Exemplo prático, sabem quando estão no Skype a ver/falar com alguém e há cortes ou ‘travagens’ na imagem? Isso é o efeito da lag. Mas a lag está por toda a parte, mesmo se sairmos do raio de acção dos internautas. Quando estão a ver o Telejornal e o jornalista que está no exterior demora vários segundos a começar a responder à pergunta feito pelo outro jornalista que está em estúdio, isso também é o efeito da lag, mesmo que a comunicação seja feita via satélite. 

As razões habituais para a ocorrência desta situação pouco agradável são a distância entre o remetente e o destinatário do pacote de dados, já que, quanto maior a distância, maior o tempo em que o pacote demorará a chegar ao destino. E também se deve à baixa taxa de transferência da ligação local (velocidade de internet) ou então porque outros computadores dessa mesma rede estão a ocupar bastante largura de banda. 

Mas o projecto que vos trago incide a sua acção mais directamente na utilização de aplicações baseadas na internet por isso vou-me dirigir mais especificamente aos jogadores. A Comissão Europeia decidiu aplicar 3.6 milhões de euros faseadamente durante os próximos três anos numa mão cheia de faculdades e empresas para que elas possam, através do projecto RITE, ‘vencer’ a lag. Entre eles, a Alcatel-Lucent Bell, a Simula Research Labs, o Instituto Mines-Telecom e a Universidade de Aberdeen. O objectivo é redesenhar a forma como os computadores ‘falam’ uns com os outros, para diminuir o delay que a internet tem. Pormenores técnicos ainda não foram revelados, mas o desejo dos investigadores passa por fazer grandes alterações, introduzindo mecanismos quer na própria rede global Europeia, quer no ‘fim da linha’, que são os servidores. O objectivo, caso venha a ser atingido, será reduzir significantemente - ou mesmo eliminar – a lag como tal a conhecemos hoje. O Professor Fairhurst, da Universidade de Aberdeen indicou que estão “focados num problema definido e achamos que há soluções para ele, mas temos de mudar os padrões actuais da internet”. Mais adiantou que é muito provável verificar-se a resistência de mudança por parte dos gigantes tais como Microsoft e Google. 

Como podem calcular, milhões serão beneficiados, muito para além dos jogadores. Isto pode vir a traduzir-se numa internet mais eficiente para a maior parte das coisas que fazemos. Senão vejamos, em apenas 10 anos, a proposta comercial de internet em Portugal passou de 512kbps para uns alucinantes 400MBps! (velocidades contratadas, podem não ser as velocidades reais). Para que não haja equívocos, estes valores representam um aumento que ronda os 800%! Embora tenha havido uma enorme melhoria, a verdade é que a situação da latência não teve essa mesma evolução que a largura de banda. Posso dar o meu caso prático, enquanto jogador online, tenho a mesma latência quer tenha uma velocidade de internet real de 10mbps ou de 30mbps (internet por cabo). Não falo de fibra óptica, porque aí iria existir uma melhoria. No entanto, mesmo com a melhor velocidade de fibra óptica, existe uma latência desagradável visível! 

Este exemplo serviu apenas para tentar mostrar que o caminho que os investigadores pretendem tomar é viável e que pode realmente dar resultados excelentes. Uma internet que hoje é mais modesta, ficará mais ‘ágil’ com tais alterações, sem aumentar a velocidade. Caso venha a dar ‘frutos’, este projecto RITE, vai eliminar as desculpas dos jogadores que acusam a lag do seu mau desempenho! =) 

E vocês, o que acham da internet que têm em casa? 


Tal como a tecnologia, inove, melhore, evolva! 
João Oliveira 


P.S. Esta crónica estará em destaque aqui blogue para dar oportunidade de todos os visitantes de darem a sua opinião sobre a mesma. A sua opinião é importante, PARTICIPE! 


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Os 5 sentidos


(imagem retirada da internet)



Fibras: um puzzle (ainda) difícil de resolver


Não existe consenso em torno de uma definição das fibras. As certezas referem-se apenas aos benefícios da sua ingestão para a saúde. 

Na década de 1970, Burkitt e Trowell relacionaram a ingestão de fibras com a prevenção de doenças que eram frequentes em populações ocidentais, mas raras em populações rurais africanas. Surgiu assim a hipótese de doenças como a obstipação, diverticulose, hérnia do hiato esofágico, apendicite, hemorroidas, litíase biliar (pedra na vesícula biliar), obesidade, diversos tipos de cancro, doença coronária e diabetes, ocorrerem pela falta de fibras na alimentação. Naquela época referia-se que as fibras correspondiam à porção proveniente da parede celular de alimentos de origem vegetal, mal digerida pelo homem. Actualmente, várias definições existem, sem um consenso. E o obstáculo para uma definição única relaciona-se com: a dificuldade em definir as fibras como uma única entidade em nutrição; o elevado número de efeitos das fibras para a saúde; e a complexidade analítica para medir os inúmeros componentes dos alimentos. As diferentes definições incluem, em comum, a noção de que as fibras são componentes que escapam à digestão no intestino delgado e passam para o intestino grosso onde podem ser substrato para a flora do cólon, e têm efeitos benéficos para a saúde. Mas, nas várias definições, as fibras podem ser componentes intrínsecos dos alimentos, ou extraídos da sua matriz, sintetizados, modificados ou adicionados ao alimento. 

A escola de pensamento do Instituto de Medicina dos EUA, muito utilizada como referência internacional na nutrição, reconhece que as fibras não são digeridas no intestino delgado, mas reserva a expressão “fibra alimentar”, apenas para as fibras intrínsecas e intactas nos alimentos. A ironia é que, neste momento, o número de trabalhos de intervenção é maior para os estudos com ingestão de “fibras” isoladas dos alimentos (como, por exemplo, o beta-glucano, com inúmeros efeitos documentados, como o da prevenção de doença cardiovascular), do que para os estudos com fibras intactas nos alimentos. Para além do menor número de estudos, a interpretação dos resultados quando se ingerem as fibras na matriz original do alimento é muito mais difícil pois, neste caso, o indivíduo consome alimentos (como frutas, hortícolas e leguminosas), simultaneamente ricos em vários nutrimentos protetores, como vitaminas, minerais e fitoquímicos, tornando mais difícil, isolar o mérito de cada um deles. Só nas leguminosas, por exemplo, a riqueza em ferro, zinco, selénio, fósforo, potássio, vitaminas do complexo B e componentes bioactivos pode melhorar a regulação do açúcar no sangue, proteger contra o aumento do colesterol plasmático, e a diabetes de tipo 2.

Outro assunto por resolver relaciona-se com a inclusão nas fibras, de um conjunto de componentes - os oligossacáridos - que existem, por exemplo, nas leguminosas (como feijão, fava, ervilha ou grão-de-bico, e levam à formação de gases). Ainda que os efeitos fisiológicos destes componentes, como o aumento da absorção de minerais, a acção laxante e as alterações benéficas nas bactérias do cólon possam fazer sentido na operacionalização da definição de fibras, falta unanimidade para os incluir no grupo das fibras. Mesmo sem uma definição universal de fibras, há consenso de que ganhamos saúde ingerindo em quantidade suficiente as classes reconhecidas destes nutrimentos, especialmente através do consumo de hortofrutícolas, leguminosas e cereais integrais.

Dr. Pedro Moreira (Nutricionista)
Créditos: Público/Lifestyle


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Videos "Nota 20"


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Video 2

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Na ponta da língua...

(imagem retirada da internet)


A ganhar se perde, 
e a perder se ganha!


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domingo, 24 de fevereiro de 2013

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(imagem retirada da internet)



Como ensinar o seu filho a dormir?


A partir dos quatro meses, é importante que o bebé associe a hora de dormir a uma rotina. Cada família criará a sua, podendo utilizar a chupeta, o ursinho de peluche ou outros meios de associação ao sono. O sono é o reflexo do equilíbrio total da criança, em particular da sua segurança afetiva e relacional. Para a criança, um sono adequado durante a noite é uma pré-condição essencial para um bom alerta durante o dia.

Quantas horas os bebés precisam dormir? 
A tabela que a seguir se apresenta é apenas orientativa. Cada criança deve ser vista como um caso único para que sejam respeitadas as suas características individuais, assim como os hábitos de cada família.



 Idade
 Número aproximado de horas de sono:
 Recém-nascido 16 a 20 horas por dia (intercaladas entre três e quatro)
 1 mês 16 a 18 horas por dia (intercaladas entre três e quatro)
 4 meses 9 a 12 horas + duas sestas (duas a três horas cada)
 6 meses 11 horas + duas sestas (uma a duas horas cada)
 9 meses 11 a 12 horas + duas sestas (uma a duas horas cada)
 1 ano 10 a 11 horas + duas sestas (uma a duas horas cada)
 18 meses 13 horas + uma ou duas sestas (uma a duas horas cada)
 2 anos 11 a 12 horas + uma sesta (duas horas)
 3 anos 10 a 11 horas + uma sesta (duas horas)

Um recém-nascido chega a dormir 16 a 20 horas por dia, intercalando períodos em que come e dorme. Nesta altura do desenvolvimento, ainda não há a influência cerebral do ciclo noite/dia determinado pela luz do Sol e pelos hábitos familiares. A partir dos seis meses, a criança já consegue dormir uma noite completa, com 11 horas de sono ininterruptas, sem necessidade de acordar para se alimentar.

Ensine-o a dormir
Durante os nove meses de gravidez, o bebé viveu num microclima onde os episódios de vigília se sucediam aos de sono, independentemente dos horários. A partir do momento em que a criança nasce, os pais ficam encarregues de a ensinar a dormir, da mesma forma que a ensinam a comer.

1.ª lição: Ensine o bebé a reconhecer e distinguir o dia da noite
Para que o bebé possa aprender a entender a diferença, deve permanecer em lugares bem diferentes, conforme seja dia ou noite. Assim, de dia, o bebé deve dormir em qualquer lugar da casa e fora da sua caminha, por exemplo na sala, no carrinho, com todos os barulhos existentes, como a televisão, rádio. Convém, também, aproveitar os momentos em que está desperto para lhe falar e para o mimar e brincar com ele. Durante a noite, deve dormir no seu quarto, sem luzes e em silêncio. Desta forma, começará a distinguir o dia da noite e o seu ritmo de sono aproximar-se-á do dos pais.

2.ª lição: Ensinar uma rotina de sono

• A partir dos quatro meses, é importante que o bebé associe a hora de dormir a uma rotina. Cada família criará a sua própria rotina, podendo utilizar a chupeta, o ursinho de peluche ou outros meios de associação ao sono. Se a rotina se mantiver, o bebé sentir-se-á seguro.

• O banho, se for dado ao fim da tarde ou à noite, pode ser uma ajuda para o bebé adquirir um bom hábito de sono. O bebé deve dormir com roupa confortável, de forma a não ter frio, nem calor.

• Geralmente, aconselha-se que durante os primeiros meses os bebés durmam na sua caminha, mas no quarto dos pais, para estarem mais vigiados. Recomenda-se, se possível, que o bebé seja passado para o seu quarto entre os 4-6 meses de idade.

• Deve ajudar o seu bebé a conciliar o sono na sua caminha e sozinho. Quando o deitar, poderá cantar-lhe, falar-lhe devagar, dizer-lhe que vai dormir, mas deve deixar o quarto com a criança ainda acordada. É importante que o bebé reconheça a sua cama como o lugar para dormir e não o colo da mamã, o carrinho ou o sofá. Quando o bebé adormece fora da cama, por exemplo no colo da mãe, é provável que chore ao acordar a meio da noite porque não estará no mesmo lugar onde adormeceu.

• Para terminar, durante esta etapa de aprendizagem, lembre-se de que não deve ir a correr consolá-lo perante o primeiro choro noturno, porque às vezes o bebé só está a sonhar ou então trata-se simplesmente de um gemido e o bebé volta a adormecer sozinho. Quando o bebé acordar a chorar, procure fazer uma visita rápida ao seu berço. Não acenda a luz, não o pegue no colo. Murmure alguma coisa, acaricie e se for o caso troque a fralda e saia. Com a sua presença pode até ocorrer que ele aumente o choro. Deixe-o a chorar e não retorne em menos de 5 minutos. Repita o que fez da primeira vez e novamente saia. Aumente em 5 minutos o intervalo de tempo a cada visita. O seu filho irá chorar menos noite após noite e numa semana deverá estar acostumado a ficar só. Lembre-se que o choro prolongado, meia hora ou mais, não faz mal ao bebé, nem física nem psicologicamente.

• Há situações em que a criança adormece sem dificuldade, mas acorda durante a madrugada e vai para a cama dos pais. Nestes casos, e logo que os pais se apercebam, a criança deve ser imediatamente reencaminhada para a sua cama/seu quarto. Com esta atitude, evita que o comportamento tenda a repetir-se e ensina o seu filho a readormecer sozinho.

Exemplo de uma rotina:
  • Dê-lhe um banho relaxante
  • Dê-lhe o jantar
  • Deixe-o brincar algum tempo, mas nunca com algo que o excite. Mime-o e esteja com o seu filho
  • Dê-lhe a sua fraldinha predileta (ou o ursinho que o acompanha todas as noites) e a sua chupeta
  • Deite-o na caminha e permaneça ao seu lado uns instantes. Pode aproveitar para lhe ler uma pequena história
  • Despeça-se dele com um beijinho
  • Saia do quarto e deixe-o adormecer sozinho.
Caso o seu filho desperte e reclame a sua presença, não hesite em ir ter com ele para verificar se está tudo bem. Se assim for, permaneça ao seu lado um pouco, sem nunca o pegar ao colo e depois saia do quarto, enquanto ele ainda não está adormecido. Certamente o seu filho irá estranhar esta sua atitude (especialmente se tem tido o hábito de o embalar ao colo), mas em pouco tempo habituar-se-á. Nos dias posteriores, quando ele reclamar a sua presença, demore mais algum tempo antes de ir ao quarto verificar se tudo está bem.
Aprender a dormir é uma tarefa relacionada com a maturação do sistema nervoso central, com o temperamento do bebé e com a aprendizagem efetuada pelos pais.

Por tudo o que foi referido, os pais devem ser:
  • realistas (as crianças acordam muitas vezes de noite)
  • flexíveis (não há uma solução perfeita, cada criança é única)
  • consistentes e razoáveis (evitar sestas prolongadas, brincadeiras excitantes à noite); e criar uma rotina (banho, história, objeto transição, etc.).

Bernarda Sampaio, com a colaboração de Íris Maia, pediatra do Hospital de São Marcos de Braga
Créditos: Eduacare.pt


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Made in Português

(imagem retirada da internet)



Prémio Nacional de Endocrinologia para antiga aluna da Universidade de Évora

Inês Figueiredo, antiga aluna do curso de Biotecnologia da Universidade de Évora, foi uma das investigadoras distinguidas com o Prémio Nacional de Endocrinologia SPEDM/NOVARTIS ONCOLOGY 2012.

O prémio, atribuído ao Grupo de Endocrinologia Molecular, da Unidade de Investigação de Patobiologia Molecular (UIPM) do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPOLFG), visa distinguir o melhor trabalho nacional na área da Endocrinologia e foi atribuído ao trabalho: "A desregulação do ciclo celular e as mutações nos genes TP53 e RAS são os eventos mais frequentes nos carcinomas pouco diferenciados e nos carcinomas anaplásicos da tiroide". A investigação permite confirmar o envolvimento dos genes TP53 e RAS no desenvolvimento dos carcinomas mais agressivos da tiroide e revelou ainda a contribuição de outros genes envolvidos na regulação do ciclo celular e invasão/metastização. Estes genes poderão representar alvos para intervenção terapêutica com impacto no seguimento clínico e sobrevivência destes doentes.
Créditos: CienciaPT


Museu da Ciência apresenta projeto que promove sucesso da Matemática no ensino

“Hypatiamat” é um site que ajuda os alunos a estudar Matemática. A equipa responsável pelo projeto “Hypatiamat” mostra-se preocupada com o elevado insucesso escolar e o correspondente abandono escolar precoce e considera que o insucesso na Matemática em Portugal é um problema grave que exige medidas.

Resultante de uma colaboração entre o Grupo Universitário de Investigação em Autorregulação da Escola de Psicologia da Universidade do Minho e o Departamento de Matemática da UC, este projeto consiste num site (www.hypatiamat.com) com diversas ferramentas e aplicações hipermédia de apoio ao ensino e à aprendizagem da Matemática; milhares de tarefas interativas e dinâmicas; problemas com pistas e propostas de resolução; e fichas de avaliação e exercícios de exames nacionais e internacionais. Este site pode também ser uma ferramenta para os professores, pois permite a marcação de trabalhos para casa. O Hypatiama possibilita ainda uma aprendizagem acompanhada por um tutor digital, bem como uma monitorização de desempenho pelos professores, alunos e encarregados de educação. Ainda em fase de teste em diversas escolas, mas com a garantia da qualidade e correção dos conteúdos, este site é dirigido a toda a comunidade educativa.
A equipa responsável pelo projeto “Hypatiamat”, que se mostra preocupada com o elevado insucesso escolar e o correspondente abandono escolar precoce, considera que “o insucesso na Matemática em Portugal é um problema grave que exige algumas medidas, muito para além do diagnóstico fatalista e improcedente”.
Créditos: CiênciaPT


Universidade de Aveiro aposta no mar com Instituto de investigação

Universidade de Aveiro lança Instituto de investigação, plataforma tecnológica e cátedra a pensar no mar. Uma tem por missão coordenar e agregar as competências científicas da Universidade de Aveiro (UA) no que diz respeito à gestão do litoral e à investigação marítima e quer promover sinergias com os setores público e privado ligados ao mar. A outra quer juntar empresários, docentes e investigadores numa rede de competências no setor do mar para valorizar produtos e serviços e promover uma cultura de cooperação empresarial de base científico-tecnológica. A primeira chama-se Aveiro Institute for Marine Science and Technology (AIMare). A segunda é a Plataforma Tecnológica do Mar. As duas novas estruturas da UA, nascidas a pensar na investigação e na economia do mar, vão ser lançadas dia 22 fevereiro, a partir das 16h00. E porque não há duas apostas sem três, o dia será ainda marcado pela apresentação da Cátedra CGD Estudos do Mar ocupada pelo investigador Graham John Pierce, uma das grandes referências mundiais em Biologia Marinha e Pescas. 
José Fernando Mendes, Vice-reitor da UA, e Tiago Pitta e Cunha, consultor do Presidente da República para as áreas do Ambiente, da Ciência e do Mar, são os responsáveis encarregues da apresentação do novo Instituto que quer conquistar a liderança nacional e internacional nas ciências e tecnologias marinhas e marítimas e promover a transferência de conhecimento para as empresas portuguesas de forma a aumentar-lhes a competitividade.
A criação do AIMare, numa UA cada vez mais apostada no conhecimento do mar - desde 2004 vários departamentos e unidades de investigação da academia têm participação em 16 projetos internacionais ligados ao mar - obedece à vontade da academia em alcançar a excelência na pesquisa científica no que ao mar diz respeito e contribuir para o desenvolvimento sustentável das atividades costeiras, marinhas e marítimas, enfrentando com isso os atuais desafios regionais e globais. Necessidades e desafios de indústrias, decisores políticos e sociedade em geral, são os alvos para onde o AIMare pretende transferir conhecimento e promover sinergias de forma a apoiar e alavancar o desenvolvimento estratégico socioeconómico da região e do país no que toca ao meio marítimo.
Em linha com a estratégia Europeia, o AIMare, que, naturalmente, incorpora a experiência dos cientistas da UA e o sólido conhecimento da academia em formação, investigação e inovação, quer assim contribuir para a proteção e o desenvolvimento sustentável do meio ambiente marinho e costeiro, e dos seus recursos em particular, fornecendo orientação para a gestão e tomada de decisões. No cerne da criação do novo Instituto, para além da procura de respostas para as questões da qualidade ambiental, da saúde dos ecossistemas e das mudanças globais, está ainda o desenvolvimento tecnológico e a criação de novas oportunidades para o setor marítimo. 
Promover uma estratégia concertada entre as organizações de investigação nacionais e proporcionar alta qualidade de graduação e de pós-graduação nas áreas das ciências ligadas ao mar são outros dos desígnios do AIMare.

Cátedra CGD Estudos do Mar
O lançamento do AIMare, no Auditírio da Reitoria da UA, vai ocorrer durante a sessão "Inspiring Research for a Blue Economy: From the Lab to the Real World" que, igualmente, acolherá a apresentação da Cátedra CGD Estudos do Mar ocupada por Graham John Pierce, um dos maiores especialistas mundiais em Biologia Marinha e Pescas.
Mamíferos marinhos, cefalópodes, biodiversidade marinha, gestão de zonas costeiras e modelos de habitat em animais marinhos são algumas das áreas que o professor catedrático da Universidade de Aberdeen, na Escócia, trata há muito por tu. O trabalho de Pierce tem-se desenvolvido sobretudo nas águas costeiras da Península Ibérica, da Escócia, do Mediterrâneo e do Atlântico Sudoeste.
O lançamento da Cátedra financiada pela Caixa Geral de Depósitos conta com as intervenções de Manuel António Assunção, Reitor da UA, de Rui Soares, diretor central da Direção de Particulares e Negócios Centro da CGD e de Graham Pierce.

Plataforma Tecnológica do Mar
Integrada no encontro UA Innovation Clubbing, a Plataforma Tecnológica do Mar tem como propósito juntar, num espaço informal, empresários, docentes e investigadores com vista à constituição de uma rede de competências no setor do mar que irá valorizar os produtos e serviços dos setores em causa, promovendo ainda a geração de uma cultura de cooperação empresarial de base cientifico-tecnológica.
Este evento resulta do objetivo da UA em constituir Plataformas Tecnológicas para os setores chave da economia nacional, tendo ocorrido já o lançamento da Plataforma Tecnológica para o setor Agroalimentar, no dia 27 de novembro de 2012. Na sequência deste encontro foram estalecidos vários protocolos e parcerias, resultando em benefícios económicos, tanto para a Universidade como para as empresas. Estas iniciativas são a materialização da terceira missão das Universidades, a transferência de conhecimento e cooperação com a sociedade.
Apresentada às 18h00, no Restaurante Universitário, e contando com intervenções do Vice-reitor Carlos Pascoal Neto e Ribau Esteves, Presidente do Oceano XXI, a Plataforma quer reforçar a ligação Universidade-Empresas, promovendo ainda o surgimento de projetos de I&DT e dinamizando atividades complementares, integradas nos polos, clusters e associações empresariais.
A Plataforma Tecnológica do Mar é coordenada por Luís Menezes Pinheiro, professor do Departamento de Geociências da UA, que será coadjuvado por docentes e investigadores de diferentes Departamentos e Unidades de Investigação, na medida em que a estrutura integra sete áreas de atuação.
Créditos: CiênciaPT


Estudo da FEUP revela fenómeno explosivo em estrelas

Uma investigação desenvolvida por um professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto permitiu observar um evento explosivo em duas estrelas muito jovens, rodeadas por um disco de poeira e gás e capazes de formar planetas. O estudo, que recorreu aos mais avançados telescópios do mundo, acaba de ser publicado na revista internacional “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society”.
Um estudo da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), publicado no passado dia 15 de fevereiro na revista científica “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society”, permitiu observar duas estrelas, muito jovens, rodeadas por um disco de poeira e gás, capazes de formar planetas. Desenvolvida por Paulo Garcia, professor do Departamento de Engenharia Física da FEUP, a investigação revela que quando as órbitas destas duas estrelas estão no ponto de maior proximidade interagem num evento explosivo.
Este fenómeno foi observado através do “Very Large Telescope Interferometer”, considerado um dos mais avançados telescópios do mundo, localizado no Chile. Este telescópio, quando integrado com o instrumento AMBER (que combina a luz de três telescópios simultaneamente), deteta o fenómeno explosivo das estrelas.
Paulo Garcia começa por explicar este fenómeno com a origem do nosso sistema solar, que se formou através de um disco de poeiras e gás, quando o Sol (atualmente com cerca de cinco mil milhões de anos) tinha aproximadamente um milhão de anos de idade. No caso das estrelas binárias, uma delas tem cerca do dobro da massa do Sol e a outra, uma massa parecida com a do “astro-rei”. Com uma idade de quase um milhão de anos, têm ainda o seu “sistema solar” em formação. Estas estrelas binárias orbitam uma em torno da outra, dando uma volta completa a cada três semanas e estando separadas na região mais próxima por uma distância apenas setes vezes maior que o seu raio. 
“As estrelas quando são jovens têm uma atividade magnética muitíssimo mais intensa que o Sol. Têm à sua volta estruturas magnéticas muito extensas e variáveis e também um disco onde se estão a formar planetas. Pensa-se que o evento explosivo se deve à conjugação de uma pequena separação, de modo a que estas estruturas se sobrepõem, e de matéria que cai para as estrelas”, revela Paulo Garcia.
O estudo que acaba de ser publicado conta com a colaboração de investigadores da Alemanha, Itália, França e Chile. A técnica utilizada na investigação é conhecida por interferometria e, de acordo com Paulo Garcia, permite obter informação com uma precisão angular 500 vezes superior a um telescópio num dos melhores observatórios do mundo. “Existe outra tecnologia - a ´ótica adaptativa´ - que corrige em tempo real a ´cintilação´ das estrelas. Mas mesmo assim, a interferometria obtém informação 50 vezes mais precisa angularmente. Esta tecnologia é muito importante porque as estrelas estão muito próximas e a sua separação angular é muito pequena”, destaca o investigador da FEUP.
Créditos: CiênciaPT


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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Recordar é viver!

(imagens retiradas da internet)


Efemérides de 16 a 22 de fevereiro


Tratado de Badajoz

 Passaram exatos 746 anos que a 16 de fevereiro de 1267 foi assinado o Tratado de Badajoz por Afonso III, o Bolonhês e Afonso X de Leão e Castela. Neste Tratado foi definida a fronteira entre Portugal e Castela, no Algarve, recém-conquistado aos mouros. No Tratado de Badajoz estabeleceram-se as bases de cooperação e amizade entre os dois reinos. Nos termos do acordo, Afonso X de Castela rendeu todos os direitos para o Algarve a Portugal e estabeleceu-se o Rio Guadiana como a linha de fronteira entre os reinos. Com tais conquistas, Portugal ficou mais ou menos com a delimitação de fronteiras que atualmente possui, o que nos torna uma das nações com as fronteiras estáveis mais antigas do mundo.


Almirante Gago Coutinho

Há exatos 144 anos, a 17 de fevereiro de 1869, nascia o Almirante português Gago Coutinho. Geógrafo, cartógrafo, oficial da Marinha, navegador e historiador, o Almirante teve uma vida cheia de aventuras e desventuras. Juntamente com Sacadura Cabral, Gago Coutinho fez a primeira travessia aérea do Atlântico Sul e entrou para a História Universal.  A viagem demorou 79 dias, cheios de percalços e atrasos que não os demoveram. Fizeram um total de 62 horas e 26 minutos de voo e percorreram 8 383km. Gago Coutinho retirou-se da vida militar em 1939, com 70 anos, mas em 1954, ainda foi convidado pela TAP para um voo experimental num DC-4 ao Rio de Janeiro, preparando-se, assim, a futura linha aérea regular entre Portugal e Brasil, o que mostra que continuava a ser um nome muito respeitado pela Aviação. A 18 de Fevereiro de 1959 morria o Almirante Gago Coutinho (passam também exatos 54 anos), tinha 90 anos e uma história de vida sem igual. 

  
Batalha de Almoster

A Batalha de Almoster foi travada a 18 de fevereiro de 1834, há exatos 179 anos. A batalha desenrolou-se durante a Guerra Civil (832-1834), opondo liberais a absolutistas. Em Almoster, em Santarém, as tropas liberais, comandadas pelo ainda Conde Saldanha, venceram as tropas absolutistas comandadas pelo General Lemos. As tropas absolutistas tiveram um milhar de perdas. A Batalha de Almoster significou o desmoronar de todas as esperanças do irmão de D. Pedro IV. Em recompensa pela vitória, Saldanha recebeu os títulos de Marquês de Saldanha e Conde de Almoster.


Nicolau Copérnico

Há exatos 540 ano, a 19 de fevereiro de 1473, nascia Nicolau Copérnico, um astrônomo e matemático polaco. Copérnico foi o primeiro astrónomo a sugerir que a Terra e os restantes planetas orbitavam em torno do Sol, criando teoria heliocêntrica do Sistema Solar. Copérnico também defendeu que a Terra girava diariamente sobre o seu eixo e que as mudanças graduais deste eixo provocavam as estações. Copérnico foi ainda cónego da Igreja Católica e estudou leis e Medicina sendo médico durante 6 anos.
Morreu a 24 de Maio de 1543, ano em que foi publicada a sua obra Sobre as revoluções das esferas celestes, o que lhe evitou a ira da Igreja Católica, que consideraram o seu conhecimento como uma heresia. Em 1616, a Igreja Católica condenou a obra de Copérnico como "livro proibido".


Vitorino Nemésio

A 20 de fevereiro de 1978, há exatos 35 anos, morria Vitorino Nemésio, um dos maiores nomes da literatura portuguesa. Nascido a 19 de dezembro de 1901, na Praia da Vitória, Nemésio foi poeta, romancista, ficcionista, cronista, ensaísta, biógrafo, historiador da literatura e da cultura, jornalista, investigador, epistológrafo, filólogo e comunicador televisivo, para além de toda a atividade de docência. Foi um dos grandes homens do século XX. 

Vitorino Nemésio nasceu a 19 de dezembro de 1901, na Praia da Vitória, terra que sempre amou e "cantou" como ninguém. Escritor da açorianidade, Nemésio deixou uma obra vasta. Um dos seus grandes romance é "Mau Tempo no Canal", que eu aconselho vivamente.
Recebeu o Prémio Nacional da Literatura, em 1965 e, em 1974, o Prémio Montaigne. Jaz no cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra.



Isabel de Portugal, Duquesa de Borgonha

Há exatos 616 anos, a 21 de fevereiro de 1397, nascia Isabel de Avis, Duquesa de Borgonha. Única filha de D. João I, o 1º Rei da II Dinastia e sua esposa, a britânica Filipa de Lancaster. Era irmã de Grandes Portugueses, um dos irmãos foi Rei (D. Duarte), outro Regente (D. Pedro), e outro foi D. Henrique, o grande responsável pelo início da nossa Expansão. Isabel de Portugal nasceu em Évora. Aprendeu a ler, a escrever e a falar em várias línguas e distraía-se a traduzir romances de cavalaria. Casou-se com Filipe, O Bom, Duque da Borgonha e Conde da Flandres, com quem foi feliz. Tiveram 3 filhos, mas só um chegou à idade adulta, Carlos, o Temerário. 

A Duquesa de Borgonha era uma mulher à frente do seu tempo, muito refinada e inteligente. Gostava de se rodear de artistas e poetas, e foi uma mecenas das artes. Também na política exerceu a sua influência sobre o filho e, em especial, sobre o marido, que representou em várias missões diplomáticas. Quando soube que se preparava a colonização dos Açores, D. Isabel insistiu com os irmãos para que aceitassem colonos flamengos. Tratou diretamente da escolha de colonos. Tornou-se assim responsável pelo povoamento das ilhas. 
Morreu em Dijon, a 17 de dezembro de 1471.



Batalha de Verdun

No dia 21 de fevereiro passam exatos 97 anos que se iniciou a batalha de Verdun, na Frente Ocidental, a mais longa da I Guerra e a 2ª mais sangrenta, depois da batalha de Somme.
O setor francês de Verdun estava muito mal defendido em 1916, pelo que as tropas alemãs avançaram, pondo em prática o princípio alemão: "a artilharia destrói, a infantaria ocupa". Contudo, os Alemães foram surpreendidos pelos inesperados sobreviventes franceses, comandados pelo Marechal Philippe Pétain, que ofereceram forte resistência. A 19 de dezembro de 1916, 10 meses depois, a batalha chegava ao seu fim ao fim, com um total de 371 000 baixas francesas, entre falecidos, desaparecidos e feridos. O total de baixas alemãs atingia os 337 000 homens.


Portugal e o futuro de Spínola

Há 39 anos, a 22 de fevereiro de 1974, o General António de Spínola publicava o livro Portugal e o futuroNo livro, Spínola apontava soluções políticas e não militares para a Guerra Colonial, afirmando que a essência da Nação, a segurança física, o bem-estar material e social dos portugueses estavam em grave risco. Esta obra vendeu, em poucos meses, 350 mil exemplares, tornando-se um autêntico sucesso de vendas.
O livro Portugal e o Futuro politizou os militares, que descontentes com a Guerra Colonial, viam na solução política a melhor forma de terminar com ela e, em pouco tempo, a publicação tornou-se num manual essencial na luta contra o Estado Novo. Apenas 2 meses depois, o Regime caía. Portugal e o Futuro abriu realmente um rumo para o futuro do país.

Porque recordar é viver, para a semana continuaremos a aprender! 
Francisco Miguel Nogueira 


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Ideias em movimento!

(imagem retirada da internet)



Festival reúne artistas e investidores em Lisboa

O Festival IN - Festival Internacional de Inovação e Criatividade vai reunir, em Lisboa, em maio e junho, centenas de artistas e investidores, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), para divulgar as indústrias criativas em Portugal. A iniciativa é da Fundação Associação Industrial Portuguesa (AIP) e foi apresentada, no aeroporto de Lisboa, com a presença de vários parceiros do projeto, incluindo António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML). De acordo com o presidente da Fundação AIP, Jorge Rocha de Matos, entre 29 de maio e 02 de junho, a FIL será "um ponto de encontro entre criadores, investidores e consumidores, para fomentar negócios e encontrar soluções inovadoras". Da programação fazem parte conferências, "workshops", espaços de lazer e interativos, e áreas de exposição de ideias e projetos, além de uma programação cultural em paralelo. Na apresentação do festival, o presidente da Fundação AIP disse que os quatro pavilhões da FIL serão totalmente ocupados pela programação, para "valorizar ideias, acelerar projetos empresariais e estimular a criatividade". Indicou ainda que o festival conta com as parcerias da CML, do Ministério da Economia e da Secretaria de Estado da Cultura, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo e da ANA - Aeroportos de Portugal.
Em declarações à agência Lusa, sobre o investimento, Jorge Rocha de Matos indicou que provém sobretudo de fundos europeus e ronda os dois milhões de euros, com a efetivação do projeto a ser desenvolvida pelos parceiros envolvidos. "A nossa intenção é fazer com que o festival se realize anualmente, para fomentar as indústrias criativas em Portugal e projetar os criadores portugueses internacionalmente", vincou. Por seu turno, António Costa, em declarações aos jornalistas, sublinhou que "a aposta na inovação e na criatividade requer parcerias entre as instituições, os criativos e o mundo empresarial". "Desta crise só saímos inovando", sublinhou o autarca, destacando que Lisboa "deve ser uma capital aberta à criatividade". Também faz parte do programa do festival a realização da conferência internacional sobre propriedade intelectual "Criadores, Piratas e Investidores: Triângulo das Bermudas". Nesta conferência está prevista a intervenção de um painel de oradores que reúne, entre outros, Francisco Pinto Balsemão, presidente da European Publishers Council e do Grupo Impresa, Rick Falkvinge, presidente do primeiro Partido Pirata, e Jérémie Zimmermann, co-fundador da Quadrature du Net.
Os bilhetes para o festival - à venda a partir de 01 de abril - vão custar cinco euros, para um só dia, e 15 euros, para os cinco dias de eventos.
Créditos: Lusa/SOL/Cultura


Exposição de pintura de Gabriel Garcia em Lisboa

A exposição de pintura, desenho e instalação "Walkthrough a story", de Gabriel Garcia, é inaugurada hoje, às 22:00, na galeria António Prates, em Lisboa, onde ficará patente até 30 de Março. "Esta é uma exposição com uma dinâmica muito particular -- o artista pintou telas de grande dimensão que cobrem a quase totalidade das paredes da Galeria, ligando-as umas às outras. Sendo assim, o espaço irá conter uma história que é contada através das pinturas, que o espectador poderá 'ler' ao passear pelo espaço expositivo, na ordem que desejar; não foram impostos limites de escala ou de ocupação de espaço ao artista, o que resulta num projecto de cariz instalativo, de grande escala e impacto", lê-se no comunicado da galeria. "Estarão também expostos uma instalação de grande formato do artista, ao centro da Galeria, e um conjunto de pequenos trabalhos sobre papel", acrescenta o mesmo texto.
A crítica Maria João Fernandes, da Associação Internacional de Críticos de Artes (AICA), destaca a "originalidade e modernidade das propostas" do artista açoriano, que aponta como "um dos nomes mais promissores da sua geração". Gabriel Garcia nasceu há 35 anos, na ilha do Pico, frequentou o "atelier" de expressão plástica da Academia das Artes de Ponta Delgada, em 1994 e 1995, orientado pelo pintor Filipe Franco, e licenciou-se em Pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa. O artista vive e trabalha em Lisboa e tem desenvolvido actividade em gravura, com o Centro Português de Serigrafia.
Créditos: Lusa/SOL/Cultura


Hélia Correia vence prémio Correntes d'Escritas

A escritora Hélia Correia venceu o Prémio Casino da Póvoa, atribuído no âmbito da 14ª edição do festival literário Correntes d'Escritas com o livro de poesia "A Terceira Miséria", editado pela Relógio d'Água. O prémio, no valor de 20 mil euros e que será entregue à autora no sábado, na sessão de encerramento do festival, esta a decorrer na Póvoa do Varzim, foi atribuído por um júri composto pelos escritores Almeida Faria e Patrícia Reis e pelos jornalistas Carlos Vaz Marques, José Mário Silva e Helena Vasconcelos.
Os finalistas do prémio, este ano na categoria de poesia, eram oito: além da obra vencedora, os restantes sete eram "As Raízes Diferentes", de Fernando Guimarães, "Caminharei pelo Vale da Sombra", de José Agostinho Baptista, "Como se Desenha uma Casa", de Manuel António Pina, "De Amore", de Armando Silva Carvalho, "Em Alguma Parte Alguma", de Ferreira Gullar, "Lendas da Índia", de Luís Filipe Castro Mendes, e "Negócios em Ítaca", de Bernardo Pinto de Almeida".
Créditos: Lusa/SOL/Cultura


Primeira tradução chinesa de Caeiro
A Commercial Press, uma das mais conhecidas editoras chinesas, vai publicar o poeta ao longo dos próximos anos. A primeira tradução chinesa dos poemas e ensaios de Alberto Caeiro, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, vai ser lançada em Maio em Pequim, assinalando o início de uma colecção dedicada ao poeta português. “Alberto Caeiro é a matriz dos outros heterónimos e a base dos fundamentos filosóficos de Fernando Pessoa”, realçou na quarta-feira à agência Lusa a tradutora, Min Xuefei.
O livro, com cerca de 300 páginas, é o primeiro volume de uma série intitulada “Obras de Fernando Pessoa”, que uma das mais conhecidas editoras chinesas, a Commercial Press, tem programado publicar ao longo dos próximos anos. O segundo volume será preenchido com os poemas de Ricardo Reis, outro heterónimo de Pessoa, e a seguir sairá O Livro de Desassossego, adiantou Min Xuefei. “Estou cheia de curiosidade para ver as reacções dos leitores chineses. Não serão iguais às dos ocidentais”, desabafou a tradutora. Min Xuefei considerou que Fernando Pessoa “é um autor universal” e sublinhou que “a filosofia” do poeta português “por vezes faz lembrar o taoismo e o budismo”. “Já mostrei a tradução [dos poemas de Alberto Caeiro] a alguns poetas chineses e eles gostaram muito”, contou.
Min Xuefei, 35 anos, professora de português na Beida (a mais antiga universidade de Pequim), ouviu falar de Pessoa pela primeira vez na década de 1990, quando estudava espanhol. Entretanto, dedicou-se à língua portuguesa e estudou em Macau e em Coimbra. Além de Fernando Pessoa, traduziu obras de dois autores brasileiros: Clarice Lispector e Paulo Coelho.
Os poemas de Caeiro foram traduzidos em Portugal, entre 2010 e 2012, quando Min Xuefei preparava a tese de doutoramento, sobre Clarice Lispector: “Pessoa e Clarice Lispector são parecidos. Foram ambos uma grande ajuda para eu entender a vida e a literatura”. O Livro do Desassossego, que Min Xuefei já começou a traduzir, tem uma versão chinesa, publicada em 1999 e assinada por um conhecido escritor, Han Shaogong, mas foi feita a partir do inglês.
Em 2005 saiu outra versão do mesmo livro, também com base na tradução inglesa e da autoria de um poeta, Chen Shi.
Antes, as únicas traduções de Fernando Pessoa para chinês (Mensagem e uma antologia de poemas) foram publicadas apenas em Macau, na década de 1980.
Créditos: Público/Cultura


José Eduardo Agualusa é o novo autor da Quetzal

O escritor angolano que até aqui era editado pela Dom Quixote, do grupo Leya, passa a publicar na editora de Francisco José Viegas. O novo romance de José Eduardo Agualusa, "A Vida no Céu" vai ser publicado pela Quetzal, chancela do Grupo Bertrand Círculo.
O escritor angolano, que era um dos autores da Leya, abandonou a D. Quixote onde nos últimos anos publicava os seus livros e assinou um contrato para as suas próximas três obras.
O editor da Quetzal, Francisco José Viegas, revelou ao PÚBLICO que o novo romance de Agualusa, "A Vida no Céu", é “uma distopia” e que chegará às livrarias portuguesas em Junho. Disse ainda que a Quetzal reeditará a obra de Agualusa. Começará ainda este ano com o romance "Um Estranho em Goa" (publicado em 2000 pela Cotovia) e continuará com os outros à medida que os contratos forem libertados. 
O mais recente romance de Agualusa, "Teoria Geral do Esquecimento", foi publicado pela Dom Quixote em 2012. Não foi possível obter declarações do escritor, que se encontra em Brazzaville, no Congo.
Créditos: Público/Cultura


Novo álbum de Cristina Branco é um grito de alerta

A cantora Cristina Branco afirmou que o seu novo álbum, "Alegria", que é editado na próxima segunda-feira, é "um apontar o dedo" à situação actual "e dizer: desculpem, mas há aqui muita coisa errada!" "É uma chamada de atenção para uma coisa muito importante: estamos a ser postos à prova da forma mais bárbara, e estamos e perder o sentido do colectivo", disse a cantora, que defendeu "uma união social, senão este país vai pelo cano". Para a intérprete, este é "um disco com um determinado empenho social", que preparava desde o fim do anterior, "Não há só tangos em Paris", editado em 2011.
"Alice no País dos Matraquilhos", de Sérgio Godinho, "O lenço da Carolina", com música de João Paulo Esteves da Silva e letra de Miguel Farias, que assina outros temas, assim como "Branca Aurora", de Jorge Palma, são algumas das canções do álbum, editado pela Universal Music. "O disco começou a ser organizado no final do 'Não há só tangos em Paris', mas as coisas aconteceram muito rapidamente, e eu sinto que há uma necessidade muito grande de falar de certas coisas; e se eu tenho uma voz, se posso ser o veículo de uma mensagem importante, se posso fazer com que as pessoas oiçam e se apercebam de determinadas coisas, porque é que não faço? É quase um dever cívico, enquanto cantora", disse, em entrevista à Lusa.
"Sou uma pessoa de causas, e à volta do disco há um conjunto de coisas que foram conjugadas por mim, por isso há um empenho meu muito grande, e isto é o que eu queria realmente dizer", sustentou a cantora. O álbum, o 13.º da carreira de Cristina Branco, integra apenas dois fados -- o da "Defesa" e o "Bizarro" -- e, além das composições de Jorge Palma, Mário Laginha ou Ricardo Dias, inclui uma canção de Chico Buarque, "Construção", e outra da canadiana Joni Mitchell, "Chereokee Louise".
O "Fado Bizarro", referiu a cantora, reata a tradição do "fado operário", que ficou esquecida e até ofuscada durante o regime ditatorial, que vigorou antes do 25 de Abril de 1974.
Para a cantora, este é "um disco panfletário, no sentido de dar o alerta, e daí estas canções serem histórias com que nos confrontamos todos os dias, que falam de pessoas que nós conhecemos e com as quais nos cruzamos no dia-a-dia".
O título do álbum - "Alegria" - é "um paradoxo, uma ironia", em relação à temática que as diferentes canções abordam, incluindo o "Fado Bizarro", de Acácio Gomes dos Santos, "O cidadão de frente para a cidade", uma letra de Manuela de Freitas, e o poema de Gonçalo M. Tavares, "O desempregado com filhos", que é declamado, fechando o alinhamento, antes da faixa bónus, o "Fado da Defesa", de José António Sabrosa, com letra de António Calem, do repertório de Maria Teresa de Noronha.
A escolha do "Fado da Defesa" é uma homenagem ao avô da cantora que gostava deste tema, e um pedido dos músicos que a ouvem "cantarolá-lo nos ensaios".
Voltando ao título do álbum, Cristina Branco acrescentou que "funciona aqui de várias maneiras". "Há uma ironia, porque os nossos governantes nos dizem que devemos ter imaginação, sorrir perante a adversidade... 'Porque não dormir nas ruas, se os outros conseguem tu também consegues? 'Bora lá'!". Ao mesmo tempo, é também um paradoxo, "sentir que a cultura está a minguar de uma forma dramática, no nosso país", que "estamos a viver [uma época] em que [a cultura] é completamente desvalorizada, e em que as pessoas estão a ser educadas e induzidas a aligeirar cada vez mais o pensamento".
E esta - rematou Cristina Branco - "é uma forma muito subtil, mas quase ditatorial de impor princípios às pessoas".
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Tudo ou Nada: Dedos enrugam-se na água?

(imagem retirada da internet)



Os dedos enrugam na água?


O facto em si é simples de ser observado: basta deixar as mãos dentro de água durante algum tempo para ver os dedos ficarem enrugados. Os cientistas mostraram que os dedos cheios de rugas ajudam a transportar objectos que estão molhados. Cientistas desfizeram o mito dos dedos enrugados na água: não ficam assim por absorverem a água, mas porque os vasos sanguíneos se contraem por indicação do sistema nervoso, para que se agarrem melhor os objectos molhados ou submersos. A conclusão é de um estudo publicado na revista britânica Biology Letters. Uma equipa de investigadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, verificou que objectos molhados ou submersos são agarrados mais depressa quando os dedos das mãos estão enrugados. 

Os cientistas recorreram a 20 voluntários, entre os 21 e os 34 anos, aos quais foi pedido para mexerem, com os dedos das mãos previamente secos e lisos ou então molhados e enrugados, em objectos colocados em recipientes com água. Os participantes tiveram de passar os objectos de um recipiente para outro através de um pequeno orifício. Os que tinham dedos enrugados completaram a tarefa mais rapidamente do que os que tinham os dedos lisos e secos. Os investigadores concluíram ainda que não havia qualquer vantagem em mover objectos secos com dedos enrugados. Para ficar com os dedos enrugados, uma parte do grupo de participantes no estudo esteve com as mãos debaixo de água durante 30 minutos.

A experiência, publicada no R oyal Society journal Biology Letters , sugere que as rugas têm a função específica de tornar mais fácil o manuseio de objetos dentro de água ou em superfícies molhadas, o que pode ter sido uma vantagem para os nossos antepassados, quando procuravam alimentos em lagos ou rios.



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