sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Recordar é viver!

(imagens retiradas da internet)


Efemérides de 16 a 22 de fevereiro


Tratado de Badajoz

 Passaram exatos 746 anos que a 16 de fevereiro de 1267 foi assinado o Tratado de Badajoz por Afonso III, o Bolonhês e Afonso X de Leão e Castela. Neste Tratado foi definida a fronteira entre Portugal e Castela, no Algarve, recém-conquistado aos mouros. No Tratado de Badajoz estabeleceram-se as bases de cooperação e amizade entre os dois reinos. Nos termos do acordo, Afonso X de Castela rendeu todos os direitos para o Algarve a Portugal e estabeleceu-se o Rio Guadiana como a linha de fronteira entre os reinos. Com tais conquistas, Portugal ficou mais ou menos com a delimitação de fronteiras que atualmente possui, o que nos torna uma das nações com as fronteiras estáveis mais antigas do mundo.


Almirante Gago Coutinho

Há exatos 144 anos, a 17 de fevereiro de 1869, nascia o Almirante português Gago Coutinho. Geógrafo, cartógrafo, oficial da Marinha, navegador e historiador, o Almirante teve uma vida cheia de aventuras e desventuras. Juntamente com Sacadura Cabral, Gago Coutinho fez a primeira travessia aérea do Atlântico Sul e entrou para a História Universal.  A viagem demorou 79 dias, cheios de percalços e atrasos que não os demoveram. Fizeram um total de 62 horas e 26 minutos de voo e percorreram 8 383km. Gago Coutinho retirou-se da vida militar em 1939, com 70 anos, mas em 1954, ainda foi convidado pela TAP para um voo experimental num DC-4 ao Rio de Janeiro, preparando-se, assim, a futura linha aérea regular entre Portugal e Brasil, o que mostra que continuava a ser um nome muito respeitado pela Aviação. A 18 de Fevereiro de 1959 morria o Almirante Gago Coutinho (passam também exatos 54 anos), tinha 90 anos e uma história de vida sem igual. 

  
Batalha de Almoster

A Batalha de Almoster foi travada a 18 de fevereiro de 1834, há exatos 179 anos. A batalha desenrolou-se durante a Guerra Civil (832-1834), opondo liberais a absolutistas. Em Almoster, em Santarém, as tropas liberais, comandadas pelo ainda Conde Saldanha, venceram as tropas absolutistas comandadas pelo General Lemos. As tropas absolutistas tiveram um milhar de perdas. A Batalha de Almoster significou o desmoronar de todas as esperanças do irmão de D. Pedro IV. Em recompensa pela vitória, Saldanha recebeu os títulos de Marquês de Saldanha e Conde de Almoster.


Nicolau Copérnico

Há exatos 540 ano, a 19 de fevereiro de 1473, nascia Nicolau Copérnico, um astrônomo e matemático polaco. Copérnico foi o primeiro astrónomo a sugerir que a Terra e os restantes planetas orbitavam em torno do Sol, criando teoria heliocêntrica do Sistema Solar. Copérnico também defendeu que a Terra girava diariamente sobre o seu eixo e que as mudanças graduais deste eixo provocavam as estações. Copérnico foi ainda cónego da Igreja Católica e estudou leis e Medicina sendo médico durante 6 anos.
Morreu a 24 de Maio de 1543, ano em que foi publicada a sua obra Sobre as revoluções das esferas celestes, o que lhe evitou a ira da Igreja Católica, que consideraram o seu conhecimento como uma heresia. Em 1616, a Igreja Católica condenou a obra de Copérnico como "livro proibido".


Vitorino Nemésio

A 20 de fevereiro de 1978, há exatos 35 anos, morria Vitorino Nemésio, um dos maiores nomes da literatura portuguesa. Nascido a 19 de dezembro de 1901, na Praia da Vitória, Nemésio foi poeta, romancista, ficcionista, cronista, ensaísta, biógrafo, historiador da literatura e da cultura, jornalista, investigador, epistológrafo, filólogo e comunicador televisivo, para além de toda a atividade de docência. Foi um dos grandes homens do século XX. 

Vitorino Nemésio nasceu a 19 de dezembro de 1901, na Praia da Vitória, terra que sempre amou e "cantou" como ninguém. Escritor da açorianidade, Nemésio deixou uma obra vasta. Um dos seus grandes romance é "Mau Tempo no Canal", que eu aconselho vivamente.
Recebeu o Prémio Nacional da Literatura, em 1965 e, em 1974, o Prémio Montaigne. Jaz no cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra.



Isabel de Portugal, Duquesa de Borgonha

Há exatos 616 anos, a 21 de fevereiro de 1397, nascia Isabel de Avis, Duquesa de Borgonha. Única filha de D. João I, o 1º Rei da II Dinastia e sua esposa, a britânica Filipa de Lancaster. Era irmã de Grandes Portugueses, um dos irmãos foi Rei (D. Duarte), outro Regente (D. Pedro), e outro foi D. Henrique, o grande responsável pelo início da nossa Expansão. Isabel de Portugal nasceu em Évora. Aprendeu a ler, a escrever e a falar em várias línguas e distraía-se a traduzir romances de cavalaria. Casou-se com Filipe, O Bom, Duque da Borgonha e Conde da Flandres, com quem foi feliz. Tiveram 3 filhos, mas só um chegou à idade adulta, Carlos, o Temerário. 

A Duquesa de Borgonha era uma mulher à frente do seu tempo, muito refinada e inteligente. Gostava de se rodear de artistas e poetas, e foi uma mecenas das artes. Também na política exerceu a sua influência sobre o filho e, em especial, sobre o marido, que representou em várias missões diplomáticas. Quando soube que se preparava a colonização dos Açores, D. Isabel insistiu com os irmãos para que aceitassem colonos flamengos. Tratou diretamente da escolha de colonos. Tornou-se assim responsável pelo povoamento das ilhas. 
Morreu em Dijon, a 17 de dezembro de 1471.



Batalha de Verdun

No dia 21 de fevereiro passam exatos 97 anos que se iniciou a batalha de Verdun, na Frente Ocidental, a mais longa da I Guerra e a 2ª mais sangrenta, depois da batalha de Somme.
O setor francês de Verdun estava muito mal defendido em 1916, pelo que as tropas alemãs avançaram, pondo em prática o princípio alemão: "a artilharia destrói, a infantaria ocupa". Contudo, os Alemães foram surpreendidos pelos inesperados sobreviventes franceses, comandados pelo Marechal Philippe Pétain, que ofereceram forte resistência. A 19 de dezembro de 1916, 10 meses depois, a batalha chegava ao seu fim ao fim, com um total de 371 000 baixas francesas, entre falecidos, desaparecidos e feridos. O total de baixas alemãs atingia os 337 000 homens.


Portugal e o futuro de Spínola

Há 39 anos, a 22 de fevereiro de 1974, o General António de Spínola publicava o livro Portugal e o futuroNo livro, Spínola apontava soluções políticas e não militares para a Guerra Colonial, afirmando que a essência da Nação, a segurança física, o bem-estar material e social dos portugueses estavam em grave risco. Esta obra vendeu, em poucos meses, 350 mil exemplares, tornando-se um autêntico sucesso de vendas.
O livro Portugal e o Futuro politizou os militares, que descontentes com a Guerra Colonial, viam na solução política a melhor forma de terminar com ela e, em pouco tempo, a publicação tornou-se num manual essencial na luta contra o Estado Novo. Apenas 2 meses depois, o Regime caía. Portugal e o Futuro abriu realmente um rumo para o futuro do país.

Porque recordar é viver, para a semana continuaremos a aprender! 
Francisco Miguel Nogueira 


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

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