sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Recordar é viver!

(imagens retiradas da internet)


Acontecimentos da semana...




Yalta 

No dia 4 de fevereiro passaram exatos 68 anos do início da Conferência de Yalta, a 2ª Conferência dos 3 Grandes vencedores da II Guerra (a 1ª foi a de Teerão e a 3ª foi a de Potsdam). A Conferência desenrolou-se no Palácio Livadia, na estação balneária de Yalta, nas margens do Mar Negro, na Crimeia Os 3 principais aliados eram Churchill (Grã-Bretanha), Roosevelt (EUA) e Stalin (URSS). Esta Conferência foi marcada pelo espírito de cooperação, cordialidade e confiança entre os Aliados. Assim, consegue-se o acordo sobre algumas questões importantes com o objetivos de assegurar-se um fim rápido à guerra e a estabilidade do mundo após a vitória aliada. 
Ficou acordado a criação de um conjunto de instituições internacionais, entre elas, a conferência preparatória da Organização das Nações Unidas (ONU). Decide-se então a constituição de um Conselho de Segurança com 5 membros permanentes com direito de veto – Grã-Bretanha, EUA, URSS, França (apesar de ter sido vencida, é-lhe reconhecida uma posição de vencedora graças ao movimento de resistência e a Charles de Gaulle) e China (apesar da sua situação interna, onde nacionalistas e comunistas se opunham fortemente, o Estado chinês oficialmente estava unido). Foi criado ainda o (nosso conhecido e muitas vezes odiado) Fundo Monetário Internacional (FMI). 
Um dos pontos mais importantes decididos em Yalta foi desnazificação da Alemanha, assim como a divisão provisória do país em 4 áreas de ocupação, geridas pelos 3 Grandes e pela França, sob a coordenação de um conselho interaliado. 
Terminou a 11 de fevereiro de 1945. 



O Príncipe de Maquiavel 

Há exatos 500 anos, Nicolau Maquiavel iniciou a escrita da 1ª obra-prima da política moderna e da arte de governar, o tratado "O príncipe". A obra propõe resolver o problema do poder, especificamente, de como alcançá-lo e de como mantê-lo. 
Segundo Maquiavel, com este livro, o seu objetivo a curto prazo era contribuir para a unificação e libertação da Itália, já que os primeiros Estados modernos já se estavam a desenhar por toda a Europa, enquanto que a Itália ainda se encontrava fragmentada e em conflitos.
Maquiavel afirma que "um príncipe sagaz não deve cumprir seus compromissos, quando isso não estiver de acordo com seus interesses e quando as causas que o levaram a comprometer a sua palavra não existam mais". Vai mais longe e diz que "...é necessário que um príncipe saiba muito bem disfarçar sua índole e ser um grande hipócrita e dissimulador...", pois "...os seres humanos, de uma maneira geral, julgam mais pelo que veem e ouvem do que pelo que sentem. Todos veem o que pareces ser, mas poucos realmente sentem o que és." Para ele, "...as pessoas comuns são sempre levadas pelas aparências e pelos resultados e é a massa vulgar que constitui o mundo."
Utilizando a sua experiência de homem de Estado, na Florença dos Médicis, Maquiavel fala da separação entre Ética e Política. Maquiavel não se preocupou com o ser "bom", mas com o "parecer bom" e com aquilo que "funciona". Nascia assim o termo maquiavélico. 



Hermitage 

A 5 de fevereiro de 1852 era inaugurado o Museu Hermitage, em São Petersburgo, na Rússia. O Hermitage é um dos maiores museus de arte do mundo. A sua coleção possui objetos de praticamente todas as épocas, estilos e culturas da história russa, europeia, oriental e do norte da África, e está distribuída em dez prédios, situados ao longo do rio Neva, sendo o principal, o Palácio de Inverno, que foi a residência oficial dos Czares. Muitos destes prédios constituem por si mesmos monumentos artísticos e históricos de grande importância.
O Hermitage possui atualmente um acervo de mais de 3 milhões de peças. 
Felizmente o Hermitage já enviou partes de sua coleção para uma exposição temporária no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, à qual visitei…e recomendo…agora o objetivo é ver a coleção completa na própria Rússia. 


Padre António Vieira 

Há exatos 405 anos, a 6 de fevereiro de 1608, nascia o Padre António Vieira, em Lisboa. O Padre António Vieira foi um religioso, escritor, filósofo e orador da Companhia de Jesus. Tornou-se uma das mais influentes personalidades do séc. XVII, destacando-se como missionário no Brasil. 
O Padre António Vieira teve um papel de destaque na defesa dos direitos dos povos indígenas, combatendo a sua exploração e escravatura, mas não deixando de os evangelizar. Chamavam-no de "Paiaçu" (Grande Padre/Pai, em tupi), em sinal de respeito e afeição por ele. O Padre António Vieira defendeu também os judeus, sobretudo a abolição da distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos. Criticou ainda severamente os sacerdotes da sua época e a própria Inquisição.
Na literatura, os seus sermões possuem considerável importância no barroco brasileiro e português. Um dos seus textos que mais aprecio, “O Sermão de Santo António aos Peixes”, continua atualíssimo… 


Revoltas contra a Ditadura Militar 

Há exatos 86 anos, nos inícios de fevereiro de 1927 (no dia 3 no Porto, no dia 4 no Algarve e no dia 7 em Lisboa), ocorreram as mais importantes e sangrentas revoltas contra a Ditadura Militar (1926-1932).  No Porto houve uma centena de mortos e 500. Na capital, o saldo final foi de 70 mortos e 400 feridos. Além disso, a Ditadura Militar prendeu, deportou e exilou várias centenas de revoltosos, assim como alguns tiveram um corte para metade do seu vencimento como castigo, e outros foram pura e simplesmente demitidos da função pública. Os dois chefes operacionais dos revoltosos republicanos no Porto foram o oficial médico da Armada Jaime de Morais e o oficial do Exército Inácio Severino, ambos maçons. Em Lisboa, os insurretos foram liderados pelo coronel José Mendes dos Reis. Em Faro, no Algarve, a revolta teve como principais elementos Vítor Castro da Fonseca, Inspector Maçónico do Algarve, e o oficial da Armada Sebastião José da Costa, que assumiu o comando da canhoneira Bengo, bombardeando as forças governamentais. 


D. Afonso IV 

Há exatos 722 anos, a 8 de fevereiro de 1291, nascia D. Afonso IV, o Bravo. Filho de D. Dinis e da Rainha Santa Isabel, foi o 7º Rei de Portugal, sucedendo a seu pai a 7 de janeiro de 1325. D. Afonso IV foi um grande comandante militar, a sua coragem foi reconhecida pelos vários reinos vizinhos. A nível administrativo e económico, apostou no desenvolvimento da marinha portuguesa, subsidiando a construção de uma marinha mercante. D. Afonso IV financiou ainda as primeiras viagens de exploração atlântica, sendo as Ilhas Canárias descobertas durante o seu reinado. 
Um dos momentos mais conhecidos do seu governo foi o assassinato de D. Inês de Castro, uma das histórias mais exploradas pela literatura. D. Inês de Castro era descendente de uma família castelhana que tinha pretensões ao trono de Castela e interesses na relação de D. Inês com o herdeiro ao trono português, D. Pedro, assim D. Inês era vista como um perigo. Os conselheiros de D. Afonso IV convenceram-no da necessidade da morte da castelhana. D. Inês foi assassinada numa manhã fria, estávamos a 7 de Janeiro de 1355. D. Afonso IV morreu a 28 de maio de 1357 e jaz na Sé de Lisboa. 

Porque recordar é viver, para a semana continuaremos a aprender! 
Francisco Miguel Nogueira 


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

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