quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Próximos dias quem manda é Fernando Pessoa! (Parte 1)

Imagem retirada AQUI

Fernando Pessoa morreu a 76 anos 

NOTA BIOGRÁFICA ESCRITA POR FERNANDO PESSOA 
[com a data de 30 de Março de 1935] 

Nome completo: 
Fernando António Nogueira Pessoa

Idade e naturalidade
Nasceu em Lisboa, freguesia dos Mártires, 
no prédio n.º 4 do Largo de São Carlos (hoje do Directório) 
em 13 de Junho de 1888. 

Filiação: 
Filho legítimo de Joaquim de Seabra Pessoa e de D. Maria Madalena Pinheiro Nogueira. 
Neto paterno do general Joaquim António de Araújo Pessoa, combatente das campanhas liberais, e de D. Dionísia Seabra; neto materno do conselheiro Luís António Nogueira, jurisconsulto e que foi director-geral do Ministério do Reino e de D. Madalena Xavier Pinheiro. Ascendência geral - misto de fidalgos e de judeus. 

Estado: 
Solteiro. 

Profissão: 
A designação mais própria será «tradutor», a mais exacta a de «correspondente estrangeiro em casas comerciais». o ser poeta e escritor não constitui profissão mas vocação. 

Morada: 
Rua Coelho da Rocha, 16, 1.º dt.º, Lisboa. (Endereço postal - Caixa Postal 147, Lisboa). 

Funções sociais que tem desempenhado: 
Se por isso se entende cargos públicos, ou funções de destaque, nenhumas. 

Obras que tem publicado: 
A obra está essencialmente dispersa, por enquanto por várias revistas e publicações ocasionais. o que, de livros e ou folhetos, considera como válido, é o seguinte: «35 Sonnets» (em inglês), 1918; «English Poems I-II» e «English Poems III», (em inglês também), 1922 e o livro «Mensagem», 1934, premiado pelo Secretariado de Propaganda Nacional, na categoria «Poemas». o folheto «O Interregno», publicado em 1928 e constituindo uma defesa da Ditadura Militar em Portugal, deve ser considerado como não existente. Há que rever tudo isso e talvez que repudiar muito. 

Educação: 
Em virtude de, falecido o seu pai em 1893, sua mãe ter casado, em 1895, em segundas núpcias, com o comandante João Miguel Rosa, cônsul de Portugal em Durban, Natal, foi ali educado. Ganhou o prémio Rainha Vitória de estilo inglês na Universidade do Cabo da Boa Esperança em 1903, no exame de admissão, aos 15 anos. 

Ideologia política: 
Considera que o sistema monárquico seria o mais próprio para uma nação organicamente imperial como é Portugal. Considera, ao mesmo tempo, a Monarquia completamente inviável em Portugal. Por isso, a haver um plebiscito entre regimes, votaria, com pena, pela República. Conservador do estilo inglês, isto é, liberal dentro do conservadorismo, e absolutamente anti-reaccionário. 

Posição religiosa: 
Cristão gnóstico e portanto inteiramente oposto a todas as Igrejas organizadas, e sobretudo á Igreja de Roma. Fiel, por motivos que mais diante estão implícitos, à Tradição Secreta do Cristianismo, que tem íntimas relações com a Tradição Secreta em Israel (a Santa Kabbalah) e com a essência oculta da maçonaria. 

Posição iniciática: 
Iniciado, por comunicação directa de Mestre a Discípulo, nos três graus menores da (aparentemente extinta) Ordem Templária de Portugal. 

Posição patriótica: 
Partidário de um nacionalismo mítico, de onde seja abolida toda a infiltração católica-romana, criando-se, se possível for, um sebastianismo novo, que a substitua espiritualmente, se é que no catolicismo português houve alguma vez espiritualidade. Nacionalista que se guia por este lema: «Tudo pela Humanidade, nada contra a Nação». 

Posição social: 
Anticomunista e anti-socialista. O mais deduz-se do que vai dito acima. 

Resumo destas últimas considerações: 
Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, grão-mestre dos Templários, e combater, sempre e em toda a parte, os seus três assassinos - a Ignorância, o Fanatismo e a Tirania. 

Lisboa, 30 de Março de 1935. 
Créditos: Arte & Manhas

Nota final I: 
Assim era Fernando António Nogueira Pessoa, um poeta e escritor português que faleceu no dia 30 novembro de 1935, com 47 anos.  Sua última frase foi escrita na cama do hospital, em inglês, com a data de 29 de Novembro de 1935: 
"I know not what tomorrow will bring" 
("Não sei o que o amanhã trará").

Nota final II: 
Agradecimentos a Professora Cristina Fontes do 

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Hoje quem manda?

(imagem retirada da internet)


"Mais Alto"

«Mais alto, sim! Mais alto, mais além
Do sonho, onde morar a dor da vida,
Até sair de mim! Ser a Perdida,
A que se não encontra! Aquela a quem
O mundo não conhece por Alguém!
Ser orgulho, ser águia na subida,
Até chegar a ser, entontecida,
Aquela que sonhou o meu desdém!
Mais alto, sim! Mais alto! A Intangível
Turris Ebúrnea erguida nos espaços,
À rutilante luz dum impossível!
Mais alto, sim! Mais alto! Onde couber
O mal da vida dentro dos meus braços,
Dos meus divinos braços de Mulher!»

Saber mais: LIVROS, HISTÓRIA

Hoje tive o desejo de lembrar esta grande poetisa Florbela Espanca.
Espero que gostem!


Hoje quem manda sou eu! Amanhã quem será? Será que chegou à sua vez?
Mande sugestões para esta rubrica para meio.crescente@gmail.com

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Braga vs Açores

Imagem retirada AQUI


Investigadora da Universidade do Minho lança antologia de autores açorianos contemporâneos


O livro “Antologia Bilingue de Autores Açorianos Contemporâneos” é lançado esta quarta-feira, dia 30, pelas 14h30, no anfiteatro da Escola Básica 2/3 da Maia. A apresentação da obra vai ser feita pelas coautoras Rosário Girão, coordenadora do Departamento de Estudos Românicos da Universidade do Minho, e Helena Chrystello, coordenadora do Departamento de Línguas da escola anfitriã.

A antologia de 237 páginas pretende ser sobretudo uma ferramenta didática para as comunidades portuguesas da diáspora, em especial os EUA e Canadá, que conhecem pouco os escritores açorianos, mas também poderá ser utilizada no ensino regular em Portugal. O livro editado pela Calendário das Letras reúne excertos de 15 autores, como Álamo de Oliveira (tem 33 livros de prosa e poesia), Vasco Pereira da Costa (é traduzido em 14 línguas), Daniel de Sá, Fernando Aires e Urbano Bettencourt. Os excertos não foram escolhidos ao acaso, uma vez que se identificam com o arquipélago e de certa forma servem para o caracterizar.

As autoras propuseram em 2008 ao Governo Regional dos Açores a elaboração de uma antologia de autores açorianos contemporâneos passível de ser integrada no plano curricular do Ensino Básico. Decidiram, depois solicitar o apoio da Direção Geral das Comunidades para uma edição português-inglês, menos longa do que a antologia monolingue, concluída há cerca de um ano. Os objetivos do livro são proporcionar às comunidades açorianas, luso-falantes, e não só, o acesso a uma obra (esgotada, na maioria dos casos) nascida naquele arquipélago e facultar um estudo temático-estilístico das características idiossincráticas que a diferenciam, como por exemplo o imaginário dinâmico do ilhéu, confinado ao isolamento e à insularidade, imbuído de um sentimento inegável de religiosidade popular e bipartido, em termos de sonho emigratório, entre o anelo da partida e o desejo do regresso. 

Texto do Gabinete de Comunicação, Informação e Imagem da Universidade do Minho
Créditos: Correio do Minho

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

A linguagem e a criança - Parte 1

(imagem retirada da internet)


As línguas humanas são estudadas numa ciência que se chama linguística, e por vezes é difícil diferenciar as diversas línguas e dialectos. Aliás, também se levanta a questão do que é uma e do que é o outro – há quem, ironicamente, diga que um dialecto se transforma em língua quando consegue ter forças armadas. 

Pensa-se que terá sido há qualquer coisa como 40 mil ou dois milhões de anos – a incerteza é muito grande -, que os humanos começaram a desenvolver linguagens estruturadas, para além de sons ocasionais. 

A partir desse momento, as línguas foram-se espalhando, diferenciando, cultivando, muitas vezes com identificações locais que se deveram a isolamentos geográficos, necessidade de códigos, estabelecimento de grupos de pertença e, até, a erros decorrentes de problemas de fala. 

A ocupação de regiões por invasores durante muitos séculos – como o império romano - levou a que algumas línguas influenciassem o sistema linguístico de praticamente todos os povos. Há raízes latinas em todas as línguas faladas no território ocupado pelos romanos. O mesmo se dirá de outros locais, por vezes constituindo línguas novas, como o crioulo. 

Relativamente à estruturação, também se podem observar coisas curiosas, como a tipificação em línguas SVO, SOV, VSO, etc, conforme a colocação do sujeito, do verbo e do objecto. O português pertence à primeira categoria. 

Ao longo dos tempos houve diversas tentativas de criar línguas universais, no sentido de aproximar os povos e diminuir eventuais diferenças entre eles – o esperanto, o latino sin flexione, o lojban e o occidentale foram algumas delas. Nenhuma vingou a não ser em círculos culturais muito restritos. 

As verdadeiras línguas universais que se impuseram são o inglês e a linguagem informática. Existem mais de 7.000 línguas e quase 40.000 dialectos. Um dialecto extinto é uma língua que já não tem pessoas nativas que a falem – são exemplos o cóptico ou as línguas nativas americanas. Noutros casos a evolução foi tal, que a língua de origem foi assimilada e alterada, como o caso do latim ou do sânscrito. Foram as igrejas e as universidades que mais tempo mantiveram a utilização destas línguas. O hebreu, por outro lado, foi uma língua reavivada para a comunicação normal.

Brevemente Parte 2

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Revista de Imprensa - 30 de novembro 2011

(imagem retirada da internet)


O aumento em 50 por cento das taxas moderadoras, a subida do IVA para 23 por cento na restauração e o ataque informático à PSP, SIS e Parlamento são alguns temas hoje em destaque na imprensa.

O Público destaca «Taxas moderadoras sobem para o dobro e dão receita de 200 milhões», «Teerão: Manifestantes assaltam embaixada britânica: Irão a caminho da guerra», e «Hackers atacam SIS, Finanças e Parlamento».

O Jornal de Notícias escreve «Restauração fecha 21 mil casas com IVA a 23 por cento», «’Lutámos dois anos para nada’», uma afirmação da «mãe de Tiago, menino que morreu à espera de um transplante» e «Saúde: Taxas moderadoras vão aumentar 50 por cento». 

«IVA dos cafés dá 292 milhões ao fisco» é a manchete do Correio da Manhã, acrescentando que «a bica vai ser duplamente tributada» e que «os restaurantes prevêem 47 mil despedimentos». 

Por sua vez, o Diário de Notícias titula «Portas perdoa 189 milhões no negócio dos ‘Pandur’», «Muitos policias…protesto desta vez foi pacífico» e «Cortes até 30 por cento nos salários de médicos de família».O diário puxa ainda para a capa «Sporting exige imagens da Luz para acusar Vieira», «Piratas informáticos atacam Parlamento» e «Isaltino perde último recurso». 

O jornal i escreve «Chefe da PSP violou segurança e facilitou a vida aos piratas», «OE: Seguro aflito para controlar PS: Deputada viola disciplina de voto em nome da consciência» e «Só a Alemanha pode evitar a crise de proporções apocalípticas». 

Na primeira página, o Diário Económico adianta «Banco de Portugal antecipa ajuda do Estado à banca», «Prestação do crédito à habitação vai cair em Dezembro», «Fundo de resgate europeu falha meta de um bilião de euros» e «Aumento do horário em meia hora ameaça empregos na Autoeuropa». 

«Imobiliário acusa banca de desviar clientes» é a manchete do Jornal de Negócios que destaca também «França e Alemanha exigem défices nulos em 2016» e «Bancos querem que famílias garantam dois terços do corte nas suas dívidas». 

A revista Sábado dedica a primeira página ao Alentejo titulando «Os melhores recantos com lareira» enquanto a Visão destaca as «12 novas certezas da Ciência» e uma entrevista a Mário Soares na qual afirma: «'É preciso bater o pé à Troika'». 

O Record destaca «Jesus não brinca», contando que «Benfica vai à Madeira com o melhor Onze possível», enquanto A Bola realça uma entrevista a Javi Garcia na qual diz: «’Mostrámos a em campo a nossa qualidade’», referindo-se ao derby de sábado. 

O Jogo destaca «Patrício até 2015», referindo que o «Guarda-redes já tem nas mãos uma proposta de renovação por mais dois anos». 


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Hoje quem manda?

(imagem retirada da internet)


Concordam?

Hoje quem manda sou eu! Amanhã quem será? Será que chegou à sua vez?
Mande sugestões para esta rubrica para meio.crescente@gmail.com

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Dança desportiva de PARABÉNS!

(imagem retirada da internet)

Alunos de Apolo Braga sagram-se campeões nacionais de dança desportiva

Realizou-se no passado Sábado no Entroncamento o Campeonato Nacional de Dança Desportiva onde o par Octávio Silva & Rita Lopes se sagrou Campeão Nacional no escalão Adultos Intermédios Latinas. 

Depois da conquista da Taça de Portugal e do Circuito Nacional, o par dos Alunos de Apolo Braga terminou a época desportiva da melhor forma conquistando mais um prestigiado troféu.

Os pares Miguel Machado & Sara Machado classificaram-se em 2º lugar no escalão Adultos Iniciados Latinas enquanto que Jorge Rodrigues & Inês Coturela asseguraram o 5º lugar final na mesma categoria.

A prova foi organizada pela Associação de Profissionais de Dança Desportiva e contou com a presença de centenas de dançarinos oriundos de todo o país que disputaram as diversas categorias nas modalidades de danças standard e danças latinas.

'Terminamos esta época da melhor forma com Octávio & Rita a sagrarem-se campeões nacionais e com os outros pares a darem excelentes indicações para o próximo ano', refere Ricardo Silva, director desportivo da academia. 'Já estamos a preparar a nova época desportiva e temos assegurada a participação de pelo menos 15 pares nas competições em 2012. Temos a decorrer o Casting para a captação de novos atletas e esperamos até ao final do ano garantir ainda mais alguns pares', acrescentou.

Créditos: Correio do Minho

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

A vida de Eunice Muñoz - Parte 2

(imagem retirada da internet)

Eunice Muñoz sobe hoje ao palco do Auditório Municipal com o seu nome, em Oeiras, para estrear 'O cerco a Leninegrado', exactamente 70 anos depois de se ter estreado, como actriz, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.

Vendaval, de Virgínia Vitorino, foi a peça com que Eunice Muñoz iniciou a carreira, aos 13 anos, na então Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro. O seu talento foi rapidamente reconhecido tendo entrado, pouco depois, para o grupo que então detinha a residência no Teatro Nacional.

Nascida a 30 de Julho de 1928, na Amareleja, localidade do concelho de Moura, numa família de atores, Eunice Muñoz ainda hoje recorda «a avó, que nunca saiu do Alentejo, mas era uma excelente actriz, e que [lhe] lia textos, quando criança de colo», recordou, em entrevista à agência Lusa.

«Não podia ser outra coisa, só podia ser actriz», disse Eunice Muñoz que, em 70 anos de carreira, apenas abandonou o teatro, «um grande amor» na sua vida, entre os 23 e os 27 anos, para ser secretária de uma empresa onde o seu primeiro marido trabalhava.

Os grandes atores da época, como Raul de Carvalho ou João Villaret reconheceram-lhe o talento, tal como Amélia Rey Colaço ou Palmira Bastos com quem, em 1943, contracenou, também no D. Maria II, em Riquezas da sua avó.

Um ano mais tarde, aos 16 anos, integrou o elenco de Labirinto, de Manuel Pressler, e ainda no verão de 1944 interpretou a primeira opereta – João Ratão –, ao lado de Estêvão Amarante.

Maria Lalande e Irene Isidro foram actrizes com quem trabalhou e ao lado das quais obteve sucesso. Foi ainda dirigida por Maria Matos, em A Portuguesa, de Carlos Vale.

Eunice Muñoz ingressou cedo no Conservatório Nacional de onde saiu com 18 anos e uma média final de 18 valores.

A popularidade pode, porém, dizer-se que chegou à sua carreira quando, no Teatro Variedades, faz parte do elenco de Chuva de Filhos, de Margaret Mayo, ao lado de Vasco Santana e de Mirita Casimiro.

A estreia no cinema aconteceu em 1946 quando, pela mão de Leitão de Barros fez Camões, papel com o qual venceu o prémio do SNI – Serviço Nacional de Informação, para a melhor actriz cinematográfica do ano.

Um homem do Ribatejo, de Henrique Campos (1946), e Os vizinhos do rés-do-chão, de Alejandro Perla (1947), são as peças que levou ao teatro Variedades.

Outono em flor, de Júlio Dantas, em 1948, assinalou o regresso da actriz ao Nacional, onde a seguir desempenhou Espada de Fogo, de Carlos Selvagem, numa encenação de Palmira Bastos, que se revelou um êxito.

A Morgadinha dos Canaviais, de Caetano Bonuccio e Amadeu Ferrari, adaptação do romance homónimo de Júlio Dinis, em 1949, marcou o seu regresso ao cinema.

Em 1950 e 1951, duas grandes comédias celebrizadas por Ernst Lubitsch, no cinema, são recriadas com êxito pela actriz: na primeira,Ninotchka, de Melchior Lengyel, Eunice Muñoz toma o papel que fora de Greta Garbo, ao lado de Igrejas Caeiro, Maria Matos e Vasco Santana; em A loja da esquina, de Edward Percy, em 1951, a actriz integra a Companhia de Teatro Gynásio, dirigida por António Pedro, para reviver em palco os mal entendidos que juntaram James Stewart e Margaret Sullavan na tela.

Eunice Muñoz passou ainda pelo Teatro da Trindade mas retirou-se de cena, já mãe da primeira filha, para um interregno entre os 23 e os 27 anos.

Regressou aos palcos em 1955 para interpretar Joana d'Arc, de Jean Anouilh, no Teatro Avenida, que constituiu um grande êxito. Dois anos depois interpretou A desaparecida, de Pirandello, e, pouco depois, com Maria Lalande, Isabel de Castro, Maria José, Ruy de Carvalho, Curado Ribeiro e Fernando Gusmão, entrou para o Teatro Nacional Popular, sob a direcção de Francisco Ribeiro (Ribeirinho), de quem assegura guardar «gratas e boas memórias».

Noite de Reis, de Shakespeare, Um serão nas laranjeiras, de Júlio Dantas, ou Pássaros de Asas Cortadas, de Luiz Francisco Rebello, foram algumas das peças em que foi dirigida por Ribeirinho.

Na década de 1960, entrou na comédia na Companhia de Teatro Alegre, ao Parque Mayer, juntamente com António Silva e Henrique Santana.

Monumental e Variedades foram teatros onde também representou, após o que, em 1965, fundou, com Raul Solnado, a Companhia Portuguesa de Comediantes, com sede no então recém-inaugurado Tetaro Villaret.

Laura Alves, Virgílio Teixeira, Mimi Muñoz – sua mãe - eram atores com quem contracenava ao mesmo tempo que ia pisando palcos de diferentes salas. Em 1970 estreou-se na encenação com A Voz Humana, de Jean Cocteau.

Nos anos de 1970 integrou uma nova formação artística, no Teatro S. Luiz, mas a poucas horas da estreia de A mãe, de Stanislaw Wiktiewicz, a censura da ditadura proibiu a peça e o então director Luiz Francisco Rebello demitiu-se.

Passou então a dedicar-se à divulgação de poetas que ama, regressando ao teatro para interpretar, com Glicínia Quartin, As criadas, de Jean Genet, pela mão de Carlos Avilez, no Teatro Experimental de Cascais. Com Avilez fará uma longa digressão por África, regressando aos palcos portugueses apenas em 1978.

Peças de Donald Coburn, John Murray, Bertolt Brecht, Hermann Broch, Athol Fuggard, Eurípedes, e encenadores como João Perry, João Lourenço ou Filipe La Féria, em Passa por Mim no Rossio(1992), foram algumas das pessoas com quem trabalhou no teatro.

Os filmes Manhã Submersa, de Lauro António (1980), e Tempos Difíceis, de João Botelho (1987), fazem parte do seu currículo.

Em 1991, quando comemorou 50 anos de carreira, Vítor Pavão dos Santos, então director do Museu do teatro, organizou uma grande exposição sobre a vida profissional de Eunice Muñoz. Na mesma altura foi condecorada pelo então Presidente da República Mário Soares.

A Banqueira do Povo, de Walter Avancini, em 1993, assinalou a sua estreia nas telenovelas.

Miss Daisy, encenada por Celso Cleto em 2006, e O comboio da madrugada, de Tennessee Williams, dirigida este ano por Carlos Avilez, foram as últimas peças que representou.

Sem saber o que vai ser o futuro – estava previsto fazer Rei Lear, em Março de 2012 no Teatro Nacional D. Maria II, com Diogo Infante – Eunice Muñoz diz que apenas quer «fazer sempre melhor».

De resto, assegura, é «uma mulher como as outras»: «Mãe de seis filhos, com netos e bisnetos para os quais quer todo o bem», conclui.

Saber mais AQUI

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Revista de Imprensa - 29 de novembro 2011

(imagem retirada da internet)


A alegada revelação de dados pessoais de 107 polícias após «ataque a computadores» do ministério da Administração Interna e as «desavenças» entre Sporting e Benfica devido a incidente na Luz estão hoje em destaque na imprensa.

O Público destaca «Hackers atacam computadores do MAI e revelam dados pessoais de 107 polícias», realçando «foi a alegada violência policial nos protestos de dia 24 junto ao Parlamento». «[Maria da Conceição Tina] A menina dos bidonvilles confessa-se ao seu fotógrafo», «Meia hora de trabalho adicional: patrões dizem sim, sindicatos recusam» e «Alemanha avança com proposta para criar união de estabilidade» são outros títulos do Público.

Na primeira página, Diário de Notícias escreve «Bebé morre à espera de transplante que Portugal deixou de fazer», «Serenidade ao Egipto no primeiro dia de votos», «Revolta no PS impede Seguro de votar ao lado do Governo» e «Uma em cada dez crianças chumba ou deixa a escola».

O jornal i destaca na capa uma entrevista a Mário Soares, realçando a frase: «’Se a Europa não muda, terá de haver uma revolução’».

O diário chama ainda à primeira página os títulos «Euro: Comissão Europeia ataca Merkel», «Governo obriga as câmaras a pagarem as dívidas de água» e «Público reduz salários e quer 16 jornalistas em lay-off».

«Poupanças pagam alívio nos subsídios» é a manchete do Correio da Manhã, referindo-se ao «IRS sobre juros de 25 por cento», realçando ainda «Fogo aquece guerra entre Benfica e Sporting”, “Professores: Crato obriga milhares a exame de ensino» e «Vaga de assaltos a caixas de multibanco».

O Jornal de Notícias destaca «Fisco caça o homem mais rico de Portugal [Américo Amorim]», «Novo caso no túnel da Luz» e «Salários pagos na região de Lisboa são 45 por cento superiores aos do Norte».

Em manchete, o Diário Económico titula «Berlim salva o euro depois de mandar nas contas dos Estados», «Descubra quanto perde nos subsídios com as novas mexidas no Orçamento», «’Gás moçambicano começa a ser explorado daqui a seis ou sete anos’» e «João Cordeiro volta a ser candidato à Associação Nacional de Farmácias».

Por sua vez, o Jornal de Negócios escreve «Empresas precisam de reduzir dívidas em 80 mil milhões de euros», Camionistas sobem preços para absorver portagens nas Scut» e «Governo abre a porta a um corte adicional nos dias de descanso».

O Diabo titula «Juízes abrem guerra ao corte dos subsídios», «Paula [ministra da justiça] contra todos» e «Covilhã cria centenas de empregos».

A revista Focus destaca «Novos estudos: Por que somos mais felizes a partir dos 40».

Os jornais desportivos destacam hoje nas capas as «desavenças entre Sporting e Benfica» devido ao incêndio causado por adeptos durante dérbi com os títulos «Dérbi em chamas» (Record), «Agora é pessoal» (O Jogo) e «De costas voltadas» (A Bola).


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Hoje quem manda?



Há coisas que devem ser partilhadas :-)
Espero que gostem!
Sugestão de Márcia Leal


Mande sugestões para esta rubrica para meio.crescente@gmail.com

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Hoje nas livrarias - Dicionário de Camões

Imagem retirada AQUI

O Dicionário Luís de Camões, o primeiro dedicado à vida e obra do poeta, elaborado por especialistas nacionais e estrangeiros sob coordenação de Vítor Aguiar e Silva, chega hoje às livrarias numa edição da Caminho.

A obra, que resulta de uma maratona editorial de cinco anos, envolveu 69 colaboradores de várias nacionalidades e reúne cerca de 200 artigos sobre aquele que é considerado «o poeta da nacionalidade», pelo facto de ter escrito a epopeia moderna 'Os Lusíadas'.

«Para nós portugueses, Camões cria a única mitologia cultural digna desse nome ainda viva e, apesar das aparências, mais viva do que nunca como texto profético da nossa perenidade sempre em instância do naufrágio», escreveu o pensador Eduardo Lourenço num ensaio sobre o dicionário publicado na revista Ler de Outubro.

Ao longo de mil páginas, o Dicionário de Luís de Camões, considerado o grande acontecimento editorial de 2011, fornece aos leitores informação rigorosa e actualizada sobre a biografia, a obra lírica, épica, dramatúrgica e epistolar de Camões, a respectiva contextualização histórico-literária, os seus problemas filológicos e a influência e a crítica camonianas nos diversos períodos da literatura portuguesa.

O primeiro dicionário dedicado ao poeta quinhentista inclui ainda informação sobre a recepção da sua obra nas principais literaturas mundiais, da espanhola à brasileira e à norte-americana.

Filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, Luís Vaz de Camões terá nascido em 1524-25 não se sabe exactamente onde e morreu a 10 de Junho de 1580, em Lisboa.

Do pouco que se conhece da sua vida, esta terá sido atribulada: pensa-se que estou Literatura e Filosofia em Coimbra, combateu em Ceuta, onde perdeu o olho direito, esteve na Índia, depois regressou a Lisboa, passou a frequentar o Paço, mas viveu com dificuldades, de uma pensão régia exígua, e o mérito nunca lhe foi reconhecido em vida.

Só após a morte, devido à perda da independência de Portugal – que seria até 1640 governado pelos Filipes, de Espanha – e ao facto de a sua epopeia intensificar tal sentimento, é que se afirmou a sua reputação como grande poeta.

Apesar de ter escrito também teatro, dedicou-se sobretudo à poesia lírica, com grande variedade de géneros (sonetos, canções, éclogas, redondilhas, etc.) e é apontado como o grande poeta do maneirismo português, pela filiação na tradição clássica à maneira renascentista, mas sensível ao conhecimento adquirido através da experiência que a época e as viagens lhe proporcionaram.

Se, por um lado, a escassez de documentos e registos autobiográficos da sua obra levou à construção de uma imagem lendária de poeta miserável, exilado e infeliz no amor – exaltada pelos românticos -, por outro, ele surge como um homem determinado, humanista, pensador, aventureiro e viajado que se deslumbrou com a descoberta de novos mundos.

Dele diz, a esse propósito, Jorge de Sena: «Se pouco sabemos de Camões, biograficamente falando, tudo sabemos da sua persona poética, já que não muitos poetas em qualquer tempo transformaram a sua própria experiência e pensamento numa tal reveladora obra de arte como a poesia de Camões é».

Para saber mais Wikipédia, Instituto Camões
 
MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

PARABÉNS Eunice Muñoz - Parte 1

(imagem retirada da internet)

O Presidente da República condecorou hoje Eunice Muñoz com a Grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique, assinalando assim os 70 anos de carreira da actriz.

A cerimónia realizou-se às 12:00, no Palácio de Belém, em Lisboa, horas antes de Eunice Muñoz sobir ao palco do Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras, onde estreia a peça "O cerco a Leninegrado", do espanhol José Sanchis Sinisterra, com direcção e encenação de Celso Cleto. 

Esta obra é a peça com que Eunice Muñoz assinala os 70 anos de carreira, num palco que leva o seu nome. 

A peça, uma comédia cuja acção gira em torno de uma actriz e da mulher do director de um teatro, é co-produzida pelo DRAMAX - Centro de Artes Dramáticas de Oeiras e Câmara Municipal de Oeiras. 

Além de Oeiras, a peça subirá, a 22 de Janeiro de 2012, ao palco do Teatro Belas Artes, em Madrid, e em Março estará no Teatro S. Luiz, em Lisboa. 

"O cerco a Leninegrado", de José Sanchis Sinisterra, conta apenas com duas personagens. Além de Eunice Muñoz é representada por Maria José Pascoal. 

Eunice Muñoz estreou-se nos palcos a 28 de Novembro de 1941, na peça "Vendaval, de Virgínia Vitorino, com a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro. 
Créditos DN Artes

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Revista de Imprensa - 28 de novembro 2011

(imagem retirada da internet)

A possibilidade de virem a ser introduzidas portagens à entrada das cidades, a elevação do Fado a Património Mundial e a vitória do FC Porto frente ao Sporting Braga (3-2) são alguns temas hoje em destaque na imprensa.

O Público adianta «Governo estuda introdução de portagens na entrada das cidades», «Egipto: Primeiras eleições pós-Mubarak começam hoje, mas a revolução continua na Praça Tahir», «PS vai votar a favor da ‘graduação’ dos cortes de subsídios» e «TAP falha venda da Groundforce a empresa belga».

«Ministro vai controlar câmaras de vigilância nas ruas» é a manchete do Diário de Notícias (DN), realçando que a «Comissão de Protecção de Dados não foi consultada a tempo da nova legislação já aprovada». «Fado é Património: Festa portuguesa em Bali, ao som de Amália», «Maioria dos portugueses não quer o País fora da zona Euro» e «Adeptos do Sporting detidos na Luz pertencem a grupo neonazi» são outros temas abordados no DN.

O jornal i destaca na primeira página «Feriados: 5 de Outubro, 1 de Dezembro, 15 de Agosto e Corpo de Deus acabam em 2012», «Crise do Euro: Vem aí a Europa a três velocidades» e «Fado Património da Humanidade quem sabe por vontade de Deus».

O Correio da Manhã escreve na capa «Ministro compra carro de 86 mil euros», referindo-se ao ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, «Fado é tesouro do mundo» e o jogo FC Porto-Sporting de Braga (3-2) com o título «Hulk salva Vítor Pereira».

Por sua vez, o Jornal de Notícias titula «Tarado usou cancro para abusar de 60 mulheres», «Hulk esteve em todas» , «Portugueses de coração grande no apoio ao Banco Alimentar» e «Fado é agora de todo o planeta».

O Diário Económico destaca em manchete «Troika dá luz verde ao Governo para liquidar o BPN», «Descubra os cursos que conseguem escapar ao desemprego» e uma entrevista à ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, na qual afirma: «Financiamento da Ordem dos Advogados vai ser revisto».

O Jornal de Negócios escreve «Crise do euro impede taxa Euribor de descer», «Zona Euro já consome mais de um terço do dinheiro do FMI» e «Governo facilita a concessão de licenças de videovigilância.

O Record titula «Domingos quase sem opções para a linha intermédia»: Leão partido ao meio», O Jogo destaca «Hulk carregou dragão às costas» e A Bola escreve «FC Porto não deixa Benfica fugir: Liga Fantástica».


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

domingo, 27 de novembro de 2011

Hoje quem manda? Sou eu!




"A oportunidade esconde-se entre as dificuldades" 
(Albert Einstein)


A sua é?... Partilhe!


Hoje quem manda sou eu! Amanhã quem será? Será que chegou à sua vez? 
Mande sugestões para esta rubrica para meio.crescente@gmail.com

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Fado declarado Património Imaterial da Humanidade

Painel do Fado de José Malhoa
Imagem retirada AQUI


O fado português foi reconhecido como Património Imaterial da Humanidade pela Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) durante o VI Comité Intergovernamental.
O Comité Internacional da UNESCO, constituído por 24 países, anunciou, este domingo, em Bali, na Indonésia, o Fado como Património Imaterial da Humanidade.
O antigo presidente da Câmara de Lisboa Pedro Santana Lopes lançou a ideia de candidatar o fado a Património Imaterial da Humanidade e escolheu os fadistas Mariza e Carlos do Carmo para embaixadores da candidatura.
A candidatura foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Municipal de Lisboa no dia 12 de Maio de 2010 e apresentada publicamente na Assembleia Municipal, no dia 1 de Junho, tendo sido aclamada por todas as bancadas partidárias.
No dia 28 de Junho de 2010, foi apresentada ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e formalizada junto da Comissão Nacional da UNESCO. Em Agosto desse ano, deu entrada na sede da organização, em Paris.
candidatura portuguesa foi considerada como exemplar pelos peritos da UNESCO, tal como o Paraguai e Espanha.


Alguns fados...
Vasco Santana - Fado do Estudante 
Amália Rodrigues - Gaivota 
Alfredo Marceneiro - Cabelo Branco
Vicente da Câmara - Moda das tranças pretas
Marco Rodrigues - Acho inúteis as palavras
Ana Moura - Os Búzios
... 


Espero que gostem!

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Revista de Imprensa - 27 de novembro 2011

(imagem retirada da internet)


Destaques da imprensa escrita:



Créditos: Banca de Jornais


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Crónica 10 minutos - "Amante da sociedade"

(imagem retirada da internet)


O paradoxo: A família ontem e a família hoje!

A versão atual de família reduz-se a um núcleo formado por pai, mãe e filhos. Diferente da de ontem, desde a família alargada, família tronco… No entanto, não deixa de ser diversificada consoante as diferentes etnias! A globalização deu-nos a capacidade de converter séculos em escassos anos de mudanças! Neste sentido, divagamos quanto ao amor e dedicação aparentemente esquecidos do que a Família de ontem nos proporcionava! 

A cada dia que passa, estou mais entulhada de diversificadas tarefas, cada qual parece adquirir particularidades, mas que na verdade estão todas interligadas: “estudar para trabalhar e trabalhar para estudar”! Assim são as disciplinas das Ciências Sociais, cada uma com vida própria, mas que não deixam de sobreviver sem a base científica de cada uma delas. Sou “amante da sociedade”, admiro a multiplicidade de acontecimentos, repletos de constantes mudanças. 

Não há muito tempo, numa conversa entre amigos, discutíamos a atual ligação familiar, falávamos em individualização, projetando-a como se de algo de negativo se tratasse. De facto, a família tem uma dimensão macro e microssocial. São as famílias a razão pela qual empresas apresentam bens que desconhecemos necessitar! Têm deveres/direitos jurídicos, administrativos… Este pensamento obriga, por si só, à existência das famílias em sociedade! 

Mas por que não apresentar os factos de outra forma? Nem tudo precisa de ser tão linear, tão redondo… sem saída… Cabe a nós visionar alternativas! Para começar, aprendi que a individualização familiar dá primazia ao lazer, ao “nós” e também ao “nosso”! Segundo Émile Durkheim, também Pai da Sociologia, na sua obra La Division du Travail Social: “Cada um assume cada vez mais a sua própria fisionomia, a sua própria maneira de pensar.” Os pais de hoje preocupam-se com a formação dos filhos, ensinam-nos a comportar-se como cidadãos, são para eles um equilíbrio emocional. No contexto conjugal, a modificação ocorre quando os membros deste grupo primário deixam de trabalhar em função de um deles e passam ambos a dividir tarefas, visando objetivos e preconizando harmonia conjugal. 

Será que antigamente a família era mais unida? Para além de sermos parte de um grupo familiar, a família é a “semente” da personalidade de cada sujeito e, nessa perspetiva tão pouco linear, o conceito atual de família parece apaziguar-se! Entretanto, recorri a um dos meus rascunhos, vejo sublinhado que Durkheim refere que a família não desapareceu, mas que apenas se modificou e assim continuará! 

O ser humano não sobrevive sem o sentimento de amor e sem o respeito. É imprescindível para todos nós sentirmos que alguém que nos é muito próximo se preocupa quando estamos doentes, quando não atingimos um objetivo, quando as ações não são as melhores… e nos repreendem. Sim, porque a repreensão é também um sinal de amor (não seria parte desta análise subjetiva). 

Com o pensamento de Durkheim a perseguir-me nestes últimos dias, e com o que vejo nestas ruas, depreendo que a família de ontem se regia por tarefas específicas para cada género, camuflando assim o amor fraterno. Teriam, antes, a preocupação de dar continuidade às gerações, às heranças (terras), o que, nos dias que correm, não deixou de se verificar totalmente. Contudo, hoje, a família, que já não é extensa e não se reúne por completo no Natal e na Páscoa, esse agregado familiar que pouco ultrapassa os quatro indivíduos, passou a uma família reduzida, modernizada, sem tão severas regras preconizadas para cada género e mais desprendida dos restantes parentescos. 

Sendo ou não progenitores biológicos, mas cuidando e dedicando-se e incentivando os “papéis sociais” que cada um mais deseja seguir, é igualmente a oportunidade de viver um romance entre cônjuges, entre duas pessoas despreocupadas em tarefas dentro de uma espécie de contrato! E nesta perspetiva, sublinho que o divórcio também deve ser encarado como uma oportunidade de refazer a felicidade e de se refazer uma nova família nos dias de HOJE! O nosso maior defeito é o de olharmos para o passado e deixar a sua marca estática! Somos fruto da mudança, pois não seriamos o que somos hoje, “Homens sem tempo, Homens projetados no amanhã”! E por falar no amanhã… Como será de facto a família? 

(- Sapatos?… Sei! São para os pés e ponto.) 

autoria de Marisa Leonardo


P.S. Esta crónica estará em destaque aqui blogue para dar oportunidade de todos os visitantes de darem a sua opinião sobre a mesma. 
A sua opinião é importante, PARTICIPE! 






MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

sábado, 26 de novembro de 2011

Crónica 10 minutos - "Amante da sociedade"

(imagem retirada da internet)




Eu Marisa Leonardo sou uma jovem Açoriana que gosto de ser Portuguesa!
Portugal é um pequeno país de grandes homens e as ilhas dos Açores 
são presépios a serem explorados!
No nosso pais há muitos sítios para descobrir, 
gosto particularmente do Algar de Carvão na ilha Terceira, as Sete Cidades 
da ilha de São Miguel e o Palácio da Pena em Sintra.

A literatura para mim é o meu maior alimento, 
eis alguns dos meus preferidos; Isabel Allende, José Saramago, Nora Roberts... 
As danças de salão não têm faixa etária, 
consequentemente, é por si só muito enriquecedor! 

A área de nutrição é bastante complexa e por isso mesmo cativa me imenso, 
formada num curso Técnico de Nutrição e Dietética. 
Trabalho directamente com uma das melhores Nutricionistas Açorianas 
com a qual aprendi a importância da alimentação biológica, 
e a funcionalidade alimentar! 
No entanto, a subjectividade do senso comum me alertou ao estudo da Licenciatura de Ciências sociais... 
Actualmente como Catequista , sinto o maior gozo em reaproximar a ligação Pais/Filhos, 
outra realidade social que precisa de todo o apoio das instituições, sendo estas “nós e vós”! 

Minhas reflexões preferidas são: SOFREMOS MUITO COM O POUCO QUE NOS FALTA E GOZAMOS POUCO O MUITO QUE TEMOS" de William Shakespeare 
e outra, muito minha; "Atrás de Tempo, Vem Tempo" e " 
"A família é o alicerce da minha casa e os poucos amigos são o conteúdo!" 

Pessoalmente acho que a elegância de alguém está na sua postura e na sua educação! A exigência que se deve procurar no "outro" é a Humildade e a Inteligência! 
Sou "amante da sociedade" porque admiro a multiplicidade de acontecimentos, repletos de constantes mudanças. 

Está é minha apresentação, que marca a minha estreia aqui no blogue, agora fica ao seu critério ser meu seguidor ou não, de 15 em 15 dias eu estarei cá, e você? 

Daqui algumas horas a minha 1ª crónica. Não perca!

(- Sapatos?… Sei! São para os pés e ponto.) 
autoria de Marisa Leonardo 

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Crónicas 10 minutos - Viver o passado para construir o futuro! (4ª crónica)

Imagem retirada AQUI


A dimensão interna e externa da 
política religiosa de D. João V 

A 1 de Janeiro de 1707, D. João V era aclamado solenemente como Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc. Era o início de um reinado de mais de 43 anos, em que a religião, nas suas várias dimensões, teve um forte impacto na política do país. 

D. João V nasceu a 22 de Outubro de 1689, filho de D. Pedro II e de D. Maria Sofia de Neubourg, o Magnânino subiu ao trono em plena Guerra de Sucessão de Espanha e decidiu dar continuidade à política do pai. Contudo o conflito estava a ser desastroso para as finanças do Reino e quando foi assinada a Paz, D. João V percebeu que o ideal era manter-se afastado dos problemas internacionais, e assim fará, excepto em 1715-16, a pedido do Papa Clemente XI, na luta contra os Otomanos. Portugal venceu a esquadra Otomana no Cabo de Matapan, mas com grandes custos para o país. Iniciava-se, então, uma relação complexa e intricada entre o Rei de Portugal e a Igreja Católica. 

O Palácio e Convento de Mafra, o maior exemplo do Barroco e do Absolutismo régio de D. João V, iniciou a sua construção em 1717, no cumprimento da promessa do Rei no caso de a sua esposa lhe dar descendência, o que acontecera em 1711. Assim, começou-se a construção de uma obra monumental, que empregou mais de 20 mil pessoas e que, depois de concluída, abrigava 330 frades, um palácio real e uma das melhores bibliotecas do Mundo, além de 2 carrilhões, com 92 sinos, que pesavam mais de 200 toneladas e eram os maiores e melhores do Mundo à época, cerca de 4 700 portas e janelas, 156 escadas e 1 200 divisões. Uma obra à medida da Magnanimidade do D. João V. De seguida, o Rei remodelou e aumentou a Capela Real e conseguiu a divisão de Lisboa em duas, a cidade metropolitana (Lisboa Oriental) e a Sé Patriarcal (Lisboa Ocidental). Com estas obras, o Rei engrandecia o país, mas arrasava os cofres do Reino. 

Nos anos seguintes, D. João V doou dinheiro e enriqueceu vários conventos. Diz-se que em 1742, enquanto se encontrava muito doente, após uma primeira paralisia, rodeou-se de frades e padres e mandou celebrar mais de 700 000 missas em seu nome. Conseguiu sobreviver para, em 1748, conseguir do Papa Bento XIV, o título de Rei Fidelíssimo para si e para os seus descendentes e pôr, assim, Portugal ao mesmo nível das mais importantes nações europeias. Quando em 1750, D. João V morreu, as jazidas de ouro que haviam sido descobertas no tempo do seu pai, já haviam quase desaparecido em gastos e pedidos a Roma. 

D. João V, além desta dimensão religiosa com a Santa Sé, tinha também uma proximidade com as freiras, daí ser conhecido como o Freirático. O rei visitava muito o Convento de Odivelas, sobretudo a Madre Paula, a sua favorita. Mas são conhecidas as suas visitas nocturnas a vários conventos e freiras. Esta preferência “religiosa” pode explicar o apego que D. João V tinha em fazer obras em nome da Igreja. Seria uma forma de redimir os seus pecados? Ou de fazer felizes as Freiras? Terá a Madre Paula influenciado as construções? 

Muito já se disse e escreveu sobre o Magnânimo, as suas obras e gastos excessivos, que infelizmente nem todos ficaram para a posterioridade, pois o Terramoto de 1755, destruiu muita coisa, mas não se pode esquecer que o Palácio e Convento de Mafra e o Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, são dois dos maiores exemplos de grandes obras feitas por um Rei português, 

D. João V porque tinha acesso ao ouro, não apostou nas indústrias e no avanço técnico, fazendo o país viver de um metal que depois deixou de existir. Esta falta de aposta no futuro, é a maior crítica que se pode fazer a este Rei e parece que hoje em dia, estamos a assistir ao mesmo. A aposta interna, nas indústrias e no avanço tecnológico, é reduzida, vive-se muito do “ouro” externo, vindo, sobretudo da UE, mas temos, na mesma, de repensar a nossa economia e incentivar a nossa produção nacional, como possível melhor solução sólida. Não devemos andar em disputas mesquinhas e infrutíferas e pensar numa solução para o futuro, que é já hoje. 

É preciso viver o passado para construir o futuro! 
Francisco Miguel Nogueira


P.S. Esta crónica estará em destaque aqui blogue para dar oportunidade de todos os visitantes de darem a sua opinião sobre a mesma. 
A sua opinião é importante, PARTICIPE! 


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!