quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A linguagem e a criança - Parte 1

(imagem retirada da internet)


As línguas humanas são estudadas numa ciência que se chama linguística, e por vezes é difícil diferenciar as diversas línguas e dialectos. Aliás, também se levanta a questão do que é uma e do que é o outro – há quem, ironicamente, diga que um dialecto se transforma em língua quando consegue ter forças armadas. 

Pensa-se que terá sido há qualquer coisa como 40 mil ou dois milhões de anos – a incerteza é muito grande -, que os humanos começaram a desenvolver linguagens estruturadas, para além de sons ocasionais. 

A partir desse momento, as línguas foram-se espalhando, diferenciando, cultivando, muitas vezes com identificações locais que se deveram a isolamentos geográficos, necessidade de códigos, estabelecimento de grupos de pertença e, até, a erros decorrentes de problemas de fala. 

A ocupação de regiões por invasores durante muitos séculos – como o império romano - levou a que algumas línguas influenciassem o sistema linguístico de praticamente todos os povos. Há raízes latinas em todas as línguas faladas no território ocupado pelos romanos. O mesmo se dirá de outros locais, por vezes constituindo línguas novas, como o crioulo. 

Relativamente à estruturação, também se podem observar coisas curiosas, como a tipificação em línguas SVO, SOV, VSO, etc, conforme a colocação do sujeito, do verbo e do objecto. O português pertence à primeira categoria. 

Ao longo dos tempos houve diversas tentativas de criar línguas universais, no sentido de aproximar os povos e diminuir eventuais diferenças entre eles – o esperanto, o latino sin flexione, o lojban e o occidentale foram algumas delas. Nenhuma vingou a não ser em círculos culturais muito restritos. 

As verdadeiras línguas universais que se impuseram são o inglês e a linguagem informática. Existem mais de 7.000 línguas e quase 40.000 dialectos. Um dialecto extinto é uma língua que já não tem pessoas nativas que a falem – são exemplos o cóptico ou as línguas nativas americanas. Noutros casos a evolução foi tal, que a língua de origem foi assimilada e alterada, como o caso do latim ou do sânscrito. Foram as igrejas e as universidades que mais tempo mantiveram a utilização destas línguas. O hebreu, por outro lado, foi uma língua reavivada para a comunicação normal.

Brevemente Parte 2

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