terça-feira, 22 de novembro de 2011

Hoje quem manda? Sou eu!

(imagem retirada da internet)

O Nó de afeto 

Numa reunião de pais a educadora de infância incentivava o apoio que os pais deveriam dar aos filhos. Pedia-lhes também, que estivessem presentes o máximo de tempo possível com eles. Entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhassem fora deveriam ter um tempinho para se dedicarem às crianças. 

Mas a educadora ficou muito surpreendida quando um pai se levantou e explicou, de uma forma humilde, que não tinha tempo para falar com o filho, nem vê-lo, durante a semana. Quando ele saia para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava a dormir. Quando voltava do serviço era já muito tarde e o menino já não estava acordado. Explicou ainda, que tinha de trabalhar assim para promover o sustento da família, contou também que isso deixava-o angustiado por não ter tempo para o filho e que tenta redimir-se indo beija-lo todas as noites quando chegava a casa. E para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isto acontecia religiosamente, todas as noites quando ia beija-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele que o pai tinha estado ali e o tinha beijando. A educadora ficou muito emocionada com aquela história singela e emocionante. Também se surpreendeu quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola. 

O facto faz-nos refletir sobre as diversas maneiras que um pai ou mãe estarem presentes, de comunicarem com o filho. Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente. E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo o que o pai lhe estava a dizer. 

Por vezes importamo-nos tanto com a forma de dizer as coisas que esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento. Simples gestos como o beijo e um nó na ponta do lençol valiam para aquele filho muito mais que presentes ou desculpas vazias. É 
válido preocuparmo-nos com os nossos filhos mas é importante que eles saibam, que eles sintam isso. Para que haja comunicação é preciso que os filhos “ouçam” a linguagem do nosso coração, pois em matéria de afeto os sentimentos podem falar mais alto que as palavras. 

É por esta razão que o beijo revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o ciúme do bebé que roubou o colo, o medo do escuro... As crianças podem não entender o significado de muitas palavras mas sabem registar um gesto de amor. Mesmo que esse gesto seja um nó, um nó cheio de afeto e carinho.” 

Texto retirado da internet

SUGESTÃO:
Ler a carta novamente e substitui as palavras Pai/Filho por Amigos. 

Hoje quem manda sou eu! Amanhã quem será? Será que chegou à sua vez? 
Mande as suas sugestões para esta rubrica para meio.crescente@gmail.com

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

1 comentário:

  1. Gostei imenso do texto apresentado!
    De facto é cada vez mais esporádico o tempo que os pais dedicam aos filhos. Sou Catequista e o meu objectivo é elaborar tarefas para que os filhos obrigatoriamente passem mais tempo com os pais! Recentemente, uma catequizante no único dia da semana que partilha o almoço com o seu pai, disse-lhe "Amo-te"! Esse era o Tpc dos meninos, disser à pessoa (amigo/familiar) cujo nome foi escrito no quadro! A mesma me informou na semana seguinte que os seus pais ficaram muito contentes por esse acto!
    Por outro lado também temos o triste facto de alguns pais acarretarem sempre a ideia do extremo trabalho, fugindo assim ás suas responsabilidades!
    Cabe a todos nós minimizar essa distância entre Pais/Filhos!

    Saudações,

    ResponderEliminar