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Pombal: o Homem de Estado
Há 256 anos, por esta mesma época, andava Lisboa em autêntico alvoroço, o terramoto de 1 de Novembro de 1755 havia destruído a cidade. Dos escombros da cidade surgiu um homem, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, que pragmático, tratou da reconstrução de Lisboa.
No meio da confusão do terramoto, Pombal decidiu que era urgente, enterrar os mortos e cuidar dos vivos, uma medida vital para “resgatar” o país. O terramoto causou a morte a cerca de 60 mil pessoas, 20 mil só em Lisboa, daí a medida do Marquês ter sido tão importante para o impedimento da propagação de epidemias e para a rápida reconstrução da cidade. Apesar disso, Pombal não foi uma figura consensual no seu tempo (como não o é hoje).
Muito já se disse e escreveu sobre o Marquês de Pombal, várias acusações recaem sobre o seu nome, apesar de tudo, continua a ser uma das personagens mais conhecidas da nossa História. Quem nunca ouviu falar de Pombal?? Da relação com a Alta Nobreza?? Das reformas da Educação?? Da expulsão dos Jesuítas?? Da reconstrução da Baixa Pombalina?? Esta última, uma obra tão grandiosa que ainda hoje perdura e carrega o nome do seu principal impulsionador.
Em 1755, D. José I convidou Pombal para Secretário de Estado do Reino, e após a eficácia política demonstrada com o Terramoto de 1755, o Marquês recebeu do Rei plenos poderes para o governo do país. Pombal tratou de recuperar o atraso de Portugal em relação ao resto da Europa. Criou as companhias monopolistas controladas pelo Estado e a primeira região demarcada do vinho, no Douro. Deve-se a Pombal a instalação de novas indústrias no país, mas também a perseguição à alta nobreza, sendo o exemplo dos Távoras o mais conhecido.
A família Távora, umas das mais importantes e ricas famílias nobres portuguesas, estava em desacordo com a política pombalina para a Nobreza, sendo, por isso, sua inimiga. Isto levou à criação de duas facções, marcadas por rivalidades e divergências crescentes, daí a história da culpabilidade dos Távoras na tentativa de assassinato de D. José, ser, para muitos, discutível. Oportunismo político de Pombal? Verdadeira tentativa de assassinato? Culpados ou não, os Távoras foram condenados e os seus bens expropriados, com isso o Marquês reforçou o seu poder, “silenciando” a Alta Nobreza e os seus adversários. De seguida, conseguiu a expulsão dos jesuítas de Portugal. O seu poder estava afirmado e confirmado. Era o verdadeiro governante do país.
Até 1777, Sebastião José de Carvalho e Melo será a mais importante figura política de Portugal, contudo com a morte do Rei, perdeu os seus poderes e foi proibido de estar a menos de 20 milhas de Lisboa, pois as relações com a nova Rainha, D. Maria I, não eram as melhores. O desentendimento entre os dois era mais do que conhecido. D. Maria I não foi mais longe, porque isso seria, também, manchar a imagem do pai.
Por tudo o que fez, de bom e de mau, o Marquês de Pombal é uma figura nunca esquecida da nossa História. Figura ímpar, o seu nome carrega a evolução do nosso país, mas também a controvérsia. Amado e odiado… reforçou o poder do Rei e foi o responsável pelo desenvolvimento do país, apostando nas novas indústrias e fomentando a economia. Está a faltar ao nosso país, algum do espírito pombalino…sobretudo na aposta nas indústrias e no empreendorismo…
É preciso viver o passado para construir o futuro!
Francisco Miguel Nogueira
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1ª Crónica - A minha História
2ª Crónica - D. Afonso Henriques, o Conquistador
MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!
É preciso conhecer o passado para viver o futuro... vivê-lo não por favor senão Lx tremia novamente... hehehe tou a brincar. Muitos Parabéns Miguel, estás a contribuír para enriquecer a cultura histórica de muita gente. Isso é muito valioso. Bem hajas, continua :)
ResponderEliminarcumprimentos da amiga.
Ora nem mais! Sou fã nº 1 do Marquês, p além de ter vindo da pequena nobreza e ter ascendido a pulso e por mérito, ainda deu cabo dos reaccionários ao estilo de padres jesuítas como Malagrida! Um exemplo de carácter e força a seguir por tod...os e especial/te por políticos, que só nos presenteiam com fraquezas e falta de esforço e mérito! O único erro do Marquês deu-se com a localização das feitorias, se tivesse feito diferente nesse âmbito, teria incrementado ainda mais a economia do nosso burgo! Mas todos cometemos erros e os dele, foram mt poucos comparativamente com os dos vermes da política q grassam por aí, desde a I Republica!
ResponderEliminarÓptima crónica!
ResponderEliminarMuito bom este artigo. Obrigada Mestre Francisco Nogueira.
ResponderEliminarSem duvida um exemplo de liderança e determinação deste Homem que fez toda a diferença em Portugal.
Temido por uns destemido por outros foi com a coragem de um guerreiro que honrou a sua pátria neste país de batalhas e de amores.
Precisamos de esforços para melhorar a industrialização do que é nosso!
ResponderEliminarÉ sempre bom recordar identidades que independentemente das suas ferramentas conseguiram avançar com o desenvolvimento socioeconómico do mundo, e neste caso do nosso País!
Obrigado, por ajudar-nos a recordar a nossa História!
O Marquês de Pombal foi um homem que lutou por Portugal e que tentou salvar o país da ruína.Actualmente os nossos ministros querem pelo contrário, levar o país à ruína.
ResponderEliminarEsta parte da História, foi dos conteúdos que mais gostei quando tive essa disciplina!
ResponderEliminarConcordo quando referes que precisamos de pessoas com espírito empreendedor, mas infelizmente por mais que queiramos sê-lo os recursos são poucos, até os apoios estão a ser cortados!
No entanto, acredito que seremos capazes de ultrapassar esta fase menos boa, e recuperar aquilo que outrora era nosso :D
Beijos
Adorei o teu comentário:)
ResponderEliminarO Marquês de Pombal foi realmente um excelente visionário do futuro...mas eliminar os seus rivais da forma cm fez é que não foi lá muito democrático...mas "nunca existe bela sem senão "lol
Acredita que já vai havendo alguns "Pombalinos"... como diz o ditado: "na crise está a oportunidade!"Familias em que o desemprego persiste, vão criando os seu negócios e assim arranjam um salário ao fim do mês....já vai havendo alguns programas na tv que relatam esses casos... pessoas que se viram "obrigadas" a arriscar devido ao desemprego....e enquanto o governo não decidir cortar nas burocracias e dar mais ajudas gratutitas , como por exemplo : ter um arquitecto que deia apoio de forma gratuita a um projecto inicial, muitas ideias vão ficar paradas na dita "gaveta".
Alguns portugueses também tem que ser menos "malandros", pois quando emigram fazem mt coisa....mas também certos países estrangeiros são mt menos burocráticos que Portugal...
Continua com as tuas excelentes crónicas:) Cada vez mais vamos vendo que afinal o nosso país sempre superou as suas crises!Com trabalho e dedicação chega-se lá!
O processo dos Távoras foi uma pouca vergonha, mas precisávamos de alguém assim para julgar politicos e banqueiros e reformar o sistema politico para refundar uma economia mais sã e justa
ResponderEliminarAdorei o tema, vou ler c atenção, acho q já falamos do Marquês noutras ocasiões, mas é sempre bom relembra lo, mais ainda na época em q estamos! A questão dos Távoras, passou mto por diferenças ideologicas, diferentes perspetivas até de ver comercio e mercados há época..
ResponderEliminarnovo marquês d epombal, precisa-se, urgente, dão-se alvíssaras...paga-se a pronto tragam os Távoras e jesuítas e deitem fora o vendilhões do temploe fariseus que lá andam..
ResponderEliminarLendo o livro "A Marquesa de Alorna", ficamos com conhecimento desta época da história portuguesa! Recomendo a leitura!!,
ResponderEliminarIsso e o drama de Dona Ines de Castro dizem muito sobre a natureza da gente que nos governava / governa ? Somos um povo tarado, com regimes tarados.
ResponderEliminargosto.
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