domingo, 31 de março de 2013

Made in Português!

(imagem retirada da internet)




Português vence concurso da BBC com ilustração

Chama-se Leonel David Mendes, é português e acaba de sagrar-se um dos vencedores do concurso internacional "What if?", lançado no início deste ano pela cadeia britânica BBC. O jovem artista aceitou o desafio, criou uma ilustração e foi agora premiado pelo júri do concurso, deixando para trás mais de 800 participações vindas de todo o mundo.
A proposta da BBC passava pela criação de imagens estáticas ou vídeos que retratassem o futuro sem palavras. Depois de largas centenas de contribuições, um painel internacional de jurados, em representação dos cinco continentes, escolheu os seus favoritos e, a partir destes, foram selecionados dois vencedores, um para cada categoria.
Leonel David Mendes, residente no Porto, arrebatou a categoria de imagens estáticas com uma ilustração simples, a preto e branco, de um bebé que parece ser sugado pelos fios da tecnologia. Na opinião de Steve Harding-Hill, responsável pela companhia de animação Aardman, já agraciada com um Óscar, e júri europeu do concurso, trata-se de "uma imagem impressionante, simples e que estimula o pensamento".

Ilustração de Leonel David Mendes premiada pela BBC


Segundo Harding-Hill, a ilustração "representa a ideia de as nossas crianças a serem conduzidas e cegadas pela tecnologia". "É uma visão muito sombria do futuro e do papel que a tecnologia terá nele", considerou o especialista, que caraterizou o trabalho do português como "frio, horripilante e poderoso" mas, ao mesmo tempo, quase como "uma sátira, quase como o que está representado já se tivesse tornado realidade". 
Em declarações à BBC, reproduzidas num vídeo divulgado pela cadeia televisiva que homenageia o trabalho dos dois vencedores, o jovem ilustrador Leonel David Mendes confessa ter ficado "entusiasmado" e "acelerado" ao saber que tinha sido um dos premiados.
"Esta ilustração é muito simples e não fazia ideia que fosse ganhar. O conceito era muito interessante para mim e adorei trabalhá-lo", acrescenta o jovem, que frequentou a Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto. De salientar que, na categoria de vídeo, a vitória foi entregue à búlgara Marina Koleva, cujo trabalho, sublinha Harding-Hill, transmite uma ideia "muito simples e forte" e contém "verdadeira emoção humana". 
Os dois vencedores do concurso organizado pela BBC ao longo de dois meses vão agora receber um computador portátil no valor de cerca de 3.000 euros.

Clique AQUI para conhecer os 10 finalistas da competição e AQUI para aceder ao portfólio do jovem ilustrador que usa o nome artístico de Cogita.
Créditos: Boas Notícias



Portugal conquista quatro prémios Europa Nostra

Portugal acaba de conquistar quatro galardões europeus no âmbito dos Prémios Europa Nostra do Património Cultural da União Europeia (UE). No total foram 30 os premiados deste ano, tendo o nosso país sido distinguido nas áreas de Conservação, Serviço à Comunidade e Educação. Os vencedores foram anunciados esta terça-feira, em Bruxelas, e escolhidos entre 200 candidaturas. Dos 30 premiados, os seis melhores serão ainda galardoados os prémios principais - prémios monetários no valor de 10.000 euros - que serão entregues em Atenas, na Grécia, a 16 de junho.
Um dos projetos portugueses premiados pela União Europeia foi o restauro do Liceu Passos Manuel, em Lisboa que, de acordo com o júri do concurso, "prova que a introdução de infraesturutras atuais e dos serviços necessários para uma aprendizagem contemporânea pode ser compatível com a manutenção do 'tecido' histórico". "Não só os elementos históricos foram reutilizados de uma forma bela, como a própria mobília original foi mantida, o que constituiu uma vantagem na adaptação criativa das antigas instalações escolares às necessidades futuras", considerou o painel de jurados, citado no site oficial dos Prémios Europa Nostra.
Ainda na área da Conservação, também a recuperação do Chalet da Condessa de Edla, em Sintra, mereceu a atribuição de um galardão Europa Nostra. "O júri apercebeu-se do grande charme e da importância deste edifício romântico e ficou impressionado com o seu restauro meticuloso após um incêndio em 1999", revelou a organização.


Serviço à comunidade e educação também premiados

A Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva foi outro projeto português premiado no âmbito destes galardões, tendo sido distinguido na área dos serviços prestados à comunidade pelo trabalho desenvolvido no sentido de "ensinar às novas gerações o rigor dos antigos mestres" no artesanato tradicional. "A grande iniciativa a que deu início há 60 anos e que passa por oferecer condições de alta qualidade na formação de artesãos com as técnicas necessárias para restaurar e criar uma variedade de objetos culturais impressionou o júri", que defendeu ser louvável o esforço para a manutenção de técnicas que, de outro modo, se perderiam no tempo, não chegando às gerações futuras.
Os Prémios Europa Nostra distinguiram ainda, em Portugal, na área da educação, o Projeto SOS Azulejo, que tem sido levado a cabo em Loures e que "torna mais fácil a identificação e recuperação de azulejos roubados", evitando a destruição do património cultural. "O facto de já terem alcançado tanto sem um orçamento adicional é um sinal de criatividade, paixão e dedicação de todos os envolvidos", destacou o júri, que elogiou o facto de o projeto contar com o apoio de universidades e escolas locais.
De recordar que, o ano passado, Portugal, que organizou a cerimónia dos prémios Europa Nostra (realizada no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa) foi também premiado, como o Boas Notícias adiantou à data, pelo restauro dos seis órgãos do Palácio de Mafra, na sequência de um projeto que durou mais de uma década. Os Prémios Europa Nostra do Património Cultural da União Europeia (UE) foram criados em 2002, fazendo parte da implementação do Programa Europeu Cultura, e são atribuídos anualmente pela Federação pan-Europeia para o Património Cultural Europa Nostra sob a égide da Comissão Europeia.

Clique AQUI para conhecer a lista completa dos 30 vencedores destes prémios.
[Notícia sugerida por Ana Oliveira]
Créditos: Boas Notícias


Arquitetura: Edifício português vence prémio mundial

Há um projeto português entre os vencedores da primeira edição dos prémios internacionais de arquitetura "A+ Awards". O edifício "Casa", da autoria dos arquitetos Luís Rebelo de Andrade, Tiago Rebelo de Andrade e Manuel Cachão Tojal, foi considerado um dos mais surpreendentes e eficientes do mundo pelos utilizadores do portal Architizer, que organizou os galardões.

A "Casa", situada na Travessa do Patrocínio, em Lisboa, foi eleita pelos votantes a melhor residência familiar a concurso. Segundo os seus criadores, o projeto representa um "mini-pulmão" em plena capital e é "um exemplo de sustentabilidade para a cidade de Lisboa, mantendo os princípios de um habitat vivo e uma relação com o exterior graças ao seu papel de revitalização urbana". Este edifício habitacional de quatro andares distingue-se pelo facto de as paredes exteriores estarem completamente cobertas com vegetação. O jardim vertical conta com cerca de 4.500 plantas de mais de 25 variedades - desde o açafrão à lavanda e ao rosmaninho - num total de 100 metros quadrados.
Os vários andares são unidos por uma única escadaria, "construída em alusão às famosas escadarias de Alfama", que, de acordo com Luís Rebelo de Andrade, Tiago Rebelo de Andrade e Manuel Cachão Tojal, liga as diferentes dimensões da casa.

No último andar - o terraço - existe uma piscina que se "estende" ao longo de todo o comprimento do local e, no rés-do-chão, há ainda uma garagem e uma sala musical. Os quartos ocupam o primeiro andar e o segundo destina-se à convivência, albergando as salas de estar e de jantar. No total, 87 edifícios foram premiados graças aos votos do júri e do público em 52 categorias diferentes. Já que os A+ Awards pretendem "celebrar a diversidade da arquitetura mundial", os vencedores vão desde "enormes arranha-céus a pequenos apartamentos", localizados em países tão díspares entre si como a China ou os EUA.
Segundo Mark Kushner, diretor executivo do Architizer, "a missão dos Architizer A+ Awards é recordar toda a gente de que todos somos fãs de arquitetura, mesmo sem nos apercebermos". 
"Os vencedores deste ano tornam fácil o nosso trabalho. São projetos em que ambições nobres se combinam com uma sofisticação formal, que representam a melhor arquitetura espalhada por todo o globo", conclui o responsável.

Clique AQUI para conhecer a lista completa de vencedores. 
[Notícia sugerida por David Ferreira]
Créditos: Boas Notícias


Liga Portuguesa Contra a Epilepsia distingue investigação da UC

A Liga Portuguesa Contra a Epilepsia atribuiu o prémio de “melhor artigo publicado por autores portugueses em revistas internacionais” a uma equipa de investigadores das Faculdades de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e de Medicina (FMUC) da Universidade de Coimbra (UC). O artigo premiado foi publicado no Journal of Neuroscience Methods, em Setembro de 2012, intitulado “Modeling epileptic brain states using EEG spectral analysis and topographic mapping”.
Tendo como primeiro autor Bruno Direito, o artigo científico envolveu os investigadores César Teixeira, Bernardete Ribeiro e António Dourado, do departamento de Engenharia Informática da FCTUC, Miguel Castelo-Branco, do Instituto Biomédico de Investigação de Luz e Imagem (IBILI), e Francisco Sales, do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
A investigação, em torno da previsão de crises epiléticas, resulta de uma colaboração entre o Centro de Informática e Sistemas (CISUC), o Instituto Biomédico de Investigação de Luz e Imagem (IBILI) e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). 
Créditos: CiênciaPT


Portugueses criam nova terapia para cancro da mama

Uma equipa de investigadores portugueses está a desenvolver um novo tratamento que promete melhorar a eficácia da eliminação do cancro da mama. A técnica tem por base a criação de um anticorpo que desencadeia o combate às células tumorais, que poderá vir a ser também utilizado no combate a outros tipos de cancro. Através da manipulação de anticorpos, os cientistas vão unir as células do sistema imunitário, designadas células T, com as do cancro da mama, para que as primeiras eliminem as segundas.
Paula Videira, líder da investigação, explicou à agência Lusa que o cancro da mama tem caraterísticas que "criam um efeito imunossupressor", ou seja, o sistema imunitário não consegue eliminar as células tumorais malignas, que progridem no organismo.
Para solucionar esse impasse a equipa de cientistas propõe criar um anticorpo "bi-específico", que desencadeia o combate às células cancerígenas pelas células T. A investigadora da Universidade Nova de Lisboa salienta que se a investigação for bem sucedida pode ser "um passo importante" no tratamento mais eficaz e menos tóxico do cancro da mama, ou mesmo de cancros de estômago, pâncreas e de cólon.
A investigação venceu a sexta edição do Prémio de Mérito Científico Santander Totta/Universidade Nova de Lisboa e vai ser desenvolvida ao longo dos próximos dois anos.
Numa primeira fase da investigação, os cientistas vão "finalizar o fabrico" do anticorpo que vai reconhecer as células do cancro da mama. As moléculas geradas em laboratório será testadas "in vitro" em células humanas e, depois, em animais vivos, "capazes de receber células humanas sem as rejeitar".
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]
Créditos: Boas Notícias


Science4You: O sucesso da ciência a brincar

Em cinco anos, Miguel Pina Martins transformou uma ideia que lhe parecia pobre numa marca de referência de brinquedos científicos praticamente 100% made in Portugal. A Science4You estimula a criatividade e, ao mesmo tempo, ensina. A empresa já vendeu mais de três milhões de euros em brinquedos. Tudo começou com uma ‘rifa’. Um grupo de alunos finalistas de Finanças do ISCTE aguardava pelo tema do seu trabalho de fim de curso. O professor tinha um conjunto de papelinhos na mão, cada um com a respectiva área de negócios, e os alunos deveriam transformar essa ideia numa empresa.
O jovem Miguel Pina Martins ainda se lembra do desalento do seu grupo quando lhes saiu a ‘rifa’. «Tirei o papelinho e apareceu lá ‘kits de física’. Olhámos uns para os outros e pensámos ‘ninguém quer isto para nada’». Até pediram ao professor que lhes mudasse o rumo do projecto. Maior aridez era impossível. Mas também era impossível voltar atrás. O grupo lá foi à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), a mentora da ideia e parceira do ISCTE nestes projectos. E lá viram os tais kits. «Eram grandes e eram coisa para quase dois mil euros». Por outras palavras, o projecto parecia condenado à partida. Mas Pina Martins e o grupo lá se dedicaram a ele, aproveitando a credibilidade do selo da FCUL, que aparecia na caixa dos kits. «Olhámos para o símbolo e pensámos que se os professores podem certificar estas coisas, então também podiam certificar outro tipo de material». Neste ponto, numa banda desenhada, iria acender-se uma luzinha numa lâmpada. Fizeram o plano de negócios para uma empresa de brinquedos científicos.
E ficaram por aí. O trabalho exigia-lhes que tentassem simular a constituição de uma empresa a partir do tema. Tiveram boa nota e «foi cada um à sua vida», recorda-se Pina Martins, que depois seguiu para a ainda mais árida banca de investimento. Entre compra e venda de acções, pouco mais horizonte havia naquela ocupação. Miguel Pina Martins tinha apenas 21 anos quando decidiu tomar a decisão de sair. «Era naquela altura que ia dar um rumo diferente à minha vida e não quando tivesse três filhos, casa e carro para pagar». Sempre tinha querido ser empresário, falou do assunto a Luís Martins – hoje director-geral do Audax, o centro de empreendedorismo do ISCTE – e lançaram-se à aventura empresarial. E o que melhor havia do que dar nova vida ao trabalho de fim de curso?
Hoje, têm uma pequena empresa associada à FCUL, quase como a haviam concebido nos tempos académicos. ‘Quase’, bem entendido: «No ano passado facturámos perto de um milhão e meio de euros» e este ano expandiram-se para Espanha. E é preciso notar que a empresa, a Science4You (o ‘4’ faz de ‘for’, em ‘ciência para ti’), nasceu já em plena crise financeira, há cinco anos, num pequeno armazém que depois cresceu, e com os escritórios centrais na FCUL, no Campo Grande (Lisboa). Afinal, Pina Martins pouco teve de se deslocar do sítio onde tudo tinha começado, o ISCTE.
A brincadeira deu resultado. Dos primeiros kits de física já quase só resta memória. No início, Miguel tratava de tudo, até do design das caixas. «Eram horríveis. Usávamos o símbolo da faculdade e tentávamos puxar por aí. Mas eu sou de finanças, foi o que se conseguiu arranjar». Passado pouco tempo, o sucesso bateu-lhe à porta. Qual foi o segredo? Levar a ciência a brincar, produzindo brinquedos que cativassem o interesse pelo facto de terem de ser montados mas que, ao mesmo tempo, ensinassem. Pina Martins e a sua equipa constataram que não havia praticamente lojas de brinquedos em Portugal, quanto mais de brinquedos científicos. Surgiram assim os vulcões – é possível fazer uma erupção em casa, basta seguir as instruções (é uma pequena erupção, inofensiva, para os pais mais apreensivos). Ou os brinquedos movidos a energia solar, como um pack com cinco possibilidades: um carro, um avião, uma hélice, um hovercraft e… um cão (abana o rabo desde que apanhe sol…).
A acompanhar cada caixa de brinquedos, está um livrinho que explica o fenómeno com o rigor científico necessário e suficiente e, sobretudo, numa linguagem mais que acessível para o comprador, tenha ele oito ou 88 anos. Falta apenas um ingrediente fundamental em tempos de crise: o preço. A caixa ‘solar’, por exemplo, custa 10 euros (ou 9,99, para ser mais exacto). Com brinquedos fabricados usando diferentes plásticos, a equipa de Miguel Pina Martins – composta por designers e cientistas – não se virou para a solução de comprar na China. Virou-se para a produção nacional, que hoje preenche cerca de 75% das necessidades da Science4You.
Cinco anos depois, o pequeno armazém expandiu-se, o escritório em Lisboa gerou um descendente em Madrid e a venda ao público faz-se em seis locais na capital, além de Coimbra e Aveiro. Miguel frisa a mensagem que sempre deixa quando fala em público da sua experiência de remar contra a maré económica actual: «Não posso estar a vender a história de que é o projecto mais inovador do mundo. Acima de tudo, é importante dizer às pessoas que podem acreditar, porque é possível». Afinal, a empresa começou com 45 mil euros de capital de risco do Estado. Os sócios iniciais tinham cinco mil euros. E Miguel tinha, da sua parte, apenas 1.125 para aplicar.
Créditos: Sol/Vida


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A saúde das crianças dos 6 aos 10 anos

A partir destas idades, as crianças ganham maiores defesas, na verdade, "a partir dos seis anos a preocupação dos pais vai muito no sentido dos pro­blemas na escola, sejam eles de aprovei­tamento ou de comportamento. Hoje em dia, cada vez mais cedo se exerce uma enorme pressão sobre o desempenho escolar, e muitas são as vezes em que vemos problemas serem medicalizados ou psicologizados desnecessariamente", diz Helena Porfírio, médica pediatra. "Há inúmeras doenças que podem surgir, nomeadamente parasitas, infecções uriná­rias, problemas cirúrgicos (apendicite, hérnias) e ortopédicos, anemias, até o cancro, mas são situações raras", diz Mário Cordeiro, médico pediatra.


CUIDADOS DE SAÚDE

Nestas idades, as doenças mais comuns são bem conhecidas e não representam, à partida, nenhum perigo para a criança. É o caso da papeira, rubéola, sarampo e varicela.

Papeira

O que é?
É uma doença aguda e con­tagiosa, causada por um vírus, que se manifesta principalmente pelo edema (inchaço) das glândulas salivares, que se tornam dolorosas. Existem, geralmente, outros sintomas como febre, mal-estar geral, e dor ao engolir.

Como tratar?
O tratamento da papeira consiste geralmente em fazer repouso, ingerir líquidos e controlar as dores e edema com analgésicos ou anti-infla­matórios.


Rubéola

O que é?
É uma infecção aguda típica das crianças e é causada por um vírus disseminado pelas partículas libertadas através de espirros ou tosse das pessoas infectadas. Provoca manchas parecidas com as do sarampo, mas menos inten­sas. É costume aparecer um edema (inchaço) dos gânglios atrás das orelhas, que podem ficar doridos.

Como tratar?
Geralmente, a rubéola é uma doença sem complicações  pelo que o tratamento consiste apenas em fazer repouso, e eventualmente, tomar analgési­cos ou anti-piréticos.


Sarampo

O que é?
É uma doença altamente contagiosa, provocada por um vírus, e afecta normalmente crian­ças pequenas. A transmissão faz-se por partículas de muco ou de saliva expelidas pelo nariz, boca ou garganta das pessoas infectadas. Os sintomas da doença são febre, corrimento nasal, e vermelhidão dos olhos. Também é comum o aparecimento de pequenos pontos brancos dentro da boca, seguido pelo aparecimento de manchas vermelhas na pele, primeiro no rosto e depois no resto do corpo.

Como tratar?
O tratamento do sarampo consiste, sobretudo, em fazer repouso na cama, e controlo da febre e dores com analgésicos antipiréticos.


Varicela

O que é?
É uma doença infecciosa cau­sada por um vírus da família do herpes. Caracteriza-se pelo aparecimento de vesículas que contêm um líquido incolor no seu interior, que surgem duas a três semanas depois do contágio. Pode haver também prurido, febre baixa a moderada, cefaleias e mal-estar geral.

Como tratar?
A varicela é uma doença de cura espontânea e raras são as vezes que apresenta complicações.


A IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO

A vacinação é o meio mais eficaz e seguro de protecção contra certas doenças. Mesmo quando esta protecção não é total, a doença, quando e se surgir, é mais ligeira. É muito importante não tratar só a doença, mas principalmente prevenir. Nesse sentido, "temos hoje à nossa disposição, para além daquelas vacinas que fazem parte do Plano Nacional de Vacinação (PNV), um conjunto de outras vacinas que previnem doenças devas­tadoras", explica. "É o caso das gastroenterites provocadas pelo rotavírus, a meningite pneumocócica provocada por uma bactéria que é o pneumo­coco, a hepatite A, a varicela provocada pelo herpes-zoster e o cancro do colo do útero", refere Marinela Teixeira.
Para Mário Cordeiro, entre as vacinas que ainda não estão no PNV, são altamente acon­selháveis a vacina anti-pneumocócica, a vacina anti-varicela e, mais tarde, a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV).


CUIDADOS ADICIONAIS

É importante que os pais incentivem os filhos a criar hábitos de estudo. Também devem ter especial atenção ao chamado "tempo de ecrã", sejam jogos ou televisão  De acordo com Helena Porfírio, o mais sensato é reduzir este tempo para menos de duas horas diárias. Na opi­nião da especialista, "esta é uma altura em que os pais se devem divertir com os filhos, devem sair, fazer actividades em conjunto, passeios, leituras, jogos, fazer um bolo ou comida, ginástica, o que quer que seja. As crianças gostam imenso e partilham com facilidade as suas opini­ões, aspirações e desejos".

Presidente da secção de Pediatria Ambulatória da Sociedade Portuguesa de Pediatria e pediatra no Hospital de Pombal)
Créditos: Sapo/Saúde


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Esta semana...

(imagens retiradas da internet)




Recomeçar


Recomeça....
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...



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sexta-feira, 29 de março de 2013

Crónicas 10 minutos: Alimentação & Saúde de mãos dadas

(imagem retirada da internet)




Mitos alimentares? 

Segundo a OMS, há 300 milhões de pessoas que sofrem de obesidade no mundo e esta doença já é um dos 10 principais problemas de saúde pública do mundo, sendo classificada como epidemia. Portugal está entre os países desenvolvidos nas taxas de Excesso de Peso e Obesidade apresentando já mais de 50% da população padecendo desse flagelo. 

Com o evoluír dos tempos, a população foi-se tornando cada vez mais sedentária, com menos exposição e atividade ao ar livre, menos exercicio de esforço e resistência e ao mesmo passo a disponibilidade de alimentos/pessoa foi aumentando cada vez mais de alimentos com elevada densidade energética mas pobres nutricionalmente. Hoje deparámo-nos com uma sociedade doente em idades cada vez mais jovens e, com isso, maior invalidez, incapacidade e dependência. 

Ora, com estas evoluções/involuções todas, surgiu a terapia através da alimentação e mais concretamente da nutrição. E com ela muito se veio a dizer nos meios de comunicação social, nasceram muitas teorias paralelas àquilo que se considera verdade do ponto de vista científico.Contudo, existem leitores que ao abrirem a primeira página do google ou o primeiro livro da livraria já aceitam aquela teoria como a mais certa, a mais infalível e a mais verdadeira. Há que ter uma visão crítica sobre tudo o que se lê ou o que nos é impingido. Por vezes, existem marcas por detrás dessas mesmas teorias a patrociná-las para que sejam divulgadas, outras vezes existem a simples mania das “dietas malucas” que determinados profissionais utilizam para cativar clientes apenas pelos resultados rápidos a curto prazo. No entanto, há que ter discernimento e entender que tudo o que é radical, não dura muito tempo e o tempo que dura pode ter os seus efeitos secundários na saúde do indivíduo. Dietas de restrição com sucesso têem de ser encaradas para toda a vida e com alguma consciência que têem de ser acima de tudo enquadradas nos nossos gostos, rotinas e ter em conta alguns fatores do nosso padrão alimentar. 

Escolhi, portanto, alguns mitos do conhecimento popular e adotados pela população em geral, muito bem esclarecidos pela grande professora Isabel do Carmo, Endocrinologista, com uma vastíssima experiência no controlo e gestão de peso de inúmeros pacientes ao longo da sua carreira: 


“O Pão engorda” – FALSO 
Frequentemente ouve-se dizer que para emagrecer não se deve comer pão. Este, como qualquer alimento, deve ser consumido com moderação, no entanto, não é um alimento proibido para quem quer emagrecer. O grande problema não é o pão por si só, mas sim o que lhe juntamos… O pão engorda apenas se for comido em exagero, tal como qualquer outro alimento. O pão é equilibrado, uma vez que fornece minerais (ferro e cálcio), vitaminas (complexo B) e, principalmente, hidratos de carbono, que são a nossa principal fonte de energia. É também uma excelente fonte de fibras, que ajudam a regular o organismo, já que facilitam o funcionamento intestinal e, graças à sua capacidade de absorção de água, promovem a saciedade. O pão é, sem dúvida, um alimento saudável e, por si só, não engorda. 


“Comer massas engorda” – FALSO 
Tudo o que é consumido em excesso faz engordar porque todos os alimentos fornecem calorias, uns mais, outros menos. O único isento de calorias é a água. Dela podemos abusar! A fama que as massas têm de serem altamente calóricas é injusta, elas são ricas em hidratos de carbono, mas têm baixo teor de gordura. Promovem a saciedade e são de fácil digestão. Por isso, são um alimento nutritivo e equilibrado e, se forem ingeridas nas proporções adequadas, não engordam. 


“As tostas emagrecem” – FALSO 
As tostas, quando comparadas com igual quantidade de pão, fornecem mais calorias (energia) uma vez que são mais ricas em gordura e pobres em água. No entanto, podem fazer parte de uma alimentação saudável. Tudo depende da quantidade! 


“O azeite é uma gordura excelente por isso não engorda” – FALSO 
O azeite, apesar de ser uma gordura saudável, engorda tanto quanto as outras gorduras. Cada colher de sopa contém 10g e fornece-nos 90Kcal. 
É uma gordura excelente, rica em antioxidantes, que ajuda o funcionamento do aparelho cardiovascular e como tal, sempre preferível às outras gorduras, sobretudo as saturadas, mas o seu consumo deve ser sempre com conta, peso e medida. 


“As frutas após as refeições engordam?” – FALSO 
As frutas fornecem as mesmas calorias, independentemente se forem ingeridas antes ou depois das refeições. No entanto se ingeridas antes, como contêm fibra, contribuem para uma saciedade mais rápida e assim evitar o consumo de outros alimentos. A ordem em que se ingerem os alimentos não influencia o total de calorias diárias! 


“A água bebida durante as refeições engorda?” FALSO 
A água não fornece calorias, pois não tem macronutrientes (proteínas, gorduras e hidratos de carbono). Portanto a água não engorda mesmo que bebida antes, durante ou depois das refeições. No entanto se bebida antes das refeições pode provocar uma sensação de saciedade mais rápida e assim evitar o consumo de outros alimentos. Beba água como e quando preferir. A hidratação é muito importante para uma boa saúde. A percentagem de água presente no corpo humano é de 60%, no caso de haver retenção de água pelo organismo, poderá influenciar o peso. No entanto, um indivíduo saudável não faz retenção de líquidos. (Esta é uma situação associada a algumas doenças e que deve ser sempre acompanhada pelo médico). 


“Os alimentos integrais não engordam?” FALSO 
Os alimentos integrais fornecem mais fibra que os refinados, mas a composição nos restantes nutrientes é semelhante. O que significa que para o mesmo peso fornecem um valor calórico semelhante. O interessante da fibra é que melhora o trânsito intestinal, contribui para reduzir os níveis de açúcar (glicose) e colesterol do sangue e previne doenças como o cancro. É aconselhado incluir na dieta produtos integrais por estas razões, mas não como método de emagrecimento. 


“Posso comer frutos secos à vontade que não engordo” – FALSO 
Se a pessoa tem tendência para engordar vai acontecer isso se não tiver tento nem medida na quantidade de frutos secos que come. Nesses casos estes devem ser consumidos de 2 a 3 chávenas de café por semana pois a sua constituição apesar de ser muito benéfica para a saúde, contém de 500 a 700 Kcal por 100g. São exemplos: Amêndoa, avelã, noz, pinhão, pistácio, castanhas, pevides, amendoíns, frutas passas e frutas desidratadas. 


“Há alimentos proibidos numa alimentação saudável” – FALSO 
Qualquer alimento pode fazer parte de uma alimentação equilibrada. É verdade que alguns alimentos, sobretudo quando são ricos em gorduras ou em açúcar são apontados como pouco saudáveis. O que não significa que não possam ser ingeridos. 
A questão fundamental prende-se com a quantidade e a frequência. Alimentos menos equilibrados devem ser ingeridos em menor quantidade e apenas de vez em quando. 

In “Os alimentos e mitos que nos engordam” de Prof Isabel do Carmo 


Que o teu remédio seja o teu alimento, 
e que o teu alimento seja o teu remédio 
(Hipócrates)


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Recordar é viver!

(imagens retiradas da internet)



Viver o passado: 
Efemérides semana de 23 a 29 de março 


Estreito de Magalhães 

A 23 de março de 1843, o Chile tomava posse do Estreito de Magalhães. O estreito de Magalhães é uma passagem navegável de aproximadamente 600 km localizado entre o sul da parte continental da América do Sul e a chamada Terra do Fogo (arquipélago formado por três ilhas) e o Cabo Horn. 
Estreito significa um canal de água que une dois mares e por sua vez separa dois pedaços de terra, assim o estreito de Magalhães une o Oceano Atlântico ao Pacífico. Recebeu o nome de Magalhães quando o navegador português Fernão de Magalhães na sua viagem de circum-navegação passou pelo estreito em novembro de 1520. Era o 1º europeu a conhecer aquelas águas. 
Magalhães queria provar que a Terra é redonda, portanto, durante a primavera de 1520, a serviço do Rei da Espanha, Fernão de Magalhães comandou a expedição denominada Armada das Molucas, com destino ao Oceano Pacífico e passou pelo estreito. Por longas semanas o navegador português percorreu as águas geladas e o frio extremo da região, para finalmente descobrir uma passagem que ninguém sonhava existir. Contudo, o Magalhães veio a falecer em Mactan, nas Filipinas, em combate com nativos, não cumprindo o seu sonho de completar a viagem. Magalhães entrou no estreito dia 1 de novembro de 1520 e por isso foi chamado inicialmente de estreito de Todos os Santos. 
O Chile tomou posse do estreito a 23 de março de 1843, há exatos 170 anos, e em 1881 o território foi dividido entre a Argentina e o Chile. Até à criação do Canal do Panamá, o estreito de Magalhães era a única passagem utilizada para atravessar do Atlântico ao Pacífico, evitando-se assim o tempestuoso cabo Horn. 


Isabel I de Inglaterra 

Há exatos 410 anos, a 24 de março 1603, a rainha Isabel I de Inglaterra morria. Isabel I nasceu a 7 de setembro de 1533. Filha de Henrique VIII e de sua segunda esposa Ana Bolena, Isabel foi considerada ilegítima quando sua mãe foi acusada de bruxaria e morta. Mesmo assim Henrique VIII inclui-a no seu testamento como herdeira legítima. 
A Rainha Isabel acedeu ao trono, em 1558, após a morte da meia-irmã, a rainha Maria, que tentou converter o país ao Catolicismo. Isabel I restaurou os poderes da Igreja anglicana. Na política nacional, tentou resolver as tensões religiosas e lutas de poder entre protestantes e católicos, e a nível internacional estabeleceu estreitos laços com os seus aliados, dividindo os seus inimigos. 
Em 1588, numa surpreendente vitória militar, elaborou a defesa da invasão da formidável Armada Invencível espanhola. Além disso, estimulou as viagens e os descobrimentos, como a navegação à volta do mundo de Sir Francis Drake. A longa regência da chamada "Rainha Virgem" coincidiu com o florescimento do Renascimento inglês, associado a William Shakespeare e outros artistas e escritores. Após os 45 anos de reinado isabelinos, a Inglaterra tinha-se transformado numa potência mundial em todos os aspetos, e Isabel I entrava para a lista dos maiores monarcas da História da Inglaterra. 


Júlio Verne 

A 24 de março de 1905 morria o escritor francês Júlio Verne. É um dos maiores escritores de romances de aventuras, tendo escrito mais de 100 livros. É o segundo autor mais traduzido de todos os tempos, segundo dados da UNESCO, em 148 línguas, e diversas das suas obras foram adaptadas ao cinema. É considerado como um dos pais da ficção científica, embora, para sermos mais exatos, fosse um escritor de literatura científica que previu quase com exatidão muitas das invenções tecnológicas do século XX, como a televisão, os helicópteros, as naves espaciais ou os submarinos. 
A classificação da sua obra divide-se em três partes. A 1ª, descobertas, heróis que descobrem novos mundos, como Viagem ao Centro da Terra, Vinte Mil Léguas Submarinas ou Da Terra à Lua. A sua fase de maturidade literária foi assinalada com o romance A Volta ao Mundo em 80 Dias. A 3ª e última parte, os problemas pessoais de Júlio Verne acabaram por marcar a sua vida, já que começou a escrever textos que criticavam o capitalismo, como O Eterno Adão ou A Espantosa Aventura da Missão Barsac


José de Espronceda 

Há exatos 205 anos, a 25 de março de 1808, nascia José de Espronceda, um dos maiores poetas românticos espanhóis. José Ignacio Javier Oriol Encarnación de Espronceda Delgado dedicou-se à política e ao jornalismo desde que, na sua condição de exilado liberal, viajou por grande parte da Europa e participou nas famosas revoluções de 1830. Foi eleito deputado parlamentar perante as Cortes Gerais em 1842 pelo Partido Progressista. 
No início da sua carreira, começou a escrever o poema histórico El Pelayo. Mais tarde escreveu o romance histórico Sancho Saldaña o El Castellano de Cuéllar e um tomo de Poesías que teve um grande êxito. Os temas abordados eram o prazer, a liberdade, o amor, o desengano e a pátria, entre outros. 
Considera-se que Espronceda é o poeta romântico espanhol cuja poesia foi influenciada por Lorde Byron, exprimindo o pessimismo romântico, com a tendência a se revoltar contra os outros e contra a sociedade, sobretudo nos seus dois poemas narrativos mais extensos: El Estudiante de Salamanca e o incompleto El Diablo Mundo. Também escreveu grande quantidade de poemas curtos que denominou Canções, de entre os quais se destacam Canción del Pirata, El Reo de Muerte ou Canción del Cosaco. Todos estes poemas inspiraram-se em personagens marginalizadas ou excluídas da sociedade. 


Beethoven 

A 26 de março de 1827, há 186 anos, morria, em Viena, Ludwig van Beethoven, um dos maiores compositores da História. Ludwig van Beethoven nasceu provavelmente, a 16 de dezembro e batizado - no dia seguinte - a 17 de dezembro de 1770. Beethoven foi um compositor e pianista alemão, considerado como o último grande representante do classicismo vienense e um dos compositores mais importantes da História da música. 
O legado musical de Beethoven abrange o período clássico até ao romantismo e a sua arte refletiu-se em inúmeros géneros, embora as sinfonias tenham sido a razão principal da sua fama. A sua obra pode dividir-se em três etapas: a primeira abrange as composições escritas até 1800, caracterizado por seguir o modelo de Mozart e Haydn; na segunda etapa ou período de maturidade, Beethoven faz gala do seu domínio da forma e da expressão musical (ópera "Fidelio", as suas oito primeiras sinfonias, os seus três últimos concertos para piano, o "Concerto para Violino"). A última etapa está dominada pelas suas obras mais inovadoras e pessoais pela sua linguagem harmónica pouco convencional ("Sinfonia Nº9", com base na "Ode à Alegria", escrita por Friedrich von Schiller em 1785, ou a "Missa Solemnis"). 
A partir de 1796, Beethoven começou a ficar surdo, assim os últimos anos da sua vida foram marcados pela solidão e por uma introspeção progressiva, apesar de ter sido nessa altura que compôs as suas melhores obras musicais. 


Ponce de León 

Há exatos 5 séculos, a 27 de março de 1513, explorador espanhol Juan Ponce de León avistou pela 1ª vez a a Flórida, achando se tratar de uma ilha. Juan Ponce de León nasceu Santervás de Campos, em 1474. Nos inícios do século XVI, tornou-se um conquistador ao serviço de Espanha. 
Depois de avistar a Flórida, deu o nome ao território. Esta descoberta deu-se aquando da expedição em busca da Fonte da juventude, que segundo a lenda, possuía água capaz de rejuvenescer a quem a bebesse. Em 1521, Juan Ponce de Léon regressou à América, mas foi morto juntamente com os seus homens por uma tribo de Calusa, com uma flecha envenenada. 


Alexandre Herculano 

Há exatos 203 anos, a 28 de março de 1810, nascia Alexandre Herculano, um dos maiores nomes do Liberalismo português. Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo nasceu em Lisboa, e cedo demonstrou a sua aptidão pelas letras. Estudou Humanidades no colégio dos Oratorianos S. Filipe de Néry, instalado no Convento das Necessidades. O pai ficou cego e Herculano teve de desistir de entrar na Universidade, fazendo um curso prático de Comércio, estudos de Diplomática (Paleografia) e de Línguas, como o inglês, o francês, o italiano e o alemão, ou seja, uma formação mais clássica. Assim, entrou em contacto com escritores românticos, que leu, admirou e traduziu. 
Herculano, inspirado pelo estilo romântico, começou a escrever poesia e frequentou os salões da Marquesa de Alorna. Acabou por conhecer António Feliciano de Castilho, inventor do Método Castilho de leitura e responsável pela criação das escolas gratuitas, umas de instrução primária, outras de instrução secundária. 
O sangue da juventude fervilhava e o sentimento pelos ideais da revolução francesa cresciam e consolidavam-se em Herculano. Em 1831, com apenas 20 anos, participou na tentativa falhada de derrube do regime absolutista de D. Miguel. Acabou por exilar-se em Inglaterra e depois em França, dedicando-se ao estudo na Biblioteca de Rennes, entrando em contacto com os autores franceses Thierry, Guizot, Victor Hugo e Lamennais, que fortemente o influenciaram. A sua personalidade literária começava a formar-se. 
Em março de 1832, Herculano entusiasmado com a oposição absolutista na Ilha Terceira, onde na cidade de Angra se tinha criado um Conselho de Regência Liberal do Reino, embarcou para os Açores. Herculano foi até um dos 7 500 “Bravos do Mindelo” que desembarcou na praia de Arnosa de Pampelido, participando no cerco do Porto. Em recompensa pelo seu empenho como soldado, foi nomeado, em 1833, bibliotecário da Biblioteca Pública do Porto. 
Após o fim da Guerra Civil, Herculano colaborou no Repositório Literário (1834 -1835) com vários artigos, em que teoriza o romantismo. Em 1836, seguiu-se a primeira série de A Voz do Profeta e no ano seguinte, fundou a revista O Panorama, que dirigiu (1837-1839), com o objetivo de divulgar a estética romântica, publicando então as suas primeiras narrativas históricas. 
Em 1839, Herculano saiu da revista e foi nomeado bibliotecário-mor das Reais Bibliotecas das Necessidades e da Ajuda, tendo iniciado uma profunda pesquisa de fontes históricas, que resultou nas Cartas sobre a História de Portugal, e mais tarde os 4 volumes da História de Portugal. Em 1844, publicou uma das suas obras de referência, o romance histórico Eurico, o Presbítero, onde fala da história dos amores entre Eurico e Hermengarda, na Península Ibérica, no séc. VIII.  Alexandre Herculano chegou a ser eleito deputado pelo Porto em 1840, mas desiludido com a vida política, retirou-se para uma quinta em Vale de Lobos, nos arredores de Santarém, onde exerceu um autêntico magistério moral sobre o País, sobretudo devido ao carácter e aos valores que sempre defendeu ao longo da vida. 
Alexandre Herculano morreu em 1877. Jaz no Mosteiro dos Jerónimos. 


Gustavo III 

A 29 de março de 1792, o rei sueco Gustavo III era assassinado. O rei era considerado um déspota esclarecido. Gustavo III era filho do rei Adolfo Frederico da Suécia e de Luísa Ulrica da Prússia, irmã de Frederico II, o Grande, da Prússia. 
O Rei Gustavo III fundou a Academia Sueca (que atribui atualmente o Prémio Nobel da Literatura), em 1786, com o objetivo de dignificar a língua sueca, assim elaborou-se uma gramática e um dicionário da língua sueca, e de outros trabalhos que servissem de exemplo na arte de bem escrever. 
Gustavo III foi assassinado durante um grande baile de máscaras, na Ópera. O assassinato do Rei pôs fim ao Barroco na Suécia. A ópera Un ballo in maschera de Giuseppe Verdi foi inspirado no assassinato de Gustavo III. 
O Rei era um grande colecionador e ordenou a doação das suas obras privadas ao Estado após sua morte. Assim, em 1792 fundou-se o Museu Real, hoje Museu Nacional de Belas-Artes da Suécia, na capital do país (Estocolmo). 


Porque recordar é viver, para a semana continuaremos a aprender! 
Francisco Miguel Nogueira 


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

Ideias em movimento!

(imagem retirada da internet)




Editora infantil portuguesa eleita a melhor da Europa

A editora portuguesa Planeta Tangerina foi eleita a melhor editora da Europa na área da literatura para a infância e juventude. O prémio foi atribuído no âmbito da Feira do Livro Infantil de Bolonha, o mais importante espaço internacional de divulgação e negócio na área dos livros para crianças, que decorreu recentemente naquela cidade italiana. Com o objetivo de assinalar os seus 50 anos de existência, a organização do evento criou um prémio para as melhores e mais inovadoras editoras de livros para os mais jovens nos vários continentes do mundo. 
A Planeta Tangerina, editora que tem já mais de 10 anos, foi eleita a melhor a nível Europeu, deixando para trás "concorrentes" nomeadas como a editora francesa Editions Thierry Magnier, a checa Baobab, a italiana Edizioni EL e a alemã Beltz & Geldberg. O prémio não monetário, intitulado BOP e que pretende homenagear as editoras que "estão na linha da frente da inovação na literatura para a infância" e que se destacaram pelas escolhas editoriais ao longo do último ano, distinguiu ainda editoras da América do Norte, América Central e do Sul, África, Ásia e Oceânia. 
Em declarações à agência Lusa, Isabel Minhós Martins, escritora que assina grande parte das histórias publicadas pela Planeta Tangerina e que é uma das fundadoras da editora, mostrou-se satisfeita com a conquista do prémio, que considera um reconhecimento dos outros editores presentes na feira. De destacar que, este ano, a editora portuguesa conquistou ainda uma menção especial nos prémios editoriais da feira - da qual Portugal foi, em 2012, o país convidado - com o livro "A Ilha", de João Gomes de Abreu e Yara Kono, na categoria de primeira obra. 


Mais de uma década no mercado livreiro 

A Planeta Tangerina tem já mais de 10 anos de atividade no mercado livreiro em Portugal e o seu projeto editorial foca-se, sobretudo, no álbum para crianças, embora a leitura possa - e deva - ser partilhada com adultos. "Temos como leitores não apenas as crianças, mas todos os pais e adultos que gostam de álbuns ilustrados e da sua forma única de contar histórias", pode ler-se na página oficial da editora na Internet. 
Atualmente, o catálogo da Planeta Tangerina está já traduzido para inglês, francês, italiano e coreano. Este ano, a editora levou para a feira alguns títulos novos, nomeadamente "Tantos animais e outras lengalengas de contar", de Manuela Costa Neves e Yara Kono, e "Irmão Lobo", de Carla Maia de Almeida e António Jorge Gonçalves. Em 2012, a editora esteve também nomeada, pela segunda vez consecutiva, para o prémio sueco Astrid Lindgren Memorial Award (ALMA), no valor de 500 mil euros.

[Notícia sugerida por Patrícia Guedes e Fernando Casimiro]
Créditos: Boas Notícias


Museus portugueses recebem feira cultural solidária

Durante este fim de semana de Páscoa, sete museus do centro do país vão receber uma feira solidária que ajuda os mais carenciados através da venda de livros e de discos de música. A iniciativa pretende sensibilizar a população para a importância da solidariedade, ao mesmo tempo que a cultura é dinamizada. O projeto da Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) vai decorrer em cada um dos serviços que integram a rede Museus no Centro, nomeadamente nas cidades de Aveiro, Guarda, Caldas da Rainha, Nazaré, Castelo Branco e Coimbra.
Segundo o site oficial da DRCC, entre a Sexta-feira Santa e o Domingo de Páscoa, os museus vão acolher uma venda de "edições de qualidade" de livros de cultura e arte e de CD's, que "vão estar acessíveis ao público em troca de um contributo solidário a ser integralmente doado à Cáritas Diocesana" de cada região envolvida no projeto. A iniciativa tem um sentido duplo de promoção, sendo que quem compra os produtos da Feira Solidária está a apoiar as pessoas que mais precisam e a contribuir para a dinamização dos produtos culturais.
A DRCC espera conseguir "potenciar a dimensão social da cultura", ao mesmo tempo que reforça a proximidade dos serviços dos museus à população local. Para além deste projeto, a organização anunciou no seu site oficial que vão ser feitas mais ações semelhantes a esta, sendo que desta vez vão estar direcionadas para as oficinas temáticas, dedicas ao tema da Páscoa.

Clique AQUI para conhecer os museus que aderiram à Feira Solidária.
Créditos: Boas Notícias


Candidatura do cante alentejano entregue na UNESCO

A candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade deu formalmente entrada, na quarta-feira, no comité internacional da UNESCO, revelou hoje à Lusa o responsável do processo, Paulo Lima. "Depois de fazermos toda a instrução do processo em Portugal, de ter sido entregue no Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e de ter seguido para Paris, [a candidatura] entrou na secretaria da UNESCO e foi aceite", disse.
Segundo o responsável pela candidatura, que é igualmente director da Casa do Cante, em Serpa, trata-se de "um momento de grande alegria", com esta formalização a representar, "não a fase final, mas o passo zero" do processo. "Está formalizado o pedido português da potencial inscrição do cante alentejano na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade" pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), congratulou-se. Agora, acrescentou, "seguem-se vários passos", até à decisão final da UNESCO, em Dezembro de 2014, sobre a classificação ou não deste bem cultural imaterial.
"Só é possível entrar uma candidatura por país" e "vai haver agora uma análise sobre cada uma. São processos demorados, porque são centenas de candidaturas, e a UNESCO vai colocar-nos, nos próximos meses, um conjunto de questões que têm a ver com a continuidade ou não do processo", afirmou. Paulo Lima explicou também que, além destes "vários meses de análise" da candidatura, há outros "aspectos processuais que são muito intensos e exigentes". "Temos um processo que tem de ser de diálogo com todos os parceiros, com todos aqueles que têm que ver com este bem imaterial que é o cante", referiu.
Do lado português, sublinhou, é necessário intensificar o diálogo em torno do cante alentejano, que conduza "a uma consciencialização do que é este processo". Porque muitas pessoas, cantadores, grupos corais, câmaras têm que ser sensibilizados para a importância do que é este momento" e para o que é agora exigido em termos de "cuidado" e de "pensar o presente e o futuro deste bem cultural imaterial".
Tudo porque, frisou Paulo Lima, como qualquer bem que se candidata, o cante requer, agora, "um carinho muito mais especial", sendo necessário "um trabalho colectivo de toda a região e de todo o país" para que possa vir a ser classificado. O responsável pela candidatura disse ainda acreditar na classificação por parte da UNESCO, até porque, neste momento, já se trata de "um património do homem e do mundo".
"No fundo, este é apenas um reconhecimento e um 'selo' institucional", mas o cante "é uma expressão tão rica, forte, intensa e tão vivida que tem todas as condições, intrínsecas e extrínsecas", para "ter o 'selo' da UNESCO", afiançou.
A candidatura do cante alentejano esteve para ser entregue à UNESCO em Março do ano passado, mas o MNE decidiu adiar a sua apresentação para este ano, por considerar que o processo não reunia condições para ser aceite.
Créditos: Lusa/ SOL/Cultura


Clara Andermatt estreia 'Dance Bailarina Dance' em Abril no Teatro Camões

Os anos de ouro do cinema musical americano inspiraram a coreógrafa Clara Andermatt a criar "Dance Bailarina Dance", uma peça que irá estrear pela Companhia Nacional de Bailado (CNB) a 26 de Abril, em Lisboa. Esta nova criação de Clara Andermatt para a CNB, em estreia mundial, vai estar no palco do Teatro Camões entre 26 de Abril e 05 de Maio.
A peça tem direcção e coreografia de Clara Andermatt, cenografia de Artur Pinheiro, música de João Lucas, um momento musical electrónico criado por Jonas Runa, figurinos de Aleksandar Protic e desenho de luz de Rui Horta.
De acordo com a companhia nacional, "as rotinas de dança e os temas musicais que se constituíam como parte substancial da narrativa" dos musicais norte-americanos dos anos 1940 e 1950 são os pontos de partida de Clara Andermatt e João Lucas, coreógrafa e compositor desta nova produção da CNB. Este período, conhecido como "os anos de ouro" do cinema musical americano, marcou o imaginário de várias gerações através de figuras da música, dança, atores e cantores como George Gershwin, Cole Porter, Glenn Miller, Fred Astaire, Gene Kelly, Ginger Rogers e Esther Williams.
O título da peça remete para a canção "Dance Ballerina Dance", criada em 1947, por Vaughn Monroe, e que Bing Crosby, Nat King Cole ou Frank Sinatra eternizaram. "São estas figuras que pretendemos convocar, revendo-os à luz do nosso tempo, não como uma homenagem ao 'entertainment', mas como matéria-prima para uma reflexão sobre o lugar da alegria neste tempo de ocaso", escreve Clara Andermatt num texto sobre a peça.
"Enquanto o mundo desaba, ouve-se o fogo-de-artifício que explode no delírio da luz, uma luz que nos banha de humanidade e nos impele à sobrevivência. É o bater do coração que estabelece a geometria dos movimentos, a intrépida demanda da alegria, a coragem que se faz candura quando em volta tudo grita e desanda", acrescenta ainda sobre a obra.
Diplomada pelo London Studio Centre e pela Royal Academy of Dancing, ambos em Londres, a coreógrafa também estudou com a mãe, Luna Andermatt, uma das mais importantes figuras da dança em Portugal. Foi bailarina da Companhia de Dança de Lisboa, sob a orientação de Rui Horta, e da Companhia Metros de Ramon Oller, em Barcelona, e em 1991 viria a criar a sua própria companhia, coreografando várias obras que foram apresentadas em Portugal e no estrangeiro.
Em 1994, em conjunto com o coreógrafo Paulo Ribeiro, foi distinguida com o Prémio Acarte/Madalena Azeredo Perdigão, da Fundação Calouste Gulbenkian, com a obra "Dançar Cabo Verde", e em 1999 recebeu o Prémio Almada, atribuído pelo Ministério da Cultura, pela obra "Uma História da Dúvida". Os espectáculos de "Dance Bailarina Dance" vão decorrer no Teatro Camões a 26, 27 e 29 de Abril (Dia Mundial da Dança), às 21:00, no dia 28 de Abril, às 16:00, a 03 e 04 de Maio, às 21:00, e a 05 de Maio, às 16:00. O ensaio geral solidário está marcado para 24 de Abril, às 21:00, e a bilheteira desse dia irá reverter para a Amnistia Internacional e a associação Leigos para o Desenvolvimento.
Créditos: Lusa/SOL/Cultura


Rock in Rio Brasil com artistas portugueses

A cantora Aurea, as bandas Orelha Negra, The Black Mamba e The Gift e os DJ Vibe e Ride fazem parte da comitiva de artistas que representa este ano Portugal no Rock in Rio no Brasil.
De acordo com informação disponibilizada na página na internet do festival, que decorre em Setembro no Rio de Janeiro, os Orelha Negra dividem no dia 13 de Setembro o palco Sunset com o músico brasileiro Flávio Renegado, que se move nas mesmas áreas musicais dos portugueses, hip-hop e soul. No dia 15 actuam também no Sunset a cantora Aurea e o trio The Black Mamba, no dia 20 é a vez de os The Gift se apresentarem no Rock in Rio, dividindo o palco com os brasileiros AfroReggae.
A banda de Alcobaça, liderada por Sónia Tavares, já se tinha apresentado no palco secundário do Rock in Rio do Rio de Janeiro em 2011, ao lado do grupo dinamarquês Asteroids Galaxy Tour. Quem também regressa ao festival brasileiro em Setembro, depois de uma primeira apresentação em 2011, é DJ Vibe, que tem actuação marcada para o dia 21 no palco dedicado à música electrónica. No mesmo palco, mas dois dias antes, a 19 de Setembro, actua também o português DJ Ride.
A edição deste ano do Rock in Rio Brasil decorre no Rio de Janeiro nos dias 13, 14, 15, 19, 20 e 21 de Setembro. Como cabeças de cartaz estão já confirmados os nomes de artistas como os norte-americanos Beyoncé, Metallica, Justin Timberlake e Beyoncé, e os britânicos Iron Maiden e Muse.
Créditos: Lusa / SOL/Cultura


Adriana Calcanhoto na Guarda a 27 de Abril

Um espetáculo da cantora Adriana Calcanhoto é um dos destaques da programação do Teatro Municipal da Guarda (TMG) para os meses de abril, maio, junho e julho, disse hoje à agência Lusa o seu diretor. Segundo Américo Rodrigues, diretor artístico do TMG, a cantora apresenta-se no grande auditório, no dia 27 de abril, no âmbito das comemorações do 8.º aniversário daquele complexo cultural.
O aniversário do TMG é "um momento simbólico" e a direção quer festejá-lo "com uma grande artista que é a Adriana Calcanhoto", referiu o responsável.
A agenda do Teatro da Guarda para os próximos quatro meses integra dezenas de atividades musicais, exposições, teatro, magia e cinema, indicou. Américo Rodrigues considera tratar-se de uma programação "diversificada" e dirigida "a todos os públicos".
Na música, merecem também destaque espetáculos com Patrícia Barber (EUA), no dia 17 de maio, The Gift (28 de junho), The Curimakers (25 maio), Fatum Ensemble (13 abril), Sexteto de Miguel Moreira (04 maio) e Carlos Barreto Trio (20 junho).
No teatro, o público da Guarda terá oportunidade de assistir aos espetáculos "Simplesmente Maria" (Mirró Pereira, 20 abril), "Provavelmente uma pessoa", (Teatro das Beiras, 03 maio), "Três dedos abaixo do joelho" (Mundo Perfeito, 13 julho) e "Um teatro às escuras" (Projéc~, estrutura de produção teatral do TMG, nos dias 06, 07 e 08 de junho).
A programação do TMG também contempla, a 06 de abril, a estreia do projeto "Circo Mediático" destinado à divulgação literária e musical, que envolve Américo Rodrigues, Vítor Afonso e César Prata. Nos dias 09, 10 e 11 de maio, será também apresentado o espetáculo "A magia das mãos", que junta magia e poesia, pelo mágico da Guarda Alcides Fernandes.
Para 06 de julho está agendado o "Cine Concerto 4", uma atividade que reúne os músicos Carlos Canhoto, Luís Andrade e Pedro Baía, que foram convidados a musicar películas cinematográficas ao vivo.
Na dança, a 15 de junho, será apresentada a produção "Drácula", pela Vórtice Dance Company e, nas artes plásticas, haverá uma exposição de gravuras de Vieira da Silva, entre 01 de junho e 15 de julho. A direção do teatro da Guarda adianta que nos próximos quatro meses também é dada continuidade ao projeto ?Famílias ao Teatro', com a apresentação de "Ovelhas clandestinas" (13 abril) e "Cara" (08 junho).
No setor educativo, o TMG promove oficinas de expressão teatral e musical para crianças, adolescentes e para o público sénior.
Créditos: Lusa / SOL/Cultura


Atelier-Museu Júlio Pomar inaugura a 5 de Abril

O Atelier-Museu Júlio Pomar, em Lisboa, vai ser inaugurado a 5 de Abril com uma exposição de 100 obras do acervo que percorrem várias fases da obra do artista, revelou hoje à agência Lusa fonte daquela entidade. De acordo com Graça Rodrigues, responsável pela produção e comunicação do atelier, localizado na rua do Vale, em Lisboa, o espaço já tem a inauguração oficial marcada para as 11:30 de 05 de Abril, com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, e Júlio Pomar. O atelier está inserido no conjunto de equipamentos culturais do município e foi criado para conservar e divulgar a obra do artista plástico português que completou em Janeiro 87 anos.
O imóvel, um antigo armazém do século XVII, próximo da Igreja de Nossa Senhora de Jesus, às Mercês, tinha sido adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa em 2000, com o objectivo de o recuperar para ali instalar o atelier.
O projecto de recuperação do edifício, da autoria do arquitecto Álvaro Siza Vieira, tinha sido adjudicado em 2006 e as obras arrancaram, mas sofreram sucessivas paragens. Contactada pela agência Lusa, Graça Rodrigues indicou que o dia da inauguração, depois da sessão oficial, será de celebração e abertura ao público durante a tarde, culminando com uma visita guiada por Júlio Pomar e pela directora do Atelier-Museu, Sara Antónia Matos.
A exposição intitula-se "Em torno do Acervo" e reunirá uma centena de obras provenientes desse conjunto e outras cedidas pela família do artista e algumas instituições como a Caixa Geral de Depósitos e a Fundação Calouste Gulbenkian. Pintor e escultor nascido em Lisboa, em 1926, Júlio Pomar é um dos criadores de referência da arte moderna e contemporânea do país.
A criação do atelier-museu é da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e da Fundação Júlio Pomar, que pretendem fazer dele um espaço de discussão crítica e receber outros criadores e pensadores. A obra de requalificação prolongou-se por vários anos e, em 2010, foi decidido, em conjunto com o artista, transformar o edifício num museu, passando a integrar a rede de estruturas museológicas do município, recordou Graça Rodrigues.
O Atelier-Museu possui um acervo de várias centenas de obras, doadas pelo artista à Fundação Júlio Pomar, com pintura, escultura, desenho, gravura, cerâmica, colagens e assemblage. O edifício, composto por dois pisos, apresenta um corpo central de área expositiva, duas reservas, zonas de serviço, escritório e recepção, escondendo um pátio exterior em seu redor, por onde é feito o acesso dos visitantes. Possui ainda um conjunto de equipamentos, como auditório, com meios audiovisuais e capacidade de 60 lugares sentados para conferências, lançamento de livros/catálogos ou outros eventos.
Créditos: Lusa/SOL/Cultura


Maria Bethânia no Teatro Nacional São João em junho

Para assinalar o ano do Brasil em Portugal, o Teatro Nacional São João apresenta o espetáculo Bethânia e as Palavras, inserido no ciclo Fitei. O dramaturgo Nelson Rodrigues terá também um ciclo dedicado a si. A artista brasileira irá estar no Teatro Nacional São João, no Porto, entre os dias 7 e 8 de junho, para apresentar o espetáculo Bethânia e as Palavras. Neste projeto, Maria Bethânia irá ler poemas de autores portugueses como Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner Andersen e Padre António Vieira, intercalando as leituras com canções do seu repertório. Na programação do teatro portuense, hoje apresentada à imprensa, constam ainda 26 espetáculos, agrupados em cinco ciclos, ligados ao ano Brasil em Portugal e ao Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI).
O dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues também irá estar representado com cinco peças da sua autoria, a estrear no mês de maio, com vista a assinalar as comemorações do centenário do seu nascimento. A Mulher Sem Pecado, em cena partir do dia 10; Valsa N.6, a partir do dia 14; Otto Lara Resende Ou Bonitinha, Mas Ordinária, a partir do dia 17; Toda a Nudez Será Castigada, a partir do dia 22; e a Serpente, a partir do dia 25, são as peças que integram o ciclo dedicado ao dramaturgo.
A partir do dia 4 de abril entra em cena Madalena, baseada em Frei Luís de Sousa, com encenação de Jorge Pinto. No dia 5 do mesmo mês, no Teatro Carlos Alberto, será a vez da estreia absoluta de Gertrude, a partir de Hamlet de William Shakspeare, com encenação de Simão do Vale. Rosencrantz & Guildenstern Estão Mortos, de Tom Stoppard e direção de Marco Martins, entra em cena no dia 11 com interpretação de Gonçalo Waddington, Nuno Lopes, Bruno Nogueira e Beatriz Batarda.
O Teatro Carlos Alberto vai receber ainda a peça Gil Vicente na Horta, a partir do dia 18, numa parceria com o Teatro Nacional Dona Maria II. Encenado por João Mota, o projeto teatral tem como base o texto O Velho e a Horta, de Gil Vicente, entre outras obras do autor do Auto da Barca do Inferno. Na véspera do dia 25 de Abril, o Teatro Nacional São João abre as portas ao espetáculo Dura Dita Dura, com texto e canções de Regina Guimarães e encenação de Igor Gandra. Zoo, de Victor Hugo Pontes, e o espetáculo de dança Salto, com coreografia de André Mesquita, são mais duas estreias absolutas recebidas pelo Teatro Nacional de São João, a partir dos dias 20 e 27. A 10 de julho sobe ainda ao palco a peça A Visita da Velha Senhora, de Friedrich Durrenmatt encenada por Nuno Cardoso.
As estações do Metro do Porto vão ainda receber o projeto Corpo Casa Rua, desenvolvido e dirigido por Carlos Costa, com interpretação a cargo de alunos da companhia teatral Visões Úteis, dos utentes do Centro de Dia de Santo Ildefonso e reclusas do estabelecimento prisional de Santa Cruz do Bispo.


Coreografia "No Reverso das Palavras" em abril no CCB

A coreógrafa Tânia Carvalho vai apresentar o espetáculo 'No Reverso das Palavras', inspirada na música da compositora norte-americana Julia Wolfe a 05 e 06 de abril no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa. Este novo trabalho teve estreia mundial no final de janeiro deste ano no Festival Aire de Jeu - Centre Chorégraphique de Rillieux-la-Pape (França), e depois em Portugal em fevereiro, em Guimarães. A direção e coreografia são de Tânia Carvalho, a música é de Julia Wolfe, e a interpretação de Tânia Carvalho, Luís Guerra e Marlene Monteiro Freitas.
Num texto sobre o espetáculo, Tânia Carvalho explica que "a vida desta peça está no pensamento e na alegria do movimento, no momento em que atravessa um espaço liberto de palavras". Para a coreógrafa, "a natureza, a sequência do movimento é o reverso, o afastamento das palavras: não aquilo que elas escondem atrás de si, mas o instante em que deixam de estar presentes, para darem lugar à expressão". 'No Reverso das Palavras' é uma produção da Bomba Suicida, na sequência de uma residência artística realizada no Centre Chorégraphique de Rillieux-la-Pape (França).
Nascida em 1976, Tânia Carvalho, recebeu formação na Escola Superior de Dança de Lisboa, fez o Curso de Intérpretes de Dança Contemporânea Fórum Dança e o Curso de Coreografia da Fundação Calouste Gulbenkia. Tem participado em vários trabalhos a nível interpretativo e criativo, tendo colaborado, entre outros, com os coreógrafos Francisco Camacho, Carlota Lagido, David Miguel, Filipe Viegas, Luís Guerra de Laocoi e Vera Mantero. Como coreógrafa e intérprete criou, entre outras, as peças 'Mulher à beira de um contrabaixo' (1997), 'A corte' (2000), 'Inicialmente Previsto' (2000), e 'Movimentos diferentes' (2008).


'Estúpida' é a nova revista literária portuense

A editora portuense Edições Mortas, conjuntamente com a Black Sun Editores e a Edição N, lançou a revista literária Estúpida. Desenvolvida por António S. Oliveira, a publicação lançará o segundo número em setembro, sob o mote "Deve ou não o intelectual prostituir-se."
"A estupidez é tanta que ninguém percebe o porquê da edição da Estúpida nestes tempos digitalmente estúpidos e à beira de um banho de sangue". Assim escreveu António S. Silva no editorial da nova revista literária. Estúpida porquê? Numa era em que são escassas as edições literárias e as redes sociais imperam, esta revista pretende ser uma contra corrente. "É de facto estúpido avançarmos com esta revista agora" explicou António S. Oliveira, o mentor do projeto. Mas o pretendido, salienta, passa por desenvolver "um espaço de fuga à escrita comercial que nada acrescenta à literatura."
A revista conta já com o seu primeiro número e o próximo está previsto para ser lançado em setembro, tal como disse ao DN António S. Oliveira. Sob o tema "Deve o intelectual prostituir-se ou não" o responsável do projeto explica que a revista continuará a "refletir a outra literatura que não tem voz no espaço editorial português".
A Estúpida é feita de pequenos textos, micro contos e crónicas de Alexandra Antunes, autora de Red es; de António Pedro Ribeiro, autor de Onde Está o Homem Livre; e Rui Tinoco, autor de O Príncipe Infeliz. Autores estes, entre muitos outros, que já acompanham António S. Oliveira de outras paragens. Desde a revista de poesiaPiolho, por exemplo, que conta com 10 números. Textos de caráter interventivo "que tentam reavivar e questionar o papal do intelectual e do escritor na sociedade que o rodeia", explica António S. Oliveira. "Convinha que desse sangue", desabafa, "era sinal de um despertar".


Miguel Gomes preside Semana da Crítica em Cannes

O realizador irá presidir ao júri da Semana da Crítica do Festival de Cannes. Trata-se de uma secção paralela que visa a descoberta e divulgação de novos talentos cinematográficos. É a mais antiga das secções paralelas do festival e foi fundada em 1962 pelo Sindicato Francês dos Críticos de Cinema. As candidaturas já estão a decorrer, contudo, os filmes em competição só serão anunciados na segunda semana de Abril.
Miguel Gomes já havia estreado, em 2008 , Aquele Querido Mês de Agosto numa outra secção paralela do Festival de Cannes, a Quinzena dos Realizadores. Em 2013 regressa ao certame de cinema francês para presidir um júri composto por quatro jornalistas internacionais ainda por revelar. No ano passado, a presidência dos jurados das curtas-metragens da Semana da Crítica também foi delegada a um português: João Paulo Rodrigues, realizador de Morrer Como Um Homem e O Fantasma.
"Com uma carreira na indústria feita em nome próprio apenas com três longas-metragens, Miguel Gomes representa a essência da Semana [da Crítica]: Descobrir novos autores através dos seus primeiro e segundos filmes, e apresentá-los no plano internacional." Foi desta forma que a organização da secção justificou, em comunicado, a escolha de Miguel Gomes. No mesmo comunicado o realizador português aproveitou para salientar o seguinte: "embora esteja prestes a terminar uma curta-metragem e em preparação para a próxima longa-metragem, esta é uma experiência à qual não posso resistir." A edição deste ano do Festival de Cannes decorrerá entre os dias 15 e 26 de maio deste ano.


Orfeão de Leiria lança ciclo de teatro infantil de Leiria

Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL CA) anunciou hoje o lançamento do primeiro ciclo de teatro infantil de Leiria, no mês de abril, no âmbito do projeto "Bichinhos de Palco". A iniciativa incluirá uma peça de teatro por mês, com duração de cerca de uma hora, que é exibida em dois sábados seguidos. As peças destinam-se a toda a família e contam com encenações muito particulares de grupos teatrais da região.
O projeto "Bichinhos de Palco" quer alimentar o "bichinho de palco", que existe em cada um, e dar expressão às artes de palco através de uma metodologia inovadora, com a abordagem integrada do teatro, da música, da dança, da cenografia e das artes plásticas, necessários à construção do "artista-intérprete" e criador. "São todas peças didáticas, que se desenrolam no imaginário infantil, em florestas e recantos mágicos, com animais falantes e sensíveis, numa realidade que é perfeita no mundo das crianças", explicou a coordenadora do projeto, Eunice Caetano.
Segundo a responsável, trata-se de peças "muito fora do vulgar", que abordam "a diferença e a inclusão, o amor e a justiça, e que seguem também um outro objetivo do projeto, de dinamizar talentos e recursos da região de Leiria, e que têm trabalho feito aqui". "O 'Bichinhos de Palco' é para bichinhos que têm cócegas de palco, alma de ator, ares de músico, que dançam sem parar. É para crianças que sonham, para crianças com imaginação e vontade de ser", informou ainda Eunice Caetano.
Segundo a mentora do projeto, "Bichinhos de Palco" pretende aproximar as crianças, jovens e adultos à arte, em especial à arte de palco. Além da formação para pequenos atores, de uma forma mais estruturada ou apenas para alimentar uma paixão, como 'hobby', a iniciativa compreende o 1.º Ciclo de Teatro Infantil, "inédito na região de Leiria", o "Ateliê Bichinhos de Palco", a decorrer depois de cada peça, de regularidade mensal, e o ateliê "Bichinhos de Palco em Férias", na primeira quinzena de julho.
"As artes de palco implicam versatilidade, globalidade, complementaridade, e é aí que este programa é inovador e único na região, porque permite formar para a globalidade", justificou Eunice Caetano. O primeiro ciclo de teatro infantil recebe as peças "Salsina", "Pinóquio" e "Gafanhoto Canhoto", sendo este última estreia absoluta, e decorrerá no Auditório Dr. José Neto do Orfeão de Leiria. A primeira edição arranca já a 6 de abril, desenrolando-se até junho.


Primeiro número da revista Granta Portuguesa terá inéditos de Fernando Pessoa

O director Carlos Vaz Marques quer publicar um inédito de um autor desaparecido por cada número, mas a própria revista encomendará textos a autores de língua portuguesa. O primeiro número da edição portuguesa da revista literária Granta, que sairá em Maio, irá publicar inéditos de Fernando Pessoa, disse esta sexta-feira à Lusa o jornalista Carlos Vaz Marques, que a dirige.
A publicação de cinco sonetos de Fernando Pessoa, apresentados pelos investigadores pessoanos Jerónimo Pizarro e Carlos Pitella-Leite, insere-se no primeiro objectivo da revista, que “é o de publicar bons textos literários inéditos”, disse Carlos Vaz Marques.
Referindo-se à publicação dos sonetos de Pessoa, Vaz Marques afirmou tratar-se de “uma revelação absoluta” que “já justificaria, por si só, este primeiro número da edição portuguesa da Granta”. Segundo o responsável, há o interesse em publicar um inédito de um autor desaparecido por cada número, mas a própria revista encomendará textos a autores de língua portuguesa. “Sabemos que uma parte importante do trabalho literário surge, muitas vezes, de estímulos externos, e pretendemos ser essa centelha que acende o rastilho de autores com talento e coisas para dizer”, disse.
Um outro objectivo da revista, que terá periodicidade semestral, “é o de publicar em português os textos de grandes escritores, escritos para a Granta de língua inglesa, e nunca editados em Portugal”. “O baú da Granta é imenso e de grande qualidade, com autores tão importantes como Salman Rushdie ou Martin Amis, Saul Bellow ou Ryszard Kapuscinski”, acrescentou.
À Lusa, Vaz Marques revelou um terceiro objetivo, “mais ambicioso”, que é o de “dar a conhecer e de conseguir abrir portas noutros países a alguns dos autores que publicarão na edição portuguesa”. “Sendo a Granta, cada vez mais, uma família literária global, com edições em diversas línguas, temos esta ambição”, rematou. A Granta Portuguesa terá, “em todos os números, um portfolio fotográfico, que, nesta primeira edição, vai ter a assinatura do fotógrafo Daniel Blaufuks”.
A Granta portuguesa, que será publicada pela editora Tinta da China, irá “seguir o modelo original daGranta, que já deu provas de grande qualidade”, disse Vaz Marques, que sublinhou que “será, acima de tudo, uma revista virada para a criação literária, na qual se tentará juntar nomes consagrados e novos talentos”. À nova revista, Carlos Vaz Marques quer “chamar autores de todo o espaço de língua portuguesa”.
Questionado sobre qual a ortografia escolhida, seguindo ou não o Acordo, Vaz Marques afirmou: “A Grantanão vai ater-se a pequenas polémicas de circunstância. Será publicada na forma ortográfica escolhida por cada um dos autores que escrever para ela”. Destinada “a todos os leitores de língua portuguesa”, não foi ainda definida a tiragem que vai ter e, quanto a colaboradores, Vaz Marques achou que ainda é cedo para os revelar. A Granta não terá uma edição “on-line”, garantiu o director que acrescentou que o “design” vai ser de Vera Tavares.
“Saliento o entusiasmo da editora Bárbara Bulhosa, sem o qual este projecto não existiria, e a extraordinária dedicação da Inês Hugon, da Madalena Alfaia, da Rute Dias e do Joaquim Massano, contributos essenciais para concretizarmos uma publicação que - estou convicto - vai tornar-se rapidamente um espaço literário insubstituível”, asseverou Carlos Vaz Marques.
Para o lançamento do primeiro número da Granta Portuguesa virá a Portugal o editor da Granta internacional, John Freeman, e Vaz Marques promete “uma festa de arromba”.
Créditos: Público/Cultura


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