sexta-feira, 29 de março de 2013

Ideias em movimento!

(imagem retirada da internet)




Editora infantil portuguesa eleita a melhor da Europa

A editora portuguesa Planeta Tangerina foi eleita a melhor editora da Europa na área da literatura para a infância e juventude. O prémio foi atribuído no âmbito da Feira do Livro Infantil de Bolonha, o mais importante espaço internacional de divulgação e negócio na área dos livros para crianças, que decorreu recentemente naquela cidade italiana. Com o objetivo de assinalar os seus 50 anos de existência, a organização do evento criou um prémio para as melhores e mais inovadoras editoras de livros para os mais jovens nos vários continentes do mundo. 
A Planeta Tangerina, editora que tem já mais de 10 anos, foi eleita a melhor a nível Europeu, deixando para trás "concorrentes" nomeadas como a editora francesa Editions Thierry Magnier, a checa Baobab, a italiana Edizioni EL e a alemã Beltz & Geldberg. O prémio não monetário, intitulado BOP e que pretende homenagear as editoras que "estão na linha da frente da inovação na literatura para a infância" e que se destacaram pelas escolhas editoriais ao longo do último ano, distinguiu ainda editoras da América do Norte, América Central e do Sul, África, Ásia e Oceânia. 
Em declarações à agência Lusa, Isabel Minhós Martins, escritora que assina grande parte das histórias publicadas pela Planeta Tangerina e que é uma das fundadoras da editora, mostrou-se satisfeita com a conquista do prémio, que considera um reconhecimento dos outros editores presentes na feira. De destacar que, este ano, a editora portuguesa conquistou ainda uma menção especial nos prémios editoriais da feira - da qual Portugal foi, em 2012, o país convidado - com o livro "A Ilha", de João Gomes de Abreu e Yara Kono, na categoria de primeira obra. 


Mais de uma década no mercado livreiro 

A Planeta Tangerina tem já mais de 10 anos de atividade no mercado livreiro em Portugal e o seu projeto editorial foca-se, sobretudo, no álbum para crianças, embora a leitura possa - e deva - ser partilhada com adultos. "Temos como leitores não apenas as crianças, mas todos os pais e adultos que gostam de álbuns ilustrados e da sua forma única de contar histórias", pode ler-se na página oficial da editora na Internet. 
Atualmente, o catálogo da Planeta Tangerina está já traduzido para inglês, francês, italiano e coreano. Este ano, a editora levou para a feira alguns títulos novos, nomeadamente "Tantos animais e outras lengalengas de contar", de Manuela Costa Neves e Yara Kono, e "Irmão Lobo", de Carla Maia de Almeida e António Jorge Gonçalves. Em 2012, a editora esteve também nomeada, pela segunda vez consecutiva, para o prémio sueco Astrid Lindgren Memorial Award (ALMA), no valor de 500 mil euros.

[Notícia sugerida por Patrícia Guedes e Fernando Casimiro]
Créditos: Boas Notícias


Museus portugueses recebem feira cultural solidária

Durante este fim de semana de Páscoa, sete museus do centro do país vão receber uma feira solidária que ajuda os mais carenciados através da venda de livros e de discos de música. A iniciativa pretende sensibilizar a população para a importância da solidariedade, ao mesmo tempo que a cultura é dinamizada. O projeto da Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) vai decorrer em cada um dos serviços que integram a rede Museus no Centro, nomeadamente nas cidades de Aveiro, Guarda, Caldas da Rainha, Nazaré, Castelo Branco e Coimbra.
Segundo o site oficial da DRCC, entre a Sexta-feira Santa e o Domingo de Páscoa, os museus vão acolher uma venda de "edições de qualidade" de livros de cultura e arte e de CD's, que "vão estar acessíveis ao público em troca de um contributo solidário a ser integralmente doado à Cáritas Diocesana" de cada região envolvida no projeto. A iniciativa tem um sentido duplo de promoção, sendo que quem compra os produtos da Feira Solidária está a apoiar as pessoas que mais precisam e a contribuir para a dinamização dos produtos culturais.
A DRCC espera conseguir "potenciar a dimensão social da cultura", ao mesmo tempo que reforça a proximidade dos serviços dos museus à população local. Para além deste projeto, a organização anunciou no seu site oficial que vão ser feitas mais ações semelhantes a esta, sendo que desta vez vão estar direcionadas para as oficinas temáticas, dedicas ao tema da Páscoa.

Clique AQUI para conhecer os museus que aderiram à Feira Solidária.
Créditos: Boas Notícias


Candidatura do cante alentejano entregue na UNESCO

A candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade deu formalmente entrada, na quarta-feira, no comité internacional da UNESCO, revelou hoje à Lusa o responsável do processo, Paulo Lima. "Depois de fazermos toda a instrução do processo em Portugal, de ter sido entregue no Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e de ter seguido para Paris, [a candidatura] entrou na secretaria da UNESCO e foi aceite", disse.
Segundo o responsável pela candidatura, que é igualmente director da Casa do Cante, em Serpa, trata-se de "um momento de grande alegria", com esta formalização a representar, "não a fase final, mas o passo zero" do processo. "Está formalizado o pedido português da potencial inscrição do cante alentejano na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade" pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), congratulou-se. Agora, acrescentou, "seguem-se vários passos", até à decisão final da UNESCO, em Dezembro de 2014, sobre a classificação ou não deste bem cultural imaterial.
"Só é possível entrar uma candidatura por país" e "vai haver agora uma análise sobre cada uma. São processos demorados, porque são centenas de candidaturas, e a UNESCO vai colocar-nos, nos próximos meses, um conjunto de questões que têm a ver com a continuidade ou não do processo", afirmou. Paulo Lima explicou também que, além destes "vários meses de análise" da candidatura, há outros "aspectos processuais que são muito intensos e exigentes". "Temos um processo que tem de ser de diálogo com todos os parceiros, com todos aqueles que têm que ver com este bem imaterial que é o cante", referiu.
Do lado português, sublinhou, é necessário intensificar o diálogo em torno do cante alentejano, que conduza "a uma consciencialização do que é este processo". Porque muitas pessoas, cantadores, grupos corais, câmaras têm que ser sensibilizados para a importância do que é este momento" e para o que é agora exigido em termos de "cuidado" e de "pensar o presente e o futuro deste bem cultural imaterial".
Tudo porque, frisou Paulo Lima, como qualquer bem que se candidata, o cante requer, agora, "um carinho muito mais especial", sendo necessário "um trabalho colectivo de toda a região e de todo o país" para que possa vir a ser classificado. O responsável pela candidatura disse ainda acreditar na classificação por parte da UNESCO, até porque, neste momento, já se trata de "um património do homem e do mundo".
"No fundo, este é apenas um reconhecimento e um 'selo' institucional", mas o cante "é uma expressão tão rica, forte, intensa e tão vivida que tem todas as condições, intrínsecas e extrínsecas", para "ter o 'selo' da UNESCO", afiançou.
A candidatura do cante alentejano esteve para ser entregue à UNESCO em Março do ano passado, mas o MNE decidiu adiar a sua apresentação para este ano, por considerar que o processo não reunia condições para ser aceite.
Créditos: Lusa/ SOL/Cultura


Clara Andermatt estreia 'Dance Bailarina Dance' em Abril no Teatro Camões

Os anos de ouro do cinema musical americano inspiraram a coreógrafa Clara Andermatt a criar "Dance Bailarina Dance", uma peça que irá estrear pela Companhia Nacional de Bailado (CNB) a 26 de Abril, em Lisboa. Esta nova criação de Clara Andermatt para a CNB, em estreia mundial, vai estar no palco do Teatro Camões entre 26 de Abril e 05 de Maio.
A peça tem direcção e coreografia de Clara Andermatt, cenografia de Artur Pinheiro, música de João Lucas, um momento musical electrónico criado por Jonas Runa, figurinos de Aleksandar Protic e desenho de luz de Rui Horta.
De acordo com a companhia nacional, "as rotinas de dança e os temas musicais que se constituíam como parte substancial da narrativa" dos musicais norte-americanos dos anos 1940 e 1950 são os pontos de partida de Clara Andermatt e João Lucas, coreógrafa e compositor desta nova produção da CNB. Este período, conhecido como "os anos de ouro" do cinema musical americano, marcou o imaginário de várias gerações através de figuras da música, dança, atores e cantores como George Gershwin, Cole Porter, Glenn Miller, Fred Astaire, Gene Kelly, Ginger Rogers e Esther Williams.
O título da peça remete para a canção "Dance Ballerina Dance", criada em 1947, por Vaughn Monroe, e que Bing Crosby, Nat King Cole ou Frank Sinatra eternizaram. "São estas figuras que pretendemos convocar, revendo-os à luz do nosso tempo, não como uma homenagem ao 'entertainment', mas como matéria-prima para uma reflexão sobre o lugar da alegria neste tempo de ocaso", escreve Clara Andermatt num texto sobre a peça.
"Enquanto o mundo desaba, ouve-se o fogo-de-artifício que explode no delírio da luz, uma luz que nos banha de humanidade e nos impele à sobrevivência. É o bater do coração que estabelece a geometria dos movimentos, a intrépida demanda da alegria, a coragem que se faz candura quando em volta tudo grita e desanda", acrescenta ainda sobre a obra.
Diplomada pelo London Studio Centre e pela Royal Academy of Dancing, ambos em Londres, a coreógrafa também estudou com a mãe, Luna Andermatt, uma das mais importantes figuras da dança em Portugal. Foi bailarina da Companhia de Dança de Lisboa, sob a orientação de Rui Horta, e da Companhia Metros de Ramon Oller, em Barcelona, e em 1991 viria a criar a sua própria companhia, coreografando várias obras que foram apresentadas em Portugal e no estrangeiro.
Em 1994, em conjunto com o coreógrafo Paulo Ribeiro, foi distinguida com o Prémio Acarte/Madalena Azeredo Perdigão, da Fundação Calouste Gulbenkian, com a obra "Dançar Cabo Verde", e em 1999 recebeu o Prémio Almada, atribuído pelo Ministério da Cultura, pela obra "Uma História da Dúvida". Os espectáculos de "Dance Bailarina Dance" vão decorrer no Teatro Camões a 26, 27 e 29 de Abril (Dia Mundial da Dança), às 21:00, no dia 28 de Abril, às 16:00, a 03 e 04 de Maio, às 21:00, e a 05 de Maio, às 16:00. O ensaio geral solidário está marcado para 24 de Abril, às 21:00, e a bilheteira desse dia irá reverter para a Amnistia Internacional e a associação Leigos para o Desenvolvimento.
Créditos: Lusa/SOL/Cultura


Rock in Rio Brasil com artistas portugueses

A cantora Aurea, as bandas Orelha Negra, The Black Mamba e The Gift e os DJ Vibe e Ride fazem parte da comitiva de artistas que representa este ano Portugal no Rock in Rio no Brasil.
De acordo com informação disponibilizada na página na internet do festival, que decorre em Setembro no Rio de Janeiro, os Orelha Negra dividem no dia 13 de Setembro o palco Sunset com o músico brasileiro Flávio Renegado, que se move nas mesmas áreas musicais dos portugueses, hip-hop e soul. No dia 15 actuam também no Sunset a cantora Aurea e o trio The Black Mamba, no dia 20 é a vez de os The Gift se apresentarem no Rock in Rio, dividindo o palco com os brasileiros AfroReggae.
A banda de Alcobaça, liderada por Sónia Tavares, já se tinha apresentado no palco secundário do Rock in Rio do Rio de Janeiro em 2011, ao lado do grupo dinamarquês Asteroids Galaxy Tour. Quem também regressa ao festival brasileiro em Setembro, depois de uma primeira apresentação em 2011, é DJ Vibe, que tem actuação marcada para o dia 21 no palco dedicado à música electrónica. No mesmo palco, mas dois dias antes, a 19 de Setembro, actua também o português DJ Ride.
A edição deste ano do Rock in Rio Brasil decorre no Rio de Janeiro nos dias 13, 14, 15, 19, 20 e 21 de Setembro. Como cabeças de cartaz estão já confirmados os nomes de artistas como os norte-americanos Beyoncé, Metallica, Justin Timberlake e Beyoncé, e os britânicos Iron Maiden e Muse.
Créditos: Lusa / SOL/Cultura


Adriana Calcanhoto na Guarda a 27 de Abril

Um espetáculo da cantora Adriana Calcanhoto é um dos destaques da programação do Teatro Municipal da Guarda (TMG) para os meses de abril, maio, junho e julho, disse hoje à agência Lusa o seu diretor. Segundo Américo Rodrigues, diretor artístico do TMG, a cantora apresenta-se no grande auditório, no dia 27 de abril, no âmbito das comemorações do 8.º aniversário daquele complexo cultural.
O aniversário do TMG é "um momento simbólico" e a direção quer festejá-lo "com uma grande artista que é a Adriana Calcanhoto", referiu o responsável.
A agenda do Teatro da Guarda para os próximos quatro meses integra dezenas de atividades musicais, exposições, teatro, magia e cinema, indicou. Américo Rodrigues considera tratar-se de uma programação "diversificada" e dirigida "a todos os públicos".
Na música, merecem também destaque espetáculos com Patrícia Barber (EUA), no dia 17 de maio, The Gift (28 de junho), The Curimakers (25 maio), Fatum Ensemble (13 abril), Sexteto de Miguel Moreira (04 maio) e Carlos Barreto Trio (20 junho).
No teatro, o público da Guarda terá oportunidade de assistir aos espetáculos "Simplesmente Maria" (Mirró Pereira, 20 abril), "Provavelmente uma pessoa", (Teatro das Beiras, 03 maio), "Três dedos abaixo do joelho" (Mundo Perfeito, 13 julho) e "Um teatro às escuras" (Projéc~, estrutura de produção teatral do TMG, nos dias 06, 07 e 08 de junho).
A programação do TMG também contempla, a 06 de abril, a estreia do projeto "Circo Mediático" destinado à divulgação literária e musical, que envolve Américo Rodrigues, Vítor Afonso e César Prata. Nos dias 09, 10 e 11 de maio, será também apresentado o espetáculo "A magia das mãos", que junta magia e poesia, pelo mágico da Guarda Alcides Fernandes.
Para 06 de julho está agendado o "Cine Concerto 4", uma atividade que reúne os músicos Carlos Canhoto, Luís Andrade e Pedro Baía, que foram convidados a musicar películas cinematográficas ao vivo.
Na dança, a 15 de junho, será apresentada a produção "Drácula", pela Vórtice Dance Company e, nas artes plásticas, haverá uma exposição de gravuras de Vieira da Silva, entre 01 de junho e 15 de julho. A direção do teatro da Guarda adianta que nos próximos quatro meses também é dada continuidade ao projeto ?Famílias ao Teatro', com a apresentação de "Ovelhas clandestinas" (13 abril) e "Cara" (08 junho).
No setor educativo, o TMG promove oficinas de expressão teatral e musical para crianças, adolescentes e para o público sénior.
Créditos: Lusa / SOL/Cultura


Atelier-Museu Júlio Pomar inaugura a 5 de Abril

O Atelier-Museu Júlio Pomar, em Lisboa, vai ser inaugurado a 5 de Abril com uma exposição de 100 obras do acervo que percorrem várias fases da obra do artista, revelou hoje à agência Lusa fonte daquela entidade. De acordo com Graça Rodrigues, responsável pela produção e comunicação do atelier, localizado na rua do Vale, em Lisboa, o espaço já tem a inauguração oficial marcada para as 11:30 de 05 de Abril, com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, e Júlio Pomar. O atelier está inserido no conjunto de equipamentos culturais do município e foi criado para conservar e divulgar a obra do artista plástico português que completou em Janeiro 87 anos.
O imóvel, um antigo armazém do século XVII, próximo da Igreja de Nossa Senhora de Jesus, às Mercês, tinha sido adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa em 2000, com o objectivo de o recuperar para ali instalar o atelier.
O projecto de recuperação do edifício, da autoria do arquitecto Álvaro Siza Vieira, tinha sido adjudicado em 2006 e as obras arrancaram, mas sofreram sucessivas paragens. Contactada pela agência Lusa, Graça Rodrigues indicou que o dia da inauguração, depois da sessão oficial, será de celebração e abertura ao público durante a tarde, culminando com uma visita guiada por Júlio Pomar e pela directora do Atelier-Museu, Sara Antónia Matos.
A exposição intitula-se "Em torno do Acervo" e reunirá uma centena de obras provenientes desse conjunto e outras cedidas pela família do artista e algumas instituições como a Caixa Geral de Depósitos e a Fundação Calouste Gulbenkian. Pintor e escultor nascido em Lisboa, em 1926, Júlio Pomar é um dos criadores de referência da arte moderna e contemporânea do país.
A criação do atelier-museu é da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e da Fundação Júlio Pomar, que pretendem fazer dele um espaço de discussão crítica e receber outros criadores e pensadores. A obra de requalificação prolongou-se por vários anos e, em 2010, foi decidido, em conjunto com o artista, transformar o edifício num museu, passando a integrar a rede de estruturas museológicas do município, recordou Graça Rodrigues.
O Atelier-Museu possui um acervo de várias centenas de obras, doadas pelo artista à Fundação Júlio Pomar, com pintura, escultura, desenho, gravura, cerâmica, colagens e assemblage. O edifício, composto por dois pisos, apresenta um corpo central de área expositiva, duas reservas, zonas de serviço, escritório e recepção, escondendo um pátio exterior em seu redor, por onde é feito o acesso dos visitantes. Possui ainda um conjunto de equipamentos, como auditório, com meios audiovisuais e capacidade de 60 lugares sentados para conferências, lançamento de livros/catálogos ou outros eventos.
Créditos: Lusa/SOL/Cultura


Maria Bethânia no Teatro Nacional São João em junho

Para assinalar o ano do Brasil em Portugal, o Teatro Nacional São João apresenta o espetáculo Bethânia e as Palavras, inserido no ciclo Fitei. O dramaturgo Nelson Rodrigues terá também um ciclo dedicado a si. A artista brasileira irá estar no Teatro Nacional São João, no Porto, entre os dias 7 e 8 de junho, para apresentar o espetáculo Bethânia e as Palavras. Neste projeto, Maria Bethânia irá ler poemas de autores portugueses como Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner Andersen e Padre António Vieira, intercalando as leituras com canções do seu repertório. Na programação do teatro portuense, hoje apresentada à imprensa, constam ainda 26 espetáculos, agrupados em cinco ciclos, ligados ao ano Brasil em Portugal e ao Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI).
O dramaturgo brasileiro Nelson Rodrigues também irá estar representado com cinco peças da sua autoria, a estrear no mês de maio, com vista a assinalar as comemorações do centenário do seu nascimento. A Mulher Sem Pecado, em cena partir do dia 10; Valsa N.6, a partir do dia 14; Otto Lara Resende Ou Bonitinha, Mas Ordinária, a partir do dia 17; Toda a Nudez Será Castigada, a partir do dia 22; e a Serpente, a partir do dia 25, são as peças que integram o ciclo dedicado ao dramaturgo.
A partir do dia 4 de abril entra em cena Madalena, baseada em Frei Luís de Sousa, com encenação de Jorge Pinto. No dia 5 do mesmo mês, no Teatro Carlos Alberto, será a vez da estreia absoluta de Gertrude, a partir de Hamlet de William Shakspeare, com encenação de Simão do Vale. Rosencrantz & Guildenstern Estão Mortos, de Tom Stoppard e direção de Marco Martins, entra em cena no dia 11 com interpretação de Gonçalo Waddington, Nuno Lopes, Bruno Nogueira e Beatriz Batarda.
O Teatro Carlos Alberto vai receber ainda a peça Gil Vicente na Horta, a partir do dia 18, numa parceria com o Teatro Nacional Dona Maria II. Encenado por João Mota, o projeto teatral tem como base o texto O Velho e a Horta, de Gil Vicente, entre outras obras do autor do Auto da Barca do Inferno. Na véspera do dia 25 de Abril, o Teatro Nacional São João abre as portas ao espetáculo Dura Dita Dura, com texto e canções de Regina Guimarães e encenação de Igor Gandra. Zoo, de Victor Hugo Pontes, e o espetáculo de dança Salto, com coreografia de André Mesquita, são mais duas estreias absolutas recebidas pelo Teatro Nacional de São João, a partir dos dias 20 e 27. A 10 de julho sobe ainda ao palco a peça A Visita da Velha Senhora, de Friedrich Durrenmatt encenada por Nuno Cardoso.
As estações do Metro do Porto vão ainda receber o projeto Corpo Casa Rua, desenvolvido e dirigido por Carlos Costa, com interpretação a cargo de alunos da companhia teatral Visões Úteis, dos utentes do Centro de Dia de Santo Ildefonso e reclusas do estabelecimento prisional de Santa Cruz do Bispo.


Coreografia "No Reverso das Palavras" em abril no CCB

A coreógrafa Tânia Carvalho vai apresentar o espetáculo 'No Reverso das Palavras', inspirada na música da compositora norte-americana Julia Wolfe a 05 e 06 de abril no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa. Este novo trabalho teve estreia mundial no final de janeiro deste ano no Festival Aire de Jeu - Centre Chorégraphique de Rillieux-la-Pape (França), e depois em Portugal em fevereiro, em Guimarães. A direção e coreografia são de Tânia Carvalho, a música é de Julia Wolfe, e a interpretação de Tânia Carvalho, Luís Guerra e Marlene Monteiro Freitas.
Num texto sobre o espetáculo, Tânia Carvalho explica que "a vida desta peça está no pensamento e na alegria do movimento, no momento em que atravessa um espaço liberto de palavras". Para a coreógrafa, "a natureza, a sequência do movimento é o reverso, o afastamento das palavras: não aquilo que elas escondem atrás de si, mas o instante em que deixam de estar presentes, para darem lugar à expressão". 'No Reverso das Palavras' é uma produção da Bomba Suicida, na sequência de uma residência artística realizada no Centre Chorégraphique de Rillieux-la-Pape (França).
Nascida em 1976, Tânia Carvalho, recebeu formação na Escola Superior de Dança de Lisboa, fez o Curso de Intérpretes de Dança Contemporânea Fórum Dança e o Curso de Coreografia da Fundação Calouste Gulbenkia. Tem participado em vários trabalhos a nível interpretativo e criativo, tendo colaborado, entre outros, com os coreógrafos Francisco Camacho, Carlota Lagido, David Miguel, Filipe Viegas, Luís Guerra de Laocoi e Vera Mantero. Como coreógrafa e intérprete criou, entre outras, as peças 'Mulher à beira de um contrabaixo' (1997), 'A corte' (2000), 'Inicialmente Previsto' (2000), e 'Movimentos diferentes' (2008).


'Estúpida' é a nova revista literária portuense

A editora portuense Edições Mortas, conjuntamente com a Black Sun Editores e a Edição N, lançou a revista literária Estúpida. Desenvolvida por António S. Oliveira, a publicação lançará o segundo número em setembro, sob o mote "Deve ou não o intelectual prostituir-se."
"A estupidez é tanta que ninguém percebe o porquê da edição da Estúpida nestes tempos digitalmente estúpidos e à beira de um banho de sangue". Assim escreveu António S. Silva no editorial da nova revista literária. Estúpida porquê? Numa era em que são escassas as edições literárias e as redes sociais imperam, esta revista pretende ser uma contra corrente. "É de facto estúpido avançarmos com esta revista agora" explicou António S. Oliveira, o mentor do projeto. Mas o pretendido, salienta, passa por desenvolver "um espaço de fuga à escrita comercial que nada acrescenta à literatura."
A revista conta já com o seu primeiro número e o próximo está previsto para ser lançado em setembro, tal como disse ao DN António S. Oliveira. Sob o tema "Deve o intelectual prostituir-se ou não" o responsável do projeto explica que a revista continuará a "refletir a outra literatura que não tem voz no espaço editorial português".
A Estúpida é feita de pequenos textos, micro contos e crónicas de Alexandra Antunes, autora de Red es; de António Pedro Ribeiro, autor de Onde Está o Homem Livre; e Rui Tinoco, autor de O Príncipe Infeliz. Autores estes, entre muitos outros, que já acompanham António S. Oliveira de outras paragens. Desde a revista de poesiaPiolho, por exemplo, que conta com 10 números. Textos de caráter interventivo "que tentam reavivar e questionar o papal do intelectual e do escritor na sociedade que o rodeia", explica António S. Oliveira. "Convinha que desse sangue", desabafa, "era sinal de um despertar".


Miguel Gomes preside Semana da Crítica em Cannes

O realizador irá presidir ao júri da Semana da Crítica do Festival de Cannes. Trata-se de uma secção paralela que visa a descoberta e divulgação de novos talentos cinematográficos. É a mais antiga das secções paralelas do festival e foi fundada em 1962 pelo Sindicato Francês dos Críticos de Cinema. As candidaturas já estão a decorrer, contudo, os filmes em competição só serão anunciados na segunda semana de Abril.
Miguel Gomes já havia estreado, em 2008 , Aquele Querido Mês de Agosto numa outra secção paralela do Festival de Cannes, a Quinzena dos Realizadores. Em 2013 regressa ao certame de cinema francês para presidir um júri composto por quatro jornalistas internacionais ainda por revelar. No ano passado, a presidência dos jurados das curtas-metragens da Semana da Crítica também foi delegada a um português: João Paulo Rodrigues, realizador de Morrer Como Um Homem e O Fantasma.
"Com uma carreira na indústria feita em nome próprio apenas com três longas-metragens, Miguel Gomes representa a essência da Semana [da Crítica]: Descobrir novos autores através dos seus primeiro e segundos filmes, e apresentá-los no plano internacional." Foi desta forma que a organização da secção justificou, em comunicado, a escolha de Miguel Gomes. No mesmo comunicado o realizador português aproveitou para salientar o seguinte: "embora esteja prestes a terminar uma curta-metragem e em preparação para a próxima longa-metragem, esta é uma experiência à qual não posso resistir." A edição deste ano do Festival de Cannes decorrerá entre os dias 15 e 26 de maio deste ano.


Orfeão de Leiria lança ciclo de teatro infantil de Leiria

Orfeão de Leiria Conservatório de Artes (OL CA) anunciou hoje o lançamento do primeiro ciclo de teatro infantil de Leiria, no mês de abril, no âmbito do projeto "Bichinhos de Palco". A iniciativa incluirá uma peça de teatro por mês, com duração de cerca de uma hora, que é exibida em dois sábados seguidos. As peças destinam-se a toda a família e contam com encenações muito particulares de grupos teatrais da região.
O projeto "Bichinhos de Palco" quer alimentar o "bichinho de palco", que existe em cada um, e dar expressão às artes de palco através de uma metodologia inovadora, com a abordagem integrada do teatro, da música, da dança, da cenografia e das artes plásticas, necessários à construção do "artista-intérprete" e criador. "São todas peças didáticas, que se desenrolam no imaginário infantil, em florestas e recantos mágicos, com animais falantes e sensíveis, numa realidade que é perfeita no mundo das crianças", explicou a coordenadora do projeto, Eunice Caetano.
Segundo a responsável, trata-se de peças "muito fora do vulgar", que abordam "a diferença e a inclusão, o amor e a justiça, e que seguem também um outro objetivo do projeto, de dinamizar talentos e recursos da região de Leiria, e que têm trabalho feito aqui". "O 'Bichinhos de Palco' é para bichinhos que têm cócegas de palco, alma de ator, ares de músico, que dançam sem parar. É para crianças que sonham, para crianças com imaginação e vontade de ser", informou ainda Eunice Caetano.
Segundo a mentora do projeto, "Bichinhos de Palco" pretende aproximar as crianças, jovens e adultos à arte, em especial à arte de palco. Além da formação para pequenos atores, de uma forma mais estruturada ou apenas para alimentar uma paixão, como 'hobby', a iniciativa compreende o 1.º Ciclo de Teatro Infantil, "inédito na região de Leiria", o "Ateliê Bichinhos de Palco", a decorrer depois de cada peça, de regularidade mensal, e o ateliê "Bichinhos de Palco em Férias", na primeira quinzena de julho.
"As artes de palco implicam versatilidade, globalidade, complementaridade, e é aí que este programa é inovador e único na região, porque permite formar para a globalidade", justificou Eunice Caetano. O primeiro ciclo de teatro infantil recebe as peças "Salsina", "Pinóquio" e "Gafanhoto Canhoto", sendo este última estreia absoluta, e decorrerá no Auditório Dr. José Neto do Orfeão de Leiria. A primeira edição arranca já a 6 de abril, desenrolando-se até junho.


Primeiro número da revista Granta Portuguesa terá inéditos de Fernando Pessoa

O director Carlos Vaz Marques quer publicar um inédito de um autor desaparecido por cada número, mas a própria revista encomendará textos a autores de língua portuguesa. O primeiro número da edição portuguesa da revista literária Granta, que sairá em Maio, irá publicar inéditos de Fernando Pessoa, disse esta sexta-feira à Lusa o jornalista Carlos Vaz Marques, que a dirige.
A publicação de cinco sonetos de Fernando Pessoa, apresentados pelos investigadores pessoanos Jerónimo Pizarro e Carlos Pitella-Leite, insere-se no primeiro objectivo da revista, que “é o de publicar bons textos literários inéditos”, disse Carlos Vaz Marques.
Referindo-se à publicação dos sonetos de Pessoa, Vaz Marques afirmou tratar-se de “uma revelação absoluta” que “já justificaria, por si só, este primeiro número da edição portuguesa da Granta”. Segundo o responsável, há o interesse em publicar um inédito de um autor desaparecido por cada número, mas a própria revista encomendará textos a autores de língua portuguesa. “Sabemos que uma parte importante do trabalho literário surge, muitas vezes, de estímulos externos, e pretendemos ser essa centelha que acende o rastilho de autores com talento e coisas para dizer”, disse.
Um outro objectivo da revista, que terá periodicidade semestral, “é o de publicar em português os textos de grandes escritores, escritos para a Granta de língua inglesa, e nunca editados em Portugal”. “O baú da Granta é imenso e de grande qualidade, com autores tão importantes como Salman Rushdie ou Martin Amis, Saul Bellow ou Ryszard Kapuscinski”, acrescentou.
À Lusa, Vaz Marques revelou um terceiro objetivo, “mais ambicioso”, que é o de “dar a conhecer e de conseguir abrir portas noutros países a alguns dos autores que publicarão na edição portuguesa”. “Sendo a Granta, cada vez mais, uma família literária global, com edições em diversas línguas, temos esta ambição”, rematou. A Granta Portuguesa terá, “em todos os números, um portfolio fotográfico, que, nesta primeira edição, vai ter a assinatura do fotógrafo Daniel Blaufuks”.
A Granta portuguesa, que será publicada pela editora Tinta da China, irá “seguir o modelo original daGranta, que já deu provas de grande qualidade”, disse Vaz Marques, que sublinhou que “será, acima de tudo, uma revista virada para a criação literária, na qual se tentará juntar nomes consagrados e novos talentos”. À nova revista, Carlos Vaz Marques quer “chamar autores de todo o espaço de língua portuguesa”.
Questionado sobre qual a ortografia escolhida, seguindo ou não o Acordo, Vaz Marques afirmou: “A Grantanão vai ater-se a pequenas polémicas de circunstância. Será publicada na forma ortográfica escolhida por cada um dos autores que escrever para ela”. Destinada “a todos os leitores de língua portuguesa”, não foi ainda definida a tiragem que vai ter e, quanto a colaboradores, Vaz Marques achou que ainda é cedo para os revelar. A Granta não terá uma edição “on-line”, garantiu o director que acrescentou que o “design” vai ser de Vera Tavares.
“Saliento o entusiasmo da editora Bárbara Bulhosa, sem o qual este projecto não existiria, e a extraordinária dedicação da Inês Hugon, da Madalena Alfaia, da Rute Dias e do Joaquim Massano, contributos essenciais para concretizarmos uma publicação que - estou convicto - vai tornar-se rapidamente um espaço literário insubstituível”, asseverou Carlos Vaz Marques.
Para o lançamento do primeiro número da Granta Portuguesa virá a Portugal o editor da Granta internacional, John Freeman, e Vaz Marques promete “uma festa de arromba”.
Créditos: Público/Cultura


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