sexta-feira, 22 de março de 2013

Ideias em movimento!

(imagem retirada da internet)


Livro inédito de José Saramago vai chegar em Abril


Um livro inédito de José Saramago vai chegar às bancas já no próximo mês. O anúncio foi feito pela Fundação José Saramago, que revelou que vai publicar um novo livro do escritor com lançamento na segunda quinzena de abril, durante a feira do Livro de Bogotá, na Colômbia. De acordo com um comunicado da fundação, a obra "A Estátua e a Pedra", em edição bilingue, em português e espanhol, vai estar disponível no mercado português a partir do início de abril e a capa do livro, da autoria do designer gráfico espanhol Manuel Estrada, já foi dada a conhecer.

O livro vai buscar o seu nome a uma conferência que José Saramago deu em Maio de 1998, na Universidade de Turim, em Itália, e, segundo o mesmo documento, "é um livro que não existiria sem Lanzarote". "'A Estátua e a Pedra' é uma reflexão de José Saramago sobre os seus livros e sobre a importância decisiva que o facto de viver numa ilha de pedra e vulcões teve para entender o seu estilo literário e de vida", explica a fundação.
O texto de Saramago, adianta, é acompanhado, neste pequeno volume, de dois textos introdutórios dos professores italianos Luciana Stegagno Picchio e Giancarlo Depretis e também de um epílogo do escritor espanhol Fernando Gómez Aguilera.
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]
Créditos: Boas Notícias


No 20.º aniversário, o CCB abre-se a Lisboa com romantismo

Símbolo da abertura do Centro Cultural de Belém à cidade, os Dias da Música celebram em Abril as diversas facetas do Impulso Romântico. Em ano de comemoração do 20.º aniversário, o Centro Cultural de Belém, em Lisboa, abre o coração ao romantismo, pelo menos durante três dias - de 19 a 21 de Abril, as datas dos Dias da Música. Este ano o evento é dedicado ao Impulso Romântico, numa visão panorâmica que "vai da Idade Média aos nossos dias", não se encerrando por isso na produção musical do século XIX, afirmou na terça-feira, em conferência de imprensa, Miguel Leal Coelho, um dos vogais do conselho de administração - o presidente, Vasco Graça Moura, esteve ausente, por "impedimento".
O orçamento para este ano é de 450 mil euros, "o mesmo do ano passado", segundo Leal Coelho. Os preços dos bilhetes (esta quinta-feira serão disponibilizados cerca de 28 mil) serão os mesmos de 2012. No total haverá 60 concertos pagos e 14 livres. O de abertura, a 19 de Abril, trata-se de Missa para solistas coro e orquestra em Ré maior, op. 123, Missa solemnis, de Beethoven. A interpretação é da Orquestra Sinfónica Metropolitana, com o coro Lisboa Cantat, o ensemble vocal de Freamunde e os solistas Ana Maria Pinto, Daniela Lehmer, David Danholt e Wojtek Gierlach.
O concerto de encerramento, a 21 de Abril, caberá a Um Sonho de Uma Noite de Verão de Felix Mendelssohn pela Orquestra Sinfónica Portuguesa e Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, com direcção de Rui Pinheiro. Para além de Felix Mendelssohn, compositores oitocentistas como Schumann ou Brahms ou do barroco através de Vivaldi, Handel ou Pergolesi estarão em destaque. A Banda Sinfónica da GNR, a Camerata Alma Mater, o Quarteto de Cordas de Lisboa e o Quarteto Verazin estreiam-se no acontecimento. Pianistas como Pedro Burmester, Artur Pizarro, Alexei Eremine e Alexei Volodin, os violetistas Ana Bela Chaves e Gérard Caussé e o violoncelista Marc Coppey passarão pelo CCB.
Numa edição marcada pelo romantismo ao longo dos tempos, em que a vertente histórico-musical e a popular serão abordadas, os Dias da Música serão uma "festa da família", sublinhou Leal Coelho, com concertos para todas as idades. Haverá oficinas de dança, palestras e outras músicas para lá da clássica (o fado por Aldina Duarte ou Maria Ana Bobone).
Se existe altura em que o CCB se abre à cidade é nos Dias da Música. Dalila Rodrigues, vogal do conselho de administração, recuperando o conceito "CCB: Cidade Aberta", discorreu sobre o que irá acontecer esta quinta-feira, dia em que se assinala o aniversário da instituição.
Depois de uma sessão inaugural, pelas 14h, que contará com o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, haverá duas sessões de debate. Às 14h30, com moderação de Simonetta Luz Afonso: OContexto Urbano e Cultural de Lisboa, intervenções de António Lamas, Walter Rossa, António Guerreiro e Dalila Rodrigues. Pelas 16h30, com moderação de Nuno Grande:O CCB no Contexto da Arquitectura Portuguesa e Europeia, com intervenções de Gonçalo Byrne (um dos arquitectos com um projecto concorrente preterido há 20 anos), Nuno Portas (que fez parte do júri de avaliação na época), o arquitecto e vereador da Câmara Municipal de Lisboa Manuel Salgado (integrou o consórcio dos arquitectos responsáveis pelo projecto) e o crítico e professor Jorge Figueira. Ao final da tarde, pelas 19h, será inaugurada a exposição ARX Arquivo, que evoca a exposição Realidade-Real inaugurada há 20 anos pelo então prometedor atelier dos irmãos Nuno e José Mateus, que desde então tem marcado a arquitectura portuguesa. Será no novo espaço expositivo da instituição - Garagem Sul - dedicado à arquitectura, uma das áreas criativas a que o CCB quer dar mais atenção. À noite, no Grande Auditório, só para convidados, realizar-se-á o concerto comemorativo dos 20 anos pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida por Martin André, com o coro do Teatro Nacional de S. Carlos, dirigido por Giovanni Andreoli. Obras de Wagner e Verdi fazem parte do programa do concerto.
Créditos: Público/Cultura


Assírio & Alvim vai editar obra completa de Sophia de Mello Breyner

A obra da escritora estava dispersa por diversas editoras como a Salamandra, Portugália, Livros do Brasil ou Caminho. A Assírio & Alvim, que pertence ao grupo Porto Editora, já tinha os direitos da prosa e passa agora a ter os direitos de toda a poesia. O grupo Porto Editora anunciou esta quinta-feira, Dia Mundial da Poesia, a edição completa da obra poética de Sophia de Mello Breyner Andresen. Em comunicado enviado à agência Lusa, o grupo revelou que ainda no decorrer de 2013 serão publicados pela Assírio & Alvim as primeiras obras da escritora Sophia de Mello Breyner Andresen (1919- 2004) : Poesia(originalmente publicado em 1944), Coral de 1950, No Tempo Dividido, de 1954, e Mar Novo de 1958.
Vasco Teixeira, director editorial do grupo editorial, afirmou que a possibilidade de se publicar a obra poética de Sophia de Mello Breyner Andresen na Assírio & Alvim estava a ser analisada há algum tempo e que este anúncio não podia acontecer em melhor data. “Estamos particularmente satisfeitos com a concretização deste nosso desejo. A Assírio & Alvim é a casa ideal para dar a visibilidade que a obra poética da Sophia de Mello Breyner Andresen merece”, sublinhou Vasco Teixeira.
De lembrar que, em Outubro de 2012, a Porto Editora já tinha assegurado os direitos de edição da obra em prosa da escritora. A obra da escritora estava dispersa por diversas editoras como a Salamandra, Portugália, Livros do Brasil ou Caminho.
Créditos: Público/Cultura


Em Junho, Paris é a capital do Portugal das artes

Programação acontece entre 3 e 16 de Junho no Théatre de la Ville e levará à capital francesa o teatro, a dança, a música, as artes plásticas, o cinema e a literatura portugueses. Música, teatro, dança, cinema e artes plásticas. Em Junho, Paris vai abrir portas à criação portuguesa. Durante duas semanas são cerca de 60 os artistas que, a convite do Théatre de la Ville, vão apresentar os seus projectos na capital francesa.
A iniciativa do teatro parisiense não é nova. Pelo contrário, tem um nome, Chantiers D’Europe, e vai já na sua quarta edição. Depois de Itália, Reino Unido e Grécia, Portugal foi o país escolhido para os palcos do Théatre de la Ville, como forma de mostrar que a crise é económica e não criativa. “Esta edição é dedicada aos artistas portugueses, a fim de mostrar um dinamismo criativo importante, em grande parte ofuscado nos últimos anos por um olhar quase exclusivamente económico”, escreve no programa, revelado esta quarta-feira, Emmanuel Demarcy-Mota, director do Théâtre de la Ville.
O director, filho de mãe portuguesa e pai francês, destaca ainda a resistência dos artistas portugueses num momento tão crítico como o que se vive nas artes nos últimos anos e que deu origem, segundo o próprio escreve, a um “‘laboratório’ de companhias emergentes, que trazem um verdadeiro olhar sobre o impacto social e politico para as suas criações”. “Uma cena cuja independência é a força”, acrescenta.
A inauguração desta programação, que acontece oficialmente entre 5 e 16 de Junho, apesar de durante todo o mês existirem actividades, fica a cargo de Carminho. A fadista portuguesa, que em 2012 editou o segundo álbum, Alma, apresentará no dia 5 no Théatre de la Ville um concerto especial, que está ainda a ser preparado. Lula Pena, a 10, e Mísia, ainda sem data definida, completam o programa de concertos.
O destaque da programação vai, no entanto, para o teatro e dança: Tiago Rodrigues, Sofia Dias e Vítor Roriz e os colectivos Teatro Praga, Bomba Suicida e Mala Voadora. Voltando ao trabalho das companhias emergentes que Emmanuel Demarcy-Mota destaca, toda a programação foi construída a pensar nesse princípio.
Como se pode ler no texto de apresentação destes espectáculos, assinado pelo jornalista Jean-Marque Adolphe e pelo crítico de artes performativas do PÚBLICO Tiago Bartolomeu Costa, consultor desta edição dos Chantiers, será possível “navegar entre a censura no teatro (Três dedos abaixo do joelho, de Tiago Rodrigues – 11 de Junho), o teatro como hipótese política (Eurovision, do Teatro Praga – 7 e 9 de Junho) e a realidade como ficção (What i heard about the world, Mala Voadora – 4 e 5 de Junho) ”. Ou ainda "perceber que a coreografia é, afinal, um jogo de palavras (Um gesto que não passa de uma ameaça, Sofia Dias e Vítor Roriz – 14 e 15 de Junho). Ou será antes um arriscado exercício de desmontagem das formas (The Recoil of Words, do colectivo Bomba Suicida – 13 de Junho)?”, continua o texto. 
A abrir a programação de teatro e dança, entre 3 a 5 de Junho, está Catabrisa, peça infantil de Joana Providência, Gémeo Luís e Eugénio Roda. O Teatro Praga terá ainda três dias de carta-branca, onde para além dos dois espectáculos que constituem o programa, proporão leituras, instalações e perfomances de artistas portugueses de diferentes áreas. Mónica Calle apresentará a 12 de Junho Virgem Doida, a peça que fundou a Casa Conveniente há 20 anos.
Nas artes plásticas, João Onofre terá três instalações no Théâtre de la Ville, assim como Pedro Barateiro e Susana Mendes Silva apresentarão alguns trabalhos na École Supérieure National des Beaux Arts. Nesta área, o Théâtre de la Ville conta com uma parceria com a Fundação Gulbenkian e Cenquatre, que levarão outros artistas à capital francesa.
Haverá ainda espaço para o cinema em parceria com o MK2 Beaubourg e ainda para leituras de textos de teatro dos autores José Maria Vieira Mendes, André Murraças e Jacinto Lucas Pires, cujas peças serão lidas em público e transmitidas pela rádio France Culture. O programa de leituras conclui com uma noite especial dedicada ao universo do escritor António Lobo Antunes, encenada por Georges Lavaudant.

O programa detalhado pode ser consultado aqui.
Créditos: Público/Cultura


Novo vídeo dos Muse é feito por dois portugueses

Dois portugueses foram os vencedores do concurso mundial para criar o videoclip da música “Animals”, da banda britânica Muse, segundo foi anunciado na página oficial do grupo no Facebook. “Os vossos votos foram contados, a banda deliberou e todos concordamos que a excelente versão de “Animals” por Inês Freitas e Miguel Mendes, de Portugal, é o vencedor do concurso”, refere a página do grupo na rede social Facebook, que divulga o vídeo dos portugueses. A competição tinha sido lançada aos fãs em Dezembro e hoje foi anunciada a decisão.
Em declarações à rádio TSF, Inês Freitas explicou que o vídeo é singular na história dos Muse, por se tratar de um vídeo de animação e incidir sobre o tema da música, que pretende ser uma crítica ao capitalismo selvagem e à ganância. Os dois portugueses são alunos do curso de Design de Animação e Multimédia do Instituto Politécnico de Portalegre, que também já divulgou a notícia no seu site oficial.
O prémio do concurso garantirá aos dois portugueses 3.000 libras (cerca de 3.500 euros), segundo o anúncio feito pela banda quando lançou o concurso. O vídeo já está disponível no Youtube e deverá ainda ser exibido num dos concertos do próximo verão.  Os Muse actuam em Portugal no dia 10 de Junho, no Estádio do Dragão, no Porto, onde deverão estar presentes os dois artistas portugueses.

Ver video AQUI
Créditos: Lusa/SOL/Cultura


Simone de Oliveira apresenta novo álbum

A cantora Simone de Oliveira, a celebrar 55 anos de carreira, apresenta o novo álbum, “Pedaços de mim”, na quinta-feira à noite, no bar Frágil, em Lisboa. Em declarações à Lusa, Simone de Oliveira afirmou que não gravava um álbum há dez anos e, quando Renato Jr. a convidou para o fazer, pensou que não se concretizaria, mas as conversações chegaram a bom porto e Simone foi “pedindo canções”. “Fui pedindo: ‘olha, fazes-me uma cantiga, olha, fazes-me uma cantiga’, e foram fazendo e fui juntando, e todos eles escreveram de propósito para mim, e isso é extraordinário”, disse a cantora.
Ao rol de canções assinadas, entre outros, por Filipe La Féria, Ana Vidal ou Cristina Carvalho, Simone de Oliveira juntou dois originais seus, que “tinha guardados”. “Não escrevo poemas, sou uma escrevinhadora de emoções, mais nada”, disse Simone de Oliveira, acrescentando que, para o álbum, “tinha de cantar Lisboa”. O tema intitula-se “Lisboa”, com música de Nuno Feist, que também dirige a orquestra de 71 elementos e assina parte dos arranjos musicais.
A outra letra de sua autoria é “Não me importo”, com música de Paulo de Carvalho. Referindo-se a este tema, Simone reconheceu que “é mais intimista”. “O que eu digo nessa canção é isto: ‘não me digam que não sou capaz, que eu vou em frente, o caminho é meu, e eu vou lá chegar’, e isto resume a minha vida”, disse a intérprete de “Desfolhada Portuguesa” entre risos. A cantora sublinhou que não conhecia a maioria dos autores de quem canta temas, à excepção de Paulo de Carvalho, que “faz parte do nosso imaginário”, e de Nuno Feist, que, além de “Lisboa”, musicou a canção “Vida”, um original de Filipe La Féria. ita Roquette de Vasconcellos assina também duas canções, “O meu pecado é viver”, com letra de Ana Vidal, e “Ouve a voz”, sobre texto de Cristina Carvalho.
O álbum reúne 13 canções, assinadas por autores como Susana Félix, Miguel Gameiro ou Tiago Torres da Silva, com músicas de Rui Veloso e Tiago Pais Dias, dos Amor Electro, entre outros, e conta com as participações especiais do fadista Ricardo Ribeiro e do instrumentista Pedro Jóia.
“Tenho 75 anos, 55 anos de percurso, e chego a esta altura da minha vida e tenho a sorte de ter este trabalho na mão. É muito bom, e têm-me dado os mimos todos, tem sido muito bom”, rematou a intérprete de temas como “Sol de inverno”, “À tua espera” ou “No teu poema”.
Renato Jr. é o produtor do álbum, editado pela Get Records, e, além de Feist, Luis Avellar, músico que, entre outros, colaborou com o cantor brasileiro Djavan, é o outro responsável pelos arranjos musicais.
Entre os treze temas, a intérprete que venceu por duas vezes o Festival da Canção, em 1965 e em 1969, canta duas canções em espanhol, “Una rosa y um bolero”, de Manu Tenório, e “Te doy una canción”, de Silvio Rodriguez. Outros temas do álbum são “Foi assim”, com letra e música de Augusto Madureira, “Rosa sangue”, de Jorge Cruz e Tiago Pais Dias, “Valsa de uma vida”, de Miguel Gameiro, e “Uma canção para Clarice”, de Torres da Silva e Rui Veloso.
Além da canção, Simone Oliveira trabalhou na rádio, na televisão e na imprensa. A intérprete foi condecorada com a Ordem da Liberdade e a Ordem do Infante D. Henrique.
Créditos. Lusa/SOL/Cultura


Deolinda distinguidos com o Prémio José Afonso 2011

O álbum “Dois selos e um carimbo”, do grupo Deolinda, editado em 2010, venceu o Prémio José Afonso 2011, foi hoje divulgado pela Câmara Municipal da Amadora, que o instituiu em 1988. Para o júri, o álbum “vem confirmar e expandir, após o merecido sucesso do primeiro CD, em 2008, as já evidentes qualidades deste grupo em plena ascensão".
O "requinte das melodias e dos arranjos, que fundem habilmente várias influências num todo original, mas genuinamente português, óptima interpretação instrumental e vocal e pertinência e actualidade das letras, que se traduzem numa poesia crítica inteligente e plena de humor” foram as qualidades destacadas pelos jurados.
Segundo a nota da autarquia, o júri realçou ainda “a inovação e individualidade musical e a cuidada produção sonora e gráfica do álbum”. Do álbum, editado pela EMI Music, constam 14 temas, entre eles, "Quando janto em restaurantes", "Entre Alvalade e as Portas de Benfica", "Um contra o outro" e "Fado Notário". O grupo é constituído por Ana Bacalhau, José Pedro Leitão e os irmãos Pedro da Silva Martins e Luís Martins. Quando o grupo lançou o álbum, em declarações à Lusa, Ana Bacalhau disse que “Dois selos e um carimbo” era "um reforço daquilo que é a sonoridade dos Deolinda". Pedro Silva Martins, autor das letras da banda, referiu por seu turno: "Esta é uma sonoridade que pretendemos que chegue a muita gente, até no estrangeiro, mas que tenha um cunho próprio". "Queremos que as canções sejam referenciais a uma cidade, a um país e a um grupo. Essa assinatura importa-nos muito", realçou. “Dois selos e um carimbo” sucedeu ao álbum “Canção ao lado”, editado em 2008 pela iPlay.
Foram também finalsitas do prémio os álbuns, “As vidas dos outros”, dos Anaquim, “Guia”, de António Zambujo, “Veículo climatizado”, dos Arrefole, “Do amor e dos dias”, de Camané, “Signo solar”, dos Flor-de-Lis, “Sétimo fado”, de Joana Amendoeira, “Graffiti”, de Júlio Pereira, “Troubadour”, de Lula Pena, e "Fado tradicional”, de Mariza. Constituíram o júri o vereador da cultura da Amadora, António Moreira, a pianista Olga Prats, o compositor Sérgio Azevedo e a chefe da divisão de Intervenção Cultural da edilidade, Vanda Santos.
Os Deolinda têm novo álbum de originais, “Mundo Pequenino”, editado pela Universal Music na passada segunda-feira e que já é disco de Ouro, pelo número de exemplares vendidos. A banda apresenta o novo álbum no próximo sábado em Lisboa, às 18:30, na FNAC do Colombo, e às 21:30, na do Chiado. A banda tem já agendadas actuações nos Coliseus de Lisboa e Porto, respectivamente, nos dias 03 e 04 de Maio.
O novo álbum tem 14 canções assinadas pelo guitarrista Pedro Silva Martins e as letras estão marcadas por essa cidadania activa, optimista, não resignada, em relação ao que rodeia os Deolinda. Exemplo disso é o tema "Algo de novo", espécie de nova carta de intenções da banda, quando Ana Bacalhau canta "Eu, contigo, hei de por isto na rua/que eu também sinto que o melhor está para vir".
Os Deolinda já actuaram além fronteiras, designadamente na Itália, Espanha, Holanda, Bulgária, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos e foram distinguidos com o Prémio Revelação 2010 pela revista britânica Songlines.
O Prémio é uma homenagem a José Afonso, "ícone da Revolução dos Cravos e da Liberdade", como afirma a Câmara da Amadora, que com esta iniciativa procura ainda “incentivar a criação musical de raiz portuguesa, bem como fomentar o turismo e a cultura na cidade da Amadora".
Dulce Pontes, Né Ladeiras, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Fausto, Júlio Pereira, Mafalda Veiga, Vitorino e António Pinho Vargas foram alguns dos músicos distinguidos em edições anteriores do galardão.

Créditos: Lusa/SOL/Cultura


Mais cinema português na décima edição do IndieLisboa

Mais filmes portugueses e uma programação em contracorrente com o pessimismo que toca o país preenchem em Abril o décimo IndieLisboa, festival internacional de cinema independente, hoje apresentado. O festival, que apostou em "filmes fora do formato", está a celebrar dez anos e apresentará de 18 a 28 de Abril quase 250 filmes, estrangeiros e portugueses.
Em dez anos "nunca nos afastámos da nossa ideia de cinema independente, de tentar mostrar que estes filmes são aquilo que achamos mais importante. O slogan diz 'Hollywood está a ficar sem ideias' e é o oposto do cinema independente", disse à agência Lusa um dos directores do IndieLisboa, Miguel Valverde. A organização recebeu quase quatro mil filmes de todo o mundo, seleccionando 246, dos quais 45 são portugueses de produção recente.
Segundo o director Nuno Sena, estes dados mostram que "o anúncio da morte do cinema português [por falta de apoio financeiro público] foi exagerado". Na conferência de imprensa, a direcção sublinhou ainda o espírito de "optimismo", apesar dos tempos difíceis e da redução de orçamento, considerando a décima edição a melhor de todas.
Pela primeira vez, a competição nacional inclui 16 curtas e seis longas metragens "com uma base documental e que dialogam muito com o mundo contemporâneo, descreveu Nuno Sena. São elas "A batalha de Tabatô", de João Viana, "Bobô", de Inês Oliveira, "Campo de flamingos sem flamingos", de André Príncipe, "É o amor", de João Canijo, "Lacrau", de João Vladimiro, e "Um fim do mundo", de Pedro Pinho. 
Os filmes de João Vladimiro e João Viana também integram a competição internacional. Da produção portuguesa, os directores destacaram ainda a animação de volumes "Forbidden Room", de Emanuel Nevado, a nova secção "Novíssimos", com 13 primeiras obras, e três filmes que não encaixam em qualquer secção: "Arriverci Macau", de Rosa Coutinho Cabral, sobre o arquitecto Manuel Vicente, "Bibliografia", de Miguel e João Manso, "Montemor", de Ignasi Duarte, e "Torres & Cometas", de Gonçalo Tocha.
Da produção internacional destacam-se a série documental "Death Row", de Werner Herzog, sobre condenados à pena de morte nos Estados Unidos, "Frances Ha", de Noah Baumbach, "The Black Balloon", de Benny e Josh Safdie, "Sinapupunan", de Brillante Mendoza, "Sakda", do premiado Apichatpong Weerasethakul, e "Spring Breakers", de Harmony Korine.
Destaque ainda para o realizador austríaco Ulrich Seidl, com a trilogia "Paradies", e para o artista visual irlandês Patrick Jolley.
Mantêm-se as secções IndieJúnior, para os mais novos, e o IndieMusic, com propostas em torno da música, e aposta-se nos eventos fora do ecrã, com concertos no Ritz Clube, com actuação da canadiana Peaches e um concerto especial, a 19 de Abril, do músico Manuel Fúria em tornon do álbum "Mãe", dos Heróis do Mar.
Em dez anos, a direcção do IndieLisboa considera que conseguiu manter intacto - "por teimosia ou coerência" - o espírito em torno do cinema independente, conquistando público português. "O nosso processo foi construir esse público e acreditamos que esse público ainda não é o que gostaríamos. Acreditamos que há mais público que ainda não teve oportunidade de conhecer estes filmes e estes cineastas", disse Miguel Valverde.
O IndieLisboa decorrerá na Culturgest, cinema São Jorge, Cinema City Alvalade e Cinemateca. O filme de abertura será "No", do chileno Pablo Larraín, e o de encerramento "Before Midnight", do norte-americano Richard Linklater. Toda a programação e preço de bilhetes pode ser consultada em www.indielisboa.com.
Créditos: Lusa/SOL/Cultura


Novo disco de Camané inclui inéditos e sai em Abril

O fadista Camané realiza concertos em Guimarães e Lisboa, em Abril, altura em que vai sair o álbum "O Melhor 1995-2013", que também vai incluir inéditos, entre os quais "Ai Margarida", de Álvaro de Campos e Mário Laginha. O anúncio foi feito pela discográfica do fadista, que adiantou que, no dia 29 de Junho, Camané vai actuar na Casa da Música, no Porto.
O espectáculo em Guimarães está agendado para o dia 27 de abril, no Centro Cultural Vila Flor, e, no dia 30 de Abril, Camané sobe ao palco do grande auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, disse à Lusa fonte da EMI Music.
Precisamente no dia anterior à actuação na capital, é editado o álbum "O Melhor 1995-2013", um "trabalho que reúne os grandes clássicos da sua carreira, desde o lançamento do primeiro álbum de originais, de 1995, intitulado 'Uma Noite De Fados', até ao mais recente 'Do Amor e Dos Dias', de 2010", afirmou a mesma fonte. Este álbum "trará também alguns inéditos, temas nunca antes gravados pelo fadista, como o single de apresentação, 'Ai Margarida', com saída agendada para o início de Abril".
Camané, 45 anos, começou a cantar fado e a gravar ainda jovem, fortemente influenciado pelo meio familiar. Em 1979, venceu a Grande Noite do Fado de Lisboa, tendo participado, na década de 1980, em várias produções teatrais de Filipe la Feria como "Grande Noite", "Maldita Cocaína" e "Cabaret". De "Uma noite de fados", gravado ao vivo no Palácio das Alcáçovas, em Lisboa, constam temas como "Aquela e triste e leda madrugada", "O espaço e o tempo" ou "Saudades trago comigo". O álbum foi editado em vários países europeus, tendo o fadista actuado, entre outros, em Espanha, França, Holanda e Itália. Em 1998, editou "Na Linha da vida", que a imprensa considerou um dos melhores álbuns do ano, e que incluiu fados como "Eu não me entendo" ou "Senhora do Livramento".
Ao longo da sua carreira, até este ano, entre álbuns de estúdio, gravados ao vivo e um que fez uma primeira compilação do seu repertório, "The art of Camané -- The prince of fado", editado em 2004 pela Hemisphere, o fadista soma 11 álbuns, excluindo os discos gravados na juventude.
Camané tem actuado em vários países da Europa e das Américas, como Argentina, Chile, Peru, Uruguai, Reino Unido, Suíça, Bulgária, Polónia e Hungria. Em 2011, cantou na Brooklyn Academy of Music, de Nova Iorque, num concerto elogiado pelo New York Times. Em 2008, editou "Sempre de mim", em que interpretou poetas como Luís Macedo e Pedro Homem de Mello, e resgatou composições inéditas de Alain Oulman, compositor exclusivo de Amália Rodrigues, falecido em 1990. Em 2010, saiu "Do amor e dos dias" em que, entre outros, gravou "Súplica", "Último recado" e "Emboscadas".
Camané tem feito incursões noutros géneros musicais. No ano passado actuou no Festival Île de France, em Paris, numa homenagem a Cesária Évora, acompanhado pelos músicos da cantora cabo-verdiana, e foi um dos escolhidos para integrar o projecto "Humanos", com Manuela Azevedo e David Fonseca, que recuperou temas inéditos de António Variações, 20 anos após a morte deste criador.
Créditos: Lusa/ SOL/Cultura


Diogo Morgado na pele de Jesus bate recordes de audiências nos EUA

Diogo Morgado estreou-se no ecrãs norte-americanos com The Bible, onde se conta a vida a Jesus. A série está a bater recordes de audiências e o actor causou sensação. Dizem que é dos Jesus mais bonitos de sempre. Foi quase sem aviso que a notícia chegou. A série The Bible, protagonizada por um português, e transmitida no norte-americano History Channel, está a quebrar recordes de audiências nos EUA. Mas desta feita não é um dos lusos habitués dos ecrãs mundiais como Joaquim de Almeida a encantar milhões de espectadores. É Diogo Morgado que assume, nada mais nada menos, que o papel de Jesus. Isto depois de, no ano passado, ter interpretado Salazar.
Criada e produzida pelo casal Roma Downey and Mark Burnett (produtor de Survivor e The Apprentice), The Bible (que por cá poderá ser vista na SIC, a partir de 28 de Março, quinta-feira Santa) é uma mini-série de dez episódios (cada um de uma hora), que se debruça, obviamente, sobre a Bíblia, tendo como objectivo narrar a sua história, do Antigo ao Novo Testamento, de uma forma que chegue a todo o tipo de audiências. «É, realmente, um programa para toda a família», disse Burnett à Fox. «É para jovens. É para idosos. E, igualmente importante, é para adolescentes».
E serão essas mesmas adolescentes que, provavelmente, se irão cair de amores pelo actor português. No dia da estreia, domingo, 3 de Março, só nos EUA foram mais de 13 milhões os que se sentaram em frente ao ecrã para assistir aos primeiros dois episódios (são transmitidos aos pares), tendo sido o programa norte-americano com mais audiência este ano. E, apesar de Diogo Morgado ainda não ter chegado ao ecrã (uma vez que interpreta Jesus, o seu papel só começa este domingo), já muito se disse sobre ele nos jornais. É que este Jesus está a virar um sex symbol.
«Este Jesus, Diogo Morgado, é, talvez, demasiado bonito mas a sua interpretação é absolutamente sincera», refere o crítico de televisão James Bawden; «Jesus é aqui retratado pelo incrivelmente charmoso actor português Diogo Morgado», pode ler-se no Salon; «Jesus é exibido como um alto e belo europeu [...] interpretado por Diogo Morgado, com um sorriso que quase define a palavra ‘beatífico’», afirma o LATimes; «É de notar que Diogo Morgado é consideravelmente marcante como Cristo», comenta o Huffington Post. E ainda a procissão vai no adro, visto que faltam alguns dias para a sua estreia efectiva na série e na televisão.
Mas como conseguiu, afinal, Diogo Morgado tão importante papel? De acordo com os produtores, a selecção parece ter tido quase intervenção divina. «A apenas seis semanas de começar a gravar ainda não tínhamos escolhido quem ia interpretar Jesus. Estávamos muito ansiosos», disse Roma Downey à revista People, contando que, em desespero, enviou um email a vários amigos colocando em assunto: ‘À procura de Jesus’. «O círculo de oração pôs-se em cena e a oração foi atendida», conta a produtora, explicando que o amigo e realizador James Foley respondeu, sugerindo Diogo Morgado para o papel. Roma aceitou a sugestão e, depois de ver uma audição gravada do actor, quis marcar um encontro ao vivo. Mas estava receosa que tal se provasse complicado, uma vez que Diogo mora em Portugal. «Estava um bocado desmotivada, não sabia como é que, logisticamente, a coisa ia funcionar. Mas falei com o seu agente e ele disse-me: ‘Na realidade, ele está a viajar e está em Los Angeles’. Respondi: ‘Aleluia’». O encontro ficou marcado para o dia seguinte, tendo ido Diogo a casa de Roma e Mark Burnett. «Puxei o Mark e espreitámos pela janela para o ver chegar. Virei-me para o meu marido e disse-lhe: ‘Aí está ele. É o nosso Jesus’».
Enquanto o casal se tranquilizava por ter encontrado o seu protagonista, Diogo Morgado enervava-se pela magnitude do que lhe era proposto. «Estava em LA e quiseram que fizesse uma audição para Jesus. Entrei em pânico. Achei que era demasiado. É o papel mais completo e complexo que um actor pode interpretar. Nem o encaro como um papel. É uma oportunidade para partilhar a minha ideia de Jesus. Acredito que a Bíblia – e Jesus Cristo – é uma grande história de amor», disse o actor numa entrevista ao canal E!. Acrescentou que, por Portugal ser um país católico, cresceu com a Bíblia e Jesus sempre por perto. «Basicamente, para mim, foi uma oportunidade para aprofundar as Escrituras».
A partir deste domingo, Diogo entra finalmente em cena. Resta esperar para ver se os EUA, que já se apaixonaram pela série, se apaixonam também pelo actor que, no próximo ano, poderá também ser visto em Red Butterfly, de Jon Alston, e em Born to Race: Fast Track, de Alex Ranarivelo. Tudo parece indicar que está no bom caminho para conquistar o coração da América.


Sérgio Godinho recebe distinção em Barcelona

O músico português Sérgio Godinho foi distinguido pela associação cultural Cosi di Amilcare com o prémio Rambaldi, que será entregue ao cantor e compositor, esta sexta-feira, em Barcelona. A homenagem surge na sequência da atribuição do prémio Tenco, em 1995, como reconhecimento da sua carreira musical. Com este prémio, a associação espanhola pretende salientar a importância e a simbologia do músico português que recebeu o último prémio Tenco sob a gestão de Amilcare Rambaldi, um floricultor italiano da cidade de San Remo que quis criar um festival anual de músicas, após o fim da 2ª Guerra Mundial.
O fundador do Club Tenco, que ao longo de 40 anos distinguiu vários músicos de todo o mundo, faleceu alguns dias depois de entregar a Sérgio Godinho o prémio Tenco na edição de 1995.
Para além da cerimónia de entrega do prémio Rambaldi, o músico português vai atuar em conjunto com a cantora e compositora espanhola Marina Rossell, no Teatro Juventut, em Barcelona. Esta é uma atuação dupla inédita onde Sérgio Godinho vai apresentar o seu mais recente álbum, "Mútuo Consentimento", lançado em 2011, numa altura em que o compositor está perto de comemorar 50 anos de carreira.
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]
Créditos: Boas Notícias


Ana Moura conquista crítica e público norte-americano

O concerto em Manhattan da fadista portuguesa Ana Moura esgotou por completo a sala City Winery e valeu à cantora vários elogios por parte da imprensa norte-americana. Cerca de 400 pessoas assistiram ao espetáculo na passada segunda-feira e aplaudiram de pé a sua atuação, por duas vezes. O espetáculo de Ana Moura recebeu importantes críticas por três dos mais influentes jornais norte-americanos. O New York Times, o Boston Globe e o Times Herald fizeram um resumo da atuação e não pouparam elogios à cantora portuguesa.
A publicação online do jornal californiano Times Heral dedicou um artigo à fadista, onde afirmou que se Ana Moura "tivesse visitado Alcatraz nos anos de 1930 e 40" os prisioneiros nunca teriam fugido por ficarem "hipnotizados" pela voz da cantora.
Da mesma forma, o New York Times considerou a artista "uma super-estrela distintamente global: elegante, expressiva e convictamente de mente aberta", enquanto que o Boston Globe destacou a sua capacidade para "personificar, a um alto nível, a dualidade do fado moderno".
Ana Moura atua esta quarta-feira em Washington, para depois regressar a Portugal e continuar a sua digressão internacional, que termina a 6 de Abril, no Canadá. Reino Unido, Colômbia, México, Brasil, França, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Marrocos e Venezuela já têm datas confirmadas para as próximas atuações da fadista portuguesa.
[Notícia sugerida por Ana Oliveira]
Créditos: Boas Notícias


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