sábado, 8 de agosto de 2015

Workshops MEIO CRESCENTE

(imagem retirada da internet)

Workshop Gestão Stress

Stress é uma palavra que repetimos diariamente, mas qual será o seu verdadeiro significado? ...
Qual a sua origem?...
Como se manifesta? ...
O que podemos aprender com ele? …
Que estratégias usar? ...

Através deste workshop queremos ajudar a identificar qual o seu nível de stress, de que maneira este afeta a sua vida, quais os padrões em que habitualmente ele surge na sua vida e de que modo se manifesta no comportamento diário... Estará disposto a mudar a forma como reage ao stress diário?

Dia: 17 agosto
Hora: 19h – 21h

Conteúdos do Workshop:

  • Raio X ao stress
  • Stress e estilo de vida
  • Estratégias de gestão de stress 

Workshop Gestão Conflitos

Quais são as palavras e sentimentos que nos vem à mente quando pensamos em conflito? Sempre que pensamos em conflitos, pensamos em algo bom ou não? O que realmente é um conflito? Quais as melhores formas para lidar com eles? Como podemos resolve-los?

Dia: 19 agosto
Hora: 19h – 21h


Conteúdos do Workshop:
  • Definição de conflito
  • A importância do conflito na vida
  • Tipo de conflitos
  • Consequências possíveis da não resolução adequada de conflitos
  • A resistência à frustração
  • O conflito no local de trabalho
  • O conflito na vida pessoal
  • O conflito na comunidade
  • Estratégias de prevenção
  • Estratégias de gestão
  • Assertividade vs. Agressividade

Workshop Burnout: Síndrome de Exaustão

O Burnout está associado a um conjunto de sintomas relacionados com o cansaço, quer físico, quer emocional, provocados pelo ambiente profissional. Através deste workshop pretendemos desmistificar alguns conceitos relacionados a Gestão de Conflitos, chamar atenção para a prevenção, identificar sintomas e propor soluções.

Dia: 21 agosto
Hora: 19h – 21h

Conteúdos do Workshop:

  • O que é o Burnout?
  • Desgaste rápido no trabalho
  • Características do Burnout
  • Possíveis consequências do Burnout
  • Prevenir, lidar, tratar
  • Soluções eficazes
  • A importância do aconselhamento e da supervisão

Inscrições através do link seguinte:
https://docs.google.com/forms/d/1QZ5fMbT0HCWbiOeRJHALkxwdMjkm1izg1LgH2xvudGw/viewform?usp=send_form

Preços:
- Workshop Gestão stress: 20 euros
- Workshop Gestão conflitos: 20 euros
- Workshop Burnout: Síndrome de Exaustão: 20 euros
- 3 workshops: 45 euros

Observações:
- Coffee-Break incluído
- Trazer roupa confortável

Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças! (Leon C. Megginson)


MEIO CRESCENTE - Ideias em Movimento!
Especialistas em Psicologia, Educação, Saúde e Bem-Estar!

terça-feira, 4 de agosto de 2015

HOJE...

(imagem retirada da internet)



A Vontade de Mudar

A mudança implica dor. Dói porque nos obrigamos a romper com padrões calcinados de conforto e preguiça onde controlamos e sabemos tudo. Obriga-nos a crescer e não há nada que cresça sem nos abanar, criar desconforto e necessidade de adaptação. Mas quem muda sempre alcança. Ninguém chega a lado nenhum que valha a pena sem ter mudado alguma coisa. A vontade de mudar é uma espécie de ignição que liga o principal motor que nos conduz, o coração. Mudar é voltar a sentir, assumir responsabilidades, curar o que há para ser tratado e, finalmente, agir. E muitas vezes nem é preciso sair do mesmo lugar, basta alterarmos o significado mental que damos à situação que estamos a viver. 
(Gustavo Santos, in 'O Caminho')


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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Parabéns MEIO CRESCENTE

(imagem retirada da internet)



O MEIO CRESCENTE está de Parabéns!

Falar do MEIO CRESCENTE nunca é uma tarefa fácil,
simplesmente faltam-me as palavras para puder descrever o significado 
que este projecto tem para mim. É um sonho que está crescendo, que vai ultrapassando obstáculos, que aos poucos vai ganhando asas para voar, voar, voar...

Embora o futuro esteja rodeado de muitas incertezas, a vontade de continuar a trabalhar é grande, repleta de esperança e de fé que tudo vale a pena. Que todas as nossas experiências são grandes aprendizagens que a vida nos dá para nos aperfeiçoar enquanto seres humanos.

Grata a todos por acompanharem o trabalho do MEIO CRESCENTE
Com amizade
Albertina Gouveia


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Artigo Indisciplina

(imagem retirada da internet)





(re)Agir na indisciplina!

A indisciplina é um dos problemas que mais condiciona o crescimento de crianças e jovens. Afeta as relações, as aprendizagens, a autoestima e, consequentemente, o sucesso pessoal e académico. O que podemos fazer?


Apontada por pais e professores como um dos maiores obstáculos pedagógicos dos tempos atuais e vista como o pesadelo dos educadores, a indisciplina é também fonte de instabilidade para a maioria das crianças e jovens, criando barreiras e dificultando o seu processo de crescimento e de ensino-aprendizagem.

O que é: 
A indisciplina pode ser definida como uma transgressão extrema e danosa às normas impostas pelo contexto em que se está inserido, dificultando desta forma o seu normal funcionamento. As situações de indisciplina podem ser de diversas ordens e suscetíveis a distintas interpretações, variando ao longo de um contínuo, desde situações pontuais de quebra de limites a comportamentos de violência extrema e de vandalismo. Por oposição à disciplina (que tem por base a definição de valores e de limites e que procura delimitar os contornos entre o certo e o errado), a indisciplina vem da desobediência, desordem e rebelião face às regras que estão instituídas e está intimamente ligada à falta de limites e de fronteiras entre o que é permitido e o que não é.

Pode ser vista por alguns como uma forma de expressão, isto é, como manifestação de descontentamento ou como chamada de atenção. E pode ainda encapotar situações de instabilidade e sofrimento emocional que, por dificuldades de expressão em idades mais precoces ou em situações emocionais mais intensas, são manifestadas através de comportamentos desajustados. Em ambos os casos é fundamental que os adultos cuidadores procurem perceber o que está por detrás dos comportamentos de indisciplina de modo a poder chegar ao foco da questão que o despoleta.

De entre os vários comportamentos que são apontados como estando na causa de situações de indisciplina salientam-se a falta de cumprimento das regras e o crescente desrespeito pelas figuras e situações de autoridade. Enquanto nas crianças os comportamentos de indisciplina tendem a ser irritantes, agressivos, impulsivos e de mau humor, os jovens demonstram uma maior oposição face às regras e normas sociais e um maior confronto direto com as suas figuras de autoridade (pais e professores).

A influência dos grupos: 
Um dos fatores apontado como base da indisciplina é a relação da criança e principalmente do jovem com a sua turma e com os grupos de que faz parte, uma vez que a influência do grupo de pares e a identificação com modelos de comportamento característicos de certos grupos pode potenciar alguns comportamentos de indisciplina e de desrespeito pelas normas sociais.

A indisciplina é apontada por alguns estudos como catalisador da escalada do comportamento antissocial dado o não cumprimento de normas e regras sociais, a dificuldade de obedecer às figuras de autoridade e os comportamentos atípicos e ajustados, verificado em ambas as situações. Tendo por base a possível relação, é fundamental atalhar os comportamentos de indisciplina para que os mesmos não se transformem numa desadaptação generalizada ao meio.

O tipo de resposta a situações de indisciplina deve ser cuidadosamente pensado uma vez nem todos os comportamentos indesejáveis que são punidos desaparecem. Os castigos e as punições são úteis para controlar o mau comportamento, mas por si só não ensinam a forma desejada de agir nem reduzem a vontade de realizar um comportamento inadequado - mais do que o castigo é fundamental que a criança/jovem compreenda as implicações do seu comportamento e as consequências do mesmo. Os educadores deverão esclarecer as razões que explicam o porquê daquele comportamento ser errado e evitar dramatizar a situação ou fazer comentários que a tornem numa luta de poderes ou numa vingança contra a criança/jovem. Caso seja atribuído um castigo, é importante que a criança/jovem perceba que o que está a ser feito é punir o comportamento que foi desadequado, não deixando espaço para que esta punição seja entendida como uma rejeição.

Em família: 
A família é o primeiro contexto de aprendizagem da criança, daí a sua importância na formação dos seus valores e das suas regras de conduta. É na relação que cada criança estabelece com as suas figuras de referência (habitualmente os pais) que vai construindo os seus modelos de comportamentos, de reação às situações que vivencia e de relação com os outros, uma vez que a maioria dos comportamentos é aprendida por imitação e por experimentação.

Desta forma a família tem particular importância no que toca à gestão dos comportamentos de indisciplina desde tenra idade. A desobediência e a falta de precisão nos limites familiares fazem com que as crianças não compreendam a importância das regras e das normas, desrespeitando-as com maior facilidade.

Os problemas de indisciplina, contrariamente ao que ainda é algumas vezes referido, não acontecem apenas em contextos familiares desestruturados, onde não há imposição de regras ou limites, ou perante momentos de conflitos. Muitas vezes, a indisciplina é a forma da criança demonstrar que não consegue lidar com determinadas situações e de chamar a atenção dos demais.

Em contexto académico: 
A indisciplina e a desordem em meio escolar constituem um dos pontos de grande preocupação dos pais e dos educadores, dada a frequência e gravidade com que ocorrem estas situações. A indisciplina não é apenas uma infração ao regulamento interno da escola ou um desrespeito às boas maneiras. Esta é geralmente uma manifestação de um conflito dirigida a intervenientes específicos e de formas diversificadas e há que ter especial cuidado uma vez que os comportamentos indisciplinados de um aluno podem influenciar aos demais, criando um clima de total descontrole.

A indisciplina em sala de aula, despoleta um misto de sentimentos aos professores, nomeadamente: preocupação, impaciência, indignação e incapacidade. Muitos afirmam que o comportamento apresentado por certos alunos prejudica significativamente o andamento do trabalho pedagógico desenvolvido em sala de aula e que os prejuízos são causados pelos barulhos excessivos, pela não realização dos exercícios propostos para a sala ou casa e pela desobediência.

Há que ter em consideração que nem todos os comportamentos desajustados são resultado de atos de indisciplina, podendo dever-se a características individuais dos alunos. A distinção entre ambas as situações é fundamental para poder atuar de forma mais ajustada. Caso os comportamentos indisciplinados sejam apenas o reflexo de outras situações, as repressões e as sanções só são eficazes quando complementadas com estratégias mais abrangentes que abarquem também o foco do problema uma vez que, de outra forma, serão ineficazes e até contraproducentes. De entre essas situações salientam-se os alunos mais curiosos ou contestatários, os desmotivados/desinteressados, os imaturos e os que apresentam dificuldades escolares.


ESTRATÉGIAS PARA INTERVIR NA INDISCIPLINA

Embora cada situação seja única e irrepetível, e como tal não haja comportamentos padrão para fazer face a estas situações, é possível para os pais/professores gerir as situações de indisciplina de maneira mais eficaz. Desta forma é importante:
  • identificar os alunos/situações perturbadoras;
  • dialogar sobre as situações menos funcionais, adequando as palavras e procurando estratégias conjuntas para a sua resolução;
  • diferenciar as situações de aprendizagem, indo ao encontro das necessidades individuais de cada criança/jovem;
  • valorizar os comportamentos corretos e ajustados;
  • responsabilizar a criança/jovem pelas suas aprendizagens e pelos seus comportamentos;
  • mudar estratégias, discurso e posições na sala se necessário;
  • reforçar as ligações escola-família, trabalhando em cooperação e articulação;

O PROFESSOR DEVE AINDA:
  • refletir sobre as suas atitudes e funções enquanto educador;
  • planificar as aulas cuidadosamente – quanto mais eficaz e bem organizada for uma aula, menos espaço haverá para comportamentos desajustados por parte dos alunos;
  • cativar os alunos para a aprendizagem da sua disciplina;
  • fomentar o respeito mútuo e o desenvolvimento da autoconfiança;
  • debater o regulamento da turma com os alunos sempre que necessário, respeitando as várias opiniões e fazendo-se respeitar;
  • ter em atenção a sua linguagem não verbal bem como a dos alunos, durante o decorrer da aula;
  • utilizar uma linguagem e um discurso ajustado e construtivo;
  • evitar comentários desnecessários sobre questões externas à aula ou à matéria, principalmente se os mesmos expuserem alguns alunos;
  • diferenciar a aula de acordo com as características dos alunos;
  • dar feedback construtivo e definir metas ajustadas às capacidades de cada aluno;
  • gerir as expectativas de aprendizagem e valorizar o esforço;
  • atuar nas situações menos ajustadas, com calma e firmeza.
A forma privilegiada de proceder perante os casos de indisciplina é, sem dúvida, a prevenção. É fundamental consciencializar as crianças e os jovens sobre a importância da escola e do seu envolvimento no processo de aprendizagem de modo a cativá-los e a responsabilizá-los pelo seu processo educativo. Ao assimilarem a importância que a escola tem na sua construção e na aquisição de ferramentas essenciais para o seu futuro, é mais fácil diminuir os comportamentos de desinvestimento e aumentar o empenho e a motivação dos alunos face às suas aprendizagens.

Informação retirada AQUI


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Especialistas em Psicologia, Educação, Saúde e Bem-Estar!

Livro da semana "O Poder do Agora"

(imagem retirada da internet)




O Poder do Agora: 
Guia para o crescimento espiritual
Eckhart Tolle


Sinopse:
Um texto que nos traz uma lição simples e singela: como usar o potencial do presente, como viver no agora. A nossa mente tende sempre a seguir um caudal de pensamentos, dirigindo-se para o passado ou para o futuro, esquecendo-se constantemente do presente. Mas é no presente, e na consciência do presente, que podemos encontrar a paz e a libertação. De forma prática e acessível, esta obra, uma apresentação do misticismo clássico para os tempos modernos, dá-nos a ver como aceder ao poder ilimitado do agora.

Críticas de imprensa
«Este é o melhor livro que li nos últimos anos.» 
Deepak Chopra

Informação retirada AQUI



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HOJE...

(imagem retirada da internet)


HOJE...
É preciso coragem para ser diferente e 
muita competência para fazer a diferença!



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sábado, 25 de abril de 2015

MEIO CRESCENTE

Imagem retirada da Internet



Estamos de volta...


Após alguns encontros e desencontros com a VIDA...

Estamos de volta ao blogue do MEIO CRESCENTE no dia em que se celebrar em Portugal o Dia da Liberdade!

Voltar às publicações neste dia tão marcante para os Portugueses é uma forma de continuar a acreditar de o Sonho Comanda a Vida, é sempre que o homem sonha o mundo pula e avança, como uma bola colorida entre as mãos de uma criança!

Por favor entre e fique à vontade!


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Crónica "A Revolução dos Cravos"

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A Revolução dos Cravos



Há exatos 41 anos, a 25 de abril de 1974, dava-se a Revolução dos Cravos. O Estado Novo que vigorara em Portugal durante décadas chegava ao seu fim. Terminava assim o regime ditatorial que por mais anos esteve no poder na Europa.

Na noite de dia 24 de abril, o quartel da Pontinha, em Lisboa, era secretamente ocupado por um grupo militar, chefiado por Otelo Saraiva de Carvalho. Pelas 22h55, os Emissores Associados de Lisboa emitiam a canção E Depois do Adeus de Paulo de Carvalho, a primeira senha do golpe militar. A segunda senha era transmitida à meia-noite e vinte, pela Rádio Renascença, no programa “Limite”, com a música Grândola Vila Morena de Zeca Afonso. O golpe começava, com a intervenção de vários regimes militares, como, por exemplo, o de Lisboa, do Porto, de Santarém, de Viseu, de Braga, de Mafra e de Viana do Castelo.

Às 03h, as tropas do Movimento das Forças Armadas (MFA), numa ação conjunta, ocuparam vários pontos estratégicos de Lisboa, como o Aeroporto e as estações emissoras, entre elas, a Rádio Clube Português (RCP), a Emissora Nacional e a RTP. Os Quartéis-generais eram cercados. Pelas 04h20 o MFA difundia pelo RCP o 1º comunicado ao país.

Às 04h45m foi lido o 2º comunicado do MFA, na antena do RCP, onde se aconselhava a população a manter a prudência e a calma. Nas horas seguintes, os Ministros do Estado Novo reuniram-se, era preciso travar a situação. Ao nascer do dia, as Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, lideradas pelo Capitão Salgueiro Maia, personagem de relevo em todo este processo, estacionaram no Terreiro do Paço, pondo várias autometralhadoras e blindados na Praça e na Rua do Ouro.

Pelas 06h30, o Presidente do Conselho de Ministros, Marcello Caetano, refugiou-se no Quartel do Carmo, sede da PIDE/DGS, enquanto isto, o cerco a Lisboa ganhava forma. O Porto e pontualmente muitas zonas do país aderiram ao golpe. As horas seguintes marcaram a perda da força do regime. Já pelas 13h30, as forças paramilitares leais ao regime começaram a render-se. A 1ª foi a Legião Portuguesa. O regime começava a colapsar-se.

As tropas do MFA, lideradas por Salgueiro Maia, movimentaram-se e 5 populares foram atingidos pelas forças do regime. Assim, morreram neste dia: António Lage (32 anos), Fernando Luís Barreiros dos Reis (24 anos), Francisco Carvalho Gesteiro (18 anos), João Guilherme Rego Arruda (20 anos), açoriano e estudante em Lisboa, e José James Harteley Barnetto (37 anos).

O Estado Novo percebeu que o seu fim estava iminente e que o melhor era tratar das negociações. A Comissão Democrática Eleitoral distribuiu, então, um comunicado, solidarizando-se com o MFA e os populares cercaram o Largo do Carmo. Marcello Caetano recusou assinar a sua rendição perante um capitão, pois não queria que o “poder caísse” nas ruas, foi então chamado o general António Spínola. Este tinha publicado o livro “Portugal e o futuro”, que apontava soluções políticas e não militares para a Guerra Colonial, afirmando que a essência da Nação, a segurança física, o bem-estar material e social dos portugueses estavam em grave risco. Esta obra vendeu, em poucos meses, 350 mil exemplares, tornando-se um autêntico sucesso de vendas. Spínola ganhou fama, prestígio e, sobretudo, respeito. Assim, Marcello Caetano e o Quartel do Carmo renderam-se. Salgueiro Maia revelava que iria proceder-se à “transmissão de poderes” de Caetano para o General Spínola, o que aconteceu nos minutos seguintes.

Pelas 19h30m, Marcello Caetano e os ministros que estavam com ele no Quartel do Carmo foram transportados, numa Chaimite, para o posto de comando do MFA, na Pontinha. Marcello Caetano foi levado depois por Salgueiro Maia para o Aeroporto, partindo com a família rumo ao exílio, no Brasil. Spínola tornou-se então presidente da Junta de Salvação Nacional, que passou a deter as principais funções de condução do Estado após o golpe. Spínola foi ainda escolhido pelos seus camaradas para exercer o cargo de 1º Presidente da República depois do Estado Novo, cargo que ocupou até final de setembro de 1974. O cargo de primeiro-ministro foi entregue a Adelino da Palma Carlos. Foi então redigido o Decreto-Lei 171/74, que entrou “imediatamente em vigor", visando à extinção da Direcção-Geral de Segurança, da Legião Portuguesa, da Mocidade Portuguesa e da Mocidade Portuguesa Feminina.

O regime de exceção, que vigorou no país por 48 anos, chegava ao fim. A Liberdade e a Democracia eram anunciadas. Os meses seguintes seriam turbulentos, mas Portugal renascia com a Revolução.
Neste 25 de abril de 2015, dia em que Portugal comemora a Revolução, é preciso avaliar o estado da Democracia e da Liberdade em Portugal. Num momento crucial da nossa História, em que somos impelidos a tomar decisões e ter atitudes, não podemos fugir dos nossos deveres. Precisamos de ter uma voz ativa na luta pelos nossos direitos e relembrar que a Liberdade foi um bem precioso que conquistamos e não podemos deixar que nos roubem a fraternidade, a solidariedade e o espírito de abril. A crise não pode servir como explicação para o desrespeito pelos nossos direitos, mas também não podemos esquecer que temos deveres.
Nesta encruzilhada onde se encontra a nossa sociedade, reitero um pensamento que me acompanha nas comemorações da Revolução dos Cravos, “25 de abril sempre, Fascismo nunca mais”.

Autoria: Francisco Miguel Nogueira


O 25 de abril deve ser relembrado pela importância deste dia para a História recente do nosso país, assim deixo aqui alguns livros sobre a Revolução dos Cravos:
  • BRITO, J.M Brandão (coord.), Revolução e Democracia - Do Marcelismo ao Fim do Império, Lisboa, Editorial Notícias, 1999.
  • BRUNEAU, Thomas C., “As Dimensões Internacionais da Revolução Portuguesa: Apoios e Constrangimentos no Estabelecimento da Democracia”, in Análise Social, nº18, 72/73/74, 1982, pp.72-83.
  • CUNHA, Alfredo; GOMES, Adelino, Os Rapazes dos Tanques, Porto Editora, 2014.
  • FERNANDES, Ferreira, Lembro-me que - As memórias dos dias que antecederam o 25 de Abril, Quetzal, 2014.
  • FERREIRA, José Medeiros, “Portugal em Transe» (1974-1985)”, in José Mattoso (Dir.), História de Portugal, vol VIII, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995.
  • REZOLA, Maria Inácia, 25 de Abril. Mitos de uma Revolução, Lisboa, Esfera dos Livros, 2007.
  • LETRIA, José Jorge, Capitães de Abril, Porto, Âmbar, 1999.
  • MAXWELL, Kenneth, Construção da Democracia em Portugal, Lisboa, Presença, 1999
  • REZOLA, Maria Inácia, Os Militares na Revolução de Abril. O Conselho da Revolução e a Transição para a Democracia em Portugal (1974-1976), Campo da Comunicação, 2006.
  • RODRIGUES, Avelino; BORGA, Cesário; CARDOSO Mário, O movimento dos capitães e o 25 de Abril, Planeta, 2014.
  • SÁ, Tiago Moreira, Os Americanos na Revolução Portuguesa (1974-1976), Lisboa, Editorial Notícias, 2004.
  • TELO, António J., História Contemporânea de Portugal. Do 25 de Abril à Actualidade, Vols. I e II, Lisboa, Editorial Presença, 2007-2008.

Aconselho a visita ao sítio do Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra: http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=HomePage


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Capitão de abril - Salgueiro Maia








Madrugada de 25 de Abril de 74, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:

Meus senhores, como todos sabem, há diversas modalidades de Estado. 
Os estados sociais, os corporativos e o estado a que chegámos. 
Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos! 
De maneira que, quem quiser vir comigo, vamos para Lisboa e acabamos com isto. 
Quem for voluntário, sai e forma. Quem não quiser sair, fica aqui!

Salgueiro Maia

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O sonho comanda a vida...






Pedra Filosofal


Eles não sabem que o sonho é uma constante da vida

tão concreta e definida como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso, em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos, que em oiro se agitam,
como estas aves que gritam em bebedeiras de azul.
é vinho, é espuma, é fermento, bichinho alacre e sedento,
de focinho pontiagudo, que foça através de tudo
num perpétuo movimento. é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel, arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral, contraponto, sinfonia,
máscara graga, magia, que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante, rosa dos ventos, Infante,
caravela quinhentista, que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim, florete de espadachim,
bastidor, paço de dança, Colombina e Arlequim,
passarola voadora, pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva, alto-forno, geradora,
cisão de átomo, radar ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão na superfície lunar.
Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que o homem sonha
o mundo pula e avança como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

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