quinta-feira, 28 de junho de 2012

Crónicas 10 minutos - Viver o passado para construir o futuro!

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28 de Junho - Grandes acontecimentos 

Há datas que marcam a época e que devem ser relembrados, como o caso do dia 28 de junho, em que se comemora acontecimentos deveras importantes para o desenrolar da História, tanto nacional, como internacional. 

Fazendo um périplo pela História Universal, descobrimos que em 1491, neste mesmo dia 28 de junho, nascia Henrique VIII de Inglaterra, da Casa Tudor, foi uma figura indelével da história do país, sobretudo porque deu início à reforma protestante no país, abrindo caminho para o nascimento do Anglicanismo. Já em 1712, nascia Jean-Jacques Rousseau, filósofo importante e um dos nomes incontornáveis do século das Luzes, foi autor de Contrato Social, Origem e Fundamento da Desigualdade entre os Homens e Devaneios do Caminhante Solitário. 

Em 1838, a rainha Vitória do Reino Unido era coroada a 28 de junho. Vitória seria rainha por 63 anos e 7 meses, o mais longo reinado, até à data, da história do Reino Unido e ficou conhecido como a Era Vitoriana. Foi um período de mudança industrial, cultural, política, científica e militar e ficou marcado pela expansão do Império Britânico. Vitória foi coroada Imperatriz da Índia, tornando-se a soberana do maior Império do seu tempo, aquele onde o sol nunca se punha. A rainha Vitória foi a última monarca da casa de Hanôver. O seu filho e sucessor, o rei Eduardo VII, pertencia à nova casa de Saxe-Coburgo-Gota. Uma das curiosidades mais conhecida desta Rainha, foi o facto de ter-se casado por amor e de ter usado luto depois de viúva (em 1861) até aos finais dos seus dias. Conta-se que preparava diariamente a roupa de seu marido, mesmo depois dele já ter falecido. 

A 28 de junho de 1914, o príncipe Francisco Fernando, arquiduque e herdeiro do trono austro-húngaro, foi assassinado em Sarajevo, por Gravrilo Princip, um estudante sérvio da Bósnia, desencadeando a I Guerra Mundial. Durante 4 anos, vários países digladiaram-se sobretudo na Europa e, no mesmo dia, em 1919, era assinado, em França, o Tratado de Paz de Versalhes, que terminava simbolicamente com a Grande Guerra. 

Em 1991, a 28 de junho, o COMECON, o Council for Mutual Economic Assistance ou Conselho para Assistência Económica Mútua, era dissolvido em consequência do início do colapso da URSS. O COMECON foi fundado em 1949 e visava a integração económica das nações da Europa de Leste, em resposta ao Plano Marshall do bloco ocidental. Os países que o integraram foram a URSS, a RDA, a Checoslováquia, a Polónia, a Bulgária, a Hungria e a Roménia, mas outros países não-europeus aderiram ao Conselho, como a Mongólia (1962), Cuba de Fidel Castro (1972) e o Vietname (1978), depois da sua reunificação. Já 10 anos depois, em 2001, o Governo de Belgrado entregou o antigo presidente da Jugoslávia Slobodan Milosevic ao Tribunal Penal Internacional, acusado de crimes contra a Humanidade. Apenas 5 anos depois, o Montenegro, antiga república da Jugoslávia, aderiu à ONU. 

Em termos de história nacional, o dia 28 de junho é marcado, em 1630, pela carta régia de Filipe III que reafirmava o impedimento de desempenho de cargos públicos aos judeus, em Portugal. Já no período pombalino, em 1759, com a extinção das escolas jesuítas, em consequência da sua expulsão de Portugal (e posteriormente da Europa), era instituída, por alvará, a instrução secundária no país. 

A 28 de junho de 1867 era inaugurado o monumento a Luís Vaz de Camões, em Lisboa e, em 1927, o professor e neurocirurgião português Egas Moniz, Prémio Nobel da Medicina em 1949, fazia a sua primeira angiografia cerebral. 

O ser humano tem uma tendência crescente para esquecer o que se passou no passado e repetir os mesmos erros, daí a necessidade recorrente de relembrarmos o nosso percurso individual e coletivo, enquanto povo, para aprendermos com os erros. A importância de recordar datas simbólicas é extrema, sobretudo numa era como a atual, onde tudo é fugaz. Os grandes homens, os grandes acontecimentos, podem e devem ser festejados e homenageados, pois o presente é fruto do passado. Tal como dizia Marc Bloch (1886-1944), historiador francês, é preciso compreender o presente pelo passado, mas também compreender o passado pelo presente… 

É preciso viver o passado para construir o futuro! 
Francisco Miguel Nogueira 

P.S. Esta crónica estará em destaque aqui blogue para dar oportunidade de todos os visitantes de darem a sua opinião sobre a mesma. A sua opinião é importante, PARTICIPE! 

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domingo, 24 de junho de 2012

MEIO CRESCENTE - Novidades




Caros visitantes,

Durante o verão serão dinamizadas várias atividades no MEIO CRESCENTE, quer seja para crianças, adolescentes e adultos... um dos nossos objetivos é realizar atividades que junte pais e filhos. Os temas serão:

Teatro... Pinturas faciais... Trabalhos manuais... fantoches 

Espanhol... Alemão... Inglês... 

Contos infantis... Ciências... Matemática... Português... 

Jogos tradicionais... entre outros 

... 

Haverá também novidades nas formações... 

Todas as semanas será selecionada uma formação ou uma sessão informativa que vai ter como objectivo trabalhar diversos assuntos, várias estratégias, explorar recursos e desenvolver aptidões pessoais, sociais e profissionais.

Próxima formação - BREVEMENTE! 


Cumprimentos 
Albertina Gouveia

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

MEIO CRESCENTE - Formação junho 2012





Qualquer dúvida contacte o MEIO CRESCENTE: 

253 162 155 - 963 356 931 
meio.crescente@gmail.com 


Cumprimentos 
Albertina Gouveia 

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Crónica 10 minutos - "Amante da sociedade"

Imagem retirada AQUI


A felicidade na Simplicidade 


Sorrisos, olhares ternurentos, mãos que deslizam sobre os ombros…são as imagens á sépia de longa data, faz-me imaginar as inglesas sentadas em cadeiras de madeira, cotovelos sobre pequenas mesas redondas, degustando o famoso chá, e estaríamos nós em 1776! Na verdade a maioria das imagens que decoram toda a parede do escritório da Cármen, são pinturas a carvão e aguarela, supondo as características de todos os seus antecedentes. Uma árvore genealógica, penso ser um dos desejos da maioria. 

O escritório da Cármen é simples, para além dos imensos retratos a preto e branco e castanhos, de seus familiares, apenas uma simples secretária de madeira de pinho mel… um sofá confortável branco, um cadeirão de pele encarnado. Apesar de já bater as 19h, Cármen continua a apontar a evolução da sua ultima paciente, parece que está aos poucos a deixar a medicação e os seus transtornos emocionais reduziram. Cármen é uma psicóloga de distinção, vingou-se na sua formação académica, apesar de ser hoje reconhecida pelas suas curvas voluptuosas, no liceu nunca foi a menina em que os rapazes a olhavam…talvez seja este, mais um dos motivos pela escolha do seu estilo de vida! 

- Lamento que os meus doentes não consigam perceber que a felicidade está na simplicidade!- reclama olhando-me nos olhos! 

...

Em tempos de recessão, o mundo parece desabar sobre nós, quando temos dentro da nossa vida, a oportunidade de progredir como ser humano! Um olhar maroto, um obrigado, o vencer num jogo, a boa nota no teste, o beijo molhado, a palavra do outro que tanto desejamos a ouvir, o sol, a imagem no espelho que reflete a nossa beleza…o pão acabado de sair do forno…, a música preferida, o livro da nossa vida, recordar um momento…tudo isso é-nos dado gratuitamente! E sabe-nos para toda uma vida…momentos esses com nós próprios ou partilhados com alguém em especial. 

The Simple Living Network,, é um grupo eletrónico que apela á simplicidade da vida, perante o estrondoso consumismo paralelo á quebra de rendimentos. Todos os estudos até hoje efetuados comparando a felicidade de quem tem uma vida luxuosa com os que de pouco vivem, nenhum estudo indica que quem é mais rico têm mais felicidade. Existe mais facilidades, mas o resto advém do interior, da sinceridade, da simplicidade. Este grupo encontrou vários empresários, advogados entre outras profissões de elevado estatuto que ao abandonarem as suas vidas de felicidade artificial, trocaram-nas por vidas simples em vilas, dedicando-se ao exercício físico, á família, aos amigos, ao espiritualismo, e que esses benefícios se traduziram em saúde mental e física. 

O investigador George Minois, falava na Idade do ouro, referindo que todos nós vivemos num pessimismo de felicidade, onde o consumismo é avaliado como algo de bom e imediato e após o seu uso, tudo acaba em desuso! 

Mas, já o nosso Fernando Pessoa, escrevia… 

Não importa se a estação do ano muda…, 
se o século vira, se o milénio é outro. 
Se a idade aumenta… 
Conserva a vontade de viver, 
Não se chega a parte alguma sem ela!


Sugestão: 
Para conhecer a personagem, Cármen podo aceder ás seguintes crónicas: 
 O prisma da verdade (2º parte) - AQUI
O Libertango Bíblico - AQUI


(- sapatos? Sei…são para os pés e ponto.) 
Marisa Leonardo 

P.S. Esta crónica estará em destaque aqui no blogue até a próxima crónica para dar oportunidade de todos os visitantes lerem e darem opinião sobre a mesma. O seu comentário é importante, PARTICIPE! 

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Cinema em Vila do Conde

(imagem retirada da internet)

Festival de curtas de Vila do Conde faz 20 anos


Festival tem a maior competição nacional de sempre e filmes encomendados pelo certame. Entre as obras a concurso estão os filmes de Gabriel Abrantes, Sandro Aguilar, João Pedro Rodrigues ou Basil da Cunha. O Curtas Vila do Conde faz 20 anos no "ano de todos os perigos" para o cinema português, mas não deixa que o negrume do quadro lhe dê cabo da festa. O programa da 20.ª edição, a decorrer de 7 a 15 de Julho, foi anunciado ontem. Vai ser um aniversário "não em modo best of", nas palavras de um dos três directores-programadores, Dario Oliveira, mas "criando peças de arte, novos filmes, para mostrar que somos um festival sempre em reinvenção".

A festa faz-se com a maior presença nacional de sempre: 19 filmes a concurso, 45 produções portuguesas entre todas as secções, seleccionados de entre mais de 200 submissões. Entre os títulos competitivos estão os novos filmes de Gabriel Abrantes (Zwuzo), Sandro Aguilar (Sinais de Serenidades por Coisas sem Sentido), João Pedro Rodrigues (Manhã de Santo António) ou Basil da Cunha (Os Vivos também Choram). Dario Oliveira diz que "é um ano excepcional, em que tivemos de aumentar o número de sessões nacionais para não deixar de fora filmes de que gostamos e em que acreditamos. É o resultado de uma afirmação do cinema de curta-metragem português que estava em franca ascensão - mas é também o fim de uma colheita, porque estes são os últimos filmes a terem sido apoiados pelo actual sistema de produção". 

A festa faz-se também com quatro estreias mundiais comemorativas dos 20 anos do Curtas. São desafios lançados a cineastas internacionais que fazem parte do que Dario Oliveira chama a "família" do festival, propondo a cada um deles filmar em Vila do Conde ou ao seu redor, mas dentro das suas temáticas habituais e usando jovens técnicos locais. Os quatro cineastas que responderam "presente" são o americano Thom Andersen (Reconversão), o francês Yann Gonzalez (Land of My Dreams), o russo Sergei Loznitsa (O Milagre de Santo António) e o brasileiro Helvécio Marins Jr. (O Canto da Rocha). (A restante "família" será também "retratada" num livro com 20 entrevistas a 20 autores dos 20 anos do Curtas, a lançar durante o festival, e no documentário de José Vieira Mendes Geração Curtas?). Serão também estreados quatro filmes no âmbito do projecto Campus (programa de formação de estudantes de cinema organizado pelo Curtas), dirigidos por cineastas portugueses - Luís Alves de Matos (Um Rio Chamado Ave), João Canijo (Obrigação), Graça Castanheira (A Rua da Estrada) e Pedro Flores (Cinzas). 

O Curtas homenageia ainda Stanley Kubrick com uma exposição na galeria Solar, 2012 Odisseia Kubrick, reunindo obras de artistas plásticos e multimedia nacionais e internacionais inspiradas pelo realizador de Laranja Mecânica e 2001: Odisseia no Espaço. Inaugurada no próximo dia 28, a exposição ficará patente até 11 de Novembro, e prolonga-se pela projecção de alguns filmes do cineasta (entre os quais a sua terceira longa-metragem Um Roubo no Hipódromo), pela presença do seu cunhado Jan Harlan (com o documentário A Life in Pictures), e pela exibição do documentário de Rodney Ascher sobre The Shining, Room 237. Kubrick será também um dos traços de união de Vila do Conde com Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012: Um Roubo no Hipódromo será apresentado numa das sessões de antevisão agendadas para Guimarães entre 2 e 6 de Julho, que mostram ainda os filmes premiados ao longo dos 20 anos do Curtas. Por seu lado, alguns dos filmes comissariados por Guimarães irão ser exibidos em Vila do Conde - é o caso de Posfácio nas Confecções Canhão, de António Ferreira, O Dom das Lágrimas, de João Nicolau, e Vamos Tocar Todos Juntos para Ouvirmos Melhor de Tiago Pereira. 

A festa do Curtas, evidentemente, faz-se também com as secções de sempre. Numa forte competição internacional, apresentam-se filmes de Lisandro Alonso, Valérie Massadian, Ben Rivers, Jay Rosenblatt, Tsai Ming-Liang, Ken Jacobs ou Vincent Dietschy. Os filmes-concerto estão este ano entregues aos Black Bombaim e Evols. A secção retrospectiva In Focus debruça-se sobre o francês Olivier Assayas e sobre o cineasta americano Robert Todd. Ambos estarão presentes no festival, apresentando os seus filmes e encontrando-se com o público, a par de Ed Lachman, director de fotografia que trabalhou com Todd Haynes, Steven Soderbergh ou Larry Clark, e João Braz, montador de João Canijo, presentes para workshops. Da Curta à Longa, dedicada à exibição de longas-metragens de cineastas que já foram premiados ou visitantes do Curtas, mostra o mais recente filme do tailandês Apichatpong Weerasethakul, Mekong Hotel, a par de obras de Nicolas Provost (The Invader, escolhido como filme de abertura), Laurent Achard e Adrian Sitaru. Tudo isto, e muito mais, de 7 a 15 de Julho no Teatro Municipal de Vila do Conde. 
O programa completo pode ser consultado aqui

Créditos: Público/Ciências

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Arranjar emprego?

(imagem retirada da internet)



Os 10 mandamentos para uma pessoa se vender... 
e arranjar emprego!

Marcelo Ortega passou por Lisboa para o workshop Inteligência em Vendas, baseado no seu livro que será publicado brevemente em Portugal. Mas o especialistas em empreendedorismo, vendas e marketing traça 10 mandamentos para uma pessoa se vender e conseguir um emprego, tão raro nos dias que correm.

1. Motive-se. Motivação vem de dentro e as empresas ou negócios estão à procura de profissionais de boa vontade, especialmente com vontade de aprender muito.

2. Saiba que não será fácil, mas que sobretudo, não falta trabalho para quem sabe trabalhar. Talvez falte emprego.

3. Vá a luta. Não espere a sorte bater à sua porta.

4. Faça um currículo profissional, sem "encher linguiça". Destaque a sua experiência ou os seu atributos mais importantes pensando como se fosse o entrevistador lendo este documento.

5. Saiba dizer numa entrevista quais os ganhos poderá ter o seu contratante com a sua integração na empresa.

6. Mostre-se interessado na vaga que está a concorrer. Antes da entrevista, visite o site da empresa ou chegue mais cedo que os demais candidatos, pois há sempre coisas no local que podem servir como captadores de atenção (fotos na parede, certificados, missão, visão, valores da empresa, prémios, informações dos produtos).

7. Aperfeiçoe a sua comunicação. É preciso vencer a timidez para se destacar e conquistar um novo emprego ou trabalho.

8. Não suponha nada, evite o pré-julgamento. O ser humano normalmente pre-julga ou supõe que a pessoa é assim ou assado pela forma como fala, pelo que veste ou pelo que ouviu dizer. Quem supõe normalmente erra e perde oportunidades.

9. Tenha uma boa lista de motivos para ser a pessoa escolhida e acima disto, tenha autoconfiança.

10. Ninguém precisa saber tudo. Não queira ser alguém que não é, e portanto nunca invente nada que não possa sustentar depois.

Créditos: Dinheiro Vivo

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terça-feira, 19 de junho de 2012

Crónicas 10 minutos - Tecnologicamente falando

Imagens retirada do Google Earth


Organização limpa minas terrestres no Camboja com a ajuda do… Google Earth



Grande parte dos leitores devem conhecer, e se calhar já usaram, o Google Earth, o programa desenvolvido pela gigante Google. Sem dúvida que ele é útil, serve para simular diversas paisagens do nosso Planeta, gerar mapas bidimensionais, reconhecer e identificar lugares, cidades, entre outros. No entanto, este software tem vido a estar associado a causas mais nobres, melhorando e até salvando vidas humanas em vários cantos no mundo. 

Uma das organizações que tira partido do potencial do Google Earth é a HALO Trust, que tem como objetivo efetuar a limpeza de minas terrestres em países assolados pela guerra, como é o caso do Camboja e Angola. A Trust é a organização humanitária que está no ‘ativo’ há mais tempo e é a mais bem-sucedida, com a contagem dos itens explosivos removidos a superar os 13 milhões em todo o mundo. 

Com a ajuda deste programa, nomeadamente na versão Pro, uma versão paga e com mais funcionalidades, a Trust pode fazer levantamentos topográficos, verificar informação e produzir mapas para os Governos e outras organizações. Para além de manter registos das minas já removidas, e conseguir visualizar, em mapas de grande resolução, as áreas ‘limpas’, consegue planificar e priorizar os projectos futuros. Luan Jaupi, Chefe do departamento de Tecnologias de Informação da HALO, não tem dúvidas e indica que o “Google Earth revolucionou a forma como nós vemos e pesquisamos o mundo”. 

Desde 1979, e durante vinte anos, que o Camboja tem sido fustigado pela guerra, com milhões de minas terrestres a serem espalhadas pelos seus 181 mil quilómetros quadrados, praticamente o dobro da área total terreste de Portugal. 

A Trust começou a trabalhar neste país em 1991 e já detetou, removeu e destruiu milhares de explosivos, mas ainda há imenso trabalho a ser feito. As melhorias já são visíveis, no entanto. A título de exemplo, um terreno que estava crivado de explosivos, deu origem a uma escola que foi construída em 2001 e a campos de agricultura para 31 famílias. As estradas, alvos habituais na colocação de minas e essenciais para a comunicação dos povos, foram também limpas, dando origem a uma nova esperança. 

O progresso feito pela HALO Trust e outras organizações contribuiu imenso para um declínio considerável de vítimas de minas terrestes e outros explosivos entre os civis. As mortes e lesões reduziram em 67% nos últimos dez anos. Da mesma forma, aproximadamente 70 mil quilómetros quadrados de terra ficaram ‘livres’, podendo ser pisados sem problemas. 

Para além deste projeto que vos falamos, existem muitos outros que tiram proveito do potencial do Google Earth. Por exemplo, a conservação da costa de British Columbia, no Canadá, posta em prática pela Living Oceans Society. Esta organização tem vindo a criar mapas nos últimos 12 anos com o objetivo de educar o público geral sobre a fragilidade do ‘habitat’ natural marinho naquela costa. 

Sugestão de video

Explicação do trabalho feito pela HALO Trust no Cambodja




Tal como a tecnologia, inove, melhore, evolva! 
João Oliveira 

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Sangue vs saúde

(imagem retirada da internet)


Os segredos do Sangue 

As análises clínicas são essenciais para avaliar a saúde, e muitas vezes servem para afastar suspeitas de determinadas doenças, em especial as genéticas. O diagnóstico começa quase sempre no laboratório. Das anemias às doenças hepáticas, ou até à existência de bactérias, o sangue não consegue esconder (quase) nada das análises. No entanto, para a maioria das pessoas as análises clínicas apenas significam estar no hospital muito cedo e sem nada no estômago, sentir uma picada e, após uns dias, receber um relatório com os resultados, quase imperceptíveis para olhos sem treino clínico.

No laboratório de um hospital, acaba por se descobrir que o que acontece com aquele tubo de sangue é muito semelhante ao que se vê na televisão, em séries como o CSI. Em certas análises a amostra é agitada e depois vista ao microscópio, noutros casos é colocada numa centrifugadora para separar o plasma, e só depois é analisada, em máquinas que reconhecem vários elementos presentes no sangue através dos reagentes. É a versão computadorizada do Grissom (CSI Las Vegas) pulverizar um cotonete com um reagente, que em contacto com uma determinada droga muda de cor. No hospital Garcia de Orta, em Almada, «todos os dias são analisados mais de 500 tubos», afirma à Tabu Humberto Ventura, chefe de serviço de Patologia Clínica daquele hospital. O médico acompanhou a visita guiada aos bastidores do laboratório, onde cada amostra é avaliada, em média, em onze parâmetros de análise, dos níveis de colesterol à quantidade de glóbulos brancos.

Menos tempo para as bactérias

Tendo em conta que as análises podem despistar suspeitas de problemas de saúde, mas também podem confirmar diagnósticos graves, é essencial que os resultados sejam fiáveis. E isso só se consegue através da identificação constante de todas as embalagens com sangue. O conteúdo de um tubo é vertido para outros recipientes, dependendo dos parâmetros pedidos, que têm de ser devidamente identificados. Este processo ocorre todo dentro de máquinas, que além do reconhecimento de substâncias, fazem, imprimem e colam etiquetas com um código de barras, que contém toda a informação do paciente, dados físicos e clínicos. «A segurança dos resultados é uma preocupação do hospital. O processo das análises e a sua credibilidade estão sujeitos a vários controlos, internos e externos», garante Ana França, directora clínica do Garcia de Orta. Tudo para que uma má notícia não seja dada por engano a uma pessoa saudável ou, pior, que seja aplicada uma terapêutica incorrecta a um paciente.

Na maioria das análises, os resultados são obtidos ao fim de algumas horas. No entanto, quando se entra no campo da microbiologia, o processo pode ser mais moroso e a espera pode ser de dias. É necessário isolar bactérias e observar o seu desenvolvimento, o que demora tempo, para descobrir a que tipo ou estirpe pertencem, e, então, adequar a terapêutica conforme o resultado. Para encurtar a espera, o Garcia de Orta, a par do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, conta com uma tecnologia capaz de fazer em duas horas o que antes precisava de 18 ou 24. «Os resultados são mais do que promissores e o potencial é gigante», considera Humberto Ventura.

Escrito por Joana Andrade 
Créditos: Sol/Vida

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Envelhecer de forma saudável

(imagem retirada da internet)


Manter cérebro activo e curioso atrasa o envelhecimento 


O médico especialista em Bioética Daniel Serrão defendeu, em Vila Nova de Gaia, que à semelhança do que acontece com o exercício físico deve apostar-se em actividades que mantenham o cérebro activo para atrasar o envelhecimento. «Manter o cérebro curioso, em curiosidade permanente, faz com que o indivíduo se mantenha ‘activamente vivo’, porque é no cérebro que envelhecemos», afirmou Daniel Serrão, na conferência ‘Seniores – um novo estrato etário e social’, integrada nas Jornadas sobre Envelhecimento Activo, organizadas pela Santa Casa da Misericórdia de Gaia.

Com 85 anos, este investigador frisou que «as articulações podem não funcionar bem, mas não é o envelhecimento corporal que conta, é o envelhecimento do cérebro. Vemos isso muito bem nos doentes com Alzheimer e com demências senis. Os corpos podem estar perfeitos, mas o cérebro deixou de funcionar porque envelheceu». «As pessoas são cérebro e é em relação ao cérebro que é preciso trabalhar, a par do exercício físico, com certeza. E a melhor forma de activar o cérebro é mantê-lo curioso e voltado para o mundo exterior», disse.

Daniel Serrão referiu que esta faixa etária, com mais de 65 anos – que ronda os «dois milhões» de indivíduos – «é hoje muito cobiçada por aqueles que espreitam o negócio. Reparem no elevado número de instituições privadas que oferecem uma vida boa, com estimulação cognitiva, actividade física e viagens, entre outras». Daniel Serrão apontou três grupos de pessoas na terceira idade: as pessoas saudáveis, activas e independentes e que ainda podem prestar um contributo para a sociedade, os indivíduos que tendo alguns problemas de saúde arranjam pretextos para nada fazerem, tornando-se assim inactivos e dependentes de outros, e o idoso que entra no processo de morrer.

Considerou ainda que a declaração de 2012 como ‘Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações’, instituído pelo Parlamento Europeu, tem toda a razão de ser, dado que em Portugal um quinto da população (cerca de 2 milhões de pessoas) têm mais de 65 anos.

Créditos: Lusa/SOL/Vida

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domingo, 17 de junho de 2012

Crónicas 10 minutos - Fragmentos escritos

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Livros a ler antes de morrer
(Parte 1) 

Um livro deve ser o machado que quebra o mar gelado em nós.
Franz Kafka

Encontramos listas de livros por todo lado: nos jornais e revistas, na televisão, na internet. Algumas têm semelhanças, outras são completamente diferentes. Umas são referentes a uma determinada categoria, outras são mais generalistas. Mas uma lista de leitura não deixa de ser uma proposta, uma sugestão, tão subjetiva como qualquer outra coisa. 

Ler é uma paixão para quem tem o vício, como eu, dos livros. Sou dona de dezenas e já li centenas. Estou sempre à procura do próximo livro para adorar, do próximo tema e estilo narrativo. A minha leitura é por fases, umas vezes mais presente, outras vezes menos, mas sempre lá. Deixo-vos, então, a minha mini lista de livros a ler antes de morrer. 

1. O Deus das pequenas coisas de Arundhati Roy 
Uma obra magistral sobre os temas de descriminação social, amor proibido e relações e tensões inter-raciais e culturais. Apresenta um estilo narrativo não linear mas essencialmente cronológico. Baseia-se essencialmente na visão de duas crianças que ao crescer vão vendo o mundo de forma diferente. Ganhou o prémio Booker Prize em 1997. 

2. As Terças com Morrie de Mitch Albom 
Escrito de forma simples, Mitch Albom escreve as memórias do seu ex-professor enquanto este luta com a doença de Lou Gehrig. O livro esteve na lista de best sellers do New York Times durante 205 semanas. O livro fala sobre a vida e a morte, sobre arrependimentos e orgulho. Um dos meus livros favoritos. 

3. Orgulho e Preconceito de Jane Austen 
O clássico da literatura britânica, adaptado múltiplas vezes ao pequeno e grande ecrã e inspiração para inúmeros outros livros, é o meu livro favorito de todos os tempos. Afinal, todas nós procuramos o nosso Mr. Darcy, certo? 

4. Se isto é um homem de Primo Levi 
As memórias de Primo Levi sobre o tempo que passou no Campo de Concentração de Auschwitz, durante a Segunda Guerra Mundial são ao mesmo tempo uma necessidade histórica e uma estória horripilante da crueldade humana. Todos devemos ler este livro pelo menos uma vez na vida. 

5. Jane Eyre de Charlotte Brönte 
Um clássico romance gótico que explora os temas da moralidade, Deus e religião, das classes sociais e das relações inter sexos. É uma obra inovadora para a época porque retrata também uma espécie de feminismo e capacitação da mulher pouco vulgar para a altura. Um romance delicioso. 

Na próxima crónica falarei sobre mais livros. Até lá, boas leituras. 

Seja você mesmo, seja livre! 
Crónica de Márcia Leal 

P.S. Esta crónica estará em destaque aqui no blogue até a próxima crónica para dar oportunidade de todos os visitantes lerem e darem opinião sobre a mesma. O seu comentário é importante, PARTICIPE! 

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Maia - "Horta à Porta"

(imagem retirada da internet)



Criada horta biológica para empresas da Maia

No Parque de Ciência e Tecnologia da Maia – TecMaia - foi inaugurada uma “Horta à Porta”, na qual os trabalhadores das empresas ali instaladas se dedicam à agricultura biológica. Num espaço que antes era considerado “sem utilidade nas traseiras do edifício do TecMaia” existem agora 22 talhões, num total de cerca de 550 metros quadrados.

“Esta é mais uma horta que visa promover a qualidade de vida da população, através de boas práticas agrícolas, ambientais e sociais” disse Ana Lopes, da Lipor - Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto -, em declarações à Lusa. “Este ano abriram mais duas hortas, uma empresarial e outra para uma comunidade escolar, e há já conversações” com outros municípios para a criação de novas hortas, afirmou Ana Lopes.

O “Horta à Porta”, projecto da Lipor, nasceu em Julho de 2003 e já conta actualmente com 23 hortas, representando uma área de quase quatro hectares, divididos por 590 talhões. Mas ainda 1200 pessoas aguardam pelo seu "pedaço de terra".

Escrito por Fábio Monteiro (Lusa) 
Créditos: Público/Ecosfera

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Sugestões para os tempos livres

(imagem retirada da internet)

Para onde vão as crianças a partir de segunda-feira?


De Norte a Sul do país existem inúmeras ofertas, das autarquias aos museus, dos clubes desportivos aos científicos. Aprender a cozinhar ou a navegar. Aprender latim e a conhecer as nossas origens romanas ou descobrir os planetas. Saber como funciona o corpo humano ou simplesmente brincar ao ar livre, as propostas são muitas e adequadas a cada criança e sua família. Por vezes, as actividades estão mais centradas nas crianças até aos 12 anos, mas já existe oferta acima dessa idade. Por exemplo, o programa Ciência Viva a funcionar um pouco por todo o país ou as instituições de ensino superior que têm oferta para os mais velhos como forma de os ocupar e, também, de os atrair para as áreas de estudo que oferecem. O PÚBLICO fez um apanhado das sugestões e vai, nos próximos dias, acrescentar outras propostas a esta lista, construída por ordem alfabética a partir dos nomes das localidades.

Alcanena

Carsoférias 2012
  • Carsoscópio – Centro Ciência Viva do Alviela (Praia Fluvial dos Olhos de Água do Alviela – Louriceira). Tel.: 249881805 
  • Dias 2 a 6 e 16 a 20 de Julho das 10h às 18h. Preço: 7,50 (1 dia) ou 30 euros (1 semana)
  • ATL de Verão no Carsoscópio (entretanto encerrado ao público para requalificação do espaço da exposição) para descobrir o Alviela. Com actividades desportivas, experiências científicas, jogos e oficinas de expressão plástica. Dos 6 aos 12. 

Amadora

Férias no Parque
  • Ski Skate Amadora Parque (Urbanização da Atalaia – Damaia). Tel.: 936139798 e 214369051
  • 2ª a 6ª das 9h às 19h. De 25 de Junho a 3 de Agosto. Preço: 130 euros (1 semana). Inclui refeições
  • Programas de cinco dias, com aulas de snowboard, ski, skate e patins. Dos 8 aos 16. Integra o programa Férias na Cidade organizado pela Câmara Municipal da Amadora, que oferece ainda actividades no Parque Florestal de Monsanto, no Complexo Municipal de Ténis do Borel, no Complexo Desportivo Monte da Galega e na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos. Mais informações: www.cm-amadora.pt.

Barreiro

Oficinas Criativas Teatro
  • Teatro Municipal do Barreiro (junto à Av. Alfredo da Silva). Tel.: 212060860
  • Dias 2 a 6 e 9 a 13 ou 16 a 20 e 23 a 27 de Julho das 9h às 17h. Preço: 150 euros (refeições incluídas)
  • Oficinas de artes plásticas e dramáticas organizadas pela Arteviva – Companhia de Teatro do Barreiro. Dos 7 aos 13. Inscrições até 27 de Junho.

Braga

Há Teatro no Museu 
  • Museu Nogueira da Silva (Av. Central, 61). Tel.: 253601275
  • Dias 18 a 22 de Junho das 10h às 12h30 e das 14h30 às 17h. Preço: 35 euros
  • Quem Está Aí?, uma oficina de artes plásticas que explora a exposição de Jorge Barradas, eNas Asas de uma Fénix, uma oficina de cenografia, construções e teatro poético a partir do conto A Fénix e o Pavão, de Ondina Braga, são as propostas do Museu Nogueira da Silva para as férias que se aproximam. A primeira é para miúdos dos 5 aos 7 (de manhã), a segunda dos 8 aos 12 (à tarde).

Coimbra

Férias no Chimico – 4 Dias, 4 Temas
  • Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (Praça Marquês de Pombal). Tel.: 239854350
  • Dias 17 a 20 de Julho e 21 a 24 de Agosto das 10h às 13h ou das 14h30 às 17h30. Preço: 30 euros
  • Brincadeiras à volta de quatro temas – Energias Renováveis, Máquinas Simples, Animais Simples e Natureza como Inspiração –são a proposta do Museu da Ciência para os miúdos em férias. Dos 5 aos 7 (de manhã) e dos 8 aos 12 (à tarde).

Guimarães

Programa à Descoberta
  • Centro Cultural Vila Flor (Av. D. Afonso Henriques, 701). Tel.: 253424700
  • 2ª a 6ª das 9h às 18h. De 2 a 27 de Julho. Preço: 33 (1 semana sem almoço), 58 (1 semana com almoço), 55 (2 semanas sem almoço) e 105 euros (2 semanas com almoço)Programa de uma semana para “usufruto” dos tempos livres (termo que a organização prefere em vez de “ocupação”), com actividades de artes plásticas, astronomia, cinema, passeios pedestres, dança, sessões de contos ou fotografia. Para participantes dos 6 aos 10. Para os mais crescidos (11 aos 14), estão disponíveis as oficinas A Sombra do Som (de teatro de sombras e sonoplastia, de 23 a 25 de Julho) e A Sombra e o Sol (de fotografia, dias 26 e 27 de Julho). Inscrições até uma semana antes das actividades.

Lisboa

Arquitecto de Casas de Papel
  • Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves (Av. 5 de Outubro, 6 – 8). Tel.: 213540923
  • Dias 25 a 29 de Junho das 10h às 13h e 14h às 17h30. Preço: 90 euros (1 semana)
  • Curso que pretende estimular a projecção espacial e a capacidade de reprodução 3D – para desenhar os espaços da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves e fantasiar com as diferentes divisões. Dos 7 aos 11. Outros temas e datas disponíveis (até 3 de Agosto).

As Histórias que Vivem Dentro dos Tecidos
  • Artelimitada – Escola de Artes Visuais (Calçada da Estrela, 128, anexo A). Tel.: 213954401
  • Dias 2 a 6 de Julho das 10h às 13h. Preço: 116,85 euros
  • Atelier de tapeçaria para tecer pequenas histórias onde as palavras têm a forma de fios e para estampar em tecidos. Cinco Obras, Cinco Jogos, Cinco Ateliers (9 a 13 de Julho)#desenhar (16 a 20 de Julho) e Redescobrir os Fantoches e os Contos (23 a 27 de Julho) são os outros temas propostas para as actividades de Verão. Todas para crianças dos 6 aos 11.

Caligrafia Chinesa
  • Museu do Oriente (Avenida de Brasília – Doca de Alcântara). Tel.: 213585244
  • Dias 2 a 4, 9 a 11 e 16 a 18 de Julho das 10h às 12h30 (as crianças podem chegar a partir das 9h30). Preço: 60 euros (3 manhãs)
  • Um curso de caligrafia chinesa para miúdos dos 7 aos 12 é uma das propostas do Museu do Oriente para as Férias de Verão – um programa que inclui também um workshop de manga (12 e 13 de Julho, 9 e 10 de Agosto e 6 e 7 de Setembro), a oficina No Encalço de Marco Polo, que levará as crianças a percorrer algumas das rotas e locais por onde passou este mercador (16 a 20 de Julho e 6 a 10 de Agosto), a actividade Era Uma Vez Um Mundo, que conta a história do mundo em que habitamos (23 a 27 de Julho e 13 a 17 de Agosto) e Uma Coreografia por um País, que desafia os participantes a apresentar danças de vários locais do mundo (30 de Julho a 3 de Agosto e 20 a 24 de Agosto). Inscrições para a primeira oficina de caligrafia chinesa até 25 de Junho. Dos 7 aos 12 (só o workshop de manga á para maiores de 12).

Cursos Jovens Cozinheiros
  • A Cozinha Não Morde (Av. Columbano Bordalo Pinheiro, 52). Tel.: 919177177
  • Dias 27 e 28 de Junho, 24 e 25 de Julho, 16 e 17 de Agosto e 18 e 19 de Setembro das 10h às 17h. Preço: 60 euros (2 dias)
  • Cursos de dois dias com idas à horta e ao mercado do Rego (para reconhecer legumes, peixes e carnes) e confecção das refeições. Para jovens cozinheiros dos 11 aos 15. Há ainda cursos só de um dia e actividades para os mais novos (6 aos 10). Mais informações em http://acozinhanaomorde.blogspot.pt.

Decompor o Olhar
  • Museu Colecção Berardo – Arte Moderna e Contemporânea (Centro Cultural de Belém). Tel.: 213612800
  • Dias 9 a 13 de Julho e 6 a 10 de Agosto das 9h30 às 17h30. Preço: 145 euros (almoço incluído)
  • Actividade em parceria com a Nintendo, para aprender a desenhar e pintar com o Art Academy. Decompor o Olhar convida os participantes a compor uma obra de arte, com recurso à fotografia, ao desenho e à pintura. Entre 27 e 31 de Agosto, terá lugar ainda a actividade Entre o que vejo e imagino, encontro o que quero fazer, para elaborar projectos e obras de arte. Dos 7 aos 12. Em Busca dos Monstros Perdidos

Museu da Marioneta
  • Convento das Bernardas (R. da Esperança, 146). Tel.: 213942810
  • Dias 19 a 22 de Junho das 10h às 17h. Preço: 25 (1 dia) ou 80 euros (4 dias). O almoço deve ser levado de casa
  • Atelier para descobrir os seres fantásticos e estranhos que se escondem no Museu da Marioneta. Cada dia é dedicado a um tema: marionetas de vara, de sombra, de fios e máscaras. De 3 a 6 de Julho, no mesmo horário, realiza-se a actividade Quatro Dias, Quatro Espectáculos, para explorar um país chamado Indonésia, onde existe uma longa tradição na arte das marionetas. As duas oficinas são para miúdos dos 6 aos 12. 

Férias com Ciência – Todos a Bordo
  • Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva (Parque das Nações). Tel.: 218917100
  • 2ª a 6ª das 9h às 18h (as crianças podem ser recebidas a partir das 8h30). De 18 de Junho a 7 de Setembro. Preço: de 40 (1 dia) a 160 euros (5 dias). Refeições incluídas. Descontos para sócios
  • Este ano, as Férias com Ciência – inspiradas pelo 100.º aniversário do naufrágio do Titanic – convidam os participantes a embarcar numa “viagem” de exploração marítima. Para construir barcos, aprender a fazer nós náuticos e a descodificar mensagens em código morse ou produzir uma curta-metragem sobre o cruzeiro mais famoso da história. Dos 6 aos 11.

Férias Debaixo de Água
  • Oceanário de Lisboa (Parque das Nações). Tel.: 218917002
  • 2ª a 6ª das 8h30 às 18h30. De 25 de Junho a 7 de Setembro. Preço: 40 (1 dia), 150 (4 dias) e 180 euros (5 dias). Inclui refeições
  • As habituais Férias Debaixo de Água são este Verão inspiradas nos contos tradicionais infantis (para os mais pequenos, dos 4 aos 9) e nos mistérios das séries policiais (10 aos 12). Mas há uma novidade no Oceanário, As Férias com “Cenas” de Teatro, uma actividade que convida os participantes a vestir a pele de actor numa peça de teatro e a passar uma semana entre camarins, aulas de canto e expressão corporal e ensaios (de 25 de Junho a 7 de Setembro, dos 8 aos 14). E às sextas continua a ser possível dormir com os tubarões (maiores de 6).

Férias de Verão Pró Ambiente
  • Jardim Botânico da Ajuda (Calçada da Ajuda). Tel.: 213622503
  • Dias 9 a 13 e 16 a 20 de Julho das 9h às 18h. Preço: de 65 (1 semana, só manhã ou tarde) a 265 euros (2 semanas, todo o dia, refeições incluídas)
  • Um programa com actividades de jardinagem, teatro e expressão plástica, sempre ao ar livre, para crianças dos 4 aos 13. Workshops de teatro com Sofia Espírito Santo (25 a 29 de Junho, 23 a 27 de Julho e 10 a 14 de Setembro, 7 aos 13) e de dança com Pula Careto (2 a 6 de Julho, 7 aos 13) completam a programação no Jardim Botânico.

Oficinas de Verão com a Gato que Ladra
  • Palácio de Laguares (R. Professor Sousa da Câmara, 156 – Campolide). Tel.: 968382245
  • Dias 9 a 13, 16 a 20 e 23 a 27 de Julho e 3 a 7 de Setembro das 9h às 17h30. Preço: 75 (1 semana, para inscrições até 25 de Junho) ou 100 euros. Almoço opcional a 20 euros (semana)
  • Três propostas da Gato que Ladra: A Minha Vida Dava um Filme, oficina de vídeo e expressão dramática (9 a 13 de Julho), Histórias Fotogénicas, oficina de expressão dramática, plástica e fotográfica (16 a 20 de Julho), e A Árvore de Histórias, oficina de expressão dramática (23 a 27 de Julho). Dos 4 aos 6, 7 aos 11 e 12 aos 15.

Officina Romanorum MMXII
  • Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – Departamento de Estudos Clássicos. Tel.: 938534327 ou 910337754Dias 9 a 13 de Julho das 9h às 18h. Preço: 75 euros. Almoço incluído
  • Um jogo de apresentação abre a semana de actividades no Centro de Estudos Clássicos. Seguem-se aulas dedicadas ao grego e ao latim, visitas a vestígios da Lisboa Romana e oficinas nos museus Calouste Gulbenkian, de Arte Antiga e Arqueológico de São Miguel de Odrinhas (em São João das Lampas). A encerrar, uma festa para os pais com exposição dos trabalhos e entrega de diplomas. Dos 6 aos 10 e dos 11 aos 14. Inscrições até 20 de Junho.

Porto

Amigos Desengonçados
  • Fundação de Serralves. Tel.: 808200543 
  • Dias 2 a 6 e 23 a 27 de Julho das 9h30 às 12h30. Preço: 50 euros (1 semana)
  • Quadrados, círculos e triângulos juntam-se na oficina Amigos Desengonçados para contar uma história – que crescerá ao longo da semana e que no final estará pronta para ser recriada. Esta actividade – para crianças dos 4 aos 6 – faz parte das Férias de Verão em Serralves, programa com brincadeiras para todas as idades (até aos 17 anos). Até 31 de Agosto, haverá oficinas de robótica, de pinturas improváveis ou para passeios à horta. Todo o programa em www.serralves.pt.

Tomar
  • XL Camp
  • Quinta dos Ganados (Ganados). Tel.: 218155690 ou 962785998 
  • Dias 1 a 6 de Julho. Preço: 275 euros (não inclui transporte, na ida, até Tomar)
  • Campo de férias organizado pela SIC K e pela KidZania, com actividades de escalada, canoagem, caça ao tesouro, jogos na piscina, uma noite ao luar e workshops de televisão com caras conhecidas do canal. No último dia, visita à Kidzania, um parque temático para brincar aos adultos, localizado no centro comercial Dolce Vita Tejo, na Amadora. Dos 6 aos 18. 
Escrito por Helena Melo

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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Crónicas 10 minutos - Viver o passado para construir o futuro!

Imagem retirada AQUI


D. João III – O Inquisidor 

Há 455 anos, a 11 de Junho de 1557, o Rei D. João III morria em Lisboa. O seu reinado marcou a introdução da Inquisição em Portugal. 

D. João III tornou-se Rei de Portugal aos 19 anos, corria o ano de 1521. Filho de D. Manuel e de D. Maria de Castela, filha dos Reis Católicos, D. João herdou um vasto império, que embora disperso, atingia todo o globo. Assim, tal como o seu antecessor, D. João III procurou centralizar o poder. 

O império português na Ásia cresceu, com a aquisição de Chalé, Diu, Bombaim, Baçaim e Macau. Em 1543, pela primeira vez, um grupo de portugueses chegou ao Japão, estendendo, assim, a presença portuguesa de Lisboa até Nagasaki. A colonização brasileira tornou-se efetiva, com as capitanias hereditárias. 

D. João III, o Piedoso, deveu o seu cognome à sua imensa “religiosidade”, que em plena Contrarreforma e Reforma Católica, levou-o a introduzir a Inquisição em Portugal, em 1536. Esta nova instituição religiosa obrigou à fuga de muitos mercadores e cristãos-novos para o estrangeiro, assim também se deu a saída de muito capital de Portugal. Esta situação afetou fortemente a economia portuguesa. 

A Inquisição entrou em Portugal, a 23 de maio de 1536, com sede em Évora. Assim, toda a população foi convidada a denunciar os casos de heresia de que tivesse conhecimento. O próprio irmão do Rei, o Cardeal D. Henrique, tornou-se o chefe máximo. D. João III depois assume-se como Inquisidor Geral, assim a Inquisição passou a ser uma ferramenta do Rei para o controlo do país. 

Ao longo dos anos seguintes, a Inquisição “incendiou”, perseguiu e executou em autos-de-fé várias pessoas. Tinha a sua independência face aos Rei, o que a tornou num poder paralelo e forte. Contudo, houve um homem que conseguiu dominar a máquina e usá-la a favor dos seus interesses, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal. 

Um dos exemplos do controlo pombalino foi a morte por auto-da-fé do jesuíta Pe. Gabriel Malagrida, de 72 anos, acusado de ter pregado que o terramoto de 1755 que destruiu Lisboa fora um castigo divino. Assim, ao transformar a Inquisição num instrumento político, Pombal terminou com a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos. 

Data da era pombalina a publicação do último Regimento da Inquisição. Assim, Pombal deu início ao fim da Inquisição, ao tirar o seu lado religioso, impondo um cunho político. A Inquisição vigorou até 1821, extinguindo-se com a Revolução Liberal de 1820. Ainda hoje, em pleno século XXI, assistimos a inúmeras faltas de respeito e de liberdade pelas opções dos outros. Infelizmente, o ser humano não aprendeu com o passado e continua a esquecer que nascemos todos iguais e que todos nós temos direito às nossas opções e aos nossos caminhos. 

A Liberdade de cada um, termina quando interfere na do outro…por isso, é tempo de compreensão e sobretudo respeito democrático…ao nascermos, somos todos iguais…ninguém se esqueça disso! Nunca! 

É preciso viver o passado para construir o futuro! 
Francisco Miguel Nogueira 

P.S. Esta crónica estará em destaque aqui blogue para dar oportunidade de todos os visitantes de darem a sua opinião sobre a mesma.A sua opinião é importante, PARTICIPE! 

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Fundação Grünenthal premeia investigadores do Porto

(imagem retirada da internet)


Investigadores do Porto premiados por trabalhos sobre a dor

Qual a origem da dor associada à osteoartrose, uma das principais causas de dor crónica a nível mundial? Qual o método de medição da dor, possível de usar no futuro, no âmbito da clínica, para guiar a administração de analgésicos e de anestesia em doentes incapazes de comunicar a dor? Os estudos que procuraram responder a estas questões foram premiados pela Fundação Grünenthal. Anunciados hoje, estes prémios têm o valor total de 15 mil euros. 

O Prémio de Investigação Básica sobre a dor foi atribuído ao trabalho “Mecanismos neurobiológicos da dor na osteoartrose” realizado por um grupo de investigadores da Faculdade de Medicina do Porto/Instituto de Biologia Molecular e Celular, composto por Joana Ferreira Gomes, Sara Adães e José Castro Lopes. Segundo a investigadora principal, Joana Ferreira Gomes, este estudo procurou “um maior esclarecimento do que está na origem da dor associada à osteoartrose, uma das principais causas de dor crónica” em todo o mundo. Os resultados mostram que uma das causas poderá ser “a lesão dos neurónios que enervam o osso que está por baixo da cartilagem articular, a qual é destruída no decurso da osteoartrose”. 

No campo da Investigação Clínica, o prémio foi para o estudo ”Potenciais evocados somatosensitivos podem traduzir objectivamente o balanço nocicepção/antinocicepção sob ação de anestésicos gerais”, da autoria de investigadores do Serviço de Anestesiologia do Hospital de Santo António/Faculdade de Engenharia do Porto. Da autoria de Ana Castro, Pedro Amorim, Catarina S. Nunes e Fernando Gomes de Almeida, este trabalho propõe “um novo método objectivo de quantificação da dor”. A investigação foi realizada junto de voluntários submetidos à aplicação de estímulos dolorosos e à administração de analgésicos e anestésicos e “permitiu demonstrar a utilidade dos potenciais evocados como método objectivo de quantificação da ‘dor’", segundo Ana Castro.

O Júri do Prémio Grünenthal Dor 2011 foi liderado pelo presidente da fundação, Walter Osswald, e contou com a participação de mais seis personalidades médicas designadas pela Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) e pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR). Os Prémios Grünenthal Dor constituem o prémio de mais alto valor anualmente distribuído em Portugal, no âmbito da investigação em dor. A Fundação Grünenthal é uma entidade sem fins lucrativos que tem por fim primordial a investigação e a cultura científica na área das ciências médicas, com particular dedicação ao âmbito da dor e respectivo tratamento. 

Por Paula Torres de Carvalho
Créditos: Público/Sociedade

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Surf adaptado em Portugal

(imagem retirada da internet)


Portugal tem associação pioneira de surf adaptado 

Há três anos percebeu que tinha tudo para voltar a surfar, algo que não fazia desde que ficou tetraplégico, aos 18. Agora, com 35, quer criar condições para que pessoas deficientes possam «apanhar a onda». É esse o grande objectivo da SURFaddict - Associação Portuguesa de Surf Adaptado -, criada por Nuno Vitorino, um antigo nadador paralímpico empenhado em transformar a modalidade num «desporto para todo», e fazer com a que «a deficiência, ou a cadeira de rodas, não sejam um impedimento» para qualquer um se fazer ao mar. «Antigamente fazia bodyboard. A partir dos 18 anos, depois do acidente, nunca mais fui ao mar e tinha um grande desgosto. Comecei a olhar para o mar e para a areia e a ver quais eram as barreiras que conseguia transpor», conta, acrescentando que «com a ajuda de amigos as barreiras foram sendo ultrapassadas».

Com a primeira associação de surf adaptado da Europa, Nuno Vitorino pretende criar um «movimento à escala nacional e quem sabe à escala europeia» que permita às pessoas com deficiência desfrutarem o mar, baseando-se num princípio simples: dar formação às escolas de surf e criar, entre a comunidade surfista, um grande movimento de voluntários. «Queremos levar o ‘know how’ às escolas de surf, recebendo em troca os voluntários e os meios materiais – pranchas e fatos - para que estas actividades consigam ter o seu sucesso», explica Nuno Vitorino, que aposta nas «parcerias com escolas, instituições públicas e locais para que tudo seja gratuito» para os praticantes. Uma ida de Nuno Vitorino à água implica, actualmente, uma combinação prévia e o trabalho de quatro pessoas - duas ou três que o levam para a zona da rebentação e uma outra que fica à beira mar e o vai levando para dentro. «É uma espécie de jogo de ping-pong sendo eu a bola. Apanho a onda venho para a zona da rebentação. Alguém pega em mim, começa-me a levar para dentro», explica, confiante de que com o evoluir da associação todo o processo vai ser agilizado.

No mar, Nuno utiliza «um fórmula 1 das ondas», uma prancha especial e maior que as convencionais construída pela empresa XCult Surfboard «com um ‘astrodeck’ que tranca as pernas e pegas» para que se consiga agarrar. Admite que a sua prancha adaptada «dá mais adrenalina», mas reconhece que «numa primeira fase não são precisas grandes adaptações materiais» para que as pessoas com deficiência pratiquem surf, bastando «uma prancha normal de borracha, das utilizadas para a iniciação». O mentor do projecto reconhece que «dar formação às escolas não é simples», e é por isso que classifica com «extremamente importante» o papel da sociedade, tanto ao nível dos apoios como de parcerias.

A SURaddict vai mostrar-se pela primeira vez sábado, 16 de Junho, na praia do Baleal onde todos poderão praticar surf, independentemente da condição física. O evento, que contará com a presença de figuras conhecidas do surf nacional, vai ter «pela primeira vez, na Europa, uma mota de água a rebocar as pessoas com deficiência para a zona da rebentação para facilitar o trabalho dos voluntários», explica Nuno Vitorino, mostrando-se muito satisfeito com a adesão que a iniciativa tem tido. «Temos já 150 voluntários inscritos e mais de 20 pessoas com deficiência», refere, lembrando que toda a publicidade tem sido feita através das redes sociais e do sítio da associação.

Convicto de que dentro de algum tempo vai ser possível a uma pessoa com deficiência «chegar a uma praia e encontrar uma escola com formação específica para a levar à água em total segurança», Nuno Vitorino continua a apanhar ondas, num mar que dilui diferenças. «Sinto-me um entre iguais, eu não sou uma pessoa em cadeira de rodas quando estou a surfar», garante, esperando que muitos outros deficientes possam, em breve, sentir o mesmo.

Por Alexandra Oliveira, Agência Lusa
Créditos: Lusa/SOL/Vida

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Livro sobre Diabetes Tipo 2

(imagem retirada da internet)


A Diabetes na sua Mão 

Tratar por tu a glicemia, a dieta alimentar e o exercício físico é o lema de A Diabetes na sua Mão, um livro de respostas a perguntas frequentes sobre uma doença que já é pandemia. 

Muito se diz sobre o que a causa, mas o que tem sido feito ainda é muito pouco. A diabetes de tipo 2 já pode ser descrita como uma pandemia ou, como explica José Manuel Boavida, coordenador do Plano Nacional de Prevenção e Controlo da Diabetes, «ao contrário das doenças que aparecem repentinamente, a diabetes é como um tsunami: é lenta mas aparece com uma força que vai levar tudo à frente». Para desfazer dúvidas e dar às pessoas um «controlo e conhecimento» mais eficazes do mal de que padecem – e desfazer mitos e dramatismos vãos – Boavida assina, com Francisco Sobral do Rosário e Maria João Afonso, A Diabetes na sua Mão. Escrito com a simplicidade de um manual de instruções, o livro apresenta a doença, o modo como se manifesta, como é feito o tratamento e alguns conselhos, sob a forma de perguntas e respostas. E no fim até apresenta cardápios adequados. Um deles é um gelado de manga (com adoçante). Um gelado? Pois claro. Ser diabético, como se explica na obra, não significa ter um cinto de castidade gastronómico. Como em tudo o que diz respeito à doença, é a disciplina dos valores de glicemia (açúcares) no sangue o que se procura, rumo a um equilíbrio, com auxílio dos medicamentos usados para o tratamento.

Lógica indiana

É de notar que esta diabetes que se explora no livro é a de tipo 2, ou seja, a mais massificada e que decorre dos estilos de vida contemporâneos: sedentários e bons de boca (a de tipo 1, que também tem aumentado, é uma doença auto-imune de origens ainda incertas para a ciência). Num tempo de crise, a fast food e associados são o tipo de ementas aparentemente mais adequados a bolsos menos poderosos. Mas a obesidade e a diabetes também têm aumentado nos países em vias de desenvolvimento e nos ‘emergentes’. Prova disso é que a China e a Índia destronaram os EUA no pódio do número de diabéticos. No caso indiano chega até a haver uma espécie de lógica perversa. «Só para ver o ridículo da situação em que vivemos, na Índia ser diabético é considerado um grau de ascensão social. É fino ter diabetes», lamenta Boavida. Talvez a tal lentidão com que a doença se manifesta ajude a iludir sobre a sua progressão. Mas, entre as sequelas, é de notar que a diabetes é a principal causa de cegueira e de amputações, por exemplo.

Hoje, 30% da população mundial já tem ou corre grande risco de vir a ter diabetes. Ou seja, mais de dois mil milhões de pessoas... Em Portugal estima-se que 12,7% da população adulta já seja diabética, uma média muito semelhante à de Espanha. A solução é muito complexa, mas implica esforços conjuntos. A Organização Mundial de Saúde, entre outras instituições, tem programas mundiais de prevenção, e este é o conceito básico também para os especialistas portugueses. «É preciso investir mais na prevenção e que haja uma responsabilização cada vez maior dos cuidados primários, que tenham uma preocupação com a medicina preventiva e não só com a curativa», articulando centros de saúde com escolas, autarquias, ONG, etc. E o desinvestimento na saúde pública pode, também neste caso, aumentar o risco. «Do ponto de vista da organização das sociedades, era o salve-se quem puder. E quem se salva são sempre os mesmos. Não serão com certeza os que mais necessitam».

A salvação também está em cada um, recomenda-se no livro. Uma ajuda a quem tem interrogações que não são esclarecidas numa consulta. «É mais um exercício para levar as pessoas à reflexão. Costumamos dizer que o verdadeiro médico na diabetes é a própria pessoa».

Créditos: Sol/Vida

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