terça-feira, 19 de junho de 2012

Envelhecer de forma saudável

(imagem retirada da internet)


Manter cérebro activo e curioso atrasa o envelhecimento 


O médico especialista em Bioética Daniel Serrão defendeu, em Vila Nova de Gaia, que à semelhança do que acontece com o exercício físico deve apostar-se em actividades que mantenham o cérebro activo para atrasar o envelhecimento. «Manter o cérebro curioso, em curiosidade permanente, faz com que o indivíduo se mantenha ‘activamente vivo’, porque é no cérebro que envelhecemos», afirmou Daniel Serrão, na conferência ‘Seniores – um novo estrato etário e social’, integrada nas Jornadas sobre Envelhecimento Activo, organizadas pela Santa Casa da Misericórdia de Gaia.

Com 85 anos, este investigador frisou que «as articulações podem não funcionar bem, mas não é o envelhecimento corporal que conta, é o envelhecimento do cérebro. Vemos isso muito bem nos doentes com Alzheimer e com demências senis. Os corpos podem estar perfeitos, mas o cérebro deixou de funcionar porque envelheceu». «As pessoas são cérebro e é em relação ao cérebro que é preciso trabalhar, a par do exercício físico, com certeza. E a melhor forma de activar o cérebro é mantê-lo curioso e voltado para o mundo exterior», disse.

Daniel Serrão referiu que esta faixa etária, com mais de 65 anos – que ronda os «dois milhões» de indivíduos – «é hoje muito cobiçada por aqueles que espreitam o negócio. Reparem no elevado número de instituições privadas que oferecem uma vida boa, com estimulação cognitiva, actividade física e viagens, entre outras». Daniel Serrão apontou três grupos de pessoas na terceira idade: as pessoas saudáveis, activas e independentes e que ainda podem prestar um contributo para a sociedade, os indivíduos que tendo alguns problemas de saúde arranjam pretextos para nada fazerem, tornando-se assim inactivos e dependentes de outros, e o idoso que entra no processo de morrer.

Considerou ainda que a declaração de 2012 como ‘Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações’, instituído pelo Parlamento Europeu, tem toda a razão de ser, dado que em Portugal um quinto da população (cerca de 2 milhões de pessoas) têm mais de 65 anos.

Créditos: Lusa/SOL/Vida

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