terça-feira, 5 de junho de 2012

Crónicas 10 minutos - Tecnologicamente falando

Imagem retirada AQUI

Será o fim das agulhas?

O Massachusetts Institute of Technology (MIT), Universidade privada Norte-Americana, que é conhecida pelos seus avanços nas áreas da Ciência e Tecnologia, desenvolveu um dispositivo que permite administrar medicamentos sem o uso de uma agulha.

O projeto, que se encontra ainda em fase de teste, poderá significar um grande avanço na área da saúde, caso venha a ser adoptado para o uso no dia-a-dia. Impulsionado pela força Lorentz, um pistão é accionado, lançando um jato de alta pressão, não sendo necessário nenhum tipo de agulha. O mecanismo tem um diâmetro muito fino, semelhante ao de uma probóscide (usualmente conhecido por tromba ou ‘ferrão’) de um mosquito, tornando-o totalmente indolor. O aparelho permite tanto o injetar no paciente como o absorver dele. 

O dispositivo pode ser configurado para aplicar doses e profundidades variáveis. A título de exemplo, pode-se programar a velocidade para que se penetre na pele a velocidade x e descarregue o fármaco a velocidade y. Tudo isso em menos de um milissegundo! As substâncias podem ser aplicadas quase à velocidade do som (aproximadamente 340 metros/segundo), caso seja necessário. Outra enorme vantagem é a possibilidade de aplicar a medicação directamente no olho e na membrana do tímpano, dentro da orelha, entre outros lugares mais ‘complicados’. 

Para além destas inovações imediatas, há grupos de pessoas que podem sair imensamente favorecidas com este conceito. Beneficiam os milhares que sofrem de Aicmofobia, isto é, a fobia quando uma pessoa tem medo de agulhas ou objetos pontiagudos. Da mesma forma, os milhões de Diabéticos, que irão ter uma nova forma de administrar diariamente as suas doses de insulina, sem deixar marcas. Também os profissionais de saúde saem a ganhar pois passam a ter um método mais rápido e indolor, e que lhes poupam de dores de cabeça, na altura de dar “a pica”. 

No entanto, o conceito não é novo. Já existem soluções semelhantes no mercado, que são, no entanto, mais limitadas. Não permitem controlar nem o volume nem a velocidade, por exemplo. Ora isso traduz-se numa resposta sempre igual, independentemente do tipo de pele, idade, sexo, etc. o que pode trazer problemas para o paciente. Outra diferença é a possibilidade de administrar químicos em pó. Este aparelho, devido à sua imensa capacidade de resposta, cria um efeito de vibração que faz com que o fármaco responda tal como se fosse líquido. Ora isso também poderá abrir portas novas à forma como os stocks de medicamentos são guardados, impedindo que lotes inteiros sejam estragados, devido a questões de má refrigeração. 

Sugestão: 
Vejam o vídeo para entenderem como tudo funciona e depois comentem a vossa opinião! Será que nos próximos anos iremos levar injeções deste tipo ou a agulha convencional nunca será substituída?





Tal como a tecnologia, inove, melhore, evolva!
João Oliveira

P.S. Esta crónica estará em destaque aqui blogue para dar oportunidade de todos os visitantes de darem a sua opinião sobre a mesma.A sua opinião é importante, PARTICIPE! 

MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

2 comentários:

  1. A belonofobia é mais frequente do que se imagina ! Milhares de pessoas desprezem qualquer instrumento que perfure, seja a ida ao dentista, sejam as agulhas(aiquimofobia)! O dispositivo que nos apresentas é de fato revolucionário, a sua existência no mercado(internacional) é me totalmente desconhecida! Certamente é demasiado dispendioso para se utilizar em todos os países, nomeadamente em Portugal. Penso que os diabéticos seriam a porpoção populacional mais favorecida com este avanço tecnológico. Certamente não com este dispositivo mas com outro similar com custo acessível e de fácil aplicação!
    Tens aqui um bom tema e mais virão, certamente!
    Parabéns!

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  2. Obrigado Marisa!
    Este aparelho, mesmo que não vingue, seja por questões de preço ou de interesses de marketing traça algo que pode vir a ser o futuro. Não esquecer que a invenção da agulha hipodérmica data de 1851, e, embora tenha vindo a ser constantemente aperfeiçoada, pode vir a ser 'reformada' por utensílios deste tipo.

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