terça-feira, 12 de março de 2013

Crónicas 10 minutos - Tecnologicamente falando

Imagem retirada AQUI



Desenvolvido microchip que 
permite às pessoas cegas ver novamente


Boas novas vindas do mundo da tecnologia aplicada à saúde! Um grupo de cientistas na Alemanha desenvolveu um implante que permite às pessoas que sofrem da doença retinitis pigmentosa, ou, em português, retinite pigmentosa ou retinose pigmentar, recuperar gradualmente uma visão útil. Esta é uma doença hereditária que causa a degeneração da retina, região do olho humano responsável pela captura de imagens. As pessoas que sofrem desta condição apresentam a perda gradual da visão até chegarem à cegueira definitiva. A doença é incurável, irreversível e afecta uma em cada 3.000 pessoas (dados referentes aos Estados Unidos da América). 

O minúsculo implante, desenvolvido na Universidade Tubingen, na Alemanha, é instalado atrás da retina, dentro do próprio globo ocular e vai estimular electronicamente os nervos ainda funcionais. A operação durou mais de dez horas mas Chris James, um dos nove pacientes submetidos a esta cirurgia revolucionária, sentiu uma “explosão de luz repentina”, quando o microchip foi activado. No caso deste paciente foram dez anos de escuridão total que desapareceram num piscar de olhos! 

O chip, desenvolvido pela Retina Implant AG, tem 3mm por 3mm e conta com 1500 pixéis sensíveis à luz. É alimentado através de uma fonte de alimentação que está localizada atrás da orelha. Este aparelho, por sua vez, liga-se magneticamente a uma bateria externa. Assim, o utilizador consegue alterar a sensibilidade do microchip. 

A maioria dos pacientes envolvidos foram capazes de reconhecer, em poucos dias, expressões faciais, bem como distinguir objectos como frutas ou talheres em cima de uma mesa, ou ler sinais de trânsito. 

Os resultados podem vir a ser ainda melhores, à medida que o tempo passa pois o olho vai-se ‘adaptando’ ao chip instalado e o próprio cérebro vai, com o tempo, interpretar melhor tudo o que ele lhe comunica. Os resultados que vos falo foram verificados apenas algumas semanas depois do aparelho ter sido ligado. Para já, e como indicou um dos responsáveis pelo projecto, o Professor Eberhart Zrenner, os resultados estão a “exceder as espectativas”. Tim Jackson, cirurgião especialista em retinas do Hospital King’s College, no Reino Unido, é outro dos consultores que participa nesta acção e adianta que é “difícil quantificar o benefício extremo que cada paciente terá” e ainda indicou que o “tratamento pioneiro está na sua fase inicial, mas que é um importante e estimulante passo em frente”. 

Dê a sua opinião sobre este avanço da medicina! Tendo em conta que isto é apenas a fase inicial, quais os impactos na saúde daqui a 10 anos? 


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Tal como a tecnologia, inove, melhore, evolva! 
João Oliveira 

P.S. Esta crónica estará em destaque aqui blogue para dar oportunidade de todos os visitantes de darem a sua opinião sobre a mesma. A sua opinião é importante, PARTICIPE! 


MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!

1 comentário:

  1. Olá João, fico vivamente feliz por esta novidade que nos trazes. É tão bom verificar que os avanços da medicina e tecnologia permitem dar uma esperança para as gerações futuras, tais como o fim do vírus da Sida e até como apresentas, a visão para quem a perdeu!
    Agora quanto á capacidade de recursos para que estas inovações chegam á casa de todos os que as necessitam, há evidentemente uma distância. Primeiro porque até se confirmar tudo o que agora se dá início a pesquisa e projetos, teremos nós e os animais (infelizmente) servir de cobaias. Depois temos a questão de custo monetário inicial que novamente só é permitido o acesso a uma minoria. Só com o passar dos tempos, entrando no mercado a competitividade, ai sim, tornar-se-ão mais acessíveis a todos os necessitados.
    Nisso, reflete-se na íntegra a tua questão; “…quais os impactos da saúde daqui a 10 anos?” Assimilo como uma pergunta retórica, respondendo-te; “referes-te a qual país?” É do conhecimento mútuo que Portugal é dos últimos a verificar os impactos positivos da inovação, embora temos no nosso mercado de trabalho excelentes investigadores, cientistas, mas em menor escala comparativamente, por exemplo, como ocorre na Alemanha. Daqui a 10 anos em todo o mundo ocorrerá inovação, e para nós ,por cá, talvez o início de uma nova esperança para os que não têm recursos financeiros afim de acarretar com os seus desejos e necessidades.
    Amigo João, sem dúvida esta foi a melhor inovação que nos presenciastes no Blogue Meio Crescente ao qual pertencemos. Estás de Parabéns!

    Ass: "Amante da Sociedade"

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