(imagem retirada da internet)
Dizer "não" quer dizer gosto muito de ti
O rosto dos pais transmite à criança emoções que ela tenta ler como forma de se sentir mais segura e feliz. O bebé olha com muita atenção para o rosto da mãe e quando nela vê um sorriso sorri de volta. Da próxima vez, será ele a esboçar um sorriso sabendo que do outro lado aparece outro.
Quando começa a gatinhar e está prestes a fazer uma asneira, olha para os pais numa tentativa de ler nos seus rostos se o que se prepara para fazer é ou não sancionado por eles. É neste jogo constante que a criança testa os limites dos adultos e é através dele que cresce emocionalmente.
Quando os pais se questionam sobre o que fazer perante as birras dos filhos que os deixam ficar mal em qualquer lado, a única coisa a fazer é afastarem-se do seu campo de visão. Se a criança deixar de os ver, deixa de existir razão para manter a birra. Ela só se destina a eles. Sem espectadores, não há necessidade de continuar.
Novamente um teste para saber quais são os limites, até onde se pode ir. Nesta altura, é importante que os pais se recordem da sua infância e de como eram contidos pelos seus progenitores. Como muitas vezes foram contrariados, ouviram o "não" e, afinal, sobreviveram.
O "não" é dizer "gosto muito de ti". A criança, apesar do protesto e do choro, vê o “não” como uma demonstração de que alguém se interessa, que está disposto a chateá-la e a chatear-se para que esteja seguro.
E quando se deve começar a impor as regras e limites? A partir dos 7-8 meses, quando a criança começa a explorar o mundo à sua volta.
Até agora a relação de pais-filho(a) foi de conhecimento, paixão. Agora, começa a difícil e exigente tarefa de educar, verdadeiramente.
Zélia Parijs, psicóloga
Créditos: Em Letra Miúda
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