sábado, 25 de maio de 2013

Recordar é viver!

(imagens retiradas da internet)



Viver o passado: 
Efemérides da semana de 18 a 24 de maio


Napoleão Bonaparte
A 18 de maio de 1804, há exatos 209 anos, Napoleão Bonaparte tornava-se Imperador dos Franceses com o nome de Napoleão I. Poucos meses depois, a 2 de dezembro de 1804, Napoleão Bonaparte auto-coroava-se Imperador, na catedral de Notre-Dame. Napoleão procurou dar à sua coroação o mesmo significado simbólico que teve a coroação de Carlos Magno, muitos séculos antes. Por isso, no ato de sua coroação, Napoleão entrou na catedral com a espada e usava o manto do imperador franco. À semelhança de Carlos Magno, Napoleão também foi coroado em dezembro, mês do natal, e não poupou esforços para que a cerimónia fosse realizada com luxo e requinte. Napoleão e Josefina compareceram ao evento vestidos de veludo bordado e seda trabalhada em ouro e prata. A coroa de louros dourados, usada por Napoleão, evocava o esplendor da Roma Antiga. Um dos momentos mais marcantes desta cerimónia, e que mostra muito da personalidade de Napoleão e da imagem que queria transmitir a todos, foi quando retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, que viajara especialmente para a coroação, e se coroou a si próprio. Foi um momento único e que mostrou, até à Santa Sé, que Napoleão não toleraria autoridade alguma superior à dele. Logo após também coroou sua esposa, a imperatriz Josefina.
Apesar de hoje brincarmos com a sua baixa estatura, Napoleão teve uma visão grandiosa e foi um dos homens que mais marcaram o século XIX. O seu Império Francês atingiu, em 1812, a sua extensão máxima, ocupando a Europa Ocidental e grande parte da Oriental, possuindo 150 departamentos, com 50 milhões de habitantes, quase um terço da população europeia da época. Napoleão concedeu títulos nobiliárquicos aos seus familiares. Além disso, colocou-os em altos cargos públicos. Formou uma nova corte com membros da elite militar, da alta burguesia e da antiga nobreza. Para celebrar os triunfos de seu governo, Napoleão construiu monumentos grandiosos, como o Arco do Triunfo que, como outras grandes obras da época, por sua grandiosidade e por criar empregos, melhorava a imagem de Napoleão perante o povo. Napoleão deixou um legado de revoluções, lutas pelos direitos e um orgulho de ser Francês. 


Catarina Eufémia
A 19 de maio de 1954, há 59 anos, na sequência de uma greve de assalariados rurais alentejanos por melhores remunerações, Catarina Eufémia foi assassinada, a tiro, pelo tenente Carrajola, da Guarda Nacional Republicana (GNR). Nascida a 13 de fevereiro de 1928, em Baleizão, Alentejo, Catarina Efigénia Sabino Eufémia foi uma ceifeira que lutava por pão e trabalho e, rapidamente, tornou-se um símbolo da resistência do proletariado rural alentejano à repressão e à exploração do Estado Novo e, ao mesmo tempo, um símbolo do combate pela liberdade e da emancipação da mulher portuguesa. Com vinte e seis anos de idade, Catarina foi assassinada. Tinha três filhos, o mais novo estava no seu colo no momento em que foi baleada. A história de Catarina foi adotada pelo Partido Comunista Português (PCP), tornando-se um símbolo da resistência ao salazarismo.


Lawrence da Arábia
Thomas Edward Lawrence, conhecido em todo o mundo como Lawrence da Arábia, morreu a 19 de maio 1935, como mecânico reformado da Royal Air Force (RAF), com um nome falso. Nascido no País de Gales, a 16 de agosto de 1888, Lawrence licenciou-se em Oxford e, em 1909, visitou a Síria e a Palestina, e um ano mais tarde juntou-se uma escavação arqueológica na Síria, onde permaneceu de 1911 até 1914, onde aprendeu árabe e aproximou-se da cultura dos muçulmanos. 
Ao eclodir a I Guerra Mundial, juntou-se aos serviços secretos britânicos e foi destacado para o Cairo e Meca. Em 1916, eclodiu a Revolta Árabe contra o Império Otomano, que se aliara à Alemanha na guerra. Lawrence tornou-se oficial de ligação e assessor de Feisal, filho do líder da revolta, Hussein, o xerife de Meca. Como estratega, Lawrence mostrou-se bastante competente, liderando uma pequena força irregular em operações de ataque a rotas de abastecimento e linhas de comunicações, impedindo-as de lutar contra as forças regulares aliadas sob o comando do general Edward Allenby.
Em junho de 1917, as forças árabes conquistaram a sua 1ª grande vitória, a captura de Aqaba (na atual Jordânia), importante porto do Mar Vermelho. Lawrence dedicou-se então a lutar pela independência árabe: recusou uma condecoração do próprio Rei Jorge V e apareceu na conferência de paz de Paris vestido com um albornoz (uma capa de lã, geralmente branca, provida de capuz, usada por árabes e beduínos como casaco). Contudo, tanto britânicos como franceses chegaram a um consenso sobre o futuro dos territórios árabes da Turquia, que foram divididos entre as duas potências, que passaram a exercer sobre elas um mandato da Sociedade das Nações. Lawrence ficou desiludido pelo desfecho, mas, tornou-se uma celebridade, ajudado pelos esforços de publicidade do jornalista americano Lowell Thomas. 
Em 1921, o secretário das colónias britânico Winston Churchill, nomeou Lawrence conselheiro, mas, em 1922, abandonou todo o tipo de compromissos enriquecedores e alistou-se na RAF com um nome falso: John Hume Ross. Desta forma, esperava fugir da sua própria fama. Quando a imprensa o descobriu, o exército deu-lhe uma licença. No ano seguinte conseguiu alistar-se de novo como soldado raso no Corpo de Artilharia, com outro nome falso: T. E. Shaw. Depois voltou a juntar-se à RAF e mudou legalmente o seu apelido para Shaw. Foi publicada uma edição privada do seu livro Os Sete Pilares da Sabedoria, em 1926. Em 1935, pouco depois de se reformar do exército para se concentrar em escrever um novo livro, teve um acidente mortal de motocicleta. 


Chegada de Vasco da Gama à Índia
Há exatos 515 anos, a 20 de maio de 1498, o explorador português Vasco da Gama chegava a Calecute, na Índia. Era o fim da viagem que abriu o caminho marítimo para a Índia. As viagens de Vasco da Gama à Índia abriram um novo ciclo na História Mundial. Uma “pequena” aventura de apenas 4 caravelas, deu origem a uma nova estrutura da economia-mundo e abriu portas a Portugal. Entre 1497 e 1524, Vasco da Gama foi o homem da “Índia”. Foi assim o responsável pela armada que abriu o caminho marítimo para a Índia e foi lá que morreu, como vice-rei, procurando impor a ordem e a soberania portuguesa na região de Cochim. 
A 8 de julho de 1497, a armada de Vasco da Gama partiu de Belém, Lisboa, com destino à Índia. D. Manuel I queria abrir o comércio marítimo com o subcontinente indiano. Da armada faziam parte 4 caravelas, a São Gabriel (uma carraca de transporte com 27 metros de comprimento e 178 toneladas), comandada diretamente por Vasco da Gama, a São Rafael por Paulo da Gama, a Bérrio e a São Miguel e contava, ainda, com cerca de 170 homens. A caravela de Bartolomeu Dias, o primeiro a navegar longe da costa no Atlântico Sul, acompanhou a expedição até à Mina, no Golfo da Guiné. A expedição seguiu depois sozinha.
A 4 de novembro de 1497, a armada chegou ao litoral africano, tendo então atravessado mais de 6 000km de mar aberto, a viagem mais longa até então realizada em alto mar. Quando a 16 de dezembro, Vasco da Gama ultrapassou o chamado "rio do Infante", a armada portuguesa estava em territórios “nunca dantes navegados”. Era um ponto de viragem para a náutica e para a História de Portugal. Na costa de Moçambique, encontraram os primeiros mercadores indianos, com quem comerciaram, mas tiveram pequenos problemas com o sultão, o que os obrigou a sair rapidamente de Moçambique. 
Em fevereiro de 1498, a armada comandada por Vasco da Gama desembarcou em Melinde, sendo bem recebidos pelo sultão que lhes forneceu um piloto árabe, que lhes ajudou a chegar a Calecut, na Índia. Luís Vaz de Camões cantou, na sua obra Os Lusíadas a presença de Gama junto do “Rei de Melinde”. Só a 20 de maio de 1498, Vasco da Gama chegou à Índia, estabelecendo a Rota do Cabo e abrindo o caminho marítimo dos Europeus para o Oriente. Iniciava-se a globalização, o comércio internacional ganhava forma. O ano de 1498 marcou uma viragem de capítulo da História Mundial e os portugueses deram um “empurrãozinho”, forte e determinado.
Após um período de contactos e trocas comerciais, Vasco da Gama iniciou a sua viagem de regresso a Portugal. A 29 de agosto de 1498, a armada portuguesa partia da Índia. Com problemas devido aos ventos, a morte de vários tripulantes e o desaparecimento de duas caravelas, a expedição de Gama chegava a Portugal. A 10 de julho de 1499, dois anos depois de terem partido, a caravela Bérrio chegava a Lisboa. Vasco da Gama, depois de passar pela Ilha Terceira nos Açores, onde sepultou o irmão Paulo da Gama, chegou a Lisboa. Estávamos em setembro de 1499. Apenas 55 dos 170 homens chegaram vivos.
A 12 de fevereiro de 1502, Vasco da Gama zarpava de Lisboa, comandando uma 2ª armada à Índia, desta vez com cerca de 20 navios de guerra. Era preciso fazer cumprir os interesses portugueses no Oriente, pois havia histórias de destruição da feitoria portuguesa construída em território indiano. 
Nesta viagem, Vasco da Gama tomou e exigiu um tributo à ilha de Quíloa (África Oriental), que tinha combatido contra os portugueses, tornando-a tributária de Portugal. Com o ouro proveniente de 500 moedas do régulo de Quíloa, D. Manuel I mandou construir para o Mosteiro dos Jerónimos, a Custódia de Belém (peça única da ourivesaria portuguesa, que se encontra actualmente no Museu Nacional de Arte Portuguesa, em Lisboa). Vasco da Gama, após várias batalhas, conseguiu fundar a primeira colónia portuguesa de Cochim, na Índia. As relações entre ambos os povos estavam cimentadas. Regressou a Portugal em Setembro de 1503. 
No reinado de D. João III, em 1524, Vasco da Gama foi enviado uma terceira e última vez à Índia, desta vez como vice-rei. O objectivo era controlar as escaramuças e impor a ordem. Vasco da Gama conhecia bem o lugar e o povo e era uma garantia para a Coroa portuguesa. Contudo, Gama morreu, pouco tempo depois, em Cochim, nas vésperas do Natal de 1524.


Albrecht Dürer
Albrecht Dürer nasceu a 21 de maio de 1471, em Nuremberga. Dürer foi um grande pintor, gravador, ilustrador, matemático e teórico de arte, considerado o mais famoso artista do Renascimento nórdico. É considerado como o 1º grande mestre da técnica da aguarela, sobretudo no que toca à representação de paisagens. Albrecht Dürer conseguiu captar a atenção do imperador Maximiliano I para o seu trabalho, tendo sido por ele nomeado pintor da corte (1512-1520).
Em 1520, Dürer partiu para os Países Baixos, onde conheceu pintores, assim como Erasmo de Roterdão, que o influenciaram. De regresso à sua terra natal, ocupou-se então com a elaboração de tratados sobre a medida e as proporções humanas, a perspetiva e a geometria como elementos estruturantes da arte. Dürer influenciou artistas do séc. XVI no seu país e nos Países Baixos. Dürer morreu a 6 de abril de 1528, em Nuremberga.
Em Lisboa, no Museu Nacional de Arte Antiga, podemos visitar São Jerónimo de Albrecht Dürer. A pintura representa Jerónimo de Strídon, tendo como modelo um homem de 93 anos. Foi pintado em 1521, durante a passagem de Dürer pelos Países Baixos e o quadro foi oferecido a um secretário da feitoria portuguesa em Antuérpia, que o trouxe para Portugal em 1549. Foi posteriormente propriedade de D. José Maria de Almada Castro Noronha da Silveira Lobo, 1.º Conde de Carvalhais.


Filipe II de Espanha, I de Portugal
Há exatos 486 anos, a 21 de maio de 1527, nascia o Rei Filipe II de Espanha, I de Portugal, cognominado o Prudente. O seu reinado foi caracterizado pela exploração global e a expansão territorial através do Oceano Atlântico e do Oceano Pacífico, levando a Monarquia Hispânica a tornar-se a 1ª potência da Europa, assim o Império espanhol alcançou o seu apogeu, convertendo-se no 1º império mundial, já que, pela 1ª vez na História, um Império tinha territórios em todos os continentes do Mundo.
Filipe II nasceu em Valladolid, filho de Carlos V, sacro-imperador romano-germânico e rei de Espanha, e da imperatriz D. Isabel, filha do rei D. Manuel I. Carlos V quando abdicou do trono para se recolher no mosteiro de S. Justo, dividiu os reinos dos Habsburgos, os de Espanha para o filho e os do sacro-império para o irmão, Fernando I. Assim, a partir de 1552, Filipe II tornou-se rei como Filipe I de Nápoles, Sicília e Sardenha, além de rei apenas titular de Jerusalém e duque de Milão. Filipe II foi regente de Espanha desde 1543 e tornou-se, em 1555, rei de Espanha, conde de Artois, da Borgonha e de Charolais. Em 1555, tornou-se também rei dos Países Baixos e, em 1556, conde de Holanda, da Zelândia, de Ostrevant (em França), duque de Gueldres (um ducado dos Países Baixos) e, a partir de 1580, foi rei de Portugal, como Filipe I. 
Em termos de política externa, a mais significativa vitória de Filipe II tomou lugar contra os Turcos Otomanos, na Batalha de Lepanto, a 7 de Outubro de 1571, com uma esquadra da Liga Santa (República de Veneza, Reino de Espanha, Cavaleiros de Malta e Estados Pontifícios), sob o comando de João da Áustria, seu meio-irmão. Foi ainda rei-consorte de Inglaterra (1554-1558), por casamento com Maria I. Um dos segredos de Carlos V para manter uma Espanha unida foi seguida por seu filho e consistiu em manter o respeito pela jurisdição dos conselhos governativos, privilégios, liberdades, isenções e cortes próprias e fueros.
Quando D. Sebastião morreu, em 1578, em Alcácer Quibir, sucedeu-lhe o seu parente mais próximo, neste caso, o tio-avô Cardeal D. Henrique, já idoso, que morreu, em 1580, sem herdeiros diretos, abrindo, assim, uma crise de sucessão. Apareceram 3 principais herdeiros, D. Catarina, Filipe II e D. António, Prior do Crato. Este último foi aclamado Rei em Santarém, contra a vontade da Alta Nobreza, apoiante de Filipe II. Para este, Portugal era um reino muito importante para a estratégia do Império Espanhol. Filipe II acabou então por enviar o seu exército, que mais bem preparado venceu os apoiantes de D. António. O Prior do Crato acabou por refugiar-se na Terceira, o único ponto do país que ficou do seu lado. Foi deste período a famosa Batalha da Salga e a famosa carta (de 13 de Fevereiro de 1582) de Ciprião de Figueiredo, corregedor dos Açores, a Filipe II, onde afirmava: “antes morrer livres que em paz sujeitos”, hoje a divisa dos Açores.
D. António teve o apoio financeiro da terceirense D. Violante do Canto, que foi uma das mais importantes incentivadoras à causa do Prior do Crato, sustentando as tropas anglo-francesas estacionadas na ilha. Durante três anos os terceirenses se bateram como defensores da independência de Portugal. Em 1583, a Terceira foi subjugada pelos espanhóis e D. Violante, por ordem de Filipe II partiu a 17 de agosto de 1583 com D. Álvaro de Bazan, rumo a Madrid. 
Nas cortes de Tomar, em abril de 1581, Filipe II foi aclamado Rei de Portugal. As Cortes mais não foram do que a aclamação de um mundo novo, em que todas as coroas da Hispânia estavam reunidas num único cetro. Um mundo novo que desde D. João II vinha sendo tentado sem sucesso, devido a acidentes e infortúnios. Com a aclamação do novo Rei, Portugal não perdeu a independência. Nas Cortes, ficou definido o "Estatuto de Tomar", que reservava para os naturais do reino todos os mecanismos de gestão e governação laica e eclesiástica. Só portugueses poderiam ocupar cargos de governação, mais, ficou estatuído que caso o rei fosse obrigado a sair do reino de Portugal, o poder passaria a ser exercido por delegação que teria de recair em naturais de Portugal, salvo se a pessoa nomeada fosse da família real dos Habsburgos. A verdade foi que Filipe saiu de Portugal logo em 1583 e delegou poderes no cardeal Alberto de Áustria, seu sobrinho. Portugal continuou a ser um reino "por si", mas deixou de ter um reino "para si”.
Quanto à vida pessoal, Filipe II casou-se 4 vezes. Aos 16 anos, casou-se, em Salamanca, a 15 de novembro de 1543, com a infanta portuguesa D. Maria, que também contava a mesma idade, filha de D. João III, a qual faleceu dois anos depois, a 12 de julho de 1545. Filipe voltou a casar, em 1554, com Maria Tudor, rainha de Inglaterra, e foi residir em Londres, mas não era bem aceite pelos britânicos, que viram com agrado a sua para os Países Baixos, cujo governo o pai lhe cedeu. Filipe enviuvou também da rainha de Inglaterra, falecida em 1558. Na sequência do tratado de Cateau-Cambrésis de 1559, que pôs fim a cerca de 40 anos de guerra entre Espanha e França, e com o objetivo de o selar, Filipe II casou com Isabel de Valois, a rainha da paz, como ficara, por aquele facto conhecida, filha de Henrique II de França e de Catarina de Médicis, a qual veio a falecer em 1568. Filipe II de novo viúvo, voltou a casar com Ana Maria de Habsburgo, sua sobrinha, filha do imperador Maximiliano II e da infanta D. Maria da Áustria (1528-1603), a irmã mais velha de Filipe. Foi deste último matrimónio que nasceu o seu sucessor, que viria a ser Filipe III de Espanha, II de Portugal. Ana de Habsburgo morreu, em 1580, vítima de peste em Badajoz, quando Filipe II se preparava para entrar em Elvas.
Filipe II estava em Madrid e sentindo-se pior, pediu que o levassem para o Escorial, a fim de falecer aí. O Escorial fora mandado construir pelo próprio Filipe II. Morreu a 13 de setembro de 1598.


Victor Hugo
A 22 de maio de 1885, nascia Victor-Marie Hugo, um dos maiores escritores franceses. Victor Hugo foi um novelista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e até ativista pelos direitos humanos. Filho de Joseph Hugo e de Sophie Trébuchet, Victor Hugo nasceu a 26 de fevereiro de 1802 e cresceu em Paris. Passou algum tempo em Nápoles e em Espanha, o que influenciou a sua obra posterior. Em 1819, fundou com os seus irmãos uma revista, o Conservateur littéraire (Conservador literário), onde deu mostras do seu talento. No mesmo ano, ganhou o concurso da Académie des Jeux Floraux.
Victor Hugo publicou, em 1827, Cromwell e alcançou o sucesso. Os anos seguintes foram marcados pela escrita e publicação de grandes obras. Educado pela mãe no espírito da monarquia, acabou por se convencer, pouco a pouco, do interesse da democracia. Tendo-se tornado favorável a uma democracia liberal e humanitária, foi eleito deputado da II República em 1848, e apoiou então a candidatura para a presidência do príncipe Luís Napoleão, sobrinho de Napoleão Bonaparte. 
Victor Hugo exilou-se após o golpe de Estado de 2 de dezembro de 1851, que tornou Luís Napoleão Imperador no chamado II Império. Condenou vigorosamente o golpe por razões morais em Histoire d'un crime. Passou então a viver em exílio em Jersey, Guernsey e Bruxelas. 
Tornou-se um dos únicos proscritos a recusar a amnistia decidida algum tempo depois. Só após o fim do II Império, regressou a Paris, onde morreu. De acordo com o seu último desejo, o seu corpo foi depositado em um caixão humilde e enterrado no Panthéon. Tendo ficado vários dias exposto sob o Arco do Triunfo, estima-se que 1 milhão de pessoas prestaram-lhe uma última homenagem. Foi autor, entre várias obras memoráveis, de Notre-Dame de Paris e Les Misérables, obra que faz parte das minhas leituras para 2013.


Inquisição em Portugal
A Inquisição entrou em Portugal, a 23 de maio de 1536, com sede em Évora. Assim, toda a população foi convidada a denunciar os casos de heresia de que tivesse conhecimento. O próprio irmão do Rei, o Cardeal D. Henrique, tornou-se o chefe máximo. D. João III depois assume-se como Inquisidor Geral, assim a Inquisição passou a ser uma ferramenta do Rei para o controlo do país.
Ao longo dos anos seguintes, a Inquisição “incendiou”, perseguiu e executou em autos-de-fé várias pessoas. Tinha a sua independência face aos Rei, o que a tornou num poder paralelo e forte. Contudo, houve um homem que conseguiu dominar a máquina e usá-la a favor dos seus interesses, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal. Um dos exemplos do controlo pombalino foi a morte por auto-da-fé do jesuíta Pe. Gabriel Malagrida, de 72 anos, acusado de ter pregado que o terramoto de 1755 que destruiu Lisboa fora um castigo divino. Assim, ao transformar a Inquisição num instrumento político, Pombal terminou com a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos.
Data da era pombalina a publicação do último Regimento da Inquisição. Assim, Pombal deu início ao fim da Inquisição, ao tirar o seu lado religioso, impondo um cunho político. A Inquisição vigorou até 1821, extinguindo-se com a Revolução Liberal de 1820.


Bula Manifestis Probatum
Há exatos 834 anos, a 23 de maio de 1179, o Papa Alexandre III emitia a Bula Manifestis Probatum, em que reconhecia Portugal como Reino independente. Em 1128, na famosa Batalha de S. Mamede, junto ao Castelo de Guimarães, D. Afonso Henriques venceu as tropas de D. Teresa, sua mãe. Em 1139, com a vitória na batalha de Ourique, o prestígio de D. Afonso Henriques aumentou e passou a intitular-se rei de Portugal, A 5 de Outubro de 1143, D. Afonso Henriques assinava, com seu primo, D. Afonso VII, Rei de Leão e Castela, o Tratado de Zamora. Nascia, então, Portugal. Ainda neste mesmo ano, D. Afonso Henriques fez juramento de vassalagem ao papa, e no ano seguinte, em carta Claves regni celorum renovou o juramento e comprometeu-se a pagar o censo anual de 4 onças de ouro, pedindo como contrapartida a proteção pontifícia e a garantia de que nenhum poder espiritual ou temporal interferiria no seu território. O portador da carta foi o arcebispo de Braga, D. João Peculiar, mas a iniciativa não teve sucesso por contrariar a política de Roma: a Santa Sé entendia que se impunha a união dos reinos cristãos da Península Ibérica, sob a dependência de Afonso VII, para se conseguir uma vitória sobre os muçulmanos.
O passo seguinte de D. Afonso Henriques foi a reconquista cristã aos mouros. Assim, Lúcio II, pela bula Devotionem tuam, de 1 de Maio de 1144, aceitou a vassalagem, o censo e a doação do território, mas deu ao rei simplesmente o título de "dux Portugallensis", e ignorou as contrapartidas pedidas pelo Rei português. Sem desistir, D. Afonso Henriques informou o papa de que alargara as fronteiras até ao Baixo-Alentejo, valorizando assim o território que doara à Santa Sé. Durante a canonização de S. Rosendo, em 1173, o Cardeal-Legado, Jacinto, já incluiu D. Afonso Henriques entre os reis peninsulares. Em 1179, o Papa Alexandre III, com a Bula Manifestis Probatum, reconheceu, formalmente a realeza de D. Afonso Henriques e a independência de Portugal. O Papa concedeu-lhe o título de rei de Portugal, não a título de graça, mas por ter ficado provado, "manifestis probatum", que os seus feitos amplamente o mereciam. 
A Bula Manifestis Probatum é a Magna Carta de Portugal como estado de direito, livre e independente.


Nicolau Copérnico
Há exatos 470 anos, a 24 de maio de 1543, morria Nicolau Copérnico, um astrónomo e matemático polaco. Copérnico nasceu a 19 de fevereiro de 1473 e foi o 1º astrónomo a sugerir que a Terra e os restantes planetas orbitavam em torno do Sol, criando assim a teoria heliocêntrica. Copérnico também defendeu que a Terra girava diariamente sobre o seu eixo e que as mudanças graduais deste eixo provocavam as estações.
Copérnico foi ainda cónego da Igreja Católica e estudou leis e medicina, tendo exercido a profissão de médico durante 6 anos. No ano em que morreu, foi publicada a sua obra Sobre as revoluções das esferas celestes, que levatou a ira da Igreja Católica, que consideraram o seu conhecimento como uma heresia. Em 1616, a Igreja Católica condenou a obra de Copérnico como "livro proibido".


Cristóvão Colombo
Há exatos 507 anos, a 20 de maio de 1506, morria Cristóvão Colombo, o descobridor da América. A nacionalidade de Colombo continua a ser um dos mistérios mais estudados e escondidos da História Universal. Muito já se escreveu sobre a vida de Colombo, muitas teorias foram formuladas sobre a nacionalidade e verdadeira identidade do descobridor, mas a vida deste homem está encoberta em segredos e mistérios, não fosse ele, um fruto da Idade Moderna e dos Descobrimentos. Depois de muita análise, pesquisa e investigação, sou levado a admitir que o navegador era português, natural de Cuba, no Alentejo. Um dos primeiros indícios da portugalidade de Colombo, tem a ver com o facto do descobridor nunca escrever em italiano, além disso, é estranho que um simples tecelão possa ter sido recebido por D. João II e pelos Reis Católicos de Espanha, como muitos poucos nobres o eram, ter tantos conhecimentos de navegação, quando era um simples tecelão e de ter liderado uma viagem tão importante para a época. Assim, é de aceitar que Cólon não podia ser um simples tecelão, nem genovês.
Manuel Luciano da Silva, na sua investigação no Vaticano, analisou 4 Bulas Papais de Alexandre VI sobre a descoberta da América e encontrou em duas dela, o nome de Cristofõm Cólon (Cristóvão Cólon). O navegador criou a sua sigla, que ao mesmo tempo que espalhasse o nome de Cristo, tivesse uma forma icónica. Assim, após o estudo e a análise de vários símbolos, Cólon conseguiu compor uma sigla engenhosa e impressionante. 
Assim, a parte superior da sigla contém sete letras SSAS XMY. A letra X significa cruzamento, ou seja, “filho de”, e porque a letra J não existia no alfabeto romano há cinco séculos, a letra grega Y era usada como letra inicial do nome José. Assim, a sigla significa: Sanctus, Sanctus, Altissimus, Santus, Filho de Maria e José. Quanto à parte inferior, tem de se ter em conta, o seguinte:

(1) O sinal de pontuação [ : ], deve-se ser lido em grego, com o som de CÓLON.

(2) As letras Xpo devem ser lidas em grego CRISTO

(3) FERENS é derivado do verbo latino FER e quer dizer atravessar um rio. (Ferry boat é derivado do verbo FER). Para atravessarmos um rio, usamos o FÕM, (forma arcaica de VÃO) da ponte. Portanto se juntarmos CRISTO ao VÃO, surge CRISTÓFÕM (CRISTÓVÃO). 

(4) O sinal de pontuação [ ; ] , também deve ser lido em grego: SEMI-CÓLON ou COLON. Nasce assim o nome CRISTÓFÕM CÓLON (Cristóvão Colombo).

Atendendo, ainda, à sigla, descobrimos que o verdadeiro nome de Cólon era Salvador Fernandes Zarco. Mas como chegamos a esta conclusão? Primeiro, os católicos chamam, habitualmente a Cristo, Salvador. Assim, a primeira parte da Sigla, pode, também, ser lida como Salvador. As duas letras [ põ ] estão em letras minúsculas, ou seja, o nome refere-se a um homem e não a Cristo. A parte seguinte da Sigla é FERENS que significa mensageiro em português, mas é também a abreviatura do nome Fernandes. Voltando ao nome FERENS, que a letra S de FERENS é diferente das letras S da parte superior da Sigla. Em FERENS a letra S tem a extremidade superior arrebitada, significando, também, a letra hebraica Lamed, que significa, também, Cólon. Contudo, se o S de FERENS é a letra Lamed, ela está invertida e, por isso, chama-se Zarco! Assim aparece o verdadeiro nome do Cólon: Salvador Fernandes Zarco.
Ao analisarmos a lista de mais de 40 topónimos das Caraíbas, descobertas por Cólon, encontramos tudo em português (S. Vicente, Santa Luzia, Guadiana, Ponta de Santo António, S. João Baptista, Porto Santo, Mourão, Isabel, Salvador, Brasil, Santarém, Curaçao, Faro, Belém e Touro, etc.). Concluímos que Cólon era português, nascido Salvador Fernandes Zarco, em Cuba, no Alentejo, filho de D. Isabel, filha de João Gonçalves Zarco, descobridor e povoador da Madeira e do Duque de Beja, tio de D. João II. Cólon era, portanto, primo do Rei de Portugal. Assim, Cólon teve, desde muito novo, acesso ao conhecimento de náutica, dos mares, das rotas e dos descobrimentos, além de acesso a uma educação excecional, o que lhe dava condições, para liderar a empresa da descoberta americana.
É tempo de se apostar na divulgação da teoria portuguesa, haver mais empenho de todos em que se conheça melhor este grande descobridor. Portugal não reconheceu como seu, este homem, nem tem tentado criar condições de investigação e debate mais acesso sobre o tema, nem incentivando colóquios e palestras que trariam mais força e reconhecimento a Portugal. Além disso, é preciso que haja a autorização política para que se possam abrir os Mausoléus de Portugal para obterem o cromossoma [ Y ] dos mancebos das três dinastias de Portugal para ser comparado ao cromossoma [ Y ] já extraído, há 4 anos, dos ossos longos do filho de Cólon, Fernando, assim como do irmão, Diogo. 
É o momento de darmos uso às novas tecnologias e desvendar um dos maiores segredos dos Descobrimentos, dando o nosso contributo para o presente e deixando novas portas abertas para o apuramento específico da História. É tempo de não termos medo de “reescrever” os acontecimentos, aproveitando os novos conhecimentos que temos adquirido. A verdade factual deve ser divulgada, sem medos e receios dos “senadores” da nossa História. O erro do ser humano é saber que não está correto e insistir no engano, por isso, não tenhamos medo de continuar a desbravar territórios desconhecidos e apostar na investigação, na pesquisa e na análise. E também é preciso que haja empenho político nos apoios às investigações, pois um povo que sabe mais de si, é um povo que está preparado para as tormentas da História.

Porque recordar é viver, para a semana continuaremos a aprender! 
Francisco Miguel Nogueira 


MEIO CRESCENTE – Ideias em movimento!

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