segunda-feira, 13 de maio de 2013

Crónicas 10 minutos - Fragmentos escritos

(imagem retirada da internet)



Feminismo Islâmico 

Em religião não deve haver nada de imposição.
 Corão 2,257 


O feminismo islâmico é uma corrente de pensamento feminista que se ocupa da posição e papel da mulher dentro do Islão. Implica a procura de igualdade de género e justiça social, quer na vida pública, quer privada, dentro das sociedades maioritariamente muçulmanas e da própria religião. 

Prende-se com ideias muito mais profundas do que a simples utilização ou não do véu ou hábito, preocupando-se com a posição da mulher nos vários domínios da religião, mesmo dentro dos ensinamentos religiosos, na educação, saúde, e infra estruturas do Islão. 

Apesar de enraizada no Islão, o movimento apoia-se também nas formas seculares e ocidentais do feminismo. Contudo, distingue-se claramente dos mesmos por não se afastar da religião nem dos preceitos da mesma, mas sim por considerar que a igualdade de géneros está imbuída dentro da própria fé e dos seus escritos sagrados. 

Para tal, desafia a noção de uma interpretação patriarcal dos ensinamentos islâmicos, considerando que essa é uma interpretação dos homens, implementada ao longo dos tempos, e não uma regra explícita do Profeta e de Deus. 

A feminista islâmica é uma mulher muçulmana, orgulhosa das suas origens e da sua fé, crente no seu Deus, que acredita que homens e mulheres, de acordo com o Profeta e o Corão, têm os mesmos deveres e direitos e, como tal, devem ser respeitados na sua dignidade inerente ao ser humano. 

O feminismo islâmico orgulha-se do facto de que, nos primórdios do Islão (Século VII), foram feitas reformas no sistema judicial e social no que concerne aos direitos das mulheres. Estas alterações trouxeram à mulher muçulmana um estatuto legal mais aproximado ao do homem do que aquele que se aplicava na mesma altura no Ocidente. O direito à educação e à propriedade, foram algumas das principais alterações que o Islão trouxe às mulheres desta altura. 

A primavera árabe tem impulsionado o feminismo islâmico, cada vez mais presente nos média e nas ações das mulheres muçulmanas. Toda esta mudança positiva, não só para as mulheres muçulmanas mas para o próprio Islão, poderá trazer um vento de mudança necessário à prosperidade dos direitos femininos. 

Seja você mesmo, seja livre! 
Crónica de Márcia Leal 


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