domingo, 16 de dezembro de 2012

Crónicas 10 minutos - "Amante da sociedade"

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A nossa imagem Facebookiana

Já se interrogou quanto à sua privacidade numa rede social? Quem lê as nossas mensagens? Quem pode utilizar os nossos dados pessoais e intervir no nosso dia-a-dia? E qual a imagem que passamos para os verdadeiros utilizadores do Facebook? Qual será a interpretação de um desconhecido ao verificar pela primeira vez o nosso perfil? 

Já pensou em adicionar apenas quem de facto conhece? Ou, continuará a fingir que é amigo/a de 3000 desconhecidos? 

Tenha cuidados! 

Este artigo destina-se essencialmente a todos os adolescentes, em especial aos meus manos and some other friends! 


Detenho como “verdadeiros utilizadores”, todos os milhares que trabalham por detrás da capa do Facebook, são os que têm acesso a tudo o que postamos e alteramos e teclamos mesmo que em mensagens privadas. De certo modo será uma segurança para todos nós, utilizadores, pois estes senhores/as tentam decifrar possíveis psicopatas, violadores, transgressores da lei em geral. De início era tarefa fácil, de momento parece-lhes algo como achar uma agulha num palheiro, visto que a rede social Facebook, atingiu um patamar já mais estimado! 

Inicio partilhando convosco um exemplo de como o Facebook nos Estados Unidos e em outros Países é um dos métodos mais utilizados quanto á captura de fugitivos pela Policia local. 

O Senhor Crego, alterou-se quando entrou num bar e viu a sua namorada acompanhada por outro simpático, o mesmo não pensou duas vezes antes de agredir o tal novo companheiro da sua atual namorada e atingiu a orbita ocular, isto é, condicionou a qualidade de vida deste, para todo o sempre! Entretanto, tendo consciência do sucedido ignorou as autoridades e como consequência foi dado por fugitivo. 

Mas, mal sabia o Sr. Crego que as autoridades também utilizam o facebook, e meses depois adquiriram toda a informação necessária para efetuar a capturação deste fugitivo, e tudo isso, graças á informação partilhada no mural do seu perfil. Igualmente as autoridades tiveram acesso às conversas privadas, e ao que parece o senhor Crego julgava que jamais seria apanhado, segundo o que escrevia aos amigos! 

Eis que um dia, a Policia aparece-lhe á frente no seu local de trabalho, com o auxílio da rede social mais utilizada, o facebook, e prendendo-lhe em Nova Iorque. 

Contudo, retorno à questão que para mim parece-me primordial analisar e da qual já a alertei numa revista açoriana, a Revista U; Qual a imagem que transmitimos ao desconhecido que verifica pela primeira vez o nosso perfil? Muitos de certo irão responder entre dentes; _ “Não me interessa o que os outros pensam de mim!!”- Ora, será? 

Talvez o jovem Ray Law, não opine de igual modo! Falo-vos de um jovem portador de uma enorme vontade de ajudar os residentes do seu pais e uma vez sendo ele um forte candidato político na campanha que participara, o seu adversário tentou justificar um argumento aos eleitores que Ray Law não seria suficientemente bom para tal! 

E assim foi, bastou dirigir-se ao perfil do jovem no facebook e imprimir algumas das suas fotos quando ainda estudante universitário. Acontece, que tais fotos seriam as provas suficientes para levar o simpático Ray ao fim de uma carreira que ainda nem tinha iniciado! As fotografias expostas no mural em ambiente de festas e de mãozinhas leves, deveriam ser eliminadas logo antes do início da campanha, mas Ray não o fez, porque achava que a sua vida profissional deveria ser posta de lado da sua vida pessoal…mas estava redondamente enganado, pois as pessoas deixaram de o ver como imagem a seguir, mas sim como um promiscuo. Mesmo justificando que seriam fotos da adolescência, não foi suficiente para impedir a sua saída definitiva no ramo politico! 

Já o presidente dos Estados Unidos, Obama, recentemente alertou ao público em geral para não publicarem fotografias intimas, na rede social em questão! 

Em Portugal temos igualmente políticos a utilizar as redes sociais com o intuito de chegar até ao povo, a voz da democracia! Na minha opinião, traduz-se em persuasão até num ambiente descontraído! 

Clive Thompson é um jornalista freelancer, especialista em investigar todas as redes sociais inseridas na Internet e como a vida das pessoas é modificada a partir deste contacto, segundo este senhor, ninguém imagina e nem tão pouco está preparado para as graves consequências da informação que cada um de nós disponibiliza na internet, tanto no facebook, como por via mail, sites e afins! 

Meus amigos, depois desta informação vão continuar a publicar vídeos da vossa intimidade e a escrever promiscuidades? Vamos sim utilizar o facebook com a finalidade de divulgar experiências, partilhar informação, trabalhos, opinar sem ofender terceiros! 

(_ Sapatos?-Sei,…são para os pés e ponto!) 
Autoria de, Marisa Leonardo 

P.S. Esta crónica estará em destaque aqui no blogue até a próxima crónica para dar oportunidade de todos os visitantes lerem e darem opinião sobre a mesma. O seu comentário é importante, PARTICIPE! 

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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

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esperamos por si!


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Crónicas 10 minutos - Viver o passado para construir o futuro!

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O Amante da Rainha, En köngelig affære 


Sempre gostei de romances históricos, sobretudo aqueles que recriam personalidades marcantes e decisivas ou então conhecimentos que marcaram o seu tempo. 

Um dos meus romances históricos favoritos é Young Victoria (Jovem Vitória), um retrato dos primeiros anos da vida da rainha Vitória, os primeiros anos de reinado e a sua paixão pelo seu primo e futuro marido, o Príncipe Alberto. Outro filme que adorei foi o recente Fetih 1453 (Conquista-1453), com o qual fui apresentado ao cinema turco, que me surpreendeu imenso, como já havia contado na minha crónica sobre a história romanceada. Contudo, nestes dois casos, ambos falam sobre algo que eu conhecia, a vida de Vitória, uma das personalidades históricas que mais admiro e o outro com a conquista de Constantinopla, o acontecimento que marca o fim da Idade Média e que é sobejamente estudado e retratado. Apesar disso, apaixonei-me pelas histórias. 

No caso d’O Amante da Rainha (En köngelig affære), além de desconhecer o cinema dinamarquês, pouco conhecia sobre a vida da rainha Caroline Mathilde (Alicia Vikander), nascida britânica, neta e irmã de Reis britânicos, apenas que se casara com o Rei da Dinamarca e que ele era considerado louco. Com estas prerrogativas, assisti ao filme. 

A Rainha Caroline casou-se com apenas 15 anos com Christian VII (Mikkel Boe Følsgaard), um rei que pouco interesse tinha nos seus afazeres e na sua condição real, um boémio que, ao longo do filme, tem atitudes de loucura, talvez esquizofrenia mesmo. Caroline fora criada com os preceitos iluministas e choca com o pensamento arcaico dinamarquês. 

Quando Caroline tem o seu primogénito, Christian VII que pouco se importa com a família, parte numa viagem ao estrageiro. É aí que Christian VII conhece um médico alemão, Johann Struensee (Mads Mikkelsen), designado a tentar ajudar o rei a controlar sua loucura. Desde a primeira cena juntos, que notamos a influência que Struensee tem no Rei. 

Struensee é um intelectual, influenciado pelo iluminismo e a sua entrada na Corte gera inevitavelmente uma aproximação com a Caroline Mathilde que, ao contrário do marido, vê para além dos muros do palácio. Assim, ambos os governantes se encantam pelo médico. Struensee influencia o rei a realizar reformas sociais importantes na Dinamarca e inicia um romance com a rainha. Os dados da história estão lançados e o desfecho torna-se previsível, mesmo para quem não conheça a história real. 

A partir deste momento, o filme esquece da introdução do Iluminismo na Dinamarca e centra-se demasiado no típico triângulo amoroso. A rainha Caroline perde o seu lado progressista e de personalidade forte, ficando presa à imagem de mulher apaixonada e de subjugada ao marido, o que a distancia da imagem real que se tem da rainha. O grande momento deste filme é a degolação de Struensee em praça pública (e mais não digo!). 

O romance é retratado de uma forma mais realista e sem maneirismos. O que é ressaltado pela bela fotografia e a reconstituição de época impecável. Quanto ao elenco, temos um Mads Mikkelsen (Struensee) com uma excelente interpretação, a despertar a atenção como o cuidadoso médico, que consegue seduzir sem ser exatamente um sex simbol. Enquanto isso, Mikkel Boe Følsgaard (Christian VII) consegue balancear o temperamento difícil do rei, sem que o personagem pareça apenas mais um louco a governar um país, mas que seja movido pela impulsividade, o que deturpa a sua realidade dos factos. Fabuloso! 

Quanto à jovem Alicia Vikander (24 anos) consegue exprimir a dor de ser uma mulher com ideias, mas que não consegue ter voz, porém não se deixa cair no “vitimismo” da situação, uma interpretação que tem sido avaliada de várias formas, mas que eu considero boa, pois conseguimos ver no rosto todos os seus sentimentos. 

O filme é dirigido pelo dinamarquês Nikolaj Arcel e já ganhou os prémios de melhor roteiro e de melhor ator para Mikkel Boe Følsgaard no último Festival de Berlim, além que o filme foi escolhido para representar a Dinamarca Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2013. 

Dou a nota de 7/10 e aconselho a verem…nem que seja para conhecerem o cinema dinamarquês e descobrirem um pouco da vida de Caroline, e quem sabe, fazer como eu, ler depois várias coisas sobre ela, e se apaixonar por esta jovem, mesmo com os seus defeitos. A ver! 

Em Portugal, com uma história cheia de “pequenas grandes coisas”, tem de haver mais esforço e vontade, em divulgar a vida das pessoas e dos acontecimentos que marcaram o nosso percurso. É preciso olhar e não ter medo de mostrar aos outros o que nós temos, sem medo de recriar factos de uma história multissecular. Na restante Europa não há medo de se mostrar o passado, também não deveríamos. 


É preciso viver o passado para construir o futuro! 
Francisco Miguel Nogueira 

P.S. Esta crónica estará em destaque aqui blogue para dar oportunidade de todos os visitantes de darem a sua opinião sobre a mesma.A sua opinião é importante, PARTICIPE! 

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