terça-feira, 29 de maio de 2012

Pessoas satisfeitas vs pessoas felizes

(imagem retirada da internet)



Dinamarqueses são os mais satisfeitos com a vida 


Os dinamarqueses são os mais satisfeitos com a sua vida e os húngaros os menos contentes com a sua, indica o índice «Better Life» da OCDE, no qual Portugal surge logo a seguir à Hungria.

Na segunda edição, o índice compara a qualidade de vida em 36 países com base em 11 critérios que vão desde os rendimentos, o emprego, a habitação, a saúde, a educação ou o ambiente. O objectivo, escreve a organização, é avaliar a qualidade de vida através de medidas que vão além do Produto Interno Bruto (PIB). No relatório que acompanha o índice, intitulado «Como está a vida?», a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) considera que as estatísticas macroeconómicas, como o PIB, não conseguem traduzir verdadeiramente o bem-estar actual e futuro das populações.

Na apresentação do trabalho, o secretário-geral da organização, Angel Gurría, considerou que «hoje, ainda mais do que há dois anos, é preciso ter um olhar mais aberto», porque «a abordagem ‘crescimento como é costume’ não é suficiente». «No difícil contexto político actual, é da maior importância definir objectivos centrais além dos níveis de rendimento, tais como aumentar o bem-estar dos cidadãos, garantir o acesso a oportunidades e preservar o ambiente social e natural», disse.

Entre as principais conclusões, a OCDE destaca o papel do emprego: «Ter um emprego é um elemento central do bem-estar. Bons empregos fornecem rendimentos, mas também formam a identidade pessoal e as oportunidades para relações sociais». E conclui que as taxas de emprego nos países da OCDE são relativamente baixas no sul da Europa e altas no norte e na Suíça. O desemprego de longa duração é virtualmente nulo na Coreia do Sul, no México e na Noruega e é quase o triplo da média da OECD na Estónia, na Eslováquia e em Espanha.

Os japoneses e os australianos têm muito trabalho em part-time, mas preferiam um emprego a tempo inteiro, enquanto os chilenos e os polacos têm as maiores taxas de contratos temporários. Os residentes do Luxemburgo têm, juntamente com os norte-americanos, os rendimentos brutos médios mais altos e a maior percepção de segurança no emprego (na Europa), enquanto os checos, os eslovenos, os polacos e os húngaros são os que mais temem perder o emprego. Os sul-africanos e os sul-coreanos são os que mais tempo passam nos transportes entre a casa e o trabalho, enquanto os irlandeses, os dinamarqueses e os suecos estão no extremo oposto, indica a OCDE, sublinhando que o tempo que se passa nos transportes é um elemento chave no equilíbrio entre o trabalho e a vida privada. Menos de 30 por cento dos trabalhadores europeus estão satisfeitos com este equilíbrio. Os portugueses e os neozelandeses estão entre os povos mais sociáveis, com mais de 75 por cento dos inquiridos a relatar ter pelo menos um contacto com familiares ou amigos por semana. No extremo oposto surgem os polacos, os franceses e os húngaros, com baixos níveis de interacção social. Além serem mais felizes, as pessoas que têm fortes redes de apoio também têm melhor saúde, vivem mais e têm mais probabilidade de arranjar emprego.

Os noruegueses, os finlandeses e os dinamarqueses estão entre os mais activos politicamente, com mais de 60 por cento a dizer ter contactado um político, assinado uma petição, trabalhado com uma associação ou participado numa manifestação no último ano. No extremo oposto, os turcos, os portugueses e os russos são os que têm menores níveis de activismo.

Créditos: Lusa/SOL/Sociedade

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