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Gerontologia: Cuidados nossos, para os Nossos
(2ª Parte)
Venho hoje na sequência do último trabalho sobre gerontologia com o fluxo de vastas exposições e teorias decorrentes no I Congresso Internacional nos Açores. Porém, desta vez não vou indicar as premissas principais, pois estas, já vos ofereci anteriormente!
Incuti que a atual propagação de envelhecimento ativo é mais um fator para novos cursos académicos e consequentemente a disponibilidade para novos postos de trabalho! É gratificante o atributo da Gerontologia, tanto na teórica, pois proporciona-nos uma consciência absoluta do envelhecimento e igualmente o seu atributo prático, daí toda a atual exposição de instituições e organizações com o intuito de apelar ao respeito pelos mais velhos.
Com muita sorte todos nós chegaremos à NOVA IDADE, ensinando aos mais novos e dedicando-nos a outras tarefas das quais nos são impossíveis realizar perante as prioridades na vida adulta!
Contudo, questiono se num futuro recente esta dedicação não entrará em desuso! E acrescento um paralelo relevante na nossa sociedade. Até aqui discutimos os problemas que os idosos enfrentam, e os Cuidadores? Aquela pessoa que deixa de ajudar os filhos nos trabalhos de casa, porque a sua mãe, o seu pai, o seu tio ou outro, fez uma birra como se de uma criança se tratasse, porque quer simplesmente toda a atenção focada nele/a! Então não reconhecem o senhor da vossa rua que está prestes a se divorciar porque a sogra faz uma tempestade quando este lhe chama a atenção para, simplesmente, lavar as mãos antes do jantar? Não se apavoram com o que descrevo… esta é uma outra realidade, que como todas as restantes arrolhamos os lábios!
Somos crianças duas vezes, e infelizmente também existe o idoso com birras, incompreensível, arrogante, exigente para com quem está à sua volta. Muitas vezes as verdadeiras vítimas de todo este cenário são as famílias que modificam os seus hábitos, os seus horários com o intuito de ajudar o avó, a tia…o vizinho e em troca nem recebem um simples sorriso ou obrigado!
Quando estas pessoas sentem que não há nada que satisfaça os seus idosos, pedem auxílio aos Lares de Terceira Idade, na sua maioria, já lotados. A sociedade aponta este ato como desumano, quando na verdade quem foi abusado psicologicamente não foi o idoso, mas sim a pessoa ou a família que se dedicou de manhã, até à noite, mudando-lhes a fralda, e dando-lhes a sopa à boca!
E agora, como se atenua este problema?
(_ Sapatos?-Sei,…são para os pés e ponto!)
Autoria de Marisa Leonardo
Sugestão:
Veja a Cuidados nossos, para os Nossos (1ª Parte) AQUI
P.S. Esta crónica estará em destaque aqui no blogue até a próxima crónica para dar oportunidade de todos os visitantes lerem e darem opinião sobre a mesma. O seu comentário é importante, PARTICIPE!
MEIO CRESCENTE - Ideias em movimento!
Olá Marisa!
ResponderEliminarMais uma vez li a tua cronica e mais uma vez gostei do que li.
A vida é um ciclo, um ciclo é constituído por várias fazes distintas. E se repararmos tudo começa e tudo acaba. Tudo começa de uma forma jovem, fresca, tudo acaba de forma desgastada. Vou dar um exemplo muito simples: o nosso planeta vive um ciclo. Formou-se/nasceu e neste momento percorre o seu ciclo de vida, ou seja, atravessa fases e terá um fim, e nós estamos a viver nesse planeta, precisamos imenso dele para continuarmos os nossos ciclos de vida.
Pois bem nós seres humanos nascemos e percorremos o nosso ciclo, passamos por fases diferentes, crescemos, envelhecemos e morremos.
Para muita gente a população envelhecida é um problema, são um estorvo, ocupam o lugar de outras pessoas mais jovens e por isso temos "seres" que tentam "resolver" o problema, tomando medidas drásticas como por exemplo reduzindo reformas, aumentando o tempo para as reformas estes são só alguns exemplos que fazem com que os idosos morram mais depressa sem terem condições para o acesso á medicação, fazendo-os trabalhar até mais tarde sem que eles possam,isto sem falar nos maus tratos físicos que muitos sofrem, etc, etc...
Pegando novamente no exemplo do planeta, há quem o mal trate sem escrúpulos mas há quem o queira preservar e salvar das mãos de quem não lhe dá valor, e porquê?? Porque precisamos dele. Ou seja, mural da história, nós precisamos dos idosos, foram eles que nos deram valores, foram eles que construíram tudo o que nós estamos a usufruir, foram eles que nos deram possibilidades de entrarmos no mercado de trabalho, foram eles que nos colocaram no mundo, quantas e quantas vezes são eles que nos ajudam a nível monetário, precisamos dos mimos deles, do colo deles quando estamos desiludidos com a nossa vida, são eles que nos dão lições de mural. E tal como o planeta eles também precisam muito de nós.
Precisamos realmente de ajudar quem nos deu quase tudo, através da gerontologia, da geriatria, de outras áreas e de muito carinho...eles merecem.
Agradeço sofia, o teu bonito comentário e o teu exemplo ilustrativo. De facto é necessário sim, cuidar e preservar o respeito pelos idosos, pois amanhã o seremos também. Na primeira parte deste artigo dediquei-me ás necessidades de um idoso e aos estudos efetuados em Portugal no campo da gerontologia. Mas continua a salientar um futuro problema que provavelmente só daqui a uns dois ou três anos, todos irão alertar, que são os Cuidadores( que foi o tema que leste)!...essas pessoas muitas vezes deixam de viver as suas vidas em torno de um idoso mais exigente ou até mesmo em caso de doenças. Comos é do conhecimento de todos, as atuais sociedades são bombardeadas com “modas”…e apesar de parecer fria com esta minha afirmação, sei que daqui a não muitos anos…esta constante e aparente preocupação com os idosos vai cair em desuso e passar á questão de ajudar quem cuidou de um idoso..de quem ficou com um desvio na coluna por pegar no seu pai de todas as vezes que este caiu ao chão…da pessoa que ficou com depressão porque o tio, ou o pai , ou a mãe infiltrava as suas regras nos casamentos dos filhos. Este último exemplo é um fato em diversas separações!
EliminarMas atualmente fico muito contente que o estado pense em promover a longevidade, primeiro porque todos nós merecemos, segundo porque a nível de mercado, serão umas das áreas a dar trabalho no nosso País! Ora é o que precisamos!
Abraço,
:)