sexta-feira, 9 de março de 2012

Cadeira de rodas

(imagem retirada da internet)


Instituto Politécnico de Leiria:
Portugueses criam protótipo low cost de cadeira de rodas

O Instituto Politécnico de Leiria (IPL) criou um protótipo de uma cadeira de rodas low cost que é comandada pela voz e pela íris, disse nesta quinta-feira um dos professores responsáveis pelo projecto, Ricardo Martinho. “A mais-valia deste projecto está no seu baixo custo e no facto do módulo poder ser adaptado à maior parte das cadeiras de rodas que não possuem motorização, como aquelas que se encontram habitualmente num hospital”, explica aquele que é o coordenador do curso de Informática para a Saúde, que integra o departamento de Engenharia Informática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do IPL. 

Uma cadeira de rodas autónoma “pode custar entre 10 e 30 mil euros”, mas este projecto tem condições de assegurar que a comercialização ronde os 2500 euros, sublinha à Lusa, por outro lado, o coordenador do departamento de Engenharia Informática da ESTG, Patrício Domingues. O mesmo responsável revela que o preço de produção deste protótipo não ultrapassou os mil euros. “É uma diferença muito grande em relação aos preços proibitivos a que as cadeiras de rodas autónomas podem atingir”, enfatiza. Para a criação deste protótipo foi utilizado um portátil low cost, uma placa de aquisição de dados, dois motores, duas rodas, um microfone com auscultadores, duas ‘webcams’ e um capacete. 

Uma vez concluído o protótipo, a fase seguinte passa por encontrar financiamento, desenvolver o projecto nas áreas da mecânica e da electrotecnia, bem como avançar para o desenvolvimento do design do módulo, que se transformará num ‘kit’ portátil. “Um dos passos importantes passa por fazer um projecto de design industrial para a estrutura física amovível de suporte aos motores, às baterias e ao próprio mecanismo de tracção das rodas”, explica Ricardo Martinho. 

Já o coordenador do projecto, o professor João Pereira, assinala que este “módulo low costadaptável para uma cadeira móvel autónoma faz o reconhecimento dos comandos de voz, de movimentos oculares, mas também a análise de imagens para prevenir colisões”. Enquanto a primeira ‘webcam’ se destina a reconhecer os movimentos oculares, a segunda visa detectar obstáculos, precisa o responsável, sublinhando que o sistema de comando é simultaneamente assegurado por voz e pela íris para garantir maior fiabilidade. 

A ESTG é uma das cinco escolas do IPL, instituto que representa actualmente cerca de 95 por cento do ensino superior do distrito de Leiria e abrange uma comunidade de mais de 12.000 estudantes e 900 docentes. 

Créditos: Lusa/Público

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